sábado, 31 de março de 2012

As sacolinhas descartáveis podem ser recicladas e não são "as vilãs do meio ambiente"...


31/03/2012 - 07h30

Suspensão das sacolas plásticas 'desampara o consumidor e não protege o ambiente', diz OAB



CLAUDIA ROLLI
DE SÃO PAULO

Em um debate ontem em São Paulo, o presidente da OAB, Dr. Luiz Flávio D'urso, disse que descobriu que as sacolinhas descartáveis podem ser recicladas e não são "as vilãs do meio ambiente".
A discussão foi promovida pela entidade, mas não contou com a participação da Apas, associação de reúne os supermercados paulistas, do governo estadual e do Procon, que não enviaram representantes.
"Vamos realizar outros debates para esclarecer a questão das sacolas plásticas em São Paulo, e para que possa se posicionar da melhor forma em benefício da sociedade."
A campanha "Vamos tirar o planeta do sufoco", realizada pela Apas, tem como objetivo banir as sacolinhas descartáveis e substitui-las pelas reutilizáveis.
"O governo de São Paulo e a Apas nunca apresentaram dados científicos que mostrassem que as sacolas plásticas não são sustentáveis. A Plastivida foi buscar estudos que comprovam que as sacolas plásticas são o meio mais sustentável de se carregar as compras, os que oferecem o menor risco de contaminação, além de serem a preferância da população", disse Miguel Bahiense, presidente da Plastivida (Instituto Socioambiental dos Plásticos).
Folha não localizou representantes do governo do Estado e da associação dos supermercados para comentar as declarações dadas durante o debate.
Em 3 de fevereiro, supermercados, Procon-SP e Ministério Público do Estado de São Paulo firmaram um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) para prorrogar por 60 dias o fim do uso das sacolinhas descartáveis.
O objetivo era dar mais tempo para o consumidor se adaptar à suspensão da distribuição gratuita das sacolas descartáveis a partir da próxima quarta-feira, dia 4 de abril.
Segundo Jorge Kaimoti, advogado da Plastivida, um TAC só se aplica quando há lei. "O termo assinado pela Apas, Ministério Público e Procon, além de não ter validade jurídica, pois não há lei vigente no estado de São Paulo, desconsidera os direitos do consumidor, pois coloca prazo (60 dias) para que ele se adapte a não ter mais as sacolas plásticas oferecidas pelos supermercados, um produto que é de seu direito, já que as sacolinhas continuam sendo cobradas com valores embutidos nos produtos", disse.

Conferência da ONU vai discutir 'índice de felicidade'


30/03/2012 - 18h47

DE NOVA YORK

http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/1069758-conferencia-da-onu-vai-discutir-indice-de-felicidade.shtml


A ONU (Organização das Nações Unidas) começa a implementar, na próxima segunda, resolução que busca um "padrão holístico" para medir o desenvolvimento dos países.
Segundo o organismo, Estados devem criar medidas além das econômicas para mensurar a felicidade e o bem-estar dos povos.
O "índice de felicidade" deve ser discutido na Rio+20, conferência sobre desenvolvimento sustentável prevista para junho no Rio de Janeiro.
A resolução da ONU, aprovada em 2011, diz que o PIB (Produto Interno Bruto) não é suficiente para medir o bem-estar de uma população.
O documento convida os países a elaborarem medidas adicionais para fazer esse diagnóstico. Haverá um painel de discussões conduzido pelo Butão para discutir o índice de felicidade. O Nobel de Economia Joseph Stiglitz será um dos palestrantes.
O Butão já adota o conceito de Felicidade Interna Bruta como medida de progresso, preocupação que surgiu naquele país na década de 1970. Atualmente, para medir a felicidade, o Butão considera questões relacionadas à renda, à saúde e ao nível de estresse do povo.
Segundo disse à Folha Dekey Gyeltshen, porta-voz da missão do Butão na ONU, políticas públicas e projetos do governo passam por "avaliação rigorosa" baseada no índice de felicidade.
Nos EUA, o instituto Gallup divulga semanalmente como varia o sentimento de felicidade entre americanos. O índice tem melhorado.
Entre os dias 19 e 25 deste mês, 48,3% disseram que no dia anterior à pesquisa sentiram felicidade e alegria, e nível não muito grande de estresse e preocupação. Há um ano, o percentual era de 47,2%.
O Gallup entrevista mil americanos adultos por dia e a margem de erro da pesquisa é de 1 ponto percentual.
O resultado do índice de bem-estar do instituto é sazonal: os picos de felicidade dos americanos ocorrem em dezembro, na época do Natal, e em junho e julho (meses do verão no hemisfério Norte).
(VERENA FORNETTI)

sexta-feira, 30 de março de 2012

Combater pobreza também é "economia verde"


9/03/2012 - 12h50


CLÓVIS ROSSI
ENVIADO ESPECIAL A NOVA DÉLI

http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/1068934-combater-pobreza-tambem-e-economia-verde.shtml


O comunicado final da cúpula dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) joga para a Rio+20, a grande reunião sobre meio ambiente no Rio de Janeiro, a definição exata do que é "economia verde".
Mas já adianta que o conceito "deve ser entendido numa moldura mais ampla de desenvolvimento sustentável e erradicação da pobreza".
Traduzindo: proteger o meio-ambiente não pode, na visão dos Brics, impedir o desenvolvimento, condição indispensável para erradicação da pobreza.
O documento reserva para as "autoridades nacionais" a "flexibilidade e o espaço político para fazer suas próprias escolhas a partir de um amplo menu de opções e para definir seus caminhos rumo ao desenvolvimento sustentável com base no estágio de desenvolvimento do país, as estratégias nacionais, as circunstâncias e as prioridades".
Os Brics, por fim, rejeitam "a introdução de barreiras de qualquer forma ao comércio e ao investimento com base no desenvolvimento da economia verde".
Tradução: países ricos não podem vetar por exemplo a venda de madeira brasileira, a pretexto de que sua obtenção destrói a floresta.
Tudo somado, fica a impressão de que a Rio+20 bem como qualquer outra conferência internacional sobre meio-ambiente está condicionada, ao menos na visão dos Brics, à aceitação de que não há predominância do respeito ao meio-ambiente sobre o desenvolvimento.

