domingo, 22 de dezembro de 2013

Levantamento mostra que 500 paredões do centro de SP poderiam virar jardins suspensos

15/12/2013 - 02h30

Levantamento mostra que 500 paredões do centro de SP poderiam virar jardins suspensos

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É consenso: há tantas áreas verdes no centro de São Paulo quanto existem peixes no rio Tietê. Mas um paisagista recém-formado de 23 anos jura ter a solução para os 500 tons de cinza que (des)colorem a cidade.
Ao lado de arquitetos, engenheiros e artistas, o descendente de israelenses Guil Blanche mapeou exatos 500 paredões vazios nas laterais de edifícios do centro expandido. No lugar de fuligem, infiltrações e pichações, ele propõe jardins verticais gigantes. Cada um deles com mais de dez espécies de plantas.

Jardins verticais em SP


Movimento 90º/Divulgação






Rua da Consolação poderia ganhar 25 jardins verticais
Chamados pelos arquitetos de empenas, esses paredões abrigavam painéis publicitários e literalmente vieram à tona depois da Lei Cidade Limpa (que desde 2007 proíbe propaganda nas ruas de São Paulo).
Agora, a instalação dos jardins permitiria trazer ao centro mais de 100 mil m² de plantas (cinco vezes o tamanho do parque Buenos Aires, em Higienópolis) --e sem derrubar nenhum prédio.
O que derruba a ideia, dizem os síndicos, é o preço. Com sistema automático de irrigação e fertilização criado pelo paisagista, os jardins custam a partir de R$ 800 por m² de empena.
FLORES, CONCRETO E VODCA
O primeiro deles acaba de ganhar forma: com 220 m², um jardim vertical instalado num prédio ao lado do Minhocão foi inaugurado na segunda (9), no largo Padre Péricles, próximo à avenida Francisco Matarazzo.
No total, 19 espécies de plantas --muitas floridas, como trapoerabas-roxas e russélias vermelhas-- foram plantadas ali.
Construído em 15 dias, o jardim foi patrocinado pela marca de bebidas Absolut, que não revela quanto investiu. "Essa é uma das três ações mais caras da empresa neste ano", diz Rafael Souza, 34, gerente da marca.
A empresa se compromete a cuidar do jardim vertical por um ano ("mas queremos renovar", diz Souza). Já a Movimento 90º, companhia criada por Blanche, oferece ao edifício garantia de três décadas.
"Na verdade foi o próprio condomínio que nos procurou pedindo o jardim", diz o paisagista. "A única pessoa que discordava era uma velhinha do último andar. Não conseguimos convencê-la de jeito nenhum que o jardim não atrai o mosquito da dengue."
Segundo Blanche, além do benefício estético, o painel funciona como isolante térmico e acústico e pode reduzir em 30% a poluição do entorno. "Sempre perguntam se traz umidade. Não traz, o jardim fica a quatro centímetros da parede", diz.
CORREDORES VERDES
Só nas margens do elevado foram mapeadas 140 empenas aptas a receber a folhagem. Ali perto, na rua da Consolação, existem 25. Na rua Augusta são pelo menos 40.
A partir do projeto-piloto, a ideia agora é criar corredores verdes --sequências de jardins verticais cobrindo diversos prédios da mesma avenida.
O investimento para o jardim não precisa necessariamente sair do bolso dos condôminos. "É possível fazer vaquinhas na internet ou procurar apoio de empresas que estejam a fim de melhorar a cidade", sugere Blanche.
No caso da Absolut, a contrapartida foi a instalação da frase "Transform Today" (algo como "transforme o hoje") no topo do jardim. O termo é usado nas campanhas da marca.
Questionado se a frase fere a Lei Cidade Limpa, Jorge Eloy Gomes Pereira, coordenador de planejamento e desenvolvimento urbano da subprefeitura da Lapa, responsável pela região onde o jardim foi instalado, disse que "vai verificar a existência de autorização para o anúncio".

