quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Maioria dos parques em Portugal não é sustentável

Maioria dos parques em Portugal não é sustentável


2011-02-08





Autor / Fonte: Lúcia Duarte


http://www.destakes.com/redir/1313d7adf57fef5794c975e87edf8e02



Ainda há um longo caminho a percorrer em termos da gestão sustentável dos parques e jardins em Portugal. Isabel Silva, da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, e, Francisco Manso, da Engirega, são unânimes ao traçar o cenário em que «a maioria dos parques em Portugal não são sustentáveis e são pouco promotores de biodiversidade».



«Estamos um pouco atrasados no modelo de gestão, em geral, que não faz recurso aos novos paradigmas. Normalmente, usamos ainda muitas plantas, sobretudo exóticas, que exigem muita mão-de-obra, muitos fertilizantes, e muita água. Por exemplo, em muitos casos, ainda se usa a relva, mas que não pode ser pisada e isso é um contra-senso. Não nos podemos dar ao luxo de ter uma 'coisa' só para olhar», explica a investigadora do Porto. É nesta perspectiva que a oradora do Workshop 'Espaços verdes em tempos de crise', integrado na Urbaverde, adianta que a crise «pode ajudar» a alteração esta situação. «A redução de custos na gestão de parques e jardins tem também inerente a redução dos impactos ambientais», sublinha.



Como tornar esses espaços mais sustentáveis? Requalificar não é o mais adequado, esclarece o especialista da Engirega. É que os custos associados são muitas vezes exorbitantes. «Uma das soluções passa por reduzir a intervenção humana nesses espaços, mas não abandoná-los. Por exemplo, os relvados - ainda muito usados em Portugal – se forem cortados com regularidade e deixadas as aparas no local não precisam de ser regados com tanta frequência», especifica Francisco Manso.A questão é que, mesmo que os municípios comecem a enveredar por estes princípios «é preciso informar as pessoas explicando que determinadas práticas são uma forma de reduzir os impactos ambientais do jardim, que precisa de menos água, e aumentar a sua biodiversidade». Pelo caminho, e em tempos de aperto financeiro, a redução dos custos é uma das vantagens associadas.



O também orador no Worshop da Urbaverde dá um caso prático: na construção de um jardim em Benfica (Lisboa) em que foi eliminada a relva, reduzida a área impermeabilizada [construída], recuperados materiais inertes para a construção de um lago e usadas sobretudo plantas autóctones, foi possível reduzir o orçamento para menos de metade do inicialmente previsto. «Fizemos um sacrifício em termos de estética, mas o ambiente e a biodiversidade ficaram salvaguardados. As espécies escolhidas permitem combater as infestantes e precisam de pouca água. O lago, construído com brita de uma obra em demolição ali ao lado, permitindo que cerca de 12 camiões de brita não fossem encaminhados para aterro, serve sobretudo para albergar rãs e como bacia de infiltração». A ideia é que o impacto ambiental de um jardim seja «zero», aponta Francisco Manso.



Para tal, diz a especialista da Universidade do Porto, responsável pelo elaboração de Códigos de Boas Práticas paras Espaço Verdes, é necessário «repensar a gestão da água, do solo, da vegetação e da biodiversidade. Basta ver que, no norte da Europa, por exemplo, a rega destes espaços é feita com água reutilizada, enquanto nós usamos água potável, o que completamento proibido nesses países.








Contagem decrescente para a 7ª Urba Verde



Fonte: http://www.semural.pt/index.php?mact=News,cntnt01,detail,0&cntnt01articleid=208&cntnt01origid=15&cntnt01returnid=117
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O futuro do urbanismo e da política do solo em Portugal vai ser o tema central da 6ª Grande Conferência do jornal “Arquitecturas”, que acontece dia 23 de Fevereiro no âmbito da 7ª Urba Verde, uma conferência que conta com o alto patrocínio do Ministério do...

