segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Dia Mundial da Amazônia


05/9/2011 - 12h23

Dia Mundial da Amazônia: “pulmão do mundo” apela por preservação


http://envolverde.com.br/ambiente/amazonia/dia-mundial-da-amazonia-pulmao-do-mundo-apela-por-preservacao/?utm_source=CRM&utm_medium=cpc&utm_campaign=05


por Redação EcoD
O 5 de setembro marca o Dia Mundial da Amazônia, data escolhida por ter sido nesse dia, em 1850, que a Lei n° 582 criou a Província do Amazonas, separando a região da então Província do Pará. Trata-se da maior floresta tropical úmida do planeta, com cerca de 5,5 milhões de quilômetros quadrados (km²) distribuídos por nove países: Brasil, Peru, Colômbia, Venezuela, Equador, Bolívia, Guiana, Suriname e Guiana Francesa.
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Mais de 3 milhões da área total da floresta encontram-se em território brasileiro. Foto: Elton Melo
Mais de 3 milhões dessa área estão em território brasileiro, nos estados de Amazonas, Rondônia, Roraima, Mato Grosso, Tocantins, Amapá, Acre, Pará e parte do Maranhão. A Floresta Amazônica é o bioma mais extenso do mundo e ocupa metade do Brasil. A região é composta por uma biodiversidade única, distribuída por diversos tipos de ecossistemas.
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Biodiversidade e extensão do bioma têm proporções gigantescas. Foto: Mário Franca/Amazônia Eterna
A Amazônia conta com 40 mil espécies de plantas catalogadas, mas a biodiversidade é tanta, que milhares de espécies sequer foram reconhecidas. Também é neste bioma que encontramos a maior variedade de aves, primatas, roedores, répteis, insetos e peixes de água doce do planeta. Para se ter uma ideia, um quarto da população de macacos do mundo está na Amazônia. Além dos primatas, são mais de 300 espécies de mamíferos, como a onça-pintada, a ariranha e o bicho preguiça. A floresta abriga cerca de 3 mil espécies diferentes. A região também é rica em peixes ornamentais, que são comercializados para ser criados em aquários.
“Pulmão do mundo”
A importância da Floresta Amazônica vai muito além dos países nos quais ela está inserida geograficamente, segundo especialistas. Entre as razões-chave para o mundo todo preservá-la, destacam-se as seguintes:
* A floresta exerce papel fundamental no ciclo de carbono que influi na formação do clima mundial.Apenas para se ter noção dos cerca de 200 bilhões de toneladas de gás carbônico absorvidos por vegetação tropical em todo o mundo, 70 bilhões são armazenados pelas árvores amazônicas.
*Atualmente, estima-se que a Amazônia absorva cerca de 10% das emissões globais de CO2 oriundos da queima de combustíveis fósseis.
* A região amazônica deverá agir como um “ponto de inflexão” para o clima global. Segundo estudo divulgado em fevereiro de 2010 por cientistas da Universidade de Oxford, do Instituto Potsdam e de outros centros de pesquisa, a Floresta Amazônica é a segunda área do planeta mais vulnerável à mudança climática depois do Oceano Ártico. A ideia central é que o aumento do desmate deve gerar um ciclo vicioso: a grande redução na área da floresta geraria um aumento significativo nas emissões de CO2, que por sua vez elevariam as temperaturas globais, que assim causariam secas.
* A biodiversidade gigantesca do bioma, que ainda faz dele o mais rico do mundo em recursos naturais.
Situação atual
A Floresta Amazônica está distribuída em diversos tipos de ecossistemas, de florestas fechadas de terra firme, com árvores com 30 a 60 metros de altura, às várzeas ribeirinhas, dos campos aos igarapés. Devido a essa riqueza e biodiversidade, o extrativismo vegetal tornou-se a principal atividade econômica da região, e também o principal foco de disputa entre nativos, governo e indústrias nacionais e internacionais. Ao todo, são mais de 200 espécies diferentes de árvores por hectare que são foco direto do desmatamento, principalmente as madeiras nobres, como o mogno e o pau-brasil.
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Ribeirinho navega sobre um dos muitos rios que compõem a região da floresta. Foto: Mário Franca/Amazônia Eterna
Mais de 60% da área já desmatada na Amazônia foram transformados em pastos, segundo levantamento divulgado no dia 2 de setembro, pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Dos 720 mil quilômetros quadrados de florestas derrubados até 2008 (uma área equivalente ao tamanho do Uruguai), a maior parte foi convertida para a pecuária (62,1%).
Em 21% da área desflorestada, o Inpe e a Embrapa registraram vegetação secundária, áreas que se encontram em processo de regeneração avançado ou que tiveram florestas plantadas com espécies exóticas. Essas áreas, segundo Gilberto Câmara, do Inpe, poderão representar oportunidades de ganhos para o Brasil nas negociações internacionais sobre mudanças climáticas, porque funcionam como absorvedoras de dióxido de carbono (CO2), um dos principais gases de efeito estufa.
Países amazônicos e Rio+20
Representantes dos sete países membros da região amazônica estiveram reunidos, no dia 1º de setembro, a fim de estabelecerem entendimentos para fechar uma posição a ser levada à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), que será realizada em junho de 2012, no Rio de Janeiro.
O encontro em Brasília também serviu para definir uma pauta comum de cooperação pela preservação do bioma. Promovida pela Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), a reunião de coordenação da agenda ambiental objetivou a troca de experiências e intercâmbio entre as diferentes políticas para o setor.
Os países amazônicos aprovaram uma recomendação em prol do engajamento dos estados integrantes da OTCA na preparação da Rio+20. Para o diretor do Departamento de Articulação de Ações para a Amazônia, Mauro Pires, que abriu o encontro, “a ideia é buscar o alinhamento das distintas agendas ambientais dos países que fazem parte da Amazônia”. O secretário geral da OTCA, Embaixador Alexandro Gordilho, ressaltou a importância de sistematizar as informações e os mecanismos de coordenação das autoridades de meio ambiente do tratado.
*publicado originalmente no site EcoD.

