segunda-feira, 10 de junho de 2013

Os desafios da acessibilidade em São Paulo

Os desafios da acessibilidade em São Paulo

O estadão.com.br acompanhou os caminhos de Michelle Balderama, estudante de 26 anos que usa uma cadeira de rodas há seis. Assista à série especial

TV Estadão




Solução para a cidade segura: Diminuição da pobreza, a criação de espaços públicos, o investimento em tecnologia especializada, o policiamento justo e a recuperação de criminosos...

6/Junho/2013
A cidade segura: desenho urbano e ocupação de espaços são apontados como medidas de segurança em palestra da News Cities Summit 2013

Mais polícia ou melhor espaço urbano? Palestrantes discutem quais as soluções para uma cidade mais segura




Lucas Rodrigues, da revista AU


O debate sobre segurança pública que aconteceu na New Cities Summit 2013, em São Paulo, não tratou apenas do aspecto da lei ou das forças policiais. Intermediadas pelo chefe do escritório da revista Time no Brasil, Andrew Downie, as discussões da sessão paralela "Urban Security" também apontaram a falta de políticas públicas, as desigualdades sociais e até o desenho das cidades como responsáveis pelo sentimento de insegurança nos grandes centro urbanos. 


Divulgação
Da esquerda para a direita, Andrew Downie, Ellen Gracie Northfleet e Martha Mesquita da Rocha
Segundo Ellen Gracie Northfleet, ministra da Suprema Corte Federal de Justiça, "a questão da violência urbana é basicamente um problema político-social". Para ela, o poder público omite a participação em determinadas regiões, deixando um espaço livre para a prática de crimes. Nesse sentido, Ellen citou a retomada dos morros cariocas como uma experiência importante de inclusão, que viabilizou o oferecimento de serviços como saúde, justiça e assistência social.
A ministra ainda disse que é comum que o poder judiciário seja responsabilizado pela falta de condenações. Ela acredita, no entanto, que o foco desse problema se encontra na deterioração e no sucateamento das forças e do aparato policial, o que leva a investigações falhas e ineficazes.
Martha Mesquita da Rocha, chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, atribuiu a situação das instituições policiais à falta de investimentos do governo à longo prazo. "Durante muito tempo, a segurança pública foi uma política de governo, não de Estado", afirmou. Nesse sentido, Martha assinalou como alternativa a iniciativa da cidade do Rio, que em setembro de 2013 irá inaugurar a Cidade da Polícia, espaço que concentrará 17 delegacias especializadas, além de serviços de inteligência.
Para Sophie Body Gendrot, professora de ciência política e estudos americanos da Universidade de Sorbonne, existe um sentimento de que a polícia é a solução definitiva para a violência, o que ela acredita não ser verdade. De acordo com a professora, que já pesquisou o tema da segurança urbana em diferentes metrópoles, os fatores em comum que podem levar a solução do problema envolvem medidas como a diminuição da pobreza, a criação de espaços públicos, o investimento em tecnologia especializada, o policiamento justo e a recuperação de criminosos. 
A diretora do Centro Internacional de Prevenção ao Crime, Paula Miraglia, explicou que outra política importante é o uso da informação, principalmente dos dados de observatórios que constituem um conhecimento muito local. Uma tendência que ela também enxerga como estratégia de segurança é a atenção à organização espacial das cidades. "O desenho urbano está passando a oferecer uma contribuição interessante", contou Paula, para quem espaços públicos podem compor ambientes mais seguros.
Um exemplo dessa ideia foi apresentada pelo arquiteto Alejandro Echeverri, diretor do centro de estudos urbanos e ambientais da Universidad EAFIT, em Medellín, na Colômbia. Ele apresentou um projeto de urbanização na cidade que buscou conectar a população com as narrativas da região. Além de agregar valor e beleza à área, a ação interligou o espaço com outros ambientes do centro urbano e ofereceu visibilidade ao bairro. "A proposta principal foi reconquistar o território para as pessoas", disse. Mas, para Alejandro, apesar de bem sucedido, o projeto não pode ser transportado integralmente para outras cidades. "Cada situação é muito específica", concluiu.

Areia industrializada ou natural?