Conferência da ONU deve ter metas para a sustentabilidade


29/03/2012 - 08h19


CLAUDIO ANGELO
DE BRASÍLIA

http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/1068838-conferencia-da-onu-deve-ter-metas-para-a-sustentabilidade.shtml



Pelo menos um consenso já existe na conferência Rio+20: diplomatas reunidos nesta semana na sede da ONU, em Nova York, definiram que a cúpula proporá a criação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
Trata-se de um conjunto de metas a serem adotadas por todos os países do mundo em áreas como energia limpa, segurança alimentar e preservação dos mares.
A ideia tem sido discutida desde o começo das negociações do texto da conferência, mas alguns países ainda não concordavam com ela.
"Eu não vi ninguém se opondo desta vez", disse à Folha Fernando Lyrio, assessor para a Rio+20 do Ministério do Meio Ambiente. Ele participou do encontro em Nova York, a primeira rodada de negociações em torno do chamado "Rascunho Zero" do texto da Rio+20.
O debate agora é sobre a forma como a conferência abordará os objetivos. Não será possível definir todas as metas no Rio, mas o Brasil quer definir um roteiro com prazos para a sua adoção. Outros países querem que a Rio+20 "lance um processo", ou seja, abra discussões.
Os dissensos não param por aí: na reunião, vários países reclamaram de que "elementos-chave da sustentabilidade" não estão no texto em negociação, que cresceu de 20 páginas para 178 páginas.
Segundo Lyrio, ainda há um longo debate sobre a promoção do Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) a uma agência, proposta pelo europeus.
E ninguém falou ainda sobre dinheiro, palavra maldita para os países desenvolvidos, em crise.
"Vai ser um processo árduo", disse o secretário-geral da Rio+20, Zukang Sha.


quinta-feira, 29 de março de 2012

40% dos parques anticheias ficam no papel


40% dos parques anticheias ficam no papel
Das 50 áreas de lazer a serem construídas ao redor de córregos e rios paulistanos, só 30 devem ser entregues por Kassab
Atualmente, existem 24 parques lineares, como são conhecidos, na cidade; seis ainda estão sendo implantados

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidiano/33922-40-dos-parques-anticheias-ficam-no-papel.shtml
São Paulo, quarta-feira, 28 de março de 2012Cotidiano

Fotos Apu Gomes/Folhapress
Criança brinca em meio à lama em parque linear de Parelheiros (zona sul de SP), entre as ruas Terezinha do Prado Oliveira e José Pedro de Borba
Criança brinca em meio à lama em parque linear de Parelheiros (zona sul de SP), entre as ruas Terezinha do Prado Oliveira e José Pedro de Borba
EDUARDO GERAQUE
DE SÃO PAULO
O prefeito Gilberto Kassab (PSD) não vai cumprir a promessa de campanha, registrada em suas diretrizes de governo, de fazer 50 parques lineares por toda a cidade.
Um parque linear também pode ser chamado de parque antienchente. Isso porque as áreas gramadas de lazer margeiam córregos e rios, ajudando assim a preservar a qualidade dos cursos de água e a absorver melhor a chuva.
Se tudo der certo para Kassab, que deixa a prefeitura em dezembro, a cidade terá apenas 30 dos 50 parques antienchete prometidos em campanha. Ou seja, 60% da promessa será cumprida, 40%, não.
Segundo estimativas oficiais, cerca de 2 milhões de paulistanos vivem nas margens de córregos. Boa parte dessa ocupação é ilegal. Com os parques lineares, essas pessoas são retiradas.
No parque linear Canivete, em Brasilândia (zona norte), por exemplo, a retirada dos moradores de duas grandes áreas e a implantação da área verde ao redor do córrego Canivete tem evitado enchentes.
Hoje, existem 24 parques lineares funcionando na cidade de São Paulo, de acordo com a prefeitura. Outros seis estão em diferentes fases de implantação.
SITUAÇÃO
Folha visitou as obras de "um dos mais adiantados", segundo a gestão Kassab.
O parque linear Rio Verde, praticamente vizinho ao futuro estádio do Corinthians, em Itaquera (zona leste), ainda é um terreno baldio cercado de grades. O córrego Rio Verde, que atravessa a área, está sujo. Poucas mudas foram plantadas até agora.
Um parque linear em Parelheiros, classificado como implantado pela atual gestão, não está bem conservado.
MUDANÇA
Kassab, depois que tomou posse, em 2009, mudou os planos da campanha. Incluiu em seu plano de metas -dispositivo legal que estabelece objetivos para a gestão- a promessa de construir cem parques, nas sem especificar se seriam lineares ou normais.
Essa promessa, afirma a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, será cumprida até dezembro.

Meta pós-campanha é mais detalhada que a dos 50 parques


Meta pós-campanha é mais detalhada que a dos 50 parques
DE SÃO PAULO
São Paulo, quarta-feira, 28 de março de 2012Cotidiano


http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidiano/33923-meta-pos-campanha-e-mais-detalhada-que-a-dos-50-parques.shtml


Segundo a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, o programa de metas é que deve ser levado a sério pela população em geral.
"É um detalhamento mais preciso e mais rigoroso do programa de campanha", diz a assessoria de imprensa da pasta, por meio de nota.
No plano de metas -um compromisso legal assumido pelo prefeito-, o objetivo é construir, até o fim da gestão, cem parques. Esses parques não estão necessariamente ao lado de córregos (até pracinhas estão incluídas).
Hoje existem 81 desses parques e mais 21 devem ser entregues até o fim do ano.
Com isso, os 15 milhões de metros quadrados de áreas verdes protegidas na cidade vão subir para 50 milhões de m², diz a secretaria.
Ainda segundo a secretaria, extensas áreas de proteção ambiental serão criadas nas margens da represa Guarapiranga, importante manancial para a cidade, e perto da serra da Cantareira, outra região que sofre fortes pressões por parte da especulação imobiliária em curso.
A implantação dos parques lineares é progressiva, diz a prefeitura. Assim, se um córrego tem dois quilômetros, o objetivo inicial é reurbanizar, por exemplo, um trecho de 0,5 km e mostrar às pessoas como funciona, buscando, em fase posterior, avançar no trecho restante.

O novo urbanismo deverá imaginar...