Jardim vertical


Luisa Dorrl/Folhapress






O paisagista Guil Blanche em frente ao primeiro dos jardins verticais, no Minhocão

Sistema Sigla já economizou 38 mil folhas de papel na Secretaria de Meio Ambiente

Economia - 19/12/2013 às 01h15

Sistema Sigla já economizou 38 mil folhas de papel na Secretaria de Meio Ambiente




A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais do Maranhão – Sema, comemora, nesta semana, três meses de funcionamento do Sistema Informatizado de Licenciamento e Autorizações Ambientais - Sigla.
Durante esse período a utilização da nova ferramenta para envio de documentos, constituição de processos, notificações e demais atos administrativos necessários à emissão de Licenças, Autorizações Ambientais e Outorgas de Direito do Uso da Água surpreendeu as expectativas. De setembro até a primeira quinzena de dezembro foi contabilizado o cadastramento de 282 pessoas jurídicas e 255 imóveis por meio do Sigla. E a tendência é que mais pessoas se cadastrem via internet.
Publicado Por: Igor Leonardo

Veja quatro desafios do Brasil nos 6 meses até a Copa

12/12/2013 - 09h33

Veja quatro desafios do Brasil nos 6 meses até a Copa



RENATA MENDONÇA
JEFFERSON PUFF
Da BBC Brasil em São Paulo e no Rio de Janeiro

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No dia 12 de junho de 2014, Brasil e Croácia entrarão em campo para disputar a primeira partida da Copa no estádio do Corinthians. Até lá, o governo brasileiro, juntamente com o COL (Comitê Organizador Local), precisa entregar à Fifa os seis estádios que ainda estão em construção - dos 12 que serão utilizados na Copa -, incluindo o próprio estádio paulista, que sediará a abertura.
Além dos palcos das partidas, o país se comprometeu também com obras de infraestrutura e mobilidade urbana. Parte delas está em andamento e, segundo o cronograma divulgado pelo governo no último mês, deverá estar pronta até junho do ano que vem.
A outra parte acabou sendo postergada e será entregue somente depois do Mundial por conta de atrasos na execução ou no financiamento dos projetos.
Todas essas obras faziam parte da Matriz de Responsabilidades, um documento assinado por representantes do governo federal e pelos responsáveis de todas as 12 cidades-sede contendo todos os projetos que deveriam ser feitos para a organização da Copa do Mundo no Brasil - incluindo as obras de estádios, aeroportos, portos, hotéis, etc, consideradas o grande "legado" da Copa.
Dos 108 projetos que constavam na Matriz, um total de 22 já foram excluídos da lista porque não ficarão prontos até junho de 2014. Essas obras acabaram entrando no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e, mesmo não sendo entregues para o Mundial, continuarão contando com os incentivos do governo concedidos para as intervenções da Copa do Mundo - isenção fiscal, financiamento público, etc.
Para comprovar que é capaz de realizar grandes eventos como a Copa do Mundo, o Brasil precisará vencer os desafios de finalizar todas essas obras a tempo para o torneio, que receberá 32 seleções e, segundo estimativas do próprio governo, pelo menos 600 mil turistas de todo o mundo.
A preocupação principal da Fifa até agora tem sido com os estádios, já que as outras obras não são consideradas "essenciais" para a realização do Mundial. Ainda assim, o COL promete à entidade "a melhor Copa de todos os tempos" e garante que o país estará devidamente preparado para receber o maior evento esportivo do mundo em 2014.
"A Copa é uma grande oportunidade para a gente mostrar que, além de termos grandes jogadores, nós também somos grandes organizadores e vamos mostrar ao mundo que organizar também é o nosso forte. Faremos dessa Copa do Mundo a mais bonita de todos os tempos", garantiu Ronaldo, ex-jogador da seleção e membro do COL, em visita à BBC em Londres no último mês.
Abaixo, a BBC Brasil detalha os quatro grandes desafios que o Brasil terá nos próximos seis meses até a Copa do Mundo.
ESTÁDIOS
A entrega dos seis estádios ainda em construção para a Copa do Mundo (Manaus, Natal, Cuiabá, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre) é um dos maiores desafios do Brasil nos seis meses restantes até o Mundial.
Nem mesmo o Comitê Organizador Local (COL) ou o próprio governo brasileiro admitem a possibilidade de algum dos estádios não ficar pronto para a Copa.
Eles reconhecem, porém, o atraso das obras - nenhuma das seis em andamento será entregue dentro do prazo inicial estipulado pela Fifa, que termina em 31 de dezembro.
Não é apenas necessário finalizar todos os seis estádios restantes até a Copa - é preciso entregá-los à Fifa com tempo suficiente para que ela realize neles os tradicionais "eventos-teste", que servem como ensaios para o Mundial.
A expectativa do governo brasileiro e do COL é de que todos os palcos dos jogos da Copa estejam nas mãos da Fifa até abril.
Dos seis estádios ainda inacabados, três são motivo de maior preocupação para a Fifa: o de Curitiba, Cuiabá São Paulo.
As demais arenas, embora atrasadas, mostram estar com obras adiantadas, e a expectativa é de que sejam concluídas já em janeiro.
A Arena das Dunas, em Natal, está 94% concluída, faltando apenas finalizar a colocação dos assentos e fazer o acabamento.
Já o Beira-Rio, em Porto Alegre, tem 92% das obras prontas, restando ainda por fazer o restante da cobertura e a colocação dos últimos assentos.
Em Manaus, a construção da Arena Amazônia tem 90% de avanço, com o gramado já concluído e com a instalação das cadeiras e do sistema elétrico em execução.
Curitiba, Cuiabá e São Paulo

