terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Carro mais eficiente pode gerar economia superior a R$ 8.000


14/01/2013 - 05h30

Carro mais eficiente pode gerar economia superior a R$ 8.000; consulte o seu modelo





GABRIEL BALDOCCHI
DE SÃO PAULO

Na hora de comprar o próximo carro novo, consumidores brasileiros lembrarão, cada vez mais, da última vez em que foram a uma loja para adquirir uma geladeira.
Com a adesão de mais montadoras aos testes do Inmetro que concedem o selo de eficiência energética, hoje mais conhecidos nos eletrodomésticos, a ferramenta deve ganhar força como meio de comparação.

Quem não se preocupar com as informações das etiquetas coladas nos vidros dos carros poderá deixar para trás uma economia que pode superar R$ 8.000.
O Inmetro calculou a diferença dos gastos com combustível para percorrer um percurso diário de 40 quilômetros com os veículos mais e menos eficientes dentro de uma mesma categoria.
Para os modelos populares, a diferença em cinco anos ficou em R$ 4.763, quase 20% do valor de um carro novo de R$ 25 mil. A maior economia foi identificada no grupo fora de estrada.
O consumo usado nos cálculos não tem base em um veículo específico. Considera a média dos mais eficientes (selo A) contra a média dos menos eficientes (selo E).
Os valores são uma referência, uma forma de o instituto chamar a atenção para o impacto da comparação aos bolsos dos consumidores.
"O consumidor tem que perceber as vantagens econômicas. Esse tipo de cultura, que a gente tem hoje em outros programas de etiquetagem, como nos de iluminação e refrigeração, é o que a gente quer implantar no veicular", diz o técnico do Inmetro Gustavo Kuster.
Até o ano passado, a limitação da amostra dificultava a comparação. Os 105 modelos testados em 2012 representavam 55% das vendas.
CONSULTE O COEFECIENTE PARA SABER SE É MELHOR ÁLCOOL/GASOLINA
Uno, Novo Uno, 500, Ka, Picanto, March, e Clio
C3, Siena, Fiesta Hatch, Fit, HB20, Livina, 207, Sandero, Etios Hatchback, Gol, Novo Gol, Polo, Polo Sedan
Fiesta Sedan, City, Soul, Versa, Logan, Etios Sedan, Novo Voyage
Focus Hatch, Civic, Cerato, Sentra, Fluence, Corolla
Aircross, Novo Idea, Palio Adventure, Strada, Doblo Adventure, Ecosport, Sportage, Pajero, Duster
Ecosport Freestyle 4WD, Duster 4x4

A arte abaixo ensina a fazer o cálculo.
Editoria de Arte/Folhapress
O estímulo do governo à adesão ao programa por meio das regras do novo regime automotivo elevou a base para 327 tipos em 2013, cerca de 70% do mercado, com a entrada de 16 novas marcas.
Entre as grandes, apenas a GM ainda não aderiu. Outras sete empresas já apresentaram o pedido para ingressar.
O lançamento no ano passado do Inovar-Auto, nome da nova política industrial, deu ênfase ao tema de eficiência energética e emissão de gás carbônico (que constará pela primeira vez nos selos).
O assunto concentra hoje os principais esforços da indústria automotiva no mundo, que investe pesado para alcançar os níveis exigidos pelos países em que atua.
No Brasil, a exigência mínima passará a ser, em 2017, 12% superior à média atual de consumo. Montadoras e importadoras terão de atingir uma média entre os seus modelos de 17,26 km por litro na gasolina e de 11,96 km por litro no etanol para conseguir uma redução de imposto.
Individualmente, hoje nenhum carro atinge o patamar proposto. Os números deste ano, contudo, indicam uma leve melhora em relação a 2012. A média de consumo dos subcompactos mais eficientes, por exemplo, ficou 5% melhor na gasolina.

Uso do espaço público...mediação de conflitos...


