Carne Legal é eleita a melhor campanha pela  sustentabilidade 
Escolha foi feita pelo júri acadêmico do prêmio  Greenbest 
Fonte: http://gazetaweb.globo.com/v2/noticias/texto_completo.php?c=232702
A campanha Carne Legal, ação de  comunicação do Ministério Público Federal (MPF) pela sustentabilidade na  pecuária, foi eleita como a melhor campanha publicitária pelo júri acadêmico do  prêmio GreenBest, o primeiro concurso nacional para selecionar as empresas,  produtos e projetos que mais contribuem para a sustentabilidade no  país.
A divulgação dos vencedores foi feita nesta terça-feira, 17 de  maio. O júri acadêmico reuniu profissionais reconhecidos por seu trabalho e  liderança na área de meio ambiente e sustentabilidade. São jornalistas  especializados na cobertura da questão ambiental, como Aline Ribeiro, da revista  Época, André Trigueiro, da GloboNews, Andrea Vialli, de O Estado de S. Paulo,  Denis Russo, da Veja, Marcos Sá Corrêa, do site O Eco, além de integrantes de  empresas certificadoras, de organizações ligadas ao manejo florestal, de  consultores e da ex-senadora Marina Silva.
A Carne Legal disputou o  prêmio do júri acadêmico com as campanhas Xixi no Banho, da fundação SOS Mata  Atlântica, e A Hora do Planeta, da WWF. A Xixi no Banho, que visa mostrar que  uma descarga evitada por dia resultana economia de 4,3 mil litros de água  potável por ano, foi eleita como melhor campanha publicitária pelo júri  popular.
Na votação da academia, os concorrentes foram avaliados nos  quesitos iniciativa, inovação, sustentabilidade do negócio e/ou produto, impacto  socioambiental e contribuição para o desenvolvimento da consciência e do mercado  sustentável.
Resultados
Lançada em junho de 2010, a  campanha Carne Legal convidou os consumidores a valorizar produtos de origem  legal, ou seja, aqueles procedentes de propriedades rurais onde não ocorram  desmatamento e trabalho escravo, entre outros crimes e  irregularidades.
Antes da atuação do MPF, no Pará haviam apenas cerca de  900 propriedades rurais inscritas no cadastro ambiental rural do Estado. Com os  acordos promovidos pela instituição e com a campanha Carne Legal, esse total  chegou, em abril de 2011, a 52,1 mil propriedades registradas. Dados como esses  serviram como base para que outros órgãos públicos e a imprensa apontassem a  atuação do MPF como um dos fatores fundamentais para que a Amazônia Legal  tivesse em 2010 a menor área desmatada já registrada na história do país, desde  que o monitoramento passou a ser feito via satélite, em 1988.
Os  lançamento de iniciativas semelhantes em seguida ao lançamento da Carne Legal  também provou a importância da discussão do tema. Frigoríficos que assinaram  acordos com o MPF passaram a divulgar seus produtos dizendo que "nossa carne é  legal". Os três maiores frigoríficos do Brasil deixaram de comprar bovinos de  mais de 200 fazendas localizadas dentro de terras indígenas, unidades de  conservação ou próximas a áreas recém-desmatadas no bioma Amazônia. A imprensa  ressaltou que a medida foi motivada pela pressão da sociedade e campanha do  MPF.
Grandes empresas do comércio varejista anunciaram o lançamento de  programas de rastreabilidade que permitem aos clientes identificar a procedência  dos produtos. A divulgação dos produtos rastreados chegou a um dos programas de  maior audiência na televisão, o Big Brother Brasil.
Além da nossa  alimentação e de sapatos, cintos, bolsas e outros itens, em um total de 49  segmentos industriais que dependem da pecuária para fabricar seus produtos, a  carne legal passou a ser utilizada até na fabricação de alimentos para animais  de estimação. Na Feicorte, a maior feira indoor de pecuária do mundo, pela  primeira vez foi criado um espaço de debates em torno da pecuária  sustentável.
 