'O novo urbanismo deverá imaginar', diz Zaha Hadid

Primeira mulher a ganhar o Pritzker, ela chega ao Rio pregando a superação da 'era Henry Ford' na organização urbana

28 de março de 2012 | 3h 09


O Estado de S.Paulo
Zaha Hadid, única mulher a ganhar o maior prêmio da arquitetura, o Pritzker, em 2004, e professora da Architectural Association School of Architecture de Londres, é uma das mais festejadas "starchitects" do planeta. Possui 950 projetos em 44 países e ocupa o 69.º lugar entre as 100 Mulheres mais Poderosas do Mundo na lista da Forbes. Zaha chegou esta semana ao Rio para participar do evento Arq. Futuro. Fala na sexta no Espaço Tom Jobim, mas, antes, concedeu esta entrevista ao Estado.
A senhora costuma imaginar como serão os edifícios do futuro? Pensa nisso ao desenhar novos prédios?
Creio que as complexidades e o dinamismo da vida contemporânea não podem ser encaixados dentro dos blocos ortogonais e dos quarteirões da arquitetura industrial do século 20 da era Henry Ford. Ademais, um dos grandes desafios para o urbanismo e a arquitetura contemporâneos é se mover para além da compartimentação do século 20, para adiante de uma arquitetura pós-fordista e para o século 21, uma arquitetura de especialização flexível e que compreenda a complexidade do trabalho e dos processos da vida, a maior fluidez da vida das pessoas, as novas carreiras. E também o grande dinamismo público e as corporações. Nosso próprio trabalho usa novos conceitos, lógicas e métodos que examinam e organizam essas complexidades dos aspectos da vida contemporânea. A repetição e separação que definiram os edifícios no último século têm sido superadas por novas construções que se engajam, se integram e se adaptam. Esses novos sistemas permitem a organização e planejamento da vida com maior mobilidade e assimilam nossos aspectos de trabalho, educação, entretenimento, habitação e transporte. Tal abordagem da arquitetura e urbanismo nos torna habilitados para pedir edifícios complexos de maneira que as pessoas possam apreciar e entender com facilidade. Elementos que perpassam a arquitetura e se juntam para formar um continuum, criando uma ordem, uma lógica, uma "legislação" de diferenciação dos componentes com elegância e coerência.
O governo brasileiro está tentando redefinir o Rio com vistas à Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016. Qual seria o papel de um novo edifício e de um novo museu nesse tipo de atmosfera, por exemplo, em sua opinião?
Abrigar esses eventos internacionais gigantescos é uma oportunidade para pesquisar, investigar e implementar projetos de infraestrutura sociais e econômicos que possam preparar a cidade para as gerações futuras. Será muito interessante para o Rio. Acho que o jeito que as cidades são usadas hoje em dia é muito diferente do passado, elas não se organizam mais da mesma forma. As cidades de hoje têm ampla diversidade de experiências étnicas e influências, assim como novas agendas de vida urbana. Isso realmente mudou todo o conceito de habitação. Como arquiteta de hoje, eu sei que o cliente de agora é uma gama enorme de pessoas, não mais uma simples entidade, e acho que isso acrescenta à riqueza do espaço. Nas cidades, as pessoas querem estar em espaços públicos com vitalidade e variedade, por isso os edifícios não podem mais ser uma visão de um espaço único, mas uma variedade de diferentes espaços públicos. Acho que é também interessante examinar como as pessoas se encontram com outras pessoas hoje em dia. A hierarquia que estabeleceu o jeito como as pessoas usavam os espaços públicos foi superada.
Durante a crise financeira de 2008, famosos arquitetos foram, de certa forma, atacados por fazerem uma arquitetura de fausto, de luxo. A senhora acredita que o arquiteto tem um papel social?
A verdadeira arquitetura não segue moda, política ou ciclos econômicos, segue uma inerente lógica de ciclos de inovação gerados pelo desenvolvimento social e tecnológico. Como disse Mies van der Rohe: "Arquitetura é o desejo de uma época, viva, em busca do novo". Nesses períodos de incertezas, sinto que é ainda mais importante desenvolver o domínio público. Há uma sensação de que a atual situação econômica na Europa e nos Estados Unidos vai pôr um fim na exuberância arquitetônica, mas não acho que será o caso. O Rockefeller Center de Nova York, uma das cidades mais bem-sucedidas do mundo em espaços públicos; o Centro Pompidou em Paris e outros grandes edifícios públicos e espaços ao redor do mundo foram comissionados no passado durante recessões econômicas. Esses projetos realmente fizeram avançar o ambiente público nessas cidades. Por intermédio de nossos projetos, sempre tentamos interpretar os propósitos de uma instituição, não só a forma de um edifício que nos interessa, mas também a pesquisa do novo e as melhores formas pelas quais as pessoas poderão usar o novo edifício. Cada um dos nossos desenhos responde a essa demanda e a contextualiza de um jeito único. Não há nunca uma tentativa imediata de criar uma forma particular, há sempre uma lógica subjacente ao desenho que nós tentamos projetar aos mais elevados patamares. Se o desenho completo se torna como uma escultura, é expressão da essência e da qualidade do projeto em si, e não porque o desenho quis representar algo mais.
O Rio de Janeiro é uma cidade com problemas graves de criminalidade e pobreza. Que tipo de mudança a sua arquitetura proporia para o Rio?
Ultimamente, toda a arquitetura trata do bem-estar, da criação do prazer e de elementos de estimulação para todos os aspectos da vida, mas também é importante assegurar que cada projeto providencie experiências elevadas que possam unir e inspirar. Acho que muitos arquitetos estão interessados na cidade só de um jeito indireto, e isso cresceu nos últimos anos. Talvez seja uma reação contra os impactos negativos dos planos de zoneamento e regulação que estão distorcendo muitas paisagens das grandes cidades. Nós devemos tentar sair desses conceitos ultrapassados de zoneamento, você vive aqui, trabalha ali e diverte-se acolá. E planejar uma forma de oferecer tudo isso junto, na mesma zona, o que muda o jeito de se ver as cidades. Espaços cívicos e programas ajudam a reunir todas essas coisas. Uma casa de óperas, um centro de artes e uma escola de dança ou coisas do tipo podem ser projetos ativados ao nível da rua, e pela natureza da importância cultural ou cívica, tornarem-se acessíveis a todos. O que elimina a segregação típica do uso privado desenvolvido nas urbes do século 20. Em muitas cidades ao redor do mundo, e não apenas no Rio, houve nos últimos anos uma tendência à construção de muros, de espaços privados. Mas há 300 anos nós tentamos, de certa maneira, liberar a cidade, abri-la, torná-la mais porosa, mais acessível, criando parques e espaços públicos que todos podiam usar. Ao fazer essas fortalezas privadas, como cidades muradas dentro da cidade, demos um passo para trás. Creio que já há resposta a isso, porque é um jeito muito arcaico de se viver. O urbanismo contemporâneo deve conectar as pessoas, não dividi-las.
Aqui, vivemos em cidades marcadas por uma fragmentação caótica, estilos se sobrepondo uns aos outros ao longo dos anos. Há solução arquitetônica para harmonizar isso?
Devemos escapar dessas ideias bidimensionais e começar a pensar no uso do espaço inteiro. Sedimentar um sistema organizacional para uma cidade que pode se tornar complexa ao longo do tempo. Esse princípio pode ser um novo jeito de fazer a leitura e intervir na cidade contemporânea. No Rio, a topografia magnífica e as paisagens variadas podem ajudar a organizar a cidade em ambientes que podem culminar em um tremendo grau de densidade, complexidade e porosidade. Os novos desenvolvimentos do Rio devem tirar vantagem da topografia natural da cidade. Em nosso trabalho, aprendemos a aplicar nossas novas técnicas de arquitetura e urbanismo. Como nossos edifícios, nos quais os elementos de juntam para formar algo contínuo; isso pode ser aplicado à cidade como um todo. Podemos desenvolver um campo novo de edifícios, cada um com uma lógica diferente, mas conectados ao edifício seguinte; um campo orgânico, mas conectado e em constante mudança, edifícios em alta correlação. Com essas técnicas, podemos propor algo radicalmente diferente do que o urbanismo do começo do século 20 industrial propôs, onde os edifícios estavam orientados em um caos desconexo.
E como absorver os aspectos da vida pedestre, o mundo natural e cotidiano da vida na cidade?
Em nosso trabalho, primeiro investigamos e pesquisamos a paisagem, a topografia e a circulação da região. Então, desenhamos linhas de conexão visual com o ambiente local e linhas de movimento que se tornem evidentes para essas investigações, e trazemos essas linhas para o local, utilizando-as para orientar nossos projetos. Isso "embute" no design a vizinhança, para que cada projeto tenha forte relação com esse único ambiente urbano, como se os elementos e forças do entorno urbano tivessem gerado o desenho.
A questão dos materiais, das novas fontes de energia e das novas tecnologias também estarão presentes nesses seus novos projetos?
Nosso trabalho pesquisa as relações internas e do contexto dos edifícios, permitindo que nossos prédios possam ser inovadores e bem adaptados a esses novos desafios. Obviamente, também estamos conscientes das questões ambientais e pesquisamos uma forma para reorganizar edifícios e cidades com significado, e na qual cada um possa contribuir para uma sociedade sustentável ecologicamente. Temos colaborado com engenheiros no desenvolvimento de novos materiais e em técnicas manufaturadas, assim como em sofisticados métodos de design, buscando desenvolver um equilíbrio ecológico do edifício. No fim, essas diferentes ferramentas de desenvolvimento, que envolvem sustentabilidade e a aplicação de novos materiais, atuam juntas e trazem soluções para vários problemas. Engenheiros da indústria da construção nos ajudam a desenvolver os mais avançados materiais, e a indústria está sempre muito antenada com o que estamos fazendo.