Areia
Presença de impurezas e até o formato dos grãos da areia podem influenciar no desempenho da argamassa. Saiba o que considerar ao escolher esse material



Reportagem: Isis Nóbile Diniz


Areia é um agregado miúdo que resulta da fragmentação de rochas como granito, gnaisse, basalto, sílica, quartzo e calcário e, segundo a NBR 7.211 - Agregados para Concreto, deve passar por peneira com abertura de malha de no máximo 4,8 mm. Pode ser obtida de fontes naturais, como leitos de rios, ou industrializada, decorrente de britagem. A reciclada, proveniente de demolição, ainda é pouco usada e exige checar se há contaminação com metais, madeiras, cerâmica ou impurezas.
O transporte pode corresponder a um terço do seu valor, pois as áreas de extração estão cada vez mais distantes. A areia usada na Região Metropolitana de São Paulo, por exemplo, vem de jazidas a até 150 km de distância. É esse custo que, para o engenheiro Eugenio Pacelli, do escritório Pacelli engenharia civil, determina a escolha entre a areia industrializada e a natural.
Foto: Marcos LimaFoto: Marcos Lima
Foto: Marcos LimaFoto: Marcos Lima
Ao comprar, é preciso checar a autorização do Ministério de Minas e Energia, o alvará municipal, o licenciamento ambiental, a autorização para supressão de vegetação nativa e intervenção em áreas de preservação.
A areia é comercializada por metro cúbico. "O problema é que, principalmente a natural, aumenta de volume quando úmida ou quando revolvida", conta Ercio Thomaz, pesquisador do Centro de Tecnologia do Ambiente Construído (Cetac) do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). Assim, para conferir a quantidade fornecida, o ideal é contar com equipamentos capazes de medir o teor de umidade do material.
PARA CHECAR A PUREZA
Obs.: O ideal é que a altura h1 seja igual a h2 ou no máximo um pouco maior.
Fonte: Eugênio Pacelli Domingues de Moraes.
- Quando a carga chegar ao canteiro, verifique se há cheiro desagradável ou se a areia está rosada
- O material deve ser comparado com amostra testemunho, se houver
- Esfregue nas mãos limpas. Se as mãos ficarem sujas, é porque a areia também está
- Preencha metade de um recipiente transparente limpo, como uma garrafa, com areia. Acrescente 3/4 de água potável, feche o recipiente e agite a mistura vigorosamente por um minuto. Deixe em repouso por entre dez e 20 minutos. Em seguida, observe o aspecto da água. Se apresentar cor escura (turva) ou espuma amarelada, há indicação de contaminação por matéria orgânica e argila. Areias de boa qualidade resultam em água clara

GRANULOMETRIAS E APLICAÇÕES
Industrializada x natural
- Industrializada: feita a partir de rochas britadas, geralmente não tem contaminantes como argilas e materiais orgânicos, além de apresentar maior uniformidade no tamanho dos grãos. Em relação às naturais, tem textura mais áspera e grãos no formato de placas alongadas. Por isso, apresenta maior atrito interno e tem superfície maior, o que exige mais água e mais aglomerante. "Deve-se tomar cuidado para a argamassa não ficar muito dura, muito retrátil e com maior risco de ocorrência de fissuras de retração", alerta Thomaz. Por outro lado, a textura rugosa pode ser interessante para chapisco ou locais com acabamento rústico.
- Natural lavada: com grãos esféricos e menor superfície específica, necessita de menos água e "produz argamassas com melhor trabalhabilidade", afirma o engenheiro Eugênio Pacelli, do escritório Pacelli Engenharia Civil. Ao usar, é preciso checar se está limpa, livre de contaminantes como argilas e materiais orgânicos.
Fonte: "Manual prático de materiais de construção", Ernesto Ripper.
Impurezas
Sujeira na areia pode causar reações de expansão, fissuras de retração, redução da aderência e até descolamento dos revestimentos. "As impurezas orgânicas podem impedir o endurecimento do cimento", avisa Thomaz. A NBR 7.211 limita a 3% a quantidade de torrões de argila; 3% de materiais finos e 10% de impurezas orgânicas. Na ausência de laudo laboratorial ou na impossibilidade de encaminhar amostra para análise, uma das formas de examinar se a areia está limpa é observando a cor. Quanto mais rosada, provavelmente mais argila e mais silte a areia contém. Mas essa não é uma regra livre de erros, pois a cor depende da rocha da qual provém.

