sexta-feira, 18 de julho de 2014

Apartamentos verdes: já pensou morar em um?

Apartamentos verdes: já pensou morar em um?
[17-07-2014
http://www.paranashop.com.br/colunas/colunas_n.php?op=casa&id=32943

O Brasil já é o 5º país no ranking mundial de empreendimentos “verdes”, segundo dados da Green Building Council (GBC Brasil), responsável por fomentar esse mercado no país. Ainda de acordo com a instituição, este tipo de empreendimento – que busca colaborar com o meio ambiente adotando medidas sustentáveis e ecologicamente corretas tanto na obra como no dia a dia – representa apenas 1% do total de edificações construídas no país. No entanto, a procura por edifícios sustentáveis é crescente e cada vez mais pessoas buscam alternativas sustentáveis para suas casas e espaços de trabalho. Diante desta realidade, você já pensou em morar um apartamento “ecologicamente correto”? Em Cascavel, no Paraná, o primeiro residencial sustentável da cidade – edifício Rosa dos Ventos – além de beneficiar o meio ambiente, tem impacto direto no bolso do morador.
De acordo com Laila Rotter, diretora de marketing da CSD Ideias, responsável pela criação do empreendimento, o sistema de geração de energia solar e eólica, possuem potencial para uma economia estimada de até R$ 1.000,00 por mês na conta de energia elétrica do condomínio. “A garantida deste sistema é de aproximadamente 20 anos, ou seja, ao longo de sua vida útil ele pode gerar uma economia de R$ 240.000,00 para o edifício, que é quase duas vezes o seu custo”, detalha Laila.
Além da energia, a economia também é sentida no reaproveitamento da água da chuva, que possibilitará a irrigação das áreas verdes do edifício e lavagem das calçadas. “Isso tudo gera uma redução de gastos com o condomínio e manutenção de áreas comuns”, complementa.

No apartamento

Além da economia em todo o prédio, a redução de gasto também ocorre de forma específica nos apartamentos: na conta de gás, em razão do aquecimento solar da água dos chuveiros, na conta de água com o poço artesiano e na de energia elétrica, com a menor necessidade de iluminação artificial durante o dia e de uso de ar condicionado devido às aberturas maiores e em posições estratégicas.
Laila ressalta ainda, que a menos de um ano da entrega do empreendimento – prevista para abril de 2015 – ele está sendo vendido com preços até menores do que outros lançamentos imobiliários de padrão semelhante, mas que não oferecem os mesmos sistemas de sustentabilidade. “Além disso, dados do GBC apontam que a valorização destes edifícios é 10 a 20% maior que a dos empreendimentos comuns, mas temos casos no sul do país onde este número chegou a 100% só no período entre o lançamento e a entrega do edifício”, exemplifica Laila.


Para o meio ambiente


O edifício conta com painéis fotovoltaicos para geração de energia e aquecimento de água, captação da água de chuva, gerador eólico, calçamento permeável que permite que água volte para o lençol freático, além da maximização do aproveitamento dos recursos naturais, como a luz do sol e o vento. “A escolha da vidraça – mais espessa do que os edifícios convencionais – propicia o aproveitamento máximo da iluminação natural do sol durante todas as estações do ano”, explica o arquiteto e urbanista Caio Smolarek Dias.

Isso ocorre pelo posicionamento dos blocos em forma de “L”, que recebe tanto o sol do Verão, quanto do Inverno. Já a posição em que o edifício é construído, somado às janelas maiores, também propicia a climatização dos apartamentos sem a necessidade do uso de ar condicionado, já que todos os apartamentos recebem a corrente do vento que corta a cidade de Cascavel em sentido diagonal. “Este corte diagonal que o vento faz na cidade também propiciou a inserção de um gerador eólico no edifício”, finaliza Caio.

Sobre o Edifício Rosa dos Ventos


O Rosa dos Ventos é um edifício em construção na cidade de Cascavel e tem como objetivo oferecer sustentabilidade associada ao design contemporâneo, baixo custo de condomínio e maior área privativa. Os 20 apartamentos do prédio concebem o uso consciente dos recursos naturais por meio da captação de energia eólica e solar, para iluminação de ambientes e aquecimento de água dos chuveiros, além da coleta de água das chuvas para irrigação das áreas verdes e lavagem de calçadas.