Denúncias de maus-tratos contra animais crescem 90% em 4 meses


27/03/2012 - 13h27


FERNANDA PEREIRA NEVES
DE SÃO PAULO

 O número de denúncias de maus-tratos contra animais cresceu cerca de 90% entre os meses de novembro de 2011 e fevereiro deste ano em São Paulo. Segundo o Disque-Denúncia, o número de denúncias feitas pelo 181 saltou de 265 para 505 nesse período.
Fevereiro foi o quarto mês consecutivo em que o serviço registrou recorde no número desse tipo de denúncia. Com isso, o crime de maus-tratos contra animais continua sendo o quarto mais denunciado. Até outubro do ano passado, esse tipo de denúncia variava entre o oitavo e o décimo crime mais relatado ao 181.
"Os casos que ganharam visibilidade no final do ano passado geraram uma tomada de consciência. Foi um momento atípico. Mudou o olhar das pessoas, que passaram a observar mais a relação do vizinho com seu animal", afirmou Marco Ciampi, presidente da Arca Brasil, ONG de proteção aos animais.
Entre os casos lembrados por Ciampi estão a agressão que levou a morte de um cão da raça Yorkshire em Formosa (GO) e os maus-tratos praticados contra o rottweiler Lobo, que foi arrastado por quarteirões e teve que ter uma pata amputada em Piracicaba (160 km de SP).
Antonio Trivelin - 08.nov.11/Futura Press
O veterinário Armando Frasson cuida de rottweiler que teve pata amputada após ser arrastado por um carro
O veterinário Armando Frasson cuida de rottweiler que teve pata amputada após ser arrastado por um carro
A página de denúncia mantida na internet pela ONG recebe em média de 10 mil a 15 mil visitas por mês, segundo a instituição. Nela, é informado o que fazer e quem ligar em caso de maus-tratos.
"Nos últimos quatro meses, o 181 tem registrado mais de 12 denúncias por dia de maus tratos contra animais. É uma conquista da própria sociedade, que não tolera esse crime", afirma Mário Vendrell, gerente de projetos do Instituto São Paulo Contra a Violência, entidade mantenedora do Disque-Denúncia.
O maior crescimento no número de denúncias aconteceu na região metropolitana de São Paulo. O número foi de 26 em dezembro do ano passado para 90 em fevereiro de 2012. No interior, os números variaram de 160 e 195 no mesmo período. Já na capital, a variação foi de 211 a 220. 

quarta-feira, 28 de março de 2012

Crescimento qualitativo: O Brasil como líder do movimento.


Planalto avalia votar Código Florestal, mas ameaça veto


27/03/2012-08h33


CLAUDIO ANGELO
MARIA CLARA CABRAL
DE BRASÍLIA


Sem força para adiar a votação da reforma do Código Florestal para depois da conferência Rio +20, em junho, o governo aceita tratar já o tema na Câmara, mas para isso costura um acordo.
A ideia é liberar a votação do texto do relator, Paulo Piau (PMDB-MG), deixando à presidente Dilma Rousseff a tarefa de vetar os pontos considerados mais danosos ao meio ambiente.
Os ruralistas ameaçam não votar a Lei Geral da Copa enquanto o código não for analisado, o que tem gerado uma paralisia na Câmara.
O objetivo inicial do governo era protelar a votação para tentar reunir maioria em favor do texto aprovado no Senado. O Planalto argumenta que o relatório dos senadores representa mais um consenso entre ruralistas e ambientalistas.
A bancada do agronegócio, porém, diz que o texto do Senado prejudica os pequenos agricultores. Quer, por exemplo, ser desobrigada de cumprir percentuais de recuperação de florestas em margens de rio e é contra formulações gerais do texto que, segundo eles, dão caráter excessivamente ambiental ao código.
Das cerca de 30 alterações ao texto do Senado, o governo aceita quatro, segundo a Folha apurou, entre elas retirar essas formulações.
Outra mudança seria a supressão da necessidade de manter pelo menos 20 metros quadrados de área verde, por pessoa, no avanço da urbanização sobre essas áreas.
A votação pode ocorrer no dia 10. No dia seguinte, vence o decreto que suspende as multas a desmatadores.
A ministra Izabella Teixeira (Meio Ambiente) negou que haja acordo, mas disse que o governo não vê dificuldade em prorrogar a suspensão de multas.

