Os desafios da acessibilidade em São Paulo
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6/Junho/2013
A cidade segura: desenho urbano e ocupação de espaços são apontados como medidas de segurança em palestra da News Cities Summit 2013
Mais polícia ou melhor espaço urbano? Palestrantes discutem quais as soluções para uma cidade mais segura
Lucas Rodrigues, da revista AU
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O debate sobre segurança pública que aconteceu na New Cities Summit 2013, em São Paulo, não tratou apenas do aspecto da lei ou das forças policiais. Intermediadas pelo chefe do escritório da revista Time no Brasil, Andrew Downie, as discussões da sessão paralela "Urban Security" também apontaram a falta de políticas públicas, as desigualdades sociais e até o desenho das cidades como responsáveis pelo sentimento de insegurança nos grandes centro urbanos.
Segundo Ellen Gracie Northfleet, ministra da Suprema Corte Federal de Justiça, "a questão da violência urbana é basicamente um problema político-social". Para ela, o poder público omite a participação em determinadas regiões, deixando um espaço livre para a prática de crimes. Nesse sentido, Ellen citou a retomada dos morros cariocas como uma experiência importante de inclusão, que viabilizou o oferecimento de serviços como saúde, justiça e assistência social.
A ministra ainda disse que é comum que o poder judiciário seja responsabilizado pela falta de condenações. Ela acredita, no entanto, que o foco desse problema se encontra na deterioração e no sucateamento das forças e do aparato policial, o que leva a investigações falhas e ineficazes.
Martha Mesquita da Rocha, chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, atribuiu a situação das instituições policiais à falta de investimentos do governo à longo prazo. "Durante muito tempo, a segurança pública foi uma política de governo, não de Estado", afirmou. Nesse sentido, Martha assinalou como alternativa a iniciativa da cidade do Rio, que em setembro de 2013 irá inaugurar a Cidade da Polícia, espaço que concentrará 17 delegacias especializadas, além de serviços de inteligência.
Para Sophie Body Gendrot, professora de ciência política e estudos americanos da Universidade de Sorbonne, existe um sentimento de que a polícia é a solução definitiva para a violência, o que ela acredita não ser verdade. De acordo com a professora, que já pesquisou o tema da segurança urbana em diferentes metrópoles, os fatores em comum que podem levar a solução do problema envolvem medidas como a diminuição da pobreza, a criação de espaços públicos, o investimento em tecnologia especializada, o policiamento justo e a recuperação de criminosos.
A diretora do Centro Internacional de Prevenção ao Crime, Paula Miraglia, explicou que outra política importante é o uso da informação, principalmente dos dados de observatórios que constituem um conhecimento muito local. Uma tendência que ela também enxerga como estratégia de segurança é a atenção à organização espacial das cidades. "O desenho urbano está passando a oferecer uma contribuição interessante", contou Paula, para quem espaços públicos podem compor ambientes mais seguros.
Um exemplo dessa ideia foi apresentada pelo arquiteto Alejandro Echeverri, diretor do centro de estudos urbanos e ambientais da Universidad EAFIT, em Medellín, na Colômbia. Ele apresentou um projeto de urbanização na cidade que buscou conectar a população com as narrativas da região. Além de agregar valor e beleza à área, a ação interligou o espaço com outros ambientes do centro urbano e ofereceu visibilidade ao bairro. "A proposta principal foi reconquistar o território para as pessoas", disse. Mas, para Alejandro, apesar de bem sucedido, o projeto não pode ser transportado integralmente para outras cidades. "Cada situação é muito específica", concluiu.
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Areia
Presença de impurezas e até o formato dos grãos da areia podem influenciar no desempenho da argamassa. Saiba o que considerar ao escolher esse material
Reportagem: Isis Nóbile Diniz
Areia é um agregado miúdo que resulta da fragmentação de rochas como granito, gnaisse, basalto, sílica, quartzo e calcário e, segundo a NBR 7.211 - Agregados para Concreto, deve passar por peneira com abertura de malha de no máximo 4,8 mm. Pode ser obtida de fontes naturais, como leitos de rios, ou industrializada, decorrente de britagem. A reciclada, proveniente de demolição, ainda é pouco usada e exige checar se há contaminação com metais, madeiras, cerâmica ou impurezas.