O caso do estádio Arena da Baixada, em Curitiba é o mais preocupante e levou até à realização de uma reunião separada com a Fifa na segunda-feira passada, um dia antes da entidade se reunir com todas as outras cidades-sede para saber as atualizações das obras.
"A Fifa tinha definido que o Atlético-PR faria o primeiro jogo teste no dia 26 de janeiro, mas o gramado vai terminar de ser colocado no dia 21, então é impossível", explicou o secretário da Copa do Paraná, Mário Celso Cunha, em entrevista à BBC Brasil.
"Agora o primeiro jogo-teste ficou entre para o fim de fevereiro, para testar o gramado, a iluminação, o placar. E a inauguração, com 100% executado, será dia 26 de março, dia do aniversário do Atlético-PR."
Segundo o secretário, a principal dificuldade de Curitiba para cumprir os prazos do estádio têm sido com relação ao financiamento dele pelo BNDES, pela demora do banco em liberar o dinheiro. O orçamento da obra já está estourado - a previsão era de R$ 184,6 mi e o custo atual é de R$ 326,7 mi - e ainda faltam pelo menos R$ 9 mi serem liberados para a conclusão dos trabalhos.
A Arena Pantanal, em Cuiabá, é outra em situação preocupante.
Até a semana passada, o estádio estava sem o gramado, sem a cobertura e sem os assentos. A grama foi colocada em tempo recorde - menos de 24h - na quinta-feira e, assim, as seleções que irão jogar no estádio puderam ver como está o campo na visita que fizeram no último final de semana.
O caso da arena do Corinthians - que deve receber o jogo de abertura do Mundial, Brasil e Croácia, em 12 de junho - se tornou preocupante após o acidente ocorrido na obra ainda no fim de novembro, quando o estádio se encaminhava para cumprir o prazo estipulado pela Fifa.
O guindaste que erguia o último módulo da cobertura acabou caindo com a peça, matando dois operários. Com isso, a parte da obra onde ocorreu o acidente está interditada e o guindaste só voltará a operar ali no dia 16 de dezembro.
Apesar disso, o gramado do estádio já está pronto e as cadeiras estão sendo colocadas. O atual prazo da entrega da obra completa é abril de 2014 para eventos-teste.
"A previsão do Corinthians, proprietário do estádio, é de realizar esses eventos aumentando gradativamente a capacidade do público e testando vários aspectos logísticos do estádio", explicou a coordenadora do Comitê Paulista para a Copa, Raquel Verdenacci, à BBC Brasil.
"Em um período de 30 dias haverá oportunidade para cerca de três eventos oficiais", estimou.
MOBILIDADE URBANA
Seis meses antes da Copa, o país tem apenas três obras de mobilidade urbana concluídas, em Belo Horizonte, Recife e Salvador, e muitas das 42 em andamento trabalham com prazo apertado, com entrega até maio de 2014, um mês antes da partida de abertura do Mundial.
Entre as obras previstas estão VLTs (Veículos Leves sobre Trilhos), BRTs (Bus Rapid Transit), corredores e vias, além de iniciativas em estações, terminais e centros de controle de tráfego.
No último balanço divulgado pelo Ministério do Esporte no fim de novembro, o governo diz que o plano de investimento total para a Copa soma neste momento R$ 25,6 bilhões, com o teto ainda chegando a R$ 33 bilhões. Do montante, R$ 8 bilhões estão destinados a obras de mobilidade urbana.
Quanto aos atrasos, alguns são mais significativos, como em Recife, palco de um cenário que se repete em muitas das outras 11 cidades-sede.
