quarta-feira, 18 de maio de 2011

Alemanha sugere parceria com Brasil em alimentos e energia

Alemanha sugere parceria com Brasil em alimentos e energia

6/5/2011

Fonte: http://www.abeeolica.org.br/zpublisher/materias/Noticias.asp?id=19681

SÃO PAULO – “Nos próximos anos, o mundo estará olhando para o Brasil”. O comentário foi feito nesta sexta-feira pelo presidente da Alemanha, Christian Wulff, após participar da pré-inauguração do Centro Alemão de Inovação e Ciência na capital paulista.

Demonstrando grande interesse pelo desenvolvimento de relações comerciais “confiáveis e de longo prazo” entre os dois países, Wulff incentivou a realização de negócios principalmente em dois setores: energia e alimentos. 

“A Alemanha gostaria muito de participar do desenvolvimento de matérias-primas no Brasil”, declarou, acrescentando que o mundo enfrentará escassez de água e terras agricultáveis no futuro. 

Ressaltando as vantagens naturais brasileiras, que incluem fatura de água, terra e vento, o presidente da Alemanha comentou que o país ocupa posição de liderança em geração de energia, já que possui poucas centrais atômicas e amplas condições de desenvolver energia eólica e solar.

“A catástrofe de Fukushima nos mostrou a importância de se pensar em fontes alternativas de energia”, comentou, referindo-se à crise nuclear no Japão, desencadeada pelo terremoto de 11 de março. 

“Podemos juntar forças tanto em energia quanto em agricultura e pecuária”, afirmou. “É interessante para nós e para vocês, porque temos tecnologia para isso.”

Números citados pelo presidente da Alemanha mostram que as empresas alemãs já vêm incrementando seus negócios no Brasil. Segundo Wulff, nos últimos 18 meses, 100 companhias abriram filiais em solo brasileiro, elevando para cerca de 1.250 o número de empresas alemãs no Brasil. Destas, aproximadamente 1 mil estão instaladas em São Paulo. 

Entre janeiro e março, as exportações brasileiras para a Alemanha somaram US$ 2,1 bilhões, valor 31,3% superior ao registrado no mesmo período de 2010. Já as importações chegaram a US$ 3,2 bilhões, avançando 18,5% no mesmo período. 



Valor Econômico