quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Green goal: Classificação pelo número de baratas...


23/01/2013 - 05h00

Restaurantes serão classificados pela higiene



JOHANNA NUBLAT
DE BRASÍLIA

Será que o frango oferecido no cardápio do restaurante foi estocado à temperatura correta? E que a cozinha tem uma proteção que barra a entrada de baratas?
Questões como essas devem ficar mais transparentes para o consumidor com um projeto em fase final de elaboração pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária): a classificação dos restaurantes do país com base nas condições de higiene do estabelecimento.
Até novembro, a Anvisa deve apresentar as primeiras "notas" de restaurantes das 12 cidades-sede da Copa.
A ideia segue experiências já adotadas em países como Dinamarca e Nova Zelândia e em cidades como Nova York.
Na cidade americana, desde 2010 os restaurantes são categorizados por letras --em que A é a melhor classificação, e C é a pior. Depois de avaliado, o restaurante deve afixar, de forma visível para o consumidor, sua "nota" --informação que vai parar até num aplicativo para smartphones.
Após a medida, um estudo apontou na cidade queda no número de casos de Salmonella --bactéria que pode causar diarreias, vômitos etc.
Um sistema de letras semelhante é usado na Nova Zelândia. Já a Dinamarca usa carinhas mais e menos felizes para indicar a condição sanitária dos restaurantes.
Essa transparência é boa, avalia o dinamarquês Simon Lau, chef do badalado restaurante Aquavit, em Brasília.
"Eu gostaria de colocar um sorriso ou uma letra 'A' no meu restaurante", afirma.

Editoria de Arte/Folhapress

MODELO NACIONAL
No caso do Brasil, ainda não foi definido se a categorização vai ser por letras, diz Denise Resende, gerente-geral de alimentos da Anvisa. Nem a forma como a comunicação será feita -se pela internet ou com aviso no estabelecimento.
"Queremos mostrar para o consumidor a variação na qualidade mesmo entre os restaurantes com permissão de funcionamento", diz Denise.
Durante dois anos, a agência quer testar o projeto, ainda tido como piloto, nas cidades da Copa -até para ser um guia a turistas estrangeiros. Há a possibilidade de estender a iniciativa a outras localidades.
A adesão das cidades é voluntária e haverá recursos federais (R$ 5 milhões) para qualificação de técnicos locais de vigilância sanitária.
Segundo Denise, caberá ao município estabelecer prioridades locais -como focar em um tipo de restaurante ou priorizar bairros-, com base num "check-list" de principais riscos à saúde.
O diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, ressalva que nenhum local ficará aberto sem o mínimo de higiene hoje determinado pelas leis brasileiras.

APROVAÇÃO
De forma geral, a proposta é bem vista pelo setor.
Fernando Cabral, da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), defende que seja voluntária a divulgação do resultado pelo restaurante -o que não está previsto. A entidade ainda questiona a capacidade de fiscalização da vigilância.
A ANR (Associação Nacional dos Restaurantes) diz que o modelo funcionou no exterior e que aguarda a divulgação dos critérios nacionais.

Gesso pode ser reciclado indefinidamente

Gesso pode ser reciclado indefinidamente

Por Jornal da Unicamp

Publicado em 17 de janeiro de 2013

http://www.iengenharia.org.br/site/noticias/exibe/id_sessao/4/id_noticia/7295/Gesso-pode-ser-reciclado-indefinidamente


Um estudo conduzido na Unicamp apontou a viabilidade de reciclar o resíduo do gesso proveniente da construção civil.

A pesquisa, desenvolvida pela engenheira civil Sayonara Maria de Moraes Pinheiro, atestou a possibilidade de recuperar o material, mantendo as mesmas propriedades físicas e mecânicas do gesso comercial.

O crescimento da construção civil no país na última década tem acentuado o descarte inadequado do resíduo no ambiente, que pode contaminar o solo e o lençol freático.

"Mostramos que é viável recuperar um resíduo que não era considerado possível de ser reciclado. Tanto que não existem usinas de reciclagem para este material no país. Estima-se que o resíduo do gesso represente em torno de 4% do volume do descarte da construção civil, que no Estado de São Paulo corresponde a mais de 50% de todo o resíduo sólido urbano gerado," evidencia a engenheira civil.

Gesso sustentável

O modelo experimental para a reciclagem do resíduo envolve duas fases, moagem e calcinação. Após estas etapas foram avaliadas as propriedades físicas e mecânicas do material reciclado.