O transporte pode corresponder a um terço do seu valor, pois as áreas de extração estão cada vez mais distantes. A areia usada na Região Metropolitana de São Paulo, por exemplo, vem de jazidas a até 150 km de distância. É esse custo que, para o engenheiro Eugenio Pacelli, do escritório Pacelli engenharia civil, determina a escolha entre a areia industrializada e a natural.
Ao comprar, é preciso checar a autorização do Ministério de Minas e Energia, o alvará municipal, o licenciamento ambiental, a autorização para supressão de vegetação nativa e intervenção em áreas de preservação.
A areia é comercializada por metro cúbico. "O problema é que, principalmente a natural, aumenta de volume quando úmida ou quando revolvida", conta Ercio Thomaz, pesquisador do Centro de Tecnologia do Ambiente Construído (Cetac) do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). Assim, para conferir a quantidade fornecida, o ideal é contar com equipamentos capazes de medir o teor de umidade do material.
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3/Junho/2013De via expressa a parque: Medellín abre concurso internacional para criação de parque linearhttp://www.piniweb.com.br//construcao/urbanismo/de-via-expressa-a-parque-medellin-abre-concurso-internacional-para-290262-1.aspA via que hoje recebe um milhão de veículos diariamente e fica nas margens do rio Medellín deve se transformar em parque. Prefeitura abre concurso para projeto que resolva a mobilidade, integre os tecidos urbanos adjacentes e recupere a relação da cidade com seu rio | |
Medellín acaba de abrir um concurso público internacional para o anteprojeto urbanístico, paisagístico e arquitetônico do futuro Parque do Rio, com 26,3 km de comprimento e 424 hectares em torno do rio Medellín. O objetivo: transformar uma via expressa para carros - onde hoje passam mais de um milhão de veículos diariamente - em um parque, aos moldes do projeto Madrid Rio. O concurso será aberto dia 12 de junho, e as propostas para a primeira etapa devem ser enviadas até 26 de julho. Os vencedores devem responder à necessidade de melhorar a oferta de serviços ambientais, articular grandes zonas urbanas, integrar o rio à cidade e reorganizar a infraestrutura viária que hoje ocupa suas margens. As superfícies resultantes da recuperação das margens do rio também devem receber equipamentos urbanos e obras habitacionais. O concurso será realizado em duas etapas. A primeira, para um projeto básico, pede projetos que proponham um novo contexto para os três setores do parque (norte, centro e sul), os questionamentos e ideias gerais sobre como o rio irá se integrar ao tecido urbano do entorno, e que expliquem o caráter do novo espaço público. Serão selecionados cinco finalistas, a serem conhecidos em agosto de 2013. Cada um receberá 35 milhões de pesos (cerca de 18 mil dólares). Na segunda etapa, os finalistas partirão de seu esquema básico para fazer o anteprojeto urbanístico, paisagístico e arquitetônico para o setor Centro do parque, que tem cerca de 19 km de comprimento e 328 hectares. Este projeto deve apresentar um nível mais profundo de detalhamento das propostas. Nesta fase, serão premiados três projetos. O segundo e o terceiro lugares devem receber 106 e 70 milhões de pesos, respectivamente (cerca de 55 e 36 mil dólares, respectivamente). O primeiro colocado será contratado para produzir os desenhos definitivos e receber, por isso, 2 bilhões de pesos (cerca de 1 milhão de dólares). O resultado será apresentado em outubro, e os desenhos definitivos devem ser entregues em março de 2014. As propostas serão apresentadas no 7º Fórum Urbano Mundial ONU-Habitat, que acontece em Medellín em abril de 2014. A Empresa de Desenvolvimento Urbano (EDU), de Medellín, é a responsável pela estruturação do projeto na prefeitura, e o concurso é organizado pela Sociedade Colombiana de Arquitetos. Enquanto sua cidade não desiste das vias expressas nas margens dos rios, esta é uma boa oportunidade de pesquisar e projetar aqui pertinho, e em um tipo de projeto que tem tudo para ser o futuro das cidades. Pelo menos, daquelas que focam um desenvolvimento sustentável. Informações, formulários e inscrições:http://sociedadcolombianadearquitectos.org/concursodelriomedellin/ |