Sobre a CSD Ideias


Criada há pouco mais de um ano em Cascavel, a CSD Ideias tem como objetivo estruturar negócios imobiliários que ofereçam rentabilidade a investidores, baseados no conceito, na sustentabilidade e no design. Além disso, o grupo oferece construções de alta qualidade, focados em quem irá morar, além de disseminar a construção sustentável, com baixo impacto no meio ambiente.

Com pior IDH do país, população de Alagoas pede mais investimento em saúde e educação

Com pior IDH do país, população de Alagoas pede mais investimento em saúde e educação


16/07/2014 - O Globo - Por Odilon Rios Blog Terra Magazine
Estado precisa de recursos também na área de Segurança 

Anderson Gabriel da Silva: escândalo para arrumar vaga na UTI e internar pai no maior hospital público


Maceió— Na análise da previsão de gastos dos nove candidatos ao governo de Alagoas (R$ 142,5 milhões), chama atenção o contraste entre a corrida milionária por votos e o dia a dia dos eleitores do estado com o pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil — 0,631 —, onde muitas pessoas se apinham na porta do maior hospital público do estado em busca de atendimento.  Na manhã de ontem, Anderson Gabriel da Silva, de 30 anos, era um deles.  Ele esperava notícias do pai, Jorge Gabriel da Silva, de 49, internado na UTI do Hospital Geral do Estado.  Com o pai sujo de fezes na maca do hospital e o mau cheiro, ele conta que precisou apelar para conseguir uma vaga na UTI.

— Fiz um escândalo para que eles pusessem uma fralda em meu pai e lençóis limpos, e o levassem para a UTI — disse.

Jorge está internado na área vermelha — para doentes com risco de morte.

— É tudo péssimo.  Não saio daqui enquanto não souber como está meu pai — comentou Anderson, que veio do interior de Alagoas e não tem o que comer nem onde dormir na capital: — Mais Saúde, moço.  A gente precisa de Saúde, de medicamento.  As pessoas precisam de assistência.  Não é certo viver assim.

ESTADO QUE MAIS MATA

Lucimeire dos Santos: ‘Sinto falta de escola nos dois horários para minhas netas’

Lucimeire dos Santos é avó.  Cata o sururu de capote, um marisco que vive na lama do fundo da Lagoa Mundaú, no bairro Virgem dos Pobres, onde mora.  Ele é retirado da lama envolvido em uma casca, chamada de capote, e é torrado para abrir.  É vendido em latas de leite em pó reaproveitadas.  Cada uma sai a R$ 5.  Os carros de luxo param à beira da lagoa para comprar.  O marisco é revendido nos restaurantes de Maceió.  Um prato não sai a menos de R$ 25.  Regina tem 6 anos e é neta de dona Lucimeire.  Em Virgem dos Pobres, quem manda é o tráfico de drogas que não tem rosto, só nome.  A lei do silêncio impede Lucimeire de falar desse assunto.  A menina estuda na Escola Municipal Nossa Senhora Aparecida, no bairro de Ponta Grossa, a dois quilômetros de distância.

— Sinto falta da escola ser nos dois horários.  Minha neta entra às 7h e sai às 10h30m.  Se tivesse aula à tarde seria bom, sairia daqui, seria gente — disse Lucimeire.

Os nove candidatos ao governo de Alagoas prometem implantar escolas em tempo integral.  E mais segurança.  Números do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa, sigla em inglês), divulgados em dezembro do ano passado, mostram que, se Alagoas fosse um país, seria o pior do mundo em leitura, ciência e matemática.

Na Segurança, números do Ministério da Justiça e do Mapa da Violência 2014 mostram que o estado é o que mais mata no Brasil: mais de mil assassinatos este ano, 70% entre 18 e 24 anos.

Acampados na porta do Palácio Floriano Peixoto, sede do governo, integrantes da reserva técnica da Polícia Militar esperam ser chamados ao trabalho.  Eles foram aprovados no concurso público, que foi homologado, fizeram os testes físicos e esperam assumir os postos:

— O governador (Teotonio Vilela Filho, PSDB) disse que não nos contrata porque não tem como pagar nossos salários, precisa obedecer à Lei de Responsabilidade Fiscal — disse Rodrigo Lima, representante dos 800 aprovados no concurso: — Vemos que os políticos de Alagoas gastam muito dinheiro com festas e inaugurações, e ficam devendo em investimentos na área social.  Somos os piores em Segurança.  E estamos dispostos a trabalhar. 

*Especial para O GLOBO