Condomínios residenciais com o que há de mais inovador em sustentabilidade


Luxo sustentável: condomínios residenciais com o que há de mais inovador em sustentabilidade

27 de março de 2012

A prioridade dos condomínios de luxo da Senpar Terras de São José é buscar medidas inovadoras, sempre amparadas no conceito de sustentabilidade, para gerenciar recursos ambientais

Viver com luxo, conforto e em harmonia com o meio ambiente é possível e imprescindível. Acompanhando o que há de mais inovador no mercado imobiliário mundial, a Senpar Terras de São José, empresa responsável pelos condomínios como Terras de São José, Terras de São José II e Fazenda SerrAzul, adotou medidas sustentáveis em todos os seus empreendimentos, especialmente no que diz respeito ao manejo de recursos hídricos e elétricos.
Aliando sustentabilidade a recursos tecnológicos de última geração, a empresa optou por rede de transmissão de dados por fibra ótica e cabeamento subterrâneo, oferecendo aos moradores serviços de ponta que não agridem a natureza. Também para valorizar a paisagem, a Senpar Terras de São José investiu em medidas pra a preservação da fauna e da flora local.
Outra política empregada nos empreendimentos tem a ver com o manejo de recursos hídricos. Todas as casas dos novos condomínios contam com sistema de tratamento e reaproveitamento de água. A implantação deu-se depois que a empresa constatou que cerca de 60% do consumo de água em residenciais de alto padrão é para uso não humano. “Aproveitar melhor este recurso significa respeitar o meio ambiente e foi isso o que fizemos. Somos os pioneiros e únicos no Brasil a adotar esse sistema de tratamento duplo da água”, afirma Cesar Federmann, diretor da Senpar Terras de São José. Além de zelar pelo meio ambiente, a empresa contribui com o desenvolvimento sustentável das regiões em que investe, por exemplo, através da geração de empregos diretos e indiretos perenes.
A seguir, você confere como se dá cada uma dessas ações sustentáveis praticadas e incentivadas pela Senpar Terras de São José, cujo mérito já foi reconhecido e premiado pela Organização das Nações Unidas (ONU), como parte do programa “Parceiros da Paz e da Sustentabilidade”.
Sistema de reuso de água: como funciona?
Operando de forma 100% sustentável, o sistema trata a água já utilizada no interior da casa, tornando-a reaproveitável para atividades externas, como irrigação de jardins e das vastas áreas verdes comuns. A economia de água é enorme. Para se ter uma idéia, só o Terras de São José e o Terras de São José II juntos têm áreas verdes cerca de oito vezes maior do que o Parque do Ibirapuera.
Para viabilizar a iniciativa foi instalado, dentro da Estação de Tratamento de Efluentes do empreendimento, um reservatório com volume total de 1.000 m3. Depois de tratar os efluentes, a água de reuso é distribuída por rede própria por meio de um sistema de pressurização. Depois de irrigar os jardins, a água volta para o lençol freático sem agregar nenhum tipo de poluição a ele.
Na prática, o sistema torna novamente limpa e tratada a água já utilizada pelas pessoas, para que seja reaproveitada para outros fins. Para diferenciar a água potável da água de reuso, a tratada na estação recebe um corante azul, neutro e atóxico. O sistema é pioneiro e de eficiência ímpar. No condomínio Terras de São José II, por exemplo, o potencial de irrigação é de mais de 2 milhões de metros quadrados.

Preservação da área verde
Inseridos em meio a áreas verdes, os condomínios da Senpar Terras de São José prezam pela preservação da fauna e flora local. Referente à preocupação com os animais da região, o condomínio Terras de São José criou uma clínica veterinária para cuidar de animais machucados. Os bichos são tratados, mantidos em cativeiro para monitoração e, depois de saudáveis, devolvidos à natureza.
Quanto à flora, na construção do Terras de São José II, por exemplo, a empresa contribuiu com o plantio de mais de 90 mil mudas de espécies variadas. O condomínio conta com uma área total de 5 milhões de m2, sendo 85% desta de área permeável. Visando a sustentabilidade, o empreendimento priorizou o conceito de integração entra a paisagem local e as novas construções. A ideia também faz parte da filosofia dos demais condomínios da organização.

Tecnologia de ponta e amiga do meio ambiente
A fim de preservar a natureza dos condomínios, a Senpar Terras de São José investiu no sistema de energização subterrânea. O processo exclui a instalação de fios nos postes das ruas, aumentando a integração paisagística. A iniciativa, operada em conjunto com a CPFL, é considerada o maior contrato de energização subterrânea desse modelo no Brasil.
O sistema de cabeamento subterrâneo também conta com uma rede própria de transmissão de dados por fibra ótica, que possui menor perda de transmissão, oferece maior segurança do sinal (já que o material é totalmente imune às variações eletromagnéticas externas) e é considerada a mais veloz (transmite dados à velocidade da luz). Em termos de comparação, a fibra óptica transporta 39 mil vezes mais informações, com taxas de até 16 trilhões de bits por segundo. Sendo assim, o sistema coloca à disposição dos moradores o que há de mais moderno em telefonia, internet e TV a cabo. E o melhor de tudo: por ser subterrâneo, não interfere no colorido do cenário natural. O resultado são empreendimentos que privilegiam a qualidade de vida dos moradores e as belezas próprias da região.
A Senpar foi uma das pioneiras no Brasil ao implantar a energização subterrânea em residenciais, técnica bastante utilizada em países mais desenvolvidos. O primeiro condomínio do grupo a receber o sistema foi o Terras de São José II, sendo que, na época da construção, a aplicação representou um investimento cerca de sete vezes maior do que o sistema convencional. De lá para cá, o cabeamento subterrâneo tem estado presente em todos os empreendimentos da empresa, preocupada em oferecer as melhores tecnologias, com a máxima preservação do meio ambiente.

