Banheiro do futuro sustentável (sem água): Introduzir inovações tecnológicas no banheiro ecológico seco da permacultura, com coleta e armazenamento adequado de dejetos, e processar os excrementos e a urina em energia (biogas) e fertilizantes, transformando-os num negócio rentável.
Quem sabe se as concessionárias como a SABESP comecem a investir no desenvolvimento desta tecnologia em São Paulo, na maior cidade do Brasil?
EVOLUÇÃO DOS BANHEIROS
Stephanie PappasProtótipo de banheiro espacial usado por astronautas que
se encontra no centro espacial Johnson, nos EUA
19/07/2011 - 15h08
Depois dos PCs, Bill Gates se propõe a reinventar os WCs
DA FRANCE PRESSE
Anos depois de reinventar os computadores e criar os PCs, o magnata da Microsoft Bill Gates voltou sua atenção para os vasos sanitários.
A Fundação de Bill e Melinda Gates está investindo milhões de dólares em subsídios para que desenvolvedores reinventem o vaso sanitário, afirmou o diretor dos programas de água, higiene e sanitarismo da Gates Foundation, Frank Rijsberman, à agência de notícias AFP.
O objetivo é melhorar a saúde nos países em desenvolvimento dando um lugar higiênico e seguro a 2,6 bilhões de pessoas que não têm acesso a banheiros, ou dividem um, disse Rijsberman em um discurso na conferência pan-africana de sanitarismo realizada na capital da Ruanda, Kigali.
No entanto, a Fundação Gates quer mudar a ideia de banheiro conhecida no Ocidente --a descarga que consome vários litros de água desperdiçados no sistema de esgoto-- porque não é uma solução viável nos países pobres.
"Nós precisamos reinventar o vaso sanitário. Precisamos desenvolver uma nova tecnologia que não desperdice água potável, que não jogue em encanamentos caros que desperdiçam muito dinheiro em estações de tratamento para tirar o cocô da água", disse Rijsberman.
Para estimular a reinvenção do WC, a Fundação Gates, na AfricaSan Conference em Kigali, anunciou US$ 42 milhões em subsídios para inovações em captura e armazenamento de dejetos, e para desenvolver maneiras de processar, como Rijsberman chama, o "cocô" em energia e fertilizantes.
"Nós precisamos aprender a não pensar no cocô como restos inúteis, mas em uma matéria-prima que podemos reciclar ao custo de poucos centavos por dia", declarou.
A Fundação Gates espera que os investimentos em inovações sanitárias resulte em vários protótipos dentro de um ano, e que em três anos uma nova marca de vasos sanitários esteja disponível nos mercados dos países em desenvolvimentos, segundo Rijsberman.
http://polls.folha.com.br/poll/1120002/results
19/07/2011 - 16h13
Privada
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05/05/2011 - 10h24
Escritora apresenta "lado B" das viagens espaciais
Esqueça narrativas heróicas sobre astronautas super-homens que estão à frente das viagens ao Cosmos. O livro "Packing for Mars: The Curious Science of Live in The Void" (sem versão em português), lançado em 2010 pela escritora Mary Roach, apresenta uma visão inusitada e uma série de situações curiosas relacionadas às missões.
Roach trata do "lado B" do programa espacial em suas palestras, levantando questões que poderiam passar na cabeça de qualquer um, como o que acontece com os astronautas quando eles ficam dias sem tomar banho ou se todos estão confortáveis com a ideia de beberem urina filtrada.
Segundo a autora, são esses detalhes "sujos" que atraem a atenção do público, que passa a se interessar novamente pelas viagens espaciais.
Basta lembrar que, em ambientes sem gravidade, o processamento de tudo que é consumido --e eliminado de alguma forma-- precisa ser repensado, relata reportagem do site livescience.com.
No início do programa espacial, a Nasa (agência espacial americana) teve que se concentrar em resolver o cheiro corporal e caspas flutuantes produzidas por astronautas sem banho --algo que se torna intolerável em estadas de longa duração. E são casos como esses que Roach aborda.
Mas, lembra ela, somente um dos capítulos de seu livro foca esse aspecto --e não é o tema principal. E, mesmo assim, obter informações dos astronautas não foi nada fácil, já que eles não querem contar o que realmente de estranho acontece lá em cima.
Bill Gates quer reinventar o vaso sanitário
Redação do Site Inovação Tecnológica - 20/07/2011
Banheiro sem água e sem esgoto
A Fundação Bill & Melinda Gates anunciou que irá custear uma pesquisa para "reinventar a privada".
O objetivo do projeto é desenvolver novas tecnologias para o processamento de dejetos humanos sem qualquer ligação a linhas de água, energia ou esgoto.
Para Gates, a privada ideal para os países em desenvolvimento deve ser auto-sustentável, de custo acessível e sem ligações a linhas de energia, água ou esgoto, que quase nunca estão disponíveis nas condições em que o novo sanitário deverá ser utilizado.
Plasma de micro-ondas
A tarefa de reinventar o vaso sanitário caberá a um grupo de cientistas e engenheiros da Universidade de Tecnologia de Delft, na Holanda, sob a coordenação do professor Georgios Stefanidis.
"Vamos aplicar a tecnologia de micro-ondas para transformar os dejetos humanos em eletricidade. A partir desta inovação, pretendemos idealizar o design e construir um protótipo modular para um banheiro completo que satisfaça as urgentes necessidades do mundo em desenvolvimento," afirmou Stefanidis.
Inicialmente os dejetos humanos serão secos. Em seguida, os resíduos sólidos serão gaseificados utilizando plasma, criado por micro-ondas em um reator apropriado.
Este processo vai gerar o chamado gás de síntese, uma mistura de monóxido de carbono (CO) e hidrogênio (H2). O gás de síntese será então usado para alimentar um conjunto de células de combustível de óxidos sólidos (SOFC: solid oxide fuel cell) para a geração de eletricidade.
"Para que o processo seja energeticamente auto-suficiente, parte da eletricidade produzida será usada para ativar a gaseificação a plasma, enquanto o calor recuperado do fluxo de gás de síntese e dos gases de escape das células de combustível será usado para a secagem dos resíduos," explica o pesquisador.
Privada barata
Aproximadamente 2,6 bilhões de pessoas em todo o mundo não têm acesso ao saneamento básico. O impacto negativo dessa situação sobre a saúde dessas populações é enorme.
Para mudar esta situação, Bill Gates e sua esposa acreditam que a solução é reinventar o vaso sanitário.
E, como o projeto é voltado para atender às necessidades dos países em desenvolvimento, uma das exigências é que o banheiro sem água e sem esgoto possa ser construído a custos acessíveis.