ARMAZENAMENTO
- Preveja um local de fácil acesso à descarga e próximo ao local de uso
- Separe a areia de acordo com a data de chegada
- Não misture areias de granulometrias diferentes
- Armazene em local livre de chuva
- Para evitar contaminação, não deposite diretamente no solo, mas sobre plástico ou lona
 

Parque Villa-Lobos vai ganhar 'puxadinho'

Parque Villa-Lobos vai ganhar 'puxadinho'



Batizada de Candido Portinari, área verde está sendo construída no local onde havia canteiro de obras do Metrô e será inaugurada até o fim do ano

06 de junho de 2013 | 2h 04


Giovana Girardi - O Estado de S.Paulo
Para marcar o Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado ontem, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, anunciou que até o fim do ano a capital terá um novo parque. Batizado de Cândido Portinari, será uma espécie de "puxadinho" do Villa-Lobos, na zona oeste.
Construído no local onde funcionava o canteiro de obras da Linha 4-Amarela do Metrô, o novo parque será interligado ao Villa-Lobos por ciclovia e passarela, criando uma complexa área verde com mais de 850 mil metros quadrados. O novo espaço de lazer contribuirá com 121.670 m², nos quais serão plantadas 20 mil árvores.
Até o fim do ano, de acordo com o secretário do Meio Ambiente, Bruno Covas, deve ser entregue a primeira etapa do parque, com as áreas gramadas e uma ciclovia de 1.600 metros integrada à de 3.500 metros do Villa-Lobos. A infraestrutura mais pesada, porém, com quadras poliesportivas e pista de skate, deve ficar pronta apenas em março de 2014.
Outro destaque será a geração de energia solar no complexo. O estacionamento entre os dois parques, que terá 500 vagas, será coberto por painéis solares, com capacidade para gerar 1,1 megawatt de energia, suficiente para o consumo do parque e de 30 casas. O projeto é uma parceria do governo com a Comgás, que investirá R$ 5,6 milhões de um total de R$ 7,7 milhões.
Alckmin também prometeu para daqui a um ano um novo parque envolvendo os municípios de São Paulo, Osasco e Cotia, perto de Embu e Taboão da Serra, na beira do Rodoanel. Trata-se na verdade de um projeto que já tinha sido lançado no começo de 2012, de criar o Parque Urbano de Conservação Ambiental e Lazer da Fazenda Tizo (Terras Institucionais da Zona Oeste).
No evento de ontem, realizado no Tizo, o local foi renomeado para Parque Jequitibá. Já em obras, englobará uma área de 1,3 milhão m² de remanescentes da Mata Atlântica, integrando a Reserva da Biosfera do Cinturão Verde de São Paulo.
Cadastro ambiental. O anúncio dos novos parques fez parte de um pacote de incentivos ambientais de R$ 60 milhões para investimento em diversas ações. O foco principal é impulsionar o Cadastro Ambiental Rural (CAR), ferramenta estabelecida pelo novo Código Florestal para legalizar agricultores que cometeram desmatamentos ilegais.
A meta é que em dois anos todas as propriedades de terra do País façam o cadastro. São esses dados que permitirão saber exatamente o que existe de passivo ambiental no País e estruturar o processo de restauração dessas áreas.
De acordo com Covas, em São Paulo existem cerca de 300 mil propriedades, sendo a maioria (270 mil) de pequenos produtores. Para cumprir o prazo, a Secretaria de Meio Ambiente e de Agricultura deve iniciar uma caravana pelo interior do Estado para auxiliar os donos de terra nesse preenchimento. Paralelamente à realização do cadastro, a verba anunciada ontem servirá para financiar ações de restauração e proteção de nascentes e recuperação das matas ciliares. 