As cinco obras de mobilidade urbana na capital pernambucana, orçadas em R$ 1,4 bilhão, já tiveram prazo de conclusão em 2012, 2013 e atualmente têm previsão de entrega para 15 de maio de 2014, menos de 30 dias antes do início da Copa, no dia 12 de junho do mesmo ano.
Em Cuiabá, a principal obra de mobilidade, um VLT orçado em R$ 1,4 bilhão, só terá parte do trajeto de 22 quilômetros entregue antes da Copa, segundo admitiu recentemente o próprio ministro do Esporte, Aldo Rebelo. Espera-se que a obra reduza em até 12% o número de carros em circulação na capital mato-grossense.
Quanto ao legado do Mundial para a população, as obras de mobilidade urbana previstas na Matriz de Responsabilidades são consideradas as de maior relevância, e os atrasos ou até mesmo exclusões de algumas delas são vistos como falhas pelos críticos que monitoram os gastos públicos.
Com 11 obras que não integram mais a lista de exigência de conclusão antes do Mundial, Porto Alegre é a campeã das exclusões. São obras em avenidas, construções de corredores de ônibus (BRTs), melhorias em terminais e na rodoviária da cidade.
Belo Horizonte, Manaus, Curitiba, Brasília, Natal e Salvador também desistiram de obras de mobilidade, mas a mais emblemática é de longe a construção de uma linha de monotrilho em São Paulo, orçada em R$ 1,8 bilhão, e que agora dependerá de outra fonte principal de financiamento para ser concluída.
A primeira etapa da Linha 17-Ouro, como é conhecido o projeto, deve ser entregue somente no fim de 2014. Com 7,7 quilômetros de extensão, ligará a Marginal Pinheiros ao aeroporto de Congonhas.
Para o secretário-executivo do Ministério do Esporte, Luís Fernandes, a Matriz de Responsabilidades é um "plano estratégico de investimentos", que vai sendo atualizado com o tempo. "Novas oportunidades surgem, projetos são reavaliados, alguns são incluídos e outros precisam ser retirados", explica em entrevista à BBC Brasil.
Dentre os motivos para excluir uma obra, ele argumenta que, no caso de Porto Alegre, o governo local solicitou a retirada e decidiu optar por uma nova fonte de financiamento.
"Outras obras não eram tão essenciais para a realização do evento como se pensou, e em alguns casos a obra não ficaria pronta até a Copa do Mundo. Mas nenhuma obras considerada por nós como essencial caiu da Matriz", diz.
AEROPORTOS
Com o aumento exponencial do número de passageiros domésticos nos últimos dez anos, os aeroportos brasileiros já se encontravam em preocupante situação de gargalo antes de a Matriz de Responsabilidades ser assinada, em 2010.
À frente das obras nos aeroportos em 11 das 12 cidades-sede do Mundial, orçadas em R$ 5,6 bilhões, a Infraero e concessionárias privadas divulgaram no dia 26 de novembro um balanço das intervenções de melhorias e obras de expansão em andamento.
De acordo com os números, o governo já confirma que ao menos quatro aeroportos - Rio de Janeiro (Galeão), Porto Alegre, Curitiba e Fortaleza - não terão todas as obras prontas até a abertura do Mundial.
Das cidades-sede, Recife é a única que não tem previsão de obras aeroportuárias. As melhorias no Aeroporto Internacional Guararapes-Gilberto Freyre, orçadas em R$ 18,5 milhões, foram excluídas da Matriz, assim como a ampliação da pista de pouso e decolagem do Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, que custaram R$ 228,2 milhões.