Campanha Energia a Preço Justo


Campanha Energia a Preço Justo








A energia brasileira é uma das mais caras do mundo, quando tem tudo para ser a mais barata

Isso pode mudar. Isso tem que mudar

    No Brasil, 77% de toda a energia produzida vem de usinas hidrelétricas, a fonte mais barata que existe. Mas a construção das usinas e sistemas de transmissão e distribuição é um investimento bilionário. Para viabilizar essa construção, o governo faz contratos de concessão com empresas e o investimento é recuperado cobrando-se um valor adicional nas contas de luz. Portanto, quem paga pela construção do sistema elétrico é o consumidor. As contas são mais altas no período de amortização. Porém, passados 35 anos, limite máximo definido pela lei para a recuperação do investimento, a tarifa tem que baixar, e muito...
FONTE: http://www.energiaaprecojusto.com.br/entenda.asp



Tango radioativo?


05/9/2011 - 10h43

Energia nuclear argentina contra a corrente





por Marcela Valente, da IPS
51 Energia nuclear argentina contra a correnteBuenos Aires, Argentina, 5/9/2011 – Enquanto a tendência no mundo industrializado é frear os planos de desenvolvimento da energia nuclear devido ao sinistro de 11 de março no Japão, na Argentina aumenta a capacidade das centrais existentes e são erguidos novos reatores. Alemanha e Suíça estabeleceram prazo fixo para suas centrais, um plebiscito na Itália mostrou uma grande rejeição a esta tecnologia e na França estuda-se reduzir os investimentos no setor.
Entretanto, isso está longe de ocorrer na Argentina, onde o governo de Cristina Fernández assinou, na última semana de agosto, contratos para prolongar a vida útil de uma das duas centrais existentes no país, anunciou que está perto de inaugurar a terceira e promete uma quarta para antes de 2020. E tudo isso apesar de a maioria dos argentinos – embora não o expresse ativamente – estar contra continuar investindo neste tipo de energia cara e perigosa, segundo pesquisa encomendada este ano pelo Greenpeace local. A pesquisa mostra que 66% dos entrevistados consideram a energia nuclear “perigosa” ou “muito perigosa”, 74% afirmam que deveria ser eliminada esta opção da matriz energética e apenas 16% querem aumentá-la.
Em conversa com a IPS, o engenheiro Ernesto Boerio, do Greenpeace, recordou que o plano nuclear, que esteve parado nos anos 1990, voltou em 2006 e se expande vigoroso, apesar do impacto do terremoto e posterior tsunami de março nas centrais japonesas de Fukushima. “Por necessidade de eletricidade, o governo avança em todas as frentes, mas porque, na Argentina, o setor nuclear tem seu peso, seu poder, e conseguiu continuar influindo sobre a direção política para manter os investimentos”, acrescentou.
A Argentina é um dos três países latino-americanos, junto com Brasil e México, que podem desenvolver um programa nucelar e, embora esse projeto hoje tenha fins pacíficos, nasceu sob a órbita militar com a ideia de dominar a tecnologia. Desde 1974, opera no país Atucha I, na província de Buenos Aires, a apenas cem quilômetros da capital nacional, com potência de 370 megawatts (MW), e desde 1984 está funcionando Embalse, na província de Córdoba, com 648 MW.
