domingo, 1 de janeiro de 2012

Para ambiente, 1º ano de Dilma é pior que o de Collor

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ciencia/17741-para-ambiente-1-ano-de-dilma-e-pior-que-o-de-collor.shtml

São Paulo, domingo, 01 de janeiro de 2012Ciência


Presidente não criou reservas ambientais e aceitou perda de poder do Ibama
Por outro lado, desmate manteve tendência de queda, embora área absoluta desmatada ainda seja gigantesca

CLAUDIO ANGELO
DE BRASÍLIA



Presidente da conferência Rio +20, Dilma Rousseff teve uma atuação apagada na área ambiental em seu primeiro ano de governo. Sob alguns aspectos, pior que a de Fernando Collor, em cujo governo aconteceu a Eco-92.
Dilma não criou nenhuma unidade de conservação em 2011; em 1990, seu primeiro ano de mandato, Collor criou 15. O desmatamento em 1990 caiu 22% em relação ao ano anterior, o dobro da queda estimada para 2011 -embora Dilma esteja melhor nos números absolutos de desmate.
Diante da repercussão internacional da polêmica obra da usina hidrelétrica de Cararaô, no rio Xingu, Collor engavetou o projeto.
Dilma o ressuscitou, sob o nome de Belo Monte, concedendo-lhe a licença de instalação mesmo sem o cumprimento de todas as condicionantes impostas pelo Ibama.
Unidades de conservação e terras indígenas são indicadores importantes do desempenho ambiental de um governo, pois elas mexem na estrutura fundiária e em interesses econômicos nas regiões onde são criadas.
Enquanto ministra da Casa Civil do governo Lula, Dilma represou a criação de novas unidades, especialmente na Amazônia, submetendo-as ao crivo do MME (Ministério de Minas e Energia).
Na Presidência, manteve o ritmo. Seu governo é o primeiro desde FHC-1 (1995-1998) a não criar áreas protegidas no primeiro ano de mandato.
Um refúgio da vida selvagem no Médio Tocantins, por exemplo, está com sua proposta de criação parada no MME, que tem interesse em construir na região a hidrelétrica de Ipueiras -um projeto que o Ibama já havia considerado inviável do ponto de vista ambiental.
O governo também cortou 30% do orçamento do Instituto Chico Mendes, órgão gestor das unidades.

SEM CLIMA

O primeiro ano de Dilma passou sem avanços na agenda de mudança climática.
Conforme a Folha mostrou, o governo não fez quase nada para implementar em 2011 a meta brasileira de cortar até 39% das emissões de gás carbônico em 2020 em relação à tendência de crescimento atual dos gases.
"O pacote de mudança climática ela recebeu pronto do governo Lula. Não avançou nem regrediu", disse Nilo Dávila, do Greenpeace. "Em outras coisas, ela deu continuidade para o mal."
Ele se refere ao maior retrocesso legislativo na área ambiental: a Lei Complementar 140, que reduz o poder de fiscalização do Ibama.
Pelo texto aprovado no Senado em outubro, a competência de multar crimes ambientais é do ente federativo (União, Estado ou município) que licencia. Como desmatamentos são sempre licenciados pelos Estados, autuações feitas pelo Ibama poderão ser anuladas pelas secretarias de Meio Ambiente estaduais.
Em 2009, durante a cúpula do clima de Copenhague, quando o enfraquecimento do Ibama foi inserido no projeto durante sua votação na Câmara, o presidente Lula se comprometeu a vetá-lo.
Dilma concordou com a promessa. Mas, no dia 8 deste mês, durante outra cúpula do clima, em Durban, a presidente sancionou o texto.
Questionado pela Folha, o Planalto deferiu a resposta ao Ministério do Meio Ambiente. Este disse que, "na prática, o Ibama continua atuando normalmente".
Sobre a falta de criação de unidades de conservação, o ministério afirmou que está revendo a Estratégia Nacional de Conservação da Biodiversidade, com a definição de critérios para a proposição de novas áreas protegidas.

Forte terremoto atinge litoral do Japão

http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1028553-horoscopo-chines-preve-mudancas-e-desastres-no-mundo-em-2012.shtml


01/01/2012 04h24 - Atualizado em 01/01/2012 07h27

Forte terremoto atinge litoral do Japão

Agência dos EUA registrou tremor de magnitude de 6,8.
Agência japonesa informou que terremoto teve magnitude 7.

Do G1, com agências internacionais
Um forte terremoto de magnitude 7 atingiu, neste domingo (1º) o mar ao sul do litoral do Japão, informou a Agência Meteorológica do país.
Não há informações sobre vítimas, danos nem sobre possibilidade de formação de tsunami na região.
A agência japonesa informou que o tremor ocorreu às 14h28 (3h28 de Brasília) em águas afastadas da área central de Torishima Kinkai, a uma profundidade de 370 km.
O terremoto alcançou intensidade 4, na escala japonesa fechada de 7 graus, e foi sentido em cidades das regiões assoladas pelo potente terremoto de 11 de março de 2011, como Iwanuma, na província de Miyagi; Hitachi, na de Ibaraki; e Minamisoma, em Fukushima.
O Serviço de Vigilância Geológica dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês) também registrou o forte terremoto, e informou que a magnitude do tremor chegou a 6,8.
Em Tóquio, o terremoto foi sentido com uma intensidade de 4 na escala japonesa no distrito de Chiyoda, e de 3 em outros como Minato e Shinjuku. Não há registro de danos ou vítimas.
Segundo a televisão japonesa "NHK", o tremor não causou alterações no país. Trens e os principais aeroportos operam com normalidade.
O Japão fica sobre uma das zonas sísmicas mais ativas do mundo, e é por isso que os terremotos ocorrem com frequência na região.
O terremoto e posterior tsunami que arrasou o nordeste do país no dia 11 de março mataram 15.844 pessoas e deixou 3.451 desaparecidos, segundo dados atualizados em 30 de dezembro pela polícia japonesa.




PPP Fukushima?


01/01/2012 - 12h23

Comissão nuclear japonesa recebeu doações da indústria

DA FRANCE PRESSE, EM TÓQUIO

http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1028573-comissao-nuclear-japonesa-recebeu-doacoes-da-industria.shtml


Quase um terço dos integrantes da comissão oficial japonesa sobre segurança nuclear recebeu doações da própria indústria nuclear do país, informa o jornal "Asahi Shimbun", em um claro questionamento da neutralidade do painel.
De acordo com o jornal, dois dos cinco membros permanentes e 22 dos 84 observadores externos da comissão receberam doações de empresas e organizações industriais vinculadas ao setor nuclear, em um período de cinco anos, até março de 2011, quando aconteceu o acidente de Fukushima.
As doações chegaram a US$ 1,1 milhão, segundo o jornal. Pelo menos 11 integrantes receberam doações de fabricantes de reatores nucleares e empresas ligadas à produção de combustível nuclear e que eram objeto de análise da própria comissão.
As revelações do Asahi Shimbun representam um duro golpe à neutralidade do grupo, no momento em que a segurança dos reatores nucleares japoneses é um tema chave após o terremoto seguido por um tsunami de 11 de março.
A catástrofe deixou 20 mil mortos ou desaparecidos e provocou um grande acidente na central nuclear de Fukushima.