Ao menos duas obras de mobilidade urbana excluídas do documento também afetam o setor de forma indireta, no que diz respeito ao acesso aos terminais urbanos: o monotrilho da Linha 17-Ouro, que ligaria a Marginal Pinheiros ao aeroporto de Congonhas, em São Paulo, e o VLT-Linha 1, que ligaria o Terminal Asa Sul ao Aeroporto Internacional de Brasília.
Apesar dos contratempos, a Infraero diz garantir que até a abertura da Copa todas as obras serão concluídas.
A seis meses do início do Mundial, no entanto, alguns dos atrasos são significativos. Em Curitiba, somente 9,15% da ampliação do terminal de passageiros estão prontos. No Rio de Janeiro, o aeroporto do Galeão, o terminal 2 tem apenas 43,51% de conclusão, e na capital gaúcha os trabalhos só começaram dois meses atrás.
Gustavo do Vale, presidente da Infraero, admitiu no lançamento do balanço que, no caso do Galeão, parte das obras no terminal 1 não serão entregues a tempo, e a capitais do Paraná e Ceará terão apenas 30% dos trabalhos concluídos.
Já o balanço atualizado pelo Ministério do Esporte aponta que das 30 intervenções em andamento no setor, dez já foram concluídas e a grande maioria ainda em curso tem prazo de até abril e maio de 2014.
O secretário-executivo da pasta, Luís Fernandes, admitiu à BBC Brasil reconhecer que as obras aeroportuárias são motivo de preocupação, mas aposta no sucesso das melhorias e expansões. "Temos segurança de que estarão prontas para a Copa do Mundo. E nesse terreno tentamos garantir não só a infraestrutura para a recepção de um alto volume de passageiros mas também um conjunto de iniciativas para melhorar a gestão dos aeroportos", afirmou.
Em todos os 11 aeroportos estão previstas obras de expansão ou melhoria dos terminais de passageiros. Em cinco - Belo Horizonte, Curitiba, Natal, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo (Guarulhos) - há também obras em pistas e pátios; e em Salvador uma nova torre de controle será construída.
Para a Infraero, os melhores exemplos de bom andamento das obras são os aeroportos de Brasília (65% de conclusão), o novo aeroporto de Natal, em construção em São Gonçalo do Amarante (71%) - embora as obras de acesso estejam atrasadas; o Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo (80%) e o de Viracopos, em Campinas (74%).
Os quatro terminais aéreos foram privatizados e as obras estão a cargo das concessionárias (em parceria com a Infraero) vencedoras dos leilões de licitação.
No caso dos aeroportos de Confins (Belo Horizonte) e do Galeão, a Infraero disse, em entrevista recente à BBC Brasil, que um Plano de Ações Imediatas visará "melhorar rapidamente a experiência do usuário na utilização dos aeroportos" através de um "conjunto de investimentos e intervenções operacionais de curto prazo".
Analistas e especialistas do setor, no entanto, temem que essas e outras medidas não passam de uma "otimização do que já existe" e que os aeroportos só conseguirão atender à grande demanda gerada pelo evento graças a esses planos alternativos.
"Eu tenho certeza de que dificilmente essas obras ficarão prontas no prazo. Eu acredito que durante a Copa do Mundo haverá muito trabalho inacabado, mas teremos essa espécie de 'maquiagem', e os turistas não vão perceber. Vamos ver muitos painéis cobrindo áreas do aeroporto, mas nós sabemos que do outro lado está o atraso do que não foi feito", disse o coordenador do Núcleo de Infraestrutura e Logística da Fundação Dom Cabral, Paulo Resende, em entrevista recente à BBC Brasil.
