terça-feira, 17 de maio de 2011

Não sai do papel...Não querem jogar...que vergonha!

Impasse no Itaquerão ameaça SP







Aumento no custo do estádio faz Corinthians pensar em recuar






MARTÍN FERNANDEZ

DE SÃO PAULO 



O futuro estádio do Corinthians chegou a um impasse. A três anos do início da Copa 2014, é cada vez mais provável que a abertura do Mundial não seja em São Paulo -Brasília agora é a favorita.

Corinthians, Odebrecht e Comitê Organizador Local do Mundial ainda não chegaram a um acordo sobre preços, prazos e exigências.

Com todas as demandas da Fifa para abrigar o jogo inaugural, o estádio custaria cerca de R$ 1 bilhão. Foi o que a empreiteira informou ao clube na semana passada.
Até então, o custo para levantar um estádio com capacidade para 65 mil pessoas era estimado em R$ 650 milhões. O aumento no preço da obra fez o Corinthians pensar em recuar.
O clube já cogita voltar a seu plano inicial: construir um estádio para 48 mil espectadores, com custo de cerca de R$ 400 milhões.
A arena não teria condições de receber a abertura do Mundial - no máximo, um jogo das quartas de final.
Para abrigar o primeiro jogo da Copa, o clube também pode pedir à Fifa que reduza suas exigências -como a instalação de escadas rolantes, por exemplo.
Essa possibilidade foi descartada pela Fifa e pelo COL, segundo a Folha apurou. A organização do evento entende que o estádio é que precisa atender as demandas da Fifa, e não o contrário.
Outra ideia seria pedir um empréstimo maior ao BNDES. A linha de crédito que o banco oferece para as arenas da Copa do Mundo tem limite de R$ 400 milhões -o que cobre apenas 40% do novo valor do estádio.


Consultado pela reportagem, o BNDES reafirmou que o limite de empréstimo para a construção de estádios para o Mundial é de R$ 400 milhões. Qualquer outro empréstimo, informou a assessoria do banco, teria que ser tomado em outra linha de crédito, com juros maiores.
No limite, o Corinthians cogita até substituir a empreiteira que vai erguer a arena -possibilidade remota, afinal há um contrato assinado entre clube e empresa. A troca geraria ainda mais atrasos nas obras. A Odebrecht não quis comentar o assunto.
No futebol, o clube se mexe. Moacir, Diego Sacoman, Marcelo Oliveira e Edno foram dispensados. Alex será apresentado amanhã.

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SECRETARIA DO VERDE APROVA O RIVI DO CORINTHIANS EM TEMPO RECORDE


Na última 5ª feira, dia 12, a Câmara Técnica VI do CADES manifestou-se tecnicamente sobre o Estudo de Impacto de Vizinhança e Relatório de Impacto de Vizinhança- EIV/RIVI que analisa os impactos da implantação da arena do Corinthians.
A vista dos elementos, manifestações e do parecer favorável do CADES sobre aquele estudo o Secretário do Verde e Meio Ambiente da Prefeitura, Eduardo Jorge, aprovou, em tempo recorde o RIVI,desde que atendidas as exigências e recomendações constantes no Parecer Técnico. ( O RIVI deu entrada na Secretaria dia 8 de maio).
Conforme publicado na edição de sábado, dia 14, do Diário Oficial do município tais exigências, em número de 24, dizem respeito, entre outras obrigações, o controle de ruídos, compensação de emissão de CO2, necessidade de certificação LEED, atendimento às normas técnicas de acessibilidade, recobrimento vegetal, propostas de mitigação do incremento ao tráfego regional, movimentação de terra, plano de monitoramento geotécnico.
Já os dutos da Transpetro estão contemplados nos itens 18 e 19 das exigências técnicas. No primeiro  a SVMA requer a apresentação de toda a documentação gerada nas próximas etapas de gerenciamento da Área Potencial (AP)- área de influência do duto identificada na avaliação preliminar para análise e manifestação da SVMA/DECONT.
No item 19 é exigida a apresentação de Pareceres ou Despachos emitidos pela CETESB referente ao gerenciamento de áreas contaminadas no interior do empreendimento à SVMA/DECONTI.
Para o atendimento de todas estas exigências são concedidos prazos (de 90 a 180 dias) que, no entanto, poderão ser cumpridos no decorrer das obras, significando que o empreendimento estaria liberado para inicio imediato bastando para tanto apenas a emissão do Alvará de Aprovação da Secretaria de Habitação –SEHAB.
Não ficou claro, contudo, se a presença física dos dutos da Transpetro não  impediria o inicio efetivo das obras.
Aguardemos!
(J.E. CAVALCANTI)



 


Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/esporte/fk1905201105.htm

São Paulo, quinta-feira, 19 de maio de 2011

Preço de arenas da Copa-14 salta 56% em 2 anos, o quádruplo da inflação, três estádios não iniciaram obras e outros aumentam prazos

MARIANA BASTOS
RODRIGO MATTOS
DE SÃO PAULO 

Desde que foram escolhidas as sedes da Copa do Mundo de 2014 pela Fifa, as cidades brasileiras aumentaram em 56% os orçamentos dos estádios, atrasaram obras, ou nem as iniciaram, e esticaram prazos.
Levantamento da Folha mostra que, hoje, a estimativa de custo é de R$ 6,8 bilhões para as 12 arenas.
No final de maio de 2009, na definição das sedes, os projetos somavam R$ 4,345 bilhões -incluindo estimativas de Paraná e Minas Gerais, feitas um pouco depois.
Neste período, a inflação foi de 13,8%, pelo IGP-M. Os maiores aumentos são nas sedes indicadas para abertura e final do Mundial: São Paulo e Rio de Janeiro.
O projeto inicial do São Paulo era reformar o Morumbi com R$ 136 milhões. O projeto foi encarecido pela Fifa e depois descartado.
Foi trocado pela arena de Itaquera, do Corinthians. De novo, a proposta inicial foi inflada e atingiu R$ 1,070 bilhão na semana passada.
O Maracanã mais do que dobrou de valor e também se aproximou do bilhão. Exigências da Fifa e problemas estruturais não previstos nos projetos iniciais foram os principais fatores para o encarecimento das arenas.
As máquinas nos canteiros de obras, no entanto, não acompanham a velocidade das calculadoras. Três cidades ainda não começaram as atividades de seus estádios: Natal, São Paulo e Curitiba.
"A empresa que ganhou a licitação tem dois meses para se preparar legalmente para iniciar as obras. Eles assinaram o contrato em abril, então é normal que a construção comece em junho. Não há atraso", afirmou João Fernandes, chefe de gabinete da Secretaria para a Copa de 2014 no Rio Grande do Norte.
Só que o prazo para a conclusão da Arena das Dunas foi aumentado em um ano -de dezembro do ano que vem para o final de 2013.
Em Cuiabá, admite-se atraso de três meses nas obras. "Criamos medidas para mitigar esse atraso e vamos entregar no prazo (2012)", contou Carlos Brito, da Agência da Copa de MT.
Há a possibilidade de trabalhar em três turnos. O prazo final seria dezembro de 2012. Assim, a Fifa pediria retoques e o estádio estaria pronto em abril de 2013.
Mas a entidade será flexível com o Maracanã, que terá de refazer a sua cobertura. A maioria dos atrasos, porém, é porque quase nenhum estádio começou obras no início de 2010, data prevista.
A burocracia estatal e suspeitas de irregularidades foram entraves. Nada que parasse as calculadoras.

Colaboraram NELSON BARROS NETO e ADRIANO WILKSON, de São Paulo