Moradores da região da Augusta fazem piquenique na rua e pedem parque

Moradores da região da Augusta fazem piquenique na rua e pedem parque

Tapetes, almofadas e toalhas foram estendidos no chão, entre as ruas Caio Prado e Marquês de Paranaguá, no Centro de São Paulo


iG São Paulo |




Gabriela Bilo/Futura Press
Moradores da região da Augusta, em São Paulo, fazem piquenique na rua

Moradores da região da rua Augusta, no Centro de São Paulo, fizeram um piquenique na rua neste domingo (9). O ato teve o objetivo de chamar a atenção para a necessidade da criação de um parque próximo à localidade.

Tapetes, almofadas e toalhas foram estendidos no chão, entre as ruas Caio Prado e Marquês de Paranaguá. Alguns participantes se vestiram à moda antiga e muitos quitutes como bolos, biscoitos e cafés foram saboreados em louças de época.

De via expressa a parque: Medellín abre concurso internacional para criação de parque linear

3/Junho/2013

De via expressa a parque: Medellín abre concurso internacional para criação de parque linear



http://www.piniweb.com.br//construcao/urbanismo/de-via-expressa-a-parque-medellin-abre-concurso-internacional-para-290262-1.asp

A via que hoje recebe um milhão de veículos diariamente e fica nas margens do rio Medellín deve se transformar em parque. Prefeitura abre concurso para projeto que resolva a mobilidade, integre os tecidos urbanos adjacentes e recupere a relação da cidade com seu rio




divulgação Sociedade Colombiana de Arquitetos


Medellín acaba de abrir um concurso público internacional para o anteprojeto urbanístico, paisagístico e arquitetônico do futuro Parque do Rio, com 26,3 km de comprimento e 424 hectares em torno do rio Medellín. O objetivo: transformar uma via expressa para carros - onde hoje passam mais de um milhão de veículos diariamente - em um parque, aos moldes do projeto Madrid Rio. O concurso será aberto dia 12 de junho, e as propostas para a primeira etapa devem ser enviadas até 26 de julho. 
Os vencedores devem responder à necessidade de melhorar a oferta de serviços ambientais, articular grandes zonas urbanas, integrar o rio à cidade e reorganizar a infraestrutura viária que hoje ocupa suas margens. As superfícies resultantes da recuperação das margens do rio também devem receber equipamentos urbanos e obras habitacionais.
O concurso será realizado em duas etapas. A primeira, para um projeto básico, pede projetos que proponham um novo contexto para os três setores do parque (norte, centro e sul), os questionamentos e ideias gerais sobre como o rio irá se integrar ao tecido urbano do entorno, e que expliquem o caráter do novo espaço público. Serão selecionados cinco finalistas, a serem conhecidos em agosto de 2013. Cada um receberá 35 milhões de pesos (cerca de 18 mil dólares).
Na segunda etapa, os finalistas partirão de seu esquema básico para fazer o anteprojeto urbanístico, paisagístico e arquitetônico para o setor Centro do parque, que tem cerca de 19 km de comprimento e 328 hectares. Este projeto deve apresentar um nível mais profundo de detalhamento das propostas. Nesta fase, serão premiados três projetos. O segundo e o terceiro lugares devem receber 106 e 70 milhões de pesos, respectivamente (cerca de 55 e 36 mil dólares, respectivamente). O primeiro colocado será contratado para produzir os desenhos definitivos e receber, por isso, 2 bilhões de pesos (cerca de 1 milhão de dólares). O resultado será apresentado em outubro, e os desenhos definitivos devem ser entregues em março de 2014.
As propostas serão apresentadas no 7º Fórum Urbano Mundial ONU-Habitat, que acontece em Medellín em abril de 2014. A Empresa de Desenvolvimento Urbano (EDU), de Medellín, é a responsável pela estruturação do projeto na prefeitura, e o concurso é organizado pela Sociedade Colombiana de Arquitetos.
Enquanto sua cidade não desiste das vias expressas nas margens dos rios, esta é uma boa oportunidade de pesquisar e projetar aqui pertinho, e em um tipo de projeto que tem tudo para ser o futuro das cidades. Pelo menos, daquelas que focam um desenvolvimento sustentável.
Informações, formulários e inscrições:http://sociedadcolombianadearquitectos.org/concursodelriomedellin/