SITE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA. EUA lançam plano para desenvolver Bioeconomia. 10/05/2012. Online. Disponível em www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=bioeconomia. Capturado em 15/05/2012.
Carlos Orsi - Inovação Unicamp - 10/05/2012 
Motor biológico 
O governo dos Estados Unidos apresentou seu Plano Nacional de Bioeconomia. Segundo nota oficial divulgada pela Casa Branca, o plano reflete um "compromisso de fortalecer a pesquisa de biociência como um grande motor de inovação e crescimento econômico". 
Em sua introdução, o plano afirma que a biociência "pode permitir que os americanos vivam vidas mais longas e saudáveis, reduzir nossa dependência do 
petróleo, enfrentar importantes desafios ambientais, transformar os processos 
industriais e aumentar a produtividade e o escopo da agricultura".
Como resume o jornal The New York Times, o plano "discute diversas 
medidas e estratégias para fomentar a pesquisa e o desenvolvimento de 
tratamentos médicos, lavouras, biocombustíveis e processos industriais biológicos que possam 
substituir métodos mais agressivos" de produção.
Cinco "objetivos estratégicos" são apresentados no plano: 
- apoio a pesquisa e desenvolvimento que "forneçam o alicerce da futura bioeconomia";
- facilitar a transição das invenções do laboratório para o mercado;
- reformar o marco regulatório, aumentando a rapidez e a previsibilidade das decisões;
- atualização da academia para "alinhar os incentivos acadêmicos ao treinamento de estudantes para atender às necessidades nacionais";
- e a identificação de oportunidades para parcerias público-privadas e para a formação de "colaborações pré-competitivas", onde empresas concorrentes se unem para "aprender com sucessos e fracassos".
Mercado da biotecnologia
A maioria das iniciativas apresentadas no plano, no entanto, já está em 
andamento, o que levou o New York Times a questionar "quais mudanças 
concretas" resultarão do anúncio.
No entanto, o site especializado GenomeWeb menciona algumas novas medias, 
todas com foco em acelerar a chegada da biotecnologia ao mercado.
Uma delas é a ampliação do programa BioPreferred, do Ministério da 
Agricultura, que dá preferência a produtos de base biotecnológica nas compras 
públicas federais.
Outras novidades são a criação de uma rede de TI pela FDA, órgão do governo 
que regula os mercados de medicamentos e drogas, para acelerar a pesquisa 
multidisciplinar e a análise dos arquivos de dados clínicos já disponíveis; uma 
parceria entre o Centro Nacional de Avanço das Ciências Translacionais e a 
farmacêutica Eli Lilly para elaborar um manual, de distribuição gratuita, sobre 
a conversão de descobertas científicas em tratamentos; e um esforço do 
Departamento de Segurança Interna para desenvolver um sistema capaz de 
identificar ou caracterizar qualquer tipo de micro-organismo, mesmo micróbios 
ainda desconhecidos ou sintéticos.
Bioeconomia
O crescimento da bioeconomia, diz o relatório oficial, baseia-se atualmente 
em "três tecnologias fundamentais": engenharia genética, sequenciamento de DNA e 
a manipulação automática e em larga escala de macromoléculas.
"Embora o potencial dessas tecnologias esteja longe de exaurir-se", diz o 
texto, "um grande número de novas tecnologias, e de combinações inovadoras de 
tecnologias novas e existentes, está emergindo".
Entre as novas fronteiras tecnológicas, o plano menciona a biologia 
sintética, a proteômica e a bioinformática.
Representantes da indústria da biotecnologia saudaram a iniciativa, a 
primeira do governo Obama voltada para a área. A atual administração americana 
vinha dedicando muito mais atenção a outras áreas tecnológicas inovadoras, como 
a energia solar e a 
eletrônica.
 