08/01/2013 - 19h19

Subprefeito pede bom senso a skatistas e promete adaptações na Roosevelt

RENATA MIRANDA
DE SÃO PAULO

http://www1.folha.uol.com.br/saopaulo/1211936-subprefeito-pede-bom-senso-a-skatistas-e-promete-adaptacoes-na-roosevelt.shtml

A reunião entre o subprefeito da Sé, Marcos Barreto, representantes da Associação Ação Local Roosevelt e skatistas terminou sem resultados concretos sobre o uso do espaço público na praça, no centro de São Paulo. Uma das ações para resolver o impasse entre moradores e skatistas é a realização de pequenas reformas e instalação de placas que orientem sobre o uso do espaço. O projeto foi pensado na gestão do prefeito Gilberto Kassab (PSD), mas não foi colocado em prática.
Renata Miranda/Folhapress
Skates ficaram do lado de fora da sala de reunião que discute uso do espaço na praça Roosevelt (centro de São Paulo)
Skates ficaram do lado de fora da sala de reunião que discute uso do espaço na praça Roosevelt (centro de São Paulo)
Um prazo para a conclusão dessas obras e o valor estimado que elas custarão, no entanto, não foram estabelecidos pela administração municipal. "Ainda é precipitado estabelecermos um prazo, mas acredito que é algo que deve ocorrer nos próximos meses porque não são obras complexas", disse Barreto.
O encontro desta terça (8), que ocorreu em uma sala da base da GCM (Guarda Civil Metropolitana) a portas fechadas, funcionou para informar a nova gestão sobre as principais reclamações e reivindicações referentes à praça.
"Foi um evento de posicionamento para informar o subprefeito sobre a atual situação", diz Jader Nicolau Jr., presidente da Associação Ação Local Roosevelt.
Barreto, há menos de uma semana à frente da Subprefeitura da Sé, disse que a solução dos problemas apresentados --como a discussão sobre a prática do skate no local-- é uma das prioridades do órgão a partir de agora.
Até que as obras sejam concluídas, o subprefeito pede que os usuários do espaço usem do bom senso. Segundo ele, as partes envolvidas no impasse precisarão ter boa vontade e tolerância enquanto os problemas são resolvidos.

Inauguração da praça Roosevelt

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Lalo de Almeida/Folhapress
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Skatista faze manobras na praça Roosevelt
INCIDENTE

A discussão pelo uso da praça Roosevelt vem desde sua reinauguração no fim de 2012. Um vídeo feito na última sexta-feira (4) flagrou o momento em que ao menos quatro guardas-civis metropolitanos se envolvem em confusão e usam spray de pimenta contra skatistas que andavam no local. As imagens mostram um rapaz sendo imobilizado por um GCM --que não estava fardado.
O guarda, apesar de ter sido afastado, continua exercendo atividade interna, afirmou a inspetora da GCM, Lindamir Magalhães. "Os excessos estão sendo apurados e para todo processo existe um tempo legal", justificou a comandante.
De acordo com ela, a orientação para os guardas que atuam na Roosevelt continua a mesma: evitar o mau uso da praça por parte dos usuários.

Projeto Acácia: Economia verde?


Madeira brasileira atrai estrangeiros

Para captar investidores em países ricos, fundos anunciam que o produto, de tão rentável, traria mais dinheiro que aplicações em ouro