Geração de empregos
Analisando o aspecto social do conceito de sustentabilidade, a construção de condomínios em cidades de médio porte contribui para a geração de muitos empregos nas regiões. Com dois condomínios em Itu, o Terras de São José e o Terras de São José II, a empresa é a maior geradora de atividades remuneradas, com cerca de 5 mil empregos diretos e 15 mil indiretos. No complexo SerrAzul (que engloba o condomínio Fazenda SerrrAzul, Shopping SerrAzul, Hotel Quality Resort, Outlet Premium e os Parques Wet’n Wild e Hopi Hari) 42% dos postos criados geraram a mais difícil das oportunidades da vida profissional: o primeiro emprego.

Ações reconhecidas e premiadas
A preocupação com a sustentabilidade e o respeito ao meio ambiente renderam ao grupo Senpar Terras de São José o reconhecimento da ONU – Organização das Nações Unidas – com a principal modalidade, Gold, de seu programa “Parceiros da Paz e da Sustentabilidade”.
O grupo recebeu o prêmio de primeiro empreendimento sustentável pela a introdução do conceito de condomínio fechado no Brasil, representado pela construção do Terras de São José, e pelas inovações geradas pelo melhor uso de água, iniciadas no Terras de São José II.


Sobre a Senpar
Com quase 50 anos de atuação no setor de empreendimentos imobiliários, a Senpar – Terras de São José é referência quando o assunto é engenharia, terraplenagem, pavimentação e urbanização. A empresa é responsável por condomínios de luxo, como o Terras de São José, projeto pioneiro no Brasil criado na década de 70, primeiro condomínio fechado do país, e sucesso até os dias de hoje.
A Senpar também é responsável pelo desenvolvimento do SerrAzul, projeto que engloba condomínio Fazenda SerrAzul, Shopping SerrAzul, Hotel Quality Resort, Outlet Premium, parque temático Hopi Hari e parque aquático Wet´n Wild, localizados às margens da Rodovia dos Bandeirantes. Seu sucesso lhe rendeu vários títulos. O Shopping Serrazul ganhou melhor projeto em estrutura metálica em 1989 e ficou entre os 5 melhores projetos do mundo na Fiabci em Paris. O conjunto da obra Serrazul ganhou o Prêmio Master Imobiliário pela Fiabci Internacional em 2009. O Terras de São José levou o mesmo prêmio em 2005.
A preocupação com a sustentabilidade e o respeito ao meio ambiente renderam ao grupo Senpar o reconhecimento da ONU – Organização das Nações Unidas – com a principal modalidade, Gold, de seu programa “Parceiros da Paz e da Sustentabilidade”.

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Turismo sustentável


RCI e empreendimento sustentável anunciam parceria na Bahia


27/03/2012



A RCI, líder global em intercâmbio de férias, juntamente com a Brasil Sol Empreendimentos Sustentáveis, empresa referência no segmento, anunciam parceria com o Caminho de Abrolhos Vacation Club, localizado em Nova Viçosa, na Bahia. Com um investimento de 50 milhões e VGV estimado em aproximadamente R$ 200 milhões, o empreendimento tem previsão de entrega das primeiras unidades em 2014.

Ao todo serão 192 unidades habitacionais, sendo 40 delas no sistema RCI Weeks numa primeira fase, onde o cliente compra antecipadamente semanas de hospedagem e pode utilizá-las no empreendimento onde ele adquiriu as diárias ou até mesmo em algum outro afiliado a RCI, tanto no Brasil como em mais de 100 países pelo mundo (desde que mantidas as características adquiridas inicialmente).
Para o diretor da RCI para o Brasil, Alejandro Moreno, o ingresso do Caminho de Abrolhos ao sistema demonstra que o sistema de férias compartilhadas caminha no passo certo do sucesso. "Estamos bastante confiantes com a nova afiliação e temos a plena certeza de que o mercado reconhecerá em breve os trabalhos desenvolvidos em prol do turismo regional", diz.
Com completa infraestrutura, o Caminho de Abrolhos Vacation Club está localizado na Ecovila Caminho de Abrolhos, e faz parte do projeto Eco Parque Caminho de Abrolhos, paraíso ecológico da região sul da Bahia, próximo ao arquipélago de Abrolhos, conhecido por ser o local escolhido pelas baleias Jubarte para reprodução da espécie. No quesito lazer, o empreendimento proporcionará a todos, piscinas, sauna, espaço kids, gourmet, rios para atividades de pesca, além de passeios pelas ilhas e praias.
Todas as residências do empreendimento são projetadas com uma visão ecologicamente sustentável e utilizam materiais que não agridem a natureza. O uso de madeiras certificadas em todas as casas, além de remeter ao conforto demonstra ainda a responsabilidade ambiental que a construtora possui. Toda a construção foi projetada para utilização de aquecimento solar, materiais ecológicos, tratamento natural de esgoto, entre outros fatores.
Para o diretor da Brasil Sol Empreendimentos, Stélio Cristóvão, o ingresso ao sistema da RCI vem a agregar valor a imagem e uso real de férias, uma vez que todos poderão dispor do período de forma qualitativa. "Muitas pessoas ao adquirir uma segunda residência, considerada de férias, acaba destinando uma boa parte do tempo em afazeres domésticos, e não usufrui as semanas com prazer. Acreditamos que agora as famílias poderão gozar de momentos de prazer e ainda poderão optar por conhecer destinos que não estavam no escopo da família", diz. Mais informações: www.rci.com
CO

Energias renováveis em debate na Associação Comercial de São Paulo (ACSP)


Energias renováveis em debate na ACSP



Na mesa (da dir. para a esq.): Júlio Minelli, Élbia Mello, Altino Ventura Filho, Luiz Gonzaga Bertelli, Roberto Mateus Ordine, Daniel Sarmento de Freitas e Marcelo Mesquita. - L.C.Leite/LUZ
O Brasil possui um variado potencial energético, além do petróleo, que participa com 37,5% na matriz de oferta de energia (acima dos 32%, da média no mundo todo), de acordo com os números do Ministério de Minas e Energia (MME). Entretanto, o País precisa investir em fontes alternativas e limpas de energia, como a eólica, a solar e a do bagaço da cana e do biodiesel, pois são mais econômicas e menos poluidoras. Essa é uma das principais conclusões obtidas no seminário sobre o assunto realizado ontem na Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
O presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Rogério Amato, foi representado pelo vice-presidente Roberto Mateus Ordine, que ressaltou a importância do tema para o País e a necessidade de estímulo ao constante debate para a busca por novas fontes de recursos naturais.