"Os resíduos foram submetidos a ciclos de reciclagem consecutivos. Com estes ciclos, nós queríamos verificar se era possível reciclar o gesso, que já havia passado por processo de reciclo. Chegamos até o 5º ciclo de reciclagem e o gesso apresentou características químicas e microestruturais similares ao longo de todo o processo. Podemos inferir, portanto, que ele pode ser reciclado indefinidamente", conclui.

Os ciclos de reciclagem provam, segundo a engenheira, que o gesso da construção civil pode ser totalmente sustentável.

"Pode-se utilizar o resíduo do gesso em diversos ciclos de reciclagem, que é uma das diretrizes da sustentabilidade no setor. Além disso, evita a extração da matéria-prima de fabricação do gesso, que é a gipsita", complementa.

Impactos ambientais do gesso

O gesso é amplamente utilizado na construção civil.

Seus usos mais comuns incluem o revestimento de tetos e paredes, a confecção de componentes pré-moldados como forros e divisórias e como elemento decorativo, devido às suas propriedades de lisura, endurecimento rápido e relativa leveza.

A matéria-prima para a fabricação do gesso é o minério chamado gipsita, cujas maiores jazidas estão localizadas no polo gesseiro de Araripe, no sertão de Pernambuco - o polo é responsável por 95% da produção nacional.

A deposição inadequada do resíduo de gesso pode contaminar o solo e o lençol freático, devido às características físicas e químicas do material, que, em contato com o ambiente, pode se tornar tóxico. "O resíduo do gesso é constituído de sulfato de cálcio di-hidratado. A facilidade de solubilização promove a sulfurização do solo e a contaminação do lençol freático", explica Sayonara.

Do mesmo modo, a deposição do resíduo em aterros sanitários comuns não é recomendada. Neste caso, além de tóxico, a dissolução dos componentes do gesso pode torná-lo inflamável, explica a pesquisadora. "O ambiente úmido, associado às condições aeróbicas e à presença de bactérias redutoras de sulfato, permite a dissociação dos componentes do resíduo em dióxido de carbono, água e gás sulfídrico, que possui odor característico de ovo podre. A incineração do gesso também pode produzir o dióxido de enxofre, um gás tóxico. As possibilidades de minimizar o impacto ambiental, portanto, são a redução da geração do resíduo, a reutilização e a reciclagem", aconselha.

Tô me apressando para morrer...algum dia!

               Ministro das Finanças do Japão diz que idosos do País devem "se apressar e morrer"

A declaração virou manchete mundial e não agradou a população do País, cuja grande parte é idosa

     http://www.infomoney.com.br/minhas-financas/aposentadoria/noticia/2664562/ministro-das-financas-japao-diz-que-idosos-pais-devem-apressar         

Por Luiza Belloni Veronesi


SÃO PAULO - O novo ministro das Finanças do Japão, Taro Aso, fez uma declaração polêmica nesta semana, durante uma reunião de governo. Aso afirmou que os idosos do País deveriam “se apressar e morrer” para aliviar os gastos governamentais com a saúde pública.
Segundo informações do The Guardian, o comentário acabou virando manchetes de jornais e não agradou nada o povo japonês, em parte porque um em cada quatro cidadãos é idoso. Daqui 50 anos, 40% da população terá idade superior a 60 anos.


Taro Aso - ministro das Finanças  (Reuters)
Taro Aso - ministro das Finanças (Reuters)

Quem também não gostou da declaração foi o novo primeiro-ministro, Shinzo Abe, que já comandou o Japão mas foi demitido com apenas um ano no poder, em 2007, devido a uma série de gafes feitas por membros de seu gabinete.
Na declaração completa, Aso referiu-se aos idosos que não conseguem viver sem a ajuda de aparelhos. “Deus me livre se você é forçado a viver quando quer morrer. Eu acordaria me sentindo cada vez pior sabendo que [o tratamento] foi tudo por conta do governo. O problema não será resolvido, a menos que as pessoas o deixe se apressar e morrer”.
Não é a primeira vez que o ministro de 72 anos, um dos políticos mais ricos do Japão, questiona o dever do Estado para com sua grande população idosa. Em 2008, enquanto era primeiro-ministro, Aso descreveu pensionistas como pessoas "senis" e que deveriam cuidar melhor de sua saúde.
Cuidar de idosos é um grande desafio para os serviços sociais do Japão. De acordo com um relatório atual, o número de famílias que recebem cuidados médicos, que incluem membros da família com 65 anos ou mais, foi mais de 678 mil, ou cerca de 40% do total. O governo planeja reduzir tais despesas em seu próximo orçamento, que deve entrar em vigor em abril deste ano, com os detalhes dos cortes esperados dentro de dias.