13 de janeiro de 2013 | 2h 06


JAMIL CHADE, CORRESPONDENTE/ GENEBRA - O Estado de S.Paulo
Investir em madeira brasileira pode render mais que uma aplicação em ouro e ser mais interessante que os papéis do Tesouro americano. O anúncio parece exagerado. Mas é a mensagem que dezenas de fundos de investimento estão lançando em países ricos, em busca de pessoas interessadas em aplicar seu dinheiro. Com o setor imobiliário implodido nos países ricos e dúvidas em relação a aplicações tradicionais, empresas apresentam segmentos alternativos, caso da madeira brasileira, como opção.
Uma dessas empresas é a Greenwood, que criou o que chama de "Projeto Acácia". A companhia estrangeira comprou cinco áreas em um total de 2,3 mil hectares para plantar de forma sustentável as árvores. Uma dessas áreas fica no Estado da Bahia.
O interessado aplica seu dinheiro, compra simbolicamente áreas nessas terras da empresa e será a venda dessa madeira para o mercado doméstico brasileiro e eventual exportação que garantirá o retorno do investimento. Os dividendos, segundo a empresa, começarão a aparecer dentro de três anos. Por meio hectare adquirido, o investidor paga 6,2 mil euros. Os pacotes podem chegar a 505 mil euros.
"O fato é que esse é o melhor momento para que as pessoas se envolvam nesse investimento, já que ele está fora da zona do euro, em crise", escreveu ao Estado Liam Fleming, um dos administradores do projeto. "O Brasil é um mercado em expansão e que só pode ficar melhor com a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos", indicou. "Nesse momento, muitos investidores estão saindo da Europa e indo ao Brasil na preparação desses eventos e o governo está gastando bilhões em infraestrutura", disse Fleming. "Adoramos a notícia, já que significa que a demanda por madeira vai aumentar", completou.
Casas populares. Outro fator que está impulsionando esses fundos é a decisão do governo de lançar a construção de casas populares, que também exigiriam o fornecimento de madeira.
De fato, segundo a Wood Resource Quarterly, empresa que mantém um monitoramento dos preços de madeira pelo mundo, o custo do produto no Brasil bateu um recorde em 2011, diante da demanda aquecida. De acordo com o levantamento, o recorde não se refere apenas aos preços no Brasil nos últimos anos, mas também em comparação com regiões como Europa, Austrália, Chile e Rússia. A demanda externa também ajudou a elevar os preços, algo positivo para os investidores. Em 2011, as exportações aumentaram 6%, principalmente para China, México, Marrocos e Arábia Saudita.
A indefinição sobre o Código Florestal no Brasil e obstáculos legais chegaram a causar uma fuga de investimentos no setor, com cálculos que apontam que até US$ 6 bilhões teriam deixado de ser investidos no País nos últimos anos.
Ainda assim, diante das perspectivas, empresas estrangeiras da Suécia, EUA e vários outros países prometem a seus clientes no exterior um retorno de 5% a 14% para quem investir em eucalipto, acácia ou outras madeiras no Brasil, sempre com a promessa de que a gestão do produto será feita de acordo com as leis ambientais locais.
Atrativos. Em Londres, a Global Forestry Investments atrai seus clientes apontando simplesmente que, entre os anos 1987 e 2006, a madeira rendeu mais às aplicações que a bolsa de Nova York, o mercado imobiliário inglês ou emissões do Tesouro americano.
Já a Big Lands Brazil, com escritórios no País e no exterior, aponta que já tem 83 propriedades pelo Brasil, onde investe em madeira em mais de 1,6 milhão de hectares. Uma de suas funções em 2011 foi a de dar consultoria para um fundo de investidores interessados em madeira e com base em Guernsey - um paraíso fiscal localizado no Canal da Mancha.
Não é apenas a extensão do território brasileiro que é vendida aos investidores como algo atrativo. A consultoria australiana New Forest ainda aponta para as inovações genéticas e de manejo florestal no Brasil, permitindo taxas de crescimento das árvores acima da média. "O Brasil tem desenvolvido regimes de manejo que permitem que espécies de eucalipto possam crescer a taxas de quase 50 metros cúbicos por hectare por ano", indicou.

Praia no parque...


13/01/2013 - 03h00

Prefeitura oficializa praias na Guarapiranga e reforça turismo na região


A capital paulista não tem litoral, mas oficialmente tem praia desde o fim do ano passado. A menos de 25 quilômetros da praça da Sé, região central da cidade, o paulistano encontra sombra, areia e água... doce.
Um decreto do ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD), de 14 de novembro de 2012, oficializou e regulamentou o uso de 18 praias na represa de Guarapiranga, na zona sul. A ação faz parte de um plano do governo municipal para reforçar o turismo na região.
Guarujapiranga, Dedo de Deus e praia do Sol já eram opções de lazer às margens do reservatório, que recebe cerca de 10 mil pessoas por dia durante os meses de verão, segundo a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo).

