terça-feira, 7 de maio de 2013

Rio espera atingir em 2016 metade da meta de redução de gases de efeito estufa emitidos por transportes


Rio espera atingir em 2016 metade da meta de redução de gases de efeito estufa emitidos por transportes

02/05/2013 - 14h17
Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – O estado do Rio de Janeiro espera reduzir em 1,8 milhão de toneladas as emissões de gases do efeito estufa de 2014 a 2016, apenas com a ampliação e melhoria dos serviços de trens, metrô, barcas e vias exclusivas para ônibus no Grande Rio. Segundo o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, a redução equivale a quase metade dos 3,8 milhões de toneladas que o governo fluminense trenscomprometeu-se a deixar de emitir no setor de transportes até 2030.
“Isso é muito importante para a contribuição do Rio na redução das emissões que aumentam a temperatura do planeta. Mas também tem um ganho muito importante na redução da poluição sonora e da poluição do ar que acabam com os tímpanos e os pulmões da população. Os maiores vilões das poluições do ar e sonora são os carros, ônibus e caminhões”, disse Minc.
Estudo divulgado hoje (2) pela Secretaria Estadual do Ambiente mostra que a maior parte da redução dos gases será obtida com a ampliação da oferta de trens e a melhoria do serviço prometidos pela concessionária Supervia. Segundo a empresa que administra o sistema de trens da região metropolitana do Rio, espera-se ampliar de 400 mil para cerca de 1 milhão o número de passageiros atendidos por dia, até 2016.
Caso a promessa da Supervia se cumpra, a expectativa é que cidadãos fluminenses deixem de usar 40 mil carros e 8 mil ônibus, o que fará com que deixem de ser emitidas 884 mil toneladas de dióxido de carbono de 2014 a 2016.
O governo espera outra redução importante com a implantação dos corredores exclusivos para ônibus na cidade, os BRSs (faixas exclusivas para ônibus e táxis nas ruas da cidade) e BRTs (vias exclusivas para ônibus articulados). Os veículos leves sobre trilhos (VLTs), bondes que serão implantados no centro da cidade, também deverão contribuir.
Com esses sistemas, que permitem aos ônibus circularem com mais rapidez e mais passageiros, espera-se reduzir em 504 mil toneladas as emissões de dióxido de carbono no período de três anos. Cerca de 143 mil carros devem deixar de ser usados com os novos sistemas. Isso também deve permitir uma reorganização da malha de ônibus urbanos do Grande Rio, com a retirada de circulação de 1,8 mil coletivos.
A ampliação do metrô para mais uma estação da zona norte, em 2014, e para outros bairros da zona sul e para a Barra da Tijuca, em 2016, deverá tirar de circulação 88 mil carros e 2,8 mil ônibus. Como consequência, a expectativa é que o Rio deixe de emitir mais 414 mil toneladas de gases do efeito estufa.
Segundo a Secretaria Estadual do Ambiente, a ampliação do número de barcas na Baía de Guanabara também dará sua contribuição, ainda que modesta, com 33 mil toneladas de dióxido de carbono deixando de ser lançados na atmosfera. “Ainda acho que [a redução de 1,8 milhão de toneladas] é pouco. Ainda estamos atrasados. Hoje o caos do trânsito que quebra a qualidade de vida tem a ver com o número de carros e o número de ônibus”, disse o secretário.

Edição: Juliana Andrade
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Taxa de fumantes cai pela metade em São Paulo em 27 anos


04/05/2013 - 03h35

Taxa de fumantes cai pela metade em São Paulo em 27 anos


http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2013/05/1273221-taxa-de-fumantes-cai-pela-metade-em-sao-paulo-em-27-anos.shtml

MARIANA VERSOLATO
DE SÃO PAULO


A fatia de moradores de São Paulo que fuma caiu pela metade em 27 anos, segundo aponta pesquisa Datafolha com 1.120 pessoas.
Hoje, 21% da população em São Paulo fuma, contra 24% em 2008 e 40% em 1986.
Já os ex-fumantes agora são 24%, contra 21% em 2008, superando o número de fumantes. Mas a cidade ainda tem uma proporção de tabagistas maior do que a taxa nacional, que é de 14,8% de acordo com a pesquisa Vigitel (inquérito telefônico anual do Ministério da Saúde).
Editoria de Arte/Folhapress
As causas para a queda são as medidas de controle nas últimas décadas, segundo a cardiologista Jaqueline Issa, responsável pelo programa de tratamento de tabagismo do InCor (Instituto do Coração da USP).
Ela cita a Lei Antifumo adotada no Estado de São Paulo em 2009, a proibição da publicidade de cigarros, a contrapropaganda nos maços, alertando para os malefícios do fumo, e a maior divulgação desses efeitos nocivos.
"A população foi se educando. Os próprios fumantes sabem que faz mal e muitos passam a pensar em largar o cigarro por pressão social."
Para Paula Johns, diretora-executiva da ONG ACT (Aliança de Controle do Tabagismo), porém, é preciso continuar avançando, principalmente em âmbito federal.
"Se não forem adotadas novas politicas, as antigas começam a ficar estagnadas. A lei nacional que proíbe o fumo em locais fechados foi aprovada em 2011, mas não foi regulamentada."
Um dos fatores que aumentam a chance de as pessoas fumarem é o nível socioeconômico mais baixo.
E, segundo Issa, a pesquisa confirma essa informação ao mostrar que a população da zona leste, a menos desenvolvida de São Paulo, é a que mais fuma. Na região, 25% fumam, contra 18% da zona oeste e 20% da zona sul.
Os paulistanos mais ricos (mais de 10 salários mínimos) são os que menos fumam (15%, contra cerca de 22% nas outras camadas) e os que mais pararam de fumar --30%, enquanto que, entre as demais faixas de renda, os ex-fumantes são 22%.
A proporção de jovens de 16 a 24 anos que fumam caiu de 20% em 2008 para 14% em 2013. Ainda assim, de acordo com a cardiologista, é preocupante a taxa de iniciação do tabagismo, principalmente entre as meninas.
Apesar de os homens fumarem mais que as mulheres (23% contra 19%), eles tendem a abandonar mais o fumo. "Para as mulheres, o cigarro está ligado à estética da magreza, há o medo de engordar ao parar", diz Issa.
Ela afirma que o grau de dependência e o uso do cigarro como válvula de escape em circunstâncias adversas e estressantes também são maiores entre as mulheres.
A maioria das pessoas para de fumar sozinha, mas tem aumentado a quantidade das que procuram tratamento medicamentoso, que inibe os sintomas da abstinência, de acordo com Issa.
"Mas nenhum deles funciona se a pessoa não deseja parar de fumar, independentemente do motivo."

Os fumantes também podem procurar apoio em terapia individual ou em grupo e nas palestras motivacionais.