HOTÉIS
O setor de hotelaria também é um dos que apresentam desafios para a realização da Copa do Mundo no Brasil.
Os dados mais atualizados mostram que, de 16 empreendimentos que conseguiram uma fatia do R$ 1,034 bilhão disponibilizado pelo ProCopa Turismo (linha de crédito especial do BNDES para reformas ou novos prédios), apenas sete já foram concluídos.
Mais um tem previsão de conclusão para janeiro de 2014 e outro para maio do mesmo ano, apenas um mês antes do jogo de abertura do Mundial.
Segundo o BNDES o objetivo do ProCopa Turismo é a "modernização e ampliação da oferta hoteleira" no país e a aposta é que haja um aumento de 15% na capacidade até o início da Copa.
No entanto, a lista inclui seis hotéis com data de inauguração marcada para os meses seguintes ao evento, e alguns até estão previstos para abril e maio de 2015, quase um ano após o Mundial.
O caso mais notório é o do Hotel Glória, no Rio de Janeiro. O empresário Eike Batista obteve R$ 190 milhões do BNDES para a compra e reforma do hotel que, após a falência de algumas de suas empresas, está em processo de venda e se encontra em situação indefinida.
Entre os sete empreendimentos que já foram inaugurados ou tiveram as reformas concluídas, três estão no Rio de Janeiro, dois na Bahia, um em Pernambuco e um São Paulo.
Dos nove empreendimentos restantes na lista dos 16 que receberam recursos do ProCopa Turismo, sete estão no Rio de Janeiro, um no Rio Grande do Sul e um no Rio Grande do Norte.
O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, afirmou ainda em setembro ao portal de notícias UOL (empresa do Grupo Folha, que edita a Folha) que os investimentos no setor hoteleiro devem aumentar a oferta de leitos para turistas que viajarão pelo país, e isso evitaria aumentos abusivos nas diárias durante o evento.
Mas um levantamento feito pela Embratur no início de novembro mostra que algumas diárias no Rio de Janeiro chegam a ser duas vezes e meia maiores do que o preço médio de alta temporada de verão e quase 50% mais elevados do que os praticados durante o Réveillon 2013-2014. Em Porto Alegre, os preços chegam a ser sete vezes mais altos.
De acordo com a pesquisa, a média da diária cobrada para janeiro de 2014, durante o verão carioca, é de R$ 438,03. Para o Réveillon, é de R$ 739,87. Na Copa, R$ 1.105,11.
Em algumas cidades, a alternativa aos preços altos dos hotéis são os hostels, que oferecem quartos compartilhados por um valor bem mais acessível.
"Aqui em São Paulo, temos hotéis das grandes redes nacionais e internacionais e temos também várias opções econômicas, com mais de 2.500 leitos em hostels", disse Raquel Verdenacci, coordenadora do Comitê Paulista da Copa, à BBC Brasil.
Além da questão do preço alto, outro desafio que as 12 cidades-sede terão que enfrentar nos próximos meses é o de preparar o setor hoteleiro para receber os 600 mil turistas estrangeiros que são esperados pelo Ministério do Turismo.
Algumas delas já admitem que faltará quartos para suprir a alta demanda. Em recente entrevista à BBC News, o chefe da Secopa-MT (Secretaria Estadual para Assuntos da Copa do Mundo do Mato Grosso), Maurício Guimarães, descreveu um cenário que pode ser comum a outras cidades-sede: "Não haverá quartos de hotel suficientes para os torcedores, mas a cidade dará um jeito."

