quarta-feira, 20 de julho de 2011

Irrigação responde por 69% do consumo de água do Brasil

Irrigação responde por 69% do consumo de água do Brasil

Relatório de agência nacional também diz que água está ruim ou péssima em 9% dos pontos monitorados


20 de julho de 2011 | 0h 00

autoria: Rafael Moraes Moura - O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA
A irrigação é responsável por 69% do consumo de água no País, com a maior parte das áreas irrigadas concentradas nas bacias do Paraná (no Centro-Sul), Atlântico Sul (de SP a RS) e São Francisco (DF, GO, MG, BA, PE, AL e SE), aponta estudo da Agência Nacional de Águas (ANA).
Em seguida, aparecem o consumo animal (12%), urbano (10%), industrial (7%) e o rural (2%). Essas são algumas das conclusões do relatório Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil - Informe 2011, que faz um balanço da qualidade e da utilização da água no País de outubro de 2009 a setembro de 2010.
"Temos de entender se essas áreas de irrigação estão colocadas em áreas vulneráveis de oferta de recursos hídricos, para que você possa assegurar produção agrícola com oferta de água ou decidir se vai ter de redirecioná-la em função dos cenários", disse a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.
O levantamento da ANA também aponta que a qualidade da água é ruim ou péssima em 9% dos pontos monitorados. A situação é mais problemática nas regiões metropolitanas de São Paulo, Curitiba, Belo Horizonte, Porto Alegre, Rio e Salvador e cidades de médio porte, como Campinas (SP) e Juiz de Fora (MG).
Os dados são referentes a 1.747 pontos - ou estações de medição da qualidade da água para analisar a contaminação pelo esgoto. A qualidade foi considerada "boa" em 71% dos pontos, "regular" em 16% e "ótima" em 4%.
Um dos pontos com classificação "ótima" foi o braço Taquacetuba do Reservatório Billings, no município de São Paulo. O número de pontos monitorados não reflete o número de rios ou a quantidade de recursos hídricos, já que em um mesmo rio pode haver mais de um ponto.
Na análise anterior, de 2008, 10% dos pontos foram considerados como de "ótima" qualidade. "Houve alteração na quantidade de pontos onde houve medição", minimizou o diretor-presidente da ANA, Vicente Andreu.