quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Presidenta Dilma veta nove itens do Código Florestal


Quarta-feira, 17 de outubro de 2012 às 21:04

Presidenta Dilma veta nove itens do Código Florestal


A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, afirmou nesta quarta-feira (17), durante entrevista no Palácio do Planalto, que a presidenta Dilma Rousseff vetou nove itens da medida provisória aprovada pelo Congresso que altera o texto do novo Código Florestal.
Segundo a ministra, os vetos tiveram como diretriz não estimular desmatamentos ilegais e não anistiar quem descumpriu a lei. A redução da área de reflorestamento em margens de rio para médias e grandes propriedades rurais foi um dos pontos vetados pela presidenta. Também foi vetada a permissão do plantio de árvores frutíferas na recuperação de áreas de preservação permanentes ao invés de vegetação nativa.
”São nove vetos. Aquilo que nós entendemos que o Congresso fez que na realidade contribui para o aperfeiçoamento da medida provisória e que não fere os princípios de levar ao desmatamento, à anistia; e a questão da inclusão social e da permanência do pequeno agricultor, isso foi mantido”, disse a ministra.
De acordo com a ministra, um decreto presidencial será publicado na edição desta quinta-feira (18) do Diário Oficial para suprir as lacunas ocasionadas em razão dos vetos. A regulamentação das regras do Cadastro Ambiental Rural e do Programa de Recuperação Ambiental devem, segundo a ministra, fazer parte do decreto.
Ouça a íntegra da entrevista:

17/10/2012 - 18h56

Dilma Rousseff deve vetar pelo menos cinco pontos do Código Florestal


DO VALOR

A presidente Dilma Rousseff deve vetar pelo menos cinco pontos do Código Florestal aprovado pelo Congresso e suprir as modificações do texto com um decreto presidencial.
O decreto presidencial deve ser o método legal preferido para cobrir os espaços deixados, já que o governo não pretende submeter novamente a aprovação das mudanças ao Congresso Nacional. Vence hoje o prazo para a presidente se manifestar sobre o código.
O governo trabalha nos últimos ajustes das mudanças posteriores ao veto, já que desde as últimas semanas havia discussões sobre se todas as mudanças poderiam ser feitas por decreto ou resoluções do Conama ou se algumas precisariam ser feitas por medida provisória.
A principal modificação a ser feita será no sistema conhecido como "escadinha", que define o quanto de mata em beira de rios deve ser recuperado, conforme o tamanho das propriedades.
Pelo texto original, quanto maior a propriedade rural, maior seria a recomposição, mas a proposta foi alterada pelos parlamentares, reduzindo a área de reflorestamento para médias e grandes propriedades, desagradando a presidente Dilma Rousseff, que defendia o texto original da MP enviada por ela ao Congresso.
Outro ponto que deve ser vetado é a possibilidade de que sejam usadas monoculturas de árvores frutíferas na recuperação de áreas de preservação permanentes ao invés de vegetação nativa.