Campanha para deixar de fumar nas ruas de Lisboa

Campanha para deixar de fumar nas ruas de Lisboa



Antes que o ano termine, a NiQuitin lança uma nova campanha para todos os que querem conseguir deixar de fumar em 2014: na Rua Garrett e no Largo do Rossio vamos encontrar bandas de música que cantam a alegria de deixar o cigarro, conta comunicado de imprensa.

Com entrega gratuita de postais onde todos poderão escrever as pequenas (grandes) vitórias que querem alcançar no próximo ano, a campanha pretende sensibilizar para a importância de alcançarmos os nossos sucessos em 2014. As bandas de música estarão nas ruas de Lisboa entre as 10:00 e as 19:00.

Seguindo o seu princípio estratégico de ajudar as pessoas a atirarem este vício para trás das costas, a NiQuitin pretende com esta nova campanha alertar que cada cigarro não fumado é uma vitória. Para além de dar música aos fumadores, esta campanha contará com a distribuição gratuita de postais de Ano Novo para preencher com os 12 (doze) desejos/pequenas (grandes) vitórias. O primeiro? Deixar de fumar.



2013-12-18 | 15:08

Substituição de válvulas redutoras de pressão por turbinas

Ter, 17 de Dezembro de 2013 07:44

REAPROVEITAMENTO ENERGÉTICO PODE TRAZER SUSTENTABILIDADE AOS SISTEMAS DE CAPTAÇÃO E ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Escrito por  Willbur Souza


Reaproveitamento energético pode trazer sustentabilidade aos sistemas de captação e abastecimento de água
Trazer sustentabilidade energética aos sistemas de captação e distribuição da rede de abastecimento de de água. Essa foi a proposta que deu a Gustavo Meirelles Lima, Mestre em Engenharia de Energia pela Universidade Federal de Itajubá, Minas Gerais, o primeiro 1º lugar na categoria Mestre e Doutor do Prêmio Jovem Cientista.
A pesquisa avaliou o potencial de geração de energia em sistemas de abastecimento de água, oferecendo uma alternativa de aproveitamento de energia, habitualmente desperdiçada durante todo processo, no próprio sistema, otimizando a captação e abastecimento das companhias de estados e municípios do país. Levando em conta as diferentes configurações de redes de abastecimento existentes, o estudo propõe a substituição de válvulas redutoras de pressão por turbinas, gerando dois benefícios: controle de pressão e geração de energia.
No estudo, o método foi aplicado no sistema de abastecimento do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Cruzeiro, tornando as práticas de captação e abastecimento autossustentáveis, e trazendo benefícios econômicos diretos, como explica Gustavo.
“O maior benefício é o financeiro. Atualmente a energia que o sistema gera, a gente pode injetar na rede. E aí essa energia gerada vem abatida da conta de energia. Então isso pode se tornar um benefício muito grande para a companhia. E isso pode ser revertido em benefício da sociedade, como redução de tarifa”
Além de econômico, o método, de acordo com Gustavo, resolve outros dois problemas: o primeiro é o grande índice de rupturas nas tubulações e o segundo é o aumento do volume de vazamentos. Esses dois fatores impactam diretamente na oferta e qualidade dos serviços e também na tarifa de água para o consumidor.
“Boas companhias utilizam válvulas que controlam a pressão. Mas, a maioria das companhias de prefeituras e estaduais não utilizam esse dispositivo. Então, ao controlar a pressão a gente também reduz as paradas de abastecimento de água por questões de ruptura da tubulação e também reduz bastante o volume de vazamentos. Então, isso também poderia ser revertido em benefício da tarifa e, de uma certa forma, também ajuda o meio ambiente, porque reduzindo o volume de vazamento você reduz a captação de água de seu manancial lá no início do processo”.