L.C.Leite/LUZ
Luiz Gonzaga Bertelli, vice-presidente da ACSP, que mediou os debates, ressaltou a posição privilegiada do Brasil frente a outros países, mas lembrou que houve expressivo aumento no uso de energia elétrica nas residências em razão do crescimento da aquisição de mais eletrodomésticos e eletro-eletrônicos. Segundo ele, que também é conselheiro e diretor da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o consumo de energia elétrica crescerá cerca de 4,5% ao ano na próxima década e a demanda em 2021 será 56% superior à de 2011.
Frente à expectativa de enorme crescimento, o País precisa de uma política sólida para suprir essas necessidades e os setores que mais precisarão de energia são o comercial e o residencial. Assim, ele ressaltou que a falta de entrosamento entre os órgãos oficiais que regulam o setor pode ser prejudicial e que é necessário reorganizar a Comissão Nacional de Energia.

Seminário sobre energias limpas reuniu grande público no auditório da ACSP, no Centro. - L.C.Leite/LUZ
Dentro desse contexto, Bertelli destacou alguns aspectos positivos como os investimentos em usinas eólicas, principalmente no Nordeste. Elas produzirão sete mil megawatts, mas esse ritmo de expansão pode ser refreado pela atual política de alta tributação sobre os combustíveis limpos e renováveis. E lembrou que o Produto Interno Bruto (PIB) apenas do setor sucroalcooleiro é de US$ 48 bilhões e pode atingir US$ 90 bilhões em 2020, mas poderia ser maior.
Para Daniel Sarmento de Freitas, coordenador dos projetos de energia fotovoltaica do Grupo Neoenergia, nos quais a irradiação solar é transformada em energia elétrica, este é um momento favorável para aumentar sua utilização, pois os preços dos equipamentos de adaptação estão em queda. Segundo ele, a região que mais está se beneficiando deste avanço é a Nordeste. Com o objetivo de aproveitar essas oportunidades, o Secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do MME, Altino Ventura Filho, lembrou que as questões climáticas e o comércio de fontes de energia estão sendo levadas em conta pelos formuladores da política energética nacional.
Ventos favoráveis – O Brasil tem um enorme potencial a explorar com a adoção da energia eólica, que aproveita os ventos, pois atualmente é o décimo sexto país no ranking de utilização, encabeçado pela China, lembrou Élbia Mello, presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica). Segundo ela, os geradores eólicos tornaram-se mais competitivos nos últimos anos, pois são utilizados junto a subestações de transmissão de energia elétrica. Além disso, eles oferecem a garantia da segurança do suprimento de energia, a sua independência em relação aos preços externos e têm isenção de impostos.
Existe um vasto campo a ser explorado em todo o País, já que a atual capacidade instalada de produção é de cerca de 2,5 vezes a atual necessidade de consumo, informa a Associação de Produtores de Biodiesel do Brasil (Aprobio).
Seu diretor superintendente, Julio Minelli, lembrou que o consumo de biodiesel foi de 2,5 milhões de litros no País no ano passado.

SEMINÁRIOS "DOMÓTICA - AMBIENTES AUTOMATIZADOS & SUSTENTABILIDADE"







http://www.faap.br/domotica2012/index.asp

SEMINÁRIOS "DOMÓTICA - AMBIENTES AUTOMATIZADOS & SUSTENTABILIDADE"
Centro de Convenções da FAAP - Rua Alagoas, 903 – São Paulo.
8 E 9 DE FEVEREIRO DE 2012 - 11 3662 73 72 - convencion@faap.br




http://www.faap.br/domotica2012/resultados.asp

Fotos:


José Manuel Páez Borrallo
Vice-Reitor da Universidade Politécnica de Madri
Diretor do programa Máster en Domótica y Hogar Digital.


José Manuel Páez Borrallo
Vice-Reitor da Universidade Politécnica de Madri
Diretor do programa Máster en Domótica y Hogar Digital.

Seminário 1: Prof. José Manuel Páez Borrallo.

Da esquerda para a direita: Francisco Carlos Paletta (FAAP), Ángel Agudo Peregrina (UPM), Gabriel Carvalho Domingos (Vivo), Edison Puig Maldonado (FAAP).

Abertura do segundo dia do evento pelo Sr. Diretor Prof. Dr. Francisco Carlos Paletta (Fac. Engenharia e Fac. Computação, FAAP). Á esquerda, Prof. Ángel Agudo Peregrina (UPM). À direita, Prof. Edison Puig Maldonado (FAAP).

Seminário 3: Prof. Ángel Agudo Peregrina.

Ángel Agudo Peregrina
Coordenador do programa Máster en Domótica y Hogar Digital, Universidade Politécnica de Madri.

Ángel Agudo Peregrina
Coordenador do programa Máster en Domótica y Hogar Digital, Universidade Politécnica de Madri.

Público no auditório do Centro de Convenções da FAAP.

Público nas salas anexas, no Centro de Convenções da FAAP.

Close do público atento às palestras do evento
 

MATERIAIS/APRESENTAÇÕES

Seminário Domótica Jornada 1 (Download PDF 5409k)
Seminário Domótica Jornada 2 (Download PDF 2681k)
Seminário Domótica Jornada 3 (Download PDF 2612k)
Seminário Domótica Jornada 4 (ISDE) (Download PDF 1638k)
Seminário Domótica Jornada 4 (JUNG) (Download PDF 2814k)
Seminário Domótica Jornada 4 (RLA) (Download PDF 475k)
Seminário Domótica Jornada 4 (Telefonica-Vivo) (Download PDF 4406k)
CARTA DO SR. DIRETOR

Realizamos em 8 e 9 de fevereiro de 2012 o Seminário Internacional Domótica - Ambientes Automatizados & Sustentabilidade. Este evento de altíssimo nível foi oferecido e organizado pela Faculdade de Computação e Informática da FAAP e pela Faculdade de Engenharia da FAAP, em Convênio com o Centro de Pesquisa em Edifícios Inteligentes e Eficiência Energética, da Universidade Politécnica de Madri. Esta cooperação acadêmica teve inicio em 2007 com minha primeira visita a UPM. Em 2009 voltei à UPM com objetivo de estruturar um Plano de Atividades e estabelecer as bases de nosso Acordo Acadêmico bem como suas metas e métricas. Nosso próximo passo será iniciar em 2013 a pós graduação em Domótica com Dupla Certificação: Fundação Armando Alvares Penteado e Universidade Politécnica de Madri.

