sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Indústria do coco cresce, mas alto desperdício gera desafio tecnológico

Indústria do coco cresce, mas alto desperdício gera desafio tecnológico


Com informações da BBC - 18/02/2014
Indústria do coco cresce, mas alto desperdício gera desafio tecnológico
Empresários dizem que reciclagem é cara, mas tem potencial - os subprodutos do coco é que ainda são pouco conhecidos.[Imagem: BBC/Fibraztech/Divulgação]




Segundo Francisco Porto, presidente do Sindcoco, o Brasil produz anualmente 2 bilhões de cocos - 1 bilhão de cocos verdes, para extração da água, e 1 bilhão de cocos secos, matéria-prima do coco ralado e do leite de coco.

Apenas 10% desse total é reciclado. O restante vai para o lixo.
Produtores e empresas afirmam que a reciclagem tende a ser cara e trabalhosa. Esforços para reaproveitar o coco estão parados em algumas cidades.
MDF de coco e nanocelulose
Por outro lado, crescem as iniciativas - e as pesquisas - em busca de usos cada vez mais inovadores e ecologicamente corretos do material.
Na linha de frente das pesquisas está a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), que estuda uma forma de transformar os resíduos do coco verde em um material prensado semelhante ao MDF (compensado de madeira). A ideia é que, no futuro, o produto final seja uma alternativa à madeira na produção de móveis.
"Nossa pesquisa já está em fase final, avaliando a resistência do material", explica Fernando Abreu. "O que falta é um investidor, uma empresa que tenha interesse em passar um período aqui dentro (da Embrapa) para a transferência dessa tecnologia."
Seu colega Adriano Mattos cita também estudos para obter, a partir da casca, resinas e nanocristais de celulose, que possam ser usados para aumentar a resistência de materiais plásticos.
Enquanto isso, recicladores de coco tentam difundir o uso de produtos reciclados que já são mais conhecidos.
Um exemplo é o pó do coco triturado, que gera um substrato com alta capacidade de absorção de água. Por isso, é usado como adubo na agricultura - por exemplo, na plantação de cana-de-açúcar, de flores ou mesmo dos próprios cocos.
Os resíduos também podem ser processados para gerar energia por meio da queima. E a fibra da casca é usada em vasos, como substituto de xaxins, para compor estofados de assentos de veículos, para isolantes térmicos e para fazer mantas biológicas usadas na contenção de encostas, evitando deslizamentos.

Tabagismo é doença

Enviado em 18/02/2014 às 21h53, última atualização: 19/02/2014 às 10h22.