Praias de paulistano


Silvia Zamboni/Folhapress
Banhistas aproveitam a praia do Sol, uma das 18 praias oficializadas pela prefeitura no fim do ano passado
Agora, reconhecidas pela prefeitura, as praias serão fiscalizadas pela Marinha e deverão receber placas de sinalização turística e medições da qualidade de suas águas.
Atualmente, a Cetesb verifica a balneabilidade de apenas seis praias da Guarapiranga -entre elas, quatro foram oficializadas pela prefeitura, sendo que duas são consideradas próprias para banho - segundo última medição do órgão.
Além disso, oito parques ao longo da orla da represa estão sendo construídos -cinco já foram entregues. E, em dezembro, foi inaugurada a ciclofaixa de lazer da Guarapiranga, com 11,2 km de extensão, que liga a avenida Atlântica à ciclofaixa da marginal Pinheiros.
Nada, porém, parece ter sido mais celebrado por comerciantes, moradores e frequentadores da represa ouvidos pela sãopaulo do que a oficialização dos nomes das praias, que já eram utilizados informalmente pelos "caiçaras" da Guarapiranga.
Em seu entorno, há outras praias além das 18 oficializadas, mas o governo municipal trabalha com o número de pontos reconhecidos pela Marinha. Esta, por sua vez, afirma considerar apenas as áreas que possuem infraestrutura mínima e que têm procura maior pela população.
"É o reconhecimento das tradições. Fiquei muito feliz de a prefeitura ter preservado isso", afirma José Nelson Simas, 64, gerente de uma lanchonete localizada há mais de 20 anos na avenida Atlântica, em Interlagos, principal via que contorna parte da orla da represa.
CONSULTA POPULAR
De acordo com Simas e outros comerciantes locais, uma "consulta" foi realizada pela prefeitura para confirmar o nome das praias. "Funcionários das subprefeituras nos procuraram para saber por qual nome o povo chamava as praias", diz Wellington Silva Lis, 32, garçom de um restaurante que fica à beira da represa. A informação não foi confirmada pela prefeitura.
Responsável por abastecer cerca de 3,5 milhões de habitantes, a Guarapiranga deverá receber até o fim deste ano sinalização de trânsito semelhante a de outros pontos turísticos da capital, como os parques Ibirapuera e Anhembi.
"O potencial do reservatório não podia mais ser ignorado", disse, em nota, a gestão passada da Secretaria de Coordenação das Subprefeituras, responsável pelo decreto.
A instalação das placas turísticas, em cor marrom, será feita pela SPTuris, empresa de promoção do turismo da cidade de São Paulo.
As 18 praias e as principais vias de trânsito das subprefeituras de Capela do Socorro, Parelheiros e M'Boi Mirim, que abrigam as áreas, serão sinalizadas.
A expectativa é de praias ainda mais cheias nos dias ensolarados e lucro para o comércio local. "[A oficialização das praias] ajuda a atrair mais gente", afirma Simas.
"Será ainda mais difícil encontrar lugar para estender a canga e montar o guarda-sol. O pessoal vai descobrir como isso aqui é bom", brinca a dona de casa Josélia Soares, 45, que no domingo passado (6) aproveitava a praia de Guarujapiranga com seus dois filhos.
TIPOS DE USO
Entre as 18 praias, 12 são de uso exclusivo para banhistas, duas de uso misto -em que embarcações são permitidas- e quatro voltadas para atividades náuticas, explica o capitão-de-fragata André Luiz Pereira, do Comando do 8º Distrito Naval da Marinha. "Identificamos as áreas e estabelecemos pontos para reduzir os acidentes na represa."
No ano passado, três acidentes envolvendo embarcações e banhistas foram registrados na Guarapiranga. "A meta é zerar esse número", afirma Pereira. Após a publicação do decreto, um convênio foi assinado entre a prefeitura e a Marinha.
O documento determina a fiscalização compartilhada entre a Força e a GCM (Guarda Civil Metropolitana) das águas, das embarcações e dos motoristas náuticos no local.
O controle também ficará mais rígido em relação à qualidade da água. "O número de pontos de avaliação poderá aumentar de acordo com o interesse público", explica Uladyr Nayme, engenheiro do setor de águas superficiais da Cetesb.
"Já chegamos a avaliar 13 pontos, mas os custos acabaram diminuindo o serviço", justifica Nayme as atuais seis áreas que têm a balneabilidade verificada -o órgão testa a presença de algas, esgoto e substâncias nocivas à saúde.