Temos a satisfação de compartilhar os primeiros resultados práticos desta iniciativa que demandou cinco anos de planejamento e comprometimento com os resultados. Segue abaixo uma leitura estatística das mais de 450 pessoas inscritas no Seminário dos quais aproximadamente trezentas participaram efetivamente, lotando o auditório do Centro de Convenções e ocupando parcialmente salas anexas.

Perfil dos inscritos - principais ocupações:
Arquiteto 20,0%
Estudante 14,0%
Engenheiro 13,0%
Presidente/CEO/Gestor/Diretor/Chefe/Administrador 10,0%
Gerente/Coordenador/Líder 8,0%
Analista/Programador 7,0%
Projetista/Desenhista/Designer 5,0%
Pesquisador/Professor/Docente 4,5%
Consultor 4,0%
Supervisor/Auxiliar/Assistente/Assessor/Secretária/Suporte/Operador 3,5%
Empresário/Sócio/Proprietário/Empreendedor 3,5%
Técnico 3,0%
Estagiário/Trainee 2,0%
Comprador/Vendedor/Orçamentista 1,5%
Eletricista/Outros 1,0%

A parceria com a Universidade Politécnica de Madri é muito importante para nós. Tenho convicção na extrema relevância de nossos Projetos Pedagógicos, dos cursos de engenharia e de computação, focados em três princípios estratégicos, sólida formação acadêmica, formação de líderes gestores e preparo dos profissionais capazes de atuar globalmente.

Que 2012 seja um ano de sucessos para todos.

Cordialmente,
Prof. Francisco Paletta

SEMINÁRIOS "DOMÓTICA - AMBIENTES AUTOMATIZADOS & SUSTENTABILIDADE"
Centro de Convenções da FAAP - Rua Alagoas, 903 – São Paulo.
8 E 9 DE FEVEREIRO DE 2012 - 11 3662 73 72 - convencion@faap.br

Inscrições

Válido como curso de extensão.
As inscrições são gratuitas e deverão ser feitas até o dia anterior ao início do evento.
Vagas limitadas.

A domótica refere-se ao uso das tecnologias de automação e informática aplicadas às construções e aos ambientes. Permite a gestão integrada de todos os recursos da edificação, simplificando sua gestão e utilização, conforto e segurança. É uma área tecnológica que tem assumido um papel cada vez mais protagonista no mercado. No seu início (anos oitenta), o controle de equipamentos de iluminação, climatização, e segurança era o foco principal. Hoje em dia, além destas, a área de entretenimento, as tecnologias assistivas e a gestão dos recursos habitacionais e suprimentos são também igualmente demandadas, assim como sua interligação inteligente. A evolução dos produtos e tecnologias em computação, as redes e a Internet, assim como a integração da informática aos objetos (computação ubíqua) faz com que a domótica seja uma das mais dinâmicas “novas fronteiras de mercado”!¹
A FAAP atua com destaque na área de domótica desde meados da década passada. A versão atual de seus programas de graduação e de pós-graduação, assim como cursos de extensão e projetos de pesquisa, abordam estes temas e em especial aqueles voltados para a eficiência energética e a sustentabilidade. Inaugurou em 2006 a sala Centro iNova, um núcleo de inovação e empreendedorismo para o desenvolvimento de projetos na área de tecnologia: uma construção domotizada com formato de uma escultura cúbica que parece flutuar, pioneira no uso e demonstração destas tecnologias no Brasil e um marco arquitetônico na cidade de São Paulo.²
CeDInt - Centro de Pesquisa em Edifícios Inteligentes e Eficiência Energética - é um centro multidisciplinar pertencente à Universidade Politécnica de Madri (Espanha), UPM, reunindo especialistas de diferentes áreas da engenharia, ciência da computação e arquitetura. Essa diversidade de backgrounds tem permitido ao CeDInt realizar de forma relevante e contínua projetos e transferência tecnológica para a indústria a partir de uma perspectiva holística e de sua competitividade.
Máster em Domótica y Hogar Digital (MDHD) da Universidade Politécnica de Madri, fundado em 2004, é um programa pioneiro de pós-graduação em domótica e ambientes automatizados inteligentes. É um programa referência internacional nesta área e aborda todas as tecnologias que fazem parte dos edifícios inteligentes: serviços, entretenimento, conforto, uso e produção de energia, sustentabilidade de recursos e acessibilidade. Já formou mais de duzentos alunos, de treze nacionalidades distintas, e propiciou a formação de mais de vinte novas empresas no setor.
O ciclo de seminários “Domótica - Ambientes Automatizados & Sustentabilidade” é parte integrante do curso Master em Domótica y Hogar Digital para a turma de alunos brasileiros em 2012. Entretanto, é aberto e ofertado graciosamente pela FAAP e pela UPM à comunidade brasileira.

Programação

Seminário 1

Data:
Hora:
Professor:
Objetivos:
Conteúdo:
Quarta-feira, 8/fev/12
De 19:00 a 20:30
José Manuel Páez
Introdução
Conceitos principais: automação residencial, automação predial, casa inteligente.
Introdução às instalações: elementos, topologias, conceitos fundamentais.
Introdução às tecnologias: classificação e utilitários.

Seminário 2

Data:
Hora:
Professor:
Objetivos:
Conteúdo:
Quarta-feira, 8/fev/12
De 21:00 a 22:30
Ángel Fco. Agudo Peregrina
O setor e as tecnologias
O setor de tecnologia em edificações: introdução
– Agentes: quem são; suas atividades; seus modelos de negócios
– Relação entre agentes
– Tecnologias de controle
– Tecnologias de comunicação
– Tecnologias de acesso
– Tecnologias de segurança
– Tecnologias multimedia
– Tecnologias de integração

Seminário 3

Data:
Hora:
Professor:
Objetivos:
Conteúdo:
Quinta-feira, 9/fev/12
De 19:00 a 20:30
Ángel Fco. Agudo Peregrina
Realizações dos egressos
Trabalhos dos formados pelo MDHD – Madri, Espanha
– Tecnologias
– Instalações
– Eficiência Energética
– Planos de Negócio
– Empresas constituídas por ex-alunos

Seminário 4

Data:
Hora:
Professor:
Objetivos:
Conteúdo:
Quinta-feira, 9/fev/12
De 21:00 a 22:30
Ángel Fco. Agudo Peregrina
Apresentação de empresas do mercado de domótica
Apresentação de empresas parceiras