O futuro do urbanismo e da política do solo em Portugal vai ser o tema central da 6ª Grande Conferência do jornal “Arquitecturas”, que acontece dia 23 de Fevereiro no âmbito da 7ª Urba Verde, uma conferência que conta com o alto patrocínio do Ministério do Ambiente e Ordenamento do Território e onde se pretende «apresentar as principais orientações para o que pode ser o futuro do território e do urbanismo em Portugal e, por outro lado, fazer um apanhado da política que temos (com a actual Lei do Solo) e da política que queremos», explica Inês Pereira de Lima, coordenadora da área de projecto do jornal “Arquitecturas”.

Em 2011, a organização repete o Encontro de Autarcas, cuja sessão de abertura vai contar com a presença da Secretária de Estado do Ordenamento do Território e das Cidades, Fernanda Carmo.O tema é “Cidades Inteligentes, Sustentáveis e Criativas”, e, ao longo de todo o dia 24 de Fevereiro, os participantes vão ficar a conhecer melhor algumas cidades nacionais e internacionais que se destacam pelas suas políticas neste âmbito.



Uma das novidades da 7ª Urba Verde é o Espaço know-how, um «espaço das empresas para os profissionais», pela «necessidade de dar oportunidade às empresas de, mais do que mostrar, ensinar», anuncia a responsável. «Numa feira como esta, há muita inovação, mas nem sempre o que está exposto fala por si», prossegue Inês Pereira de Lima. A ideia é, então, que as empresas promovam uma sessão de esclarecimento e de demonstração para clarificar as potencialidades de um produto ou serviço específico.



Gestão de parques naturais insustentável



Ainda há um longo caminho a percorrer em termos da gestão sustentável dos parques e jardins em Portugal. Isabel Silva, da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, e, Francisco Manso, da Engirega, são unânimes ao traçar o cenário em que «a maioria dos parques em Portugal não são sustentáveis e são pouco promotores de biodiversidade».«Estamos um pouco atrasados no modelo de gestão, em geral, que não faz recurso aos novos paradigmas. Normalmente, usamos ainda muitas plantas, sobretudo exóticas, que exigem muita mão-de-obra, muitos fertilizantes, e muita água. Por exemplo, em muitos casos, ainda se usa a relva, mas que não pode ser pisada e isso é um contra-senso. . É nesta perspectiva que a oradora do Workshop 'Espaços verdes em tempos de crise', integrado na Urbaverde, adianta que a crise «pode ajudar» a alteração esta situação. «A redução de custos na gestão de parques e jardins tem também inerente a redução dos impactos ambientais», sublinha.



Primeiros financiamentos Jessica arrancam no final de Junho



Depois de uma primeira reunião, em Outubro de 2010, para definição da implementação do mecanismo financeiro, o JESSICA Portugal deve iniciar os primeiros financiamentos já no final de Junho.O fundo é uma iniciativa do BEI para financiamento de projectos de requalificação urbana, sendo que a os promotores de projectos devem assegurar condições para um retorno financeiro.O funcionamento do JESSICA Portugal e as suas potencialidades no desenvolvimento urbano sustentável vão ser o tema da apresentação de Carlos Lage, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), na sétima edição do UrbaVerde, evento que decorrerá de 23 a 25 de Fevereiro.



Mobilidade eléctrica precisa de financiamento



O presidente da Associação Portuguesa do Veíciulo Eléctrico, Robert Stüssi - que irá estar presente no “Encontro de Autarcas” - , defende que a próxima etapa na mobilidade eléctrica deverá passar pela formação de agentes que possam ser iniciadores da mobilidade eléctrica, dentro de empresas públicas ou entidades.A falta de financiamento, diz, é um problema, já que os resultados estão à vista: há cerca de dois anos realizou-se uma experiência em todas as capitais de distrito, com autocarros eléctricos que circularam durante três meses. «Houve resultados, mas o financiamento terminou», lamenta. Para o responsável, a única forma de avançar na mobilidade eléctrica é tentando aplicá-la a regiões-modelo, à semelhança do que acontece em alguns países europeus. «A ideia seria o governo estudar a melhor forma de financiar essas regiões-modelo. Estamos disponíveis para colaborar», sublinha.













Autor: Diana Catarino

Fonte: http://www.ambienteonline.pt/noticias/detalhes.php?id=10362