Tabagismo é doença

Pesquisa mostra que número de fumantes caiu, mas ainda é alta a incidência de usuários do tabaco
DIÁRIO DA MANHÃ
APARECIDA ANDRADE
O último relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre a epidemia do tabagismo mostra que no mundo existem aproximadamente 1,2 bilhões de fumantes. Só no Brasil, eles são mais de 38 milhões. O vício, apesar de não ter restrições legais, é doença e está por trás de muitos casos de infarto, derrame, enfisema de pulmão e tumores. Em agosto de 2012, uma pesquisa feita pelo Ministério da Saúde revelou a queda de 20% no índice de fumantes em seis anos. Isso se deve a campanhas oficiais ou não de combate ao tabagismo. O MS, por exemplo, possui o telefone 0800611997, para orientar e encaminhar viciados ao tratamento. Fumante há 52, o administrador Carlos Luiz de Oliveira, 63 anos, é um desses pacientes que pretende conseguir apoio do SUS, mas reclama da burocracia para conseguir o atendimento.
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Carlos Luiz começou a fumar quando tinha 11 anos e desde então nunca mais parou. Recentemente, após ter que passar por uma cirurgia para a colocação de um Stent, uma endoprótese expansível inserida em um conduto do corpo para impedir o estreitamento do fluxo no local por entupimento das artérias, ele resolveu procurar ajuda para parar de fumar. “Eu nunca me preocupei de deixar de fumar, até que eu tive esse problema de saúde”, reconhece.
Na tentativa de deixar o vício, Carlos buscou ajuda no Sistema Único de Saúde (SUS) ligando no Disque Saúde, 0800611997, número divulgado na própria carteira do cigarro. Mas para sua surpresa, houve demora no atendimento e quando foi atendido, pouco foi feito. “A coisa só funciona é bonito no papel”, diz, se referindo as campanhas de combate ao tabagismo, feitas com o objetivo de alertar as pessoas para os riscos que o cigarro traz à vida e o apoio que se prestam dar a sociedade. Que de acordo com ele, só existem no papel que de fato, não são visíveis.
Segundo ele, o processo é muito burocrático. Carlos explica que, ao ligar, o SUS o encaminhou para a Secretaria Municipal de Saúde, em Goiânia, que passou para ele vários números de telefones, de postos de saúde próximo a casa dele, para que fosse verificado qual deles estavam cadastrados no programa de combate ao tabagismo. “Eles te passam vários números e você vai ligando e não encontra ninguém para te dar apoio”, lamenta.
Luiz resolveu recorrer ao Centro de Referência em Atenção à Saúde da Pessoa Idosa (Craspi), na tentativa de dar início ao tratamento do vício que o acompanha há 52 anos. Mas, mais uma vez foi surpreendido com a falta de organização da instituição. “Gentilmente me disseram que não havia vaga no momento, e está previsto abrir uma turma para o segundo semestre de 2014. Por que o Disque Saúde não funciona? Por que não existe uma coisa mais concreta?”, protesta.
Segundo informações fornecidas pelos SUS, quando a pessoa liga para o Disque Saúde em busca de ajuda para combater o vício, aguarda no máximo um minuto para ser atendida e em seguida são passadas orientações do que a pessoa deve fazer para adquirir o tratamento.
A primeira orientação é que a pessoa deve ligar para a Secretaria de Saúde do município para saber quais são os postos de saúde que fazem o tratamento ou oferecem palestras, psicólogos, reuniões, material com informações. Além de consultas com clínicos para verificar se o paciente deve ou não aderir ao tratamento com medicamentos, seja ele via oral, goma de mascar ou base de nicotina e o adesivo.
Como Luiz não obteve sucesso nesse procedimento depois de recorrer ao sistema de saúde pública, ele chega a uma conclusão: “Para mim existe um problema na administração, uma espécie de desinteresse pela causa, eu preciso de ajuda onde ela está”, acredita. Conta que faz um mês que procura ajuda sem obter resultados positivos. “Vou partir para o campo do particular”, acredita ser a única opção.
De acordo com o Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad), em 2012, 15,6% da população brasileira declarou ser fumante, enquanto o índice do primeiro levantamento, feito em 2006, era de 19,3%.  Embora o número de fumantes tenha diminuído a pesquisa também mostra que entre os que continuam consumindo tabaco, o hábito se intensificou. A média de consumo diário de cigarros em 2006 era de 12,9 para 14,1 em 2012. Para o oncologista José Carlos de Oliveira, as doenças relacionadas ao cigarro podem demorar mais de 20 anos para se manifestar, explicando, em parte, por que muitos fumantes simplesmente não querem parar.

Mais 3 no "hall da má fama" do serviço público...

20/02/2014 19h31 - Atualizado em 20/02/2014 22h20

Fiscais da Semmas são suspeitos de cobrar propina de R$ 20 mil, no AM

Dois foram presos por corrupção passiva e um terceiro está foragido.
Eles foram detidos em flagrante quando vítima ia entregar dinheiro.

Leandro Tapajós*Do G1 AM
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Dois fiscais serão encaminhados para a cadeia pública, em Manaus (Foto: Rômulo de Sousa/G1 AM)Dois fiscais serão encaminhados para a cadeia pública, em Manaus (Foto: Rômulo de Sousa/G1 AM)
Dois servidores da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas) foram presos, nesta quinta-feira (20), suspeitos de corrupção passiva. Segundo informações da polícia, os homens presos, e um terceiro suspeito, teriam cobrado R$ 20 mil em propina aos responsáveis por um terreno, na Zona Sul de Manaus. Eles teriam ameaçado autuar os donos do local caso o valor não fosse pago. As prisões ocorreram após denúncia. Segundo a pasta, os servidores envolvidos serão afastados das funções que exercem.
Segundo a polícia, na última segunda-feira (17),  durante a limpeza de um terreno baldio localizado no bairro Educandos, na Zona Sul, os três fiscais abordaram os funcionários que trabalhavam no local e informaram que a atividade seria irregular. Os fiscais teriam alegado que o uso de retro-escavadeiras não seria permitido sem uma licença e que os proprietários do terreno seriam multados pela Semmas. 
Os responsáveis pelo terreno foram contatados e conversaram com os fiscais na terça (18).  Eles teriam negociado com os fiscais e combinado o pagamento de R$ 15 mil nesta quinta-feira, no estacionamento de um supermercado na Zona Sul. Os responsáveis pelo terreno procuraram a polícia e relataram o ocorrido. Policiais da Delegacia Especializada em Combate ao Crime Especializado acompanharam a entrega do dinheiro e prenderam a dupla em flagrante. Os detidos serão encaminhados à Cadeia Pública Raimundo Vidal Pessoa.
Os dois servidores presos foram apresentados à imprensa na tarde desta quinta-feira. Segundo o delegado adjunto, Mário Júnior, a polícia busca pelo terceiro suspeito que acompanhou as negociações, mas não acompanhou a entrega do dinheiro. "O terceiro envolvido foi indiciado também pelo crime de corrupção passiva, e também poderá ser preso e pegar de dois a 12 anos de prisão", disse.
A Semmas informou, por meio de nota, que aguardará o encaminhamento do inquérito por parte da Polícia Civil para tomar as providências cabíveis no caso envolvendo os fiscais presos em flagrante na manhã desta quinta-feira, 20.
Segundo a pasta, o inquérito será encaminhado para a Comissão Permanente de Regime Disciplinar da Prefeitura de Manaus, para que sejam instaurados os devidos processos administrativos disciplinares. O órgão informa ainda que soube da prisão dos servidores por meio da Imprensa e que dará total apoio ao trabalho de investigação da Polícia Civil sobre denúncias relacionadas à prática de ilícitos cometidos por agentes fiscais. Informa ainda que os servidores envolvidos serão afastados imediatamente do exercício das suas funções enquanto tramitarem os procedimentos de apuração.
*Colaborou Rômulo de Sousa.