Na década de 1990 o plano parou, mas, em 2006, foi retomada a obra interrompida de Atucha II, que será inaugurada no ano que vem e fornecerá 745 MW. Além disso, está em estudo uma quarta central, com 1.000 MW, para 2020. Atualmente, a contribuição nuclear para a matriz energética argentina é de 5% a 7%. Com Atucha II, que fica ao lado de Atucha I, chegaria a 12%. Também existe um novo protótipo de reator projetado na Argentina, o Carem. É pequeno, de 50 MW, e para pesquisas, mas, segundo Boerio, pode ser convertido em uma central.
Neste contexto, o governo acaba de assinar acordos para prolongar a vida útil de Embalse e aumentar sua potência. O Ministério do Planejamento e os órgãos governamentais do setor se comprometeram a investir US$ 1,366 bilhão, dos quais US$ 440 milhões são contratos com firmas estrangeiras, para prolongar a vigência de Embalse.
A iniciativa causou indignação na Fundação para a Defesa do Ambiente (Funam), com sede em Córdoba, onde fica Embalse. A organização denunciou que a decisão do governo é “ilegal”, segundo disse à IPS seu diretor, Raúl Montenegro. “Além de não fazer o estudo de impacto ambiental correspondente, não houve nenhum tipo de consulta e nem audiência pública. Parece que esse tipo de ferramentas de controle são apenas enfeites quando se trata de energia nuclear”, ressaltou.
Para Montenegro, que recebeu o prêmio Nobel Alternativo em 2004, “o programa nuclear argentino continua tendo o mesmo componente de autoritarismo e de segredo com que nasceu durante governos militares”. E acrescentou que “é como se a democracia não tivesse chegado à área nuclear. Em lugar de organismos nucleares se democratizarem, conseguiram convencer os governos constitucionais a manterem procedimentos secretos e não realizar consultas”.
Montenegro não descarta a existência de funcionários que acreditam de boa fé na energia nuclear como símbolo do desenvolvimento, mas disse que não há nenhuma relação entre o “raquítico” aporte de 5% ou 7% de eletricidade e o custo que tem o programa. “Na Argentina, o desenvolvimento não nasceu com a ideia de produzir eletricidade”, alertou, dizendo que não só o governo “se deixou convencer pelo lobby nuclear como a sociedade não teve um debate amplo sobre este tema”, acrescentou. Para este ativista, Embalse é particularmente perigosa por estar sobre uma falha onde foram registrados tremores de diversa magnitude no Século 20. Além disso, recordou que a central apresentou múltiplos incidentes por falta de projeto nos reatores.
Entretanto, não é só a usina que causa preocupação, mas os depósitos de combustível esgotado, que estão junto das centrais e que mantêm o risco por 240 mil anos. Essa ameaça se multiplica ao prolongar a vida útil de Embalse, alertou Montenegro. As autoridades asseguram que para essa prolongação serão feitos estudos sísmicos em Embalse, mas o ativista recordou que não é apenas esta a ameaça. Também pode haver incidentes internos, atentados terroristas ou acidentes aéreos sobre a central.
A Funam denunciou que os moradores da área de Embalse e os vizinhos de Atucha não estão preparados para um acidente. As simulações são feitas apenas a dez quilômetros à sua volta, mas em caso de um acidente a radiação pode chegar a 500 quilômetros, alertou. “Não preparam as pessoas para não levantarem o assunto, mas o risco existe e é aterrador”, advertiu a entidade. Somente em Rosário, segundo a Funam, uma cidade muito povoada da província de Santa Fé, o risco é múltiplo porque está ao alcance de Embalse e de Atucha que se prepara para ser um parque atômico, como o de Fukushima. Envolverde/IPS

