domingo, 17 de julho de 2011

Empresas trocam a faxina convencional pela limpeza verde


17/07/2011 08h00 - Atualizado em 17/07/2011 08h00

Empresas trocam a faxina convencional pela limpeza verde


Sabão foi substituído por produto 100% natural.
Faturamento de empresa de SP gira em torno de R$ 50 mil por mês.




Do PEGN TV
Com a tendência de construção de prédios sustentáveis, o segmento da chamada “limpeza verde” ganha destaque. Em São Paulo, a empresa do casal Jadir e Fernanda Deodato se especializou e faz a faxina com produtos biodegradáveis e segue normas de certificação.
A empresa trabalha com limpeza sustentável de carpetes e sofás. Todos os produtos usados são ecologicamente corretos – para limpar, o sabão foi substituído por um adstringente granulado 100% natural.
“É um granulado feito de casca de laranja, ele é biodegradável, tem um cheiro agradável. Inclusive ele é usado como adubo. Depois que termina o processo, você pode jogar em planta que não tem problema nenhum”, conta Fernanda.
Antes de o produto entrar em ação, uma mistura de dois desengraxantes orgânicos e água é jogada no carpete para amolecer a sujeira. Em seguida, o granulado laranja é espalhado na área a ser limpa. Depois, a máquina termina o serviço fazendo a sucção do granulado que absorve todos os resíduos do carpete.
Uma das grandes vantagens do serviço está na economia de água. Na lavagem convencional de um carpete de cem metros, por exemplo, são utilizados 80 litros de água. Na limpeza ecológica, o gasto é reduzido para apenas um litro.
Por mês, a empresa faz cerca de 80 limpezas sustentáveis. Os preços variam entre R$ 3,50 e R$ 4 o metro quadrado de carpete; e entre R$ 90 e R$ 100 por assento de sofá. O faturamento gira em torno de R$ 50 mil por mês.
“Neste mercado, para a gente competir, a gente precisa de um fornecedor de qualidade, com produtos de boa qualidade e uma mão de obra qualificada para poder fazer o serviço”, diz Jadir.
O investimento inicial para se adequar ao novo conceito foi de R$ 20 mil. A empresa comprou oito máquinas e estoque de produtos biodegradáveis. Os dez funcionários também passaram por treinamentos.
“Temos a certificação ISO 9001 e estamos indo para a certificação 14.000, que é uma certificação ambiental”, conta a empresária.
A empresa começou no ramo de limpeza em 1998, e há dois anos passou a trabalhar com o selo verde. Agora, quer crescer de olho nos edifícios ecologicamente corretos.
O Brasil já é o quinto país do mundo em construções sustentáveis. Tem cerca de 200 edificações certificadas. Para conseguir o selo verde, os prédios precisam ter eficiência no uso da energia, da água e de todos os recursos que ajudem a natureza.
Com o mercado verde aquecido, a empresa de limpeza ecológica já comemora os bons resultados.
“Nós costumamos crescer 30% ao ano, mas, como está tendo muito pedido, está sendo muito solicitada esta mão de obra, com produto ecologicamente correto. A previsão é que cresça 60% este ano”, diz Fernanda.