#arsao guarapiranga

Brasil debate acordo para banir mercúrio na próxima década


Brasil debate acordo para banir mercúrio na próxima década

País defende prazo maior para a proibição do uso do químico na mineração e na indústria; ricos não querem pagar a conta

12 de janeiro de 2013 | 2h 06


JAMIL CHADE , CORRESPONDENTE / GENEBRA - O Estado de S.Paulo
O governo brasileiro vai impor condições para aceitar um acordo internacional para banir o uso do mercúrio no garimpo e quer garantias de que prazos sejam criados para o estabelecimento de programas e financiamento para que pequenos mineradores possam abandonar o produto.
O tema começa a ser debatido amanhã, em Genebra, na última rodada de negociações na Organização das Nações Unidas (ONU) para a criação de um tratado que controle o uso do mercúrio, seja na mineração ou na indústria. O assunto volta a abrir um confronto diplomático entre países ricos e emergentes. O Brasil defenderá um período de transição, entre 2020 e 2025, até que o químico seja banido, enquanto países ricos insistem que sua proibição deve ocorrer já em 2020.
Há um consenso de que as emissões geradas pelo mercúrio precisam ser limitadas. Para a ONU, o mercúrio está entre os dez químicos mais ameaçadores para a saúde humana e o ambiente. Alguns dos animais no Ártico teriam quantidade de mercúrio no sangue 12 vezes superior ao normal no período pré-industrial.
Debate. Governos ainda não se entendem sobre como reduzir as emissões de mercúrio. Parte do problema seria a mineração. Entre os séculos 18 e 19, estima-se que a humanidade jogou 350 mil toneladas de mercúrio nos solos, em busca do ouro, principalmente nos EUA. Hoje, são os pequenos mineradores da América Latina, da Ásia e da África que mais usam o produto.
O mercúrio permite que o ouro seja identificado mais facilmente. O processo seguinte é o de esquentar o amálgama formado. O mercúrio é liberado para a atmosfera, enquanto o ouro pode ser usado. Novas tecnologias já existem, mas sua implementação custaria dinheiro, ações concretas e prazos para banir gradualmente o elemento químico.
A avaliação do governo brasileiro é de que só banir o produto não funcionaria, pois criaria um mercado clandestino. Outro argumento é de que, em muitos países em desenvolvimento, o mercúrio que acaba nos garimpos vem de exportações de países ricos. Na Europa, o produto é proibido - mas não sua exportação.
Para os emergentes, banir o mercúrio dos garimpos exige ação dos países ricos, além de um financiamento para pagar por uma transição.
Outro obstáculo para um acordo é o uso industrial do produto, principalmente nos países que usam carvão como fonte de energia. "O maior confronto é sobre quem vai pagar pela conta de uma transformação no modelo", declarou Ludovic Bernaudat, especialista da ONU.
Uma das metas do acordo era pôr um teto na emissão do mercúrio. Mas China e Índia, os dois maiores usuários hoje, rejeitaram o plano caso o acordo não venha acompanhado de um mecanismo para financiar a transformação tecnológica dessas países ou simplesmente transferir tecnologia já existente. Os países ricos não querem financiar sozinhos esse plano. Uma alternativa poderá ser o estabelecimento de metas nacionais, com datas diferenciadas para cada governo.