Um futuro melhor: Reciclagem de dióxido de carbono


Reciclagem de dióxido de carbono

05/09/2011
http://agencia.fapesp.br/14435

Por Elton Alisson



Pesquisadores da Unesp de Presidente Prudente descobrem molécula capaz de capturar o gás atmosférico e convertê-lo em compostos que poderão ser utilizados no futuro por indústrias químicas (reprodução)





Agência FAPESP – A contribuição do excesso de emissão de dióxido de carbono (CO2) para as mudanças climáticas globais tem levado a comunidade científica a buscar formas mais eficientes para estocar e diminuir o lançamento do composto para a atmosfera.
Um novo estudo realizado por pesquisadores do Laboratório de Química Orgânica Fina da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Presidente Prudente, abre a perspectiva de desenvolvimento de tecnologias que possibilitem capturar quimicamente o gás atmosférico e convertê-lo em produtos que possam ser utilizados pela indústria química para substituir reagentes altamente tóxicos utilizados hoje para fabricação de compostos orgânicos usados como pesticidas e fármacos.
Derivadas de um projeto de pesquisa apoiado pela FAPESP por meio do Programa Jovens Pesquisadores em Centros Emergentes, as descobertas do trabalho, intitulado “Estudo da fixação e ativação da molécula de dióxido de carbono com bases nitrogenadas”, foram publicadas na revista Green Chemistry, da The Royal Society of Chemistry.
O estudo demonstrou, pela primeira vez, que uma molécula, denominada DBN (uma base orgânica nitrogenada), é capaz de capturar dióxido de carbono, formando compostos (carbamatos) que podem liberar CO2 seletivamente a temperaturas moderadas. Dessa forma, a molécula poderá ser utilizada como modelo para pesquisas sobre a captura seletiva de dióxido de carbono de diversas misturas de gases.
“Essa descoberta abre perspectivas sobre como poderemos fazer com que o composto resultante da ligação da DBN com o dióxido de carbono se forme em maior quantidade. Para isso, temos que estudar possíveis modificações em moléculas que apresentem semelhanças estruturais e funcionais com a DBN para que o composto seja mais eficiente”, disse Eduardo René Pérez González, principal autor do estudo, à Agência FAPESP.
De acordo com o professor da Unesp, já se sabia que a DBN é capaz de capturar dióxido de carbono na presença de água. Por esse processo, a molécula retira um hidrogênio da água, ganha uma carga positiva (próton) e gera íons hidroxílicos (negativos) que atacam o dióxido de carbono, formando bicarbonatos.
Até então, entretanto, não se tinha demonstrado que o composto também é capaz de capturar CO2, formando carbamato, por meio de uma ligação nitrogênio-carbono tipo uretano, que tem relação direta com um processo biológico em que 10% do dióxido de carbono do organismo humano é transportado por moléculas nitrogenadas.
Em função disso, o processo também poderia ser utilizado para o tratamento de determinadas doenças relacionadas com a quantidade de CO2 e seu transporte no organismo.
“Essa descoberta nos leva a pensar que também poderíamos utilizar esse trabalho para fins bioquímicos, tentando, por exemplo, melhorar esse processo para tratamento de doenças relacionadas à concentração de dióxido de carbono nas células e alguns tecidos, como o pulmonar”, disse González.
Já na área industrial, os carbamatos – como, por exemplo, poliuretanas – derivados da captura de dióxido de carbono pela molécula DBN poderiam substituir tecnologias que utilizam reagentes altamente tóxicos, como o fosgênio, para preparação de compostos orgânicos usados como pesticidas e fármacos e em outras aplicações industriais.
“A possibilidade de se utilizar o dióxido de carbono para construir ou sintetizar moléculas que contêm o agrupamento carbonílico, sem a necessidade de se usar fosgênio ou isocianatos, representaria uma grande vantagem”, disse o pesquisador.
O artigo A comparative solid state 13C NMR and thermal study of CO2 capture by amidines PMDBD and DBN (doi: 10.1039/C1GC15457E), de González e outros, pode ser lido por assinantes da Green Chemistry em http://pubs.rsc.org/en/Content/ArticleLanding/2011/GC/c1gc15457e