Relatório sobre Cantareira pede plano para utilização de 'volume morto'

19/02/2014 21h45 - Atualizado em 19/02/2014 22h01

Relatório sobre Cantareira pede plano para utilização de 'volume morto'

http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2014/02/relatorio-sobre-cantareira-pede-plano-para-utilizacao-de-volume-morto.html

Grupo técnico diz que pode ser necessário usar reserva a partir de agosto. 
Recomendação leva em conta pior cenário, com chuvas escassas até lá.

Do G1 São Paulo
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Sistema Cantareira 07/02 (Foto: Reprodução/TV Globo)Sistema Cantareira em 7 de fevereiro
(Foto: Reprodução/TV Globo)
Um relatório divulgado nesta terça-feira (18) por um grupo técnico criado para monitorar o nível de água no Sistema Cantareira recomenda à Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) um plano emergencial para utilizar o chamado "volume morto" dos reservatórios do Jacareí e Atibainha, caso os níveis de água continuem baixos e as chuvas sigam escassas até agosto.
O "volume morto" é o nome dado a um o reservatório de 400 milhões de metros cúbicos no sistema Cantareira que nunca foi utilizado porque o sistema de bombeamento não chegava a essa profundidade. No fim de semana, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse que irá comprar bombas para poder tirar mais água, caso a situação da represa fique mais crítica.
O grupo técnico é formado pela Agência Nacional de Águas (ANA) e pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo(DAEE). Segundo o documento das companhias de água estadual e federal, foram traçados três cenários possíveis e o mais drástico indica que o volume útil poderá se esgotar até o fim de agosto, em um cenário de chuvas escassas até lá.
“Os resultados das simulações indicam que: a) no Cenário 1, o volume útil atingido será de 17% em novembro de 2014, encerrando o ano com 21%; b) no Cenário 2, em novembro de 2014, o volume útil é reduzido a 3% chegando ao final de dezembro com 5%; e c) no Cenário 3, o volume útil se esgota ao final de agosto de 2014, requerendo, portanto, a utilização do volume morto a partir de então", afirma o relatório.
Para a simulação deste pior cenário, foram utilizadas as médias mensais de chuva do pior ano de seca da história desde 1930, que foi em 1953.
Queda do nível
Um dia após o governador descartar racionamento de água na capital, o nível nos reservatórios da Cantareira voltou a cair nesta quarta-feira (19). Desta vez, o índice chegou a 18,2%. Nesta terça-feira (18), o índice caiu para 18,4% após ficar um dia sem queda.

Apesar da nova queda, a Sabesp não soube informar qual é o limite que o Sistema Cantareira suporta até que se deva começar um possível racionamento. Ainda segundo a Sabesp, não choveu nada na região dos reservatórios, o que agravou a situação.
A chuva é necessária no sul de Minas Gerais, em Bragança Paulista e em Vargem Grande. Formado por quatro represas, o sistema é responsável por abastecer casas de mais de 8 milhões de pessoas na Grande São Paulo.
Ainda de acordo com o relatório, o acúmulo de águas ocorre nos meses chuvosos, de outubro a março, e garantem o abastecimento nos períodos de estiagem. Entretanto, de outubro de 2013 e fevereiro deste ano, foram observadas vazões excepcionais nos afluentes.  Em fevereiro, a vazão média afluente corresponde a 8,96 m³/s, o que equivale a apenas 14% da média histórica deste mês.