Logística reversa de lixo espacial?


Quantidade de lixo espacial orbitando a Terra alcança 'ponto crítico'

Informativo publicado por cientistas norte-americanos alerta a Nasa sobre o limite máximo de segurança

02 de setembro de 2011 | 17h 11


Estadão.com.br e Agências
A quantidade de lixo espacial orbitando a Terra alcançou um 'ponto crítico', gerando ameaças cada vez maiores para satélites e astronautas, afirmaram cientistas norte-americanos em um informativo publicado nesta semana. O objetivo é alertar a Nasa sobre o limite máximo de segurança.

Segundo a agência espacial americana, já foram contabilizados 22 mil objetos no espaço, entre escombros e sucata, mas estima-se que existam milhões de tamanho menor que não foram registrados. Eles podem causar inúmeros estragos se atingirem uma espaçonave em alta velocidade. Sem contar que a colisão poderia gerar ainda mais detritos.

O texto divulgado pelos cientistas solicita novas regulamentações internacionais e mais pesquisas sobre o possível uso de grandes redes metálicas ou "guarda-chuvas" gigantes no espaço, para pegar o lixo. Uma outra ideia seria tentar destruir o lixo usando laser, mas esse trabalho é caro e complicado, já que a lei internacional proíbe os Estados Unidos de recolher objetos que pertencem a outras nações. 

Soja,soja, soja...


03/09/2011 - 12h00

China vai investir US$ 1,5 bi para produzir alimentos na Argentina



DE BUENOS AIRES





Maior importador mundial de soja, a China anunciou um bilionário investimento na Argentina para produzir alimentos, sobretudo soja, em uma área de 330 mil hectares --equivalente a duas cidades de São Paulo--, informa reportagem de Lucas Ferraz e Sylvia Colombo para a Folha.
A íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL (empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).
A produção, assim como o fornecimento de toda a tecnologia, ficará a cargo da estatal chinesa Heilongjiang, que investirá US$ 1,5 bilhão no empreendimento, que conta com financiamento do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).
O acordo firmado com a província de Río Negro, na patagônia argentina, prevê que a companhia chinesa tenha exclusividade na compra da produção local por um prazo de 20 anos.
A estatal vai financiar a irrigação das terras, a construção de uma fábrica de azeite e ainda vai bancar a reforma de um porto local.
Em contrapartida, a empresa deverá usar mão de obra local --estima-se a criação de 100 mil postos de trabalho-- e cooperativas de produtores regionais.
Preocupados em garantir alimentos para sua gigantesca população, a China, após grandes investimentos na soja brasileira, começa a plantar raízes na Argentina. A presença da Heilongjiang em Río Negro é o maior investimento chinês em soja no país.