Centrais de triagem da cidade também estão lotadas
Secretaria afirma que há 'problemas pontuais' na coleta
11 de fevereiro de 2012 | 3h 01
O Estado de S.Paulo
A montanha de sacos de lixo vai até o teto do galpão. A central de triagem da 
Coopervivabem, na Vila Leopoldina, zona oeste de São Paulo, uma das 21 da 
cidade, chega a processar 230 toneladas de material reciclado por mês e está no 
limite. "Tem dias que tenho de barrar o caminhão da Loga. A gente não consegue 
atender toda a demanda", contou a presidente da cooperativa, Elma de Oliveira 
Miranda.
Segundo Elma, no fim de ano há uma grande remessa de materiais, como papelão, 
latas, garrafas e isopor - a unidade é a única que recebe esse último material. 
"Isso acaba lotando as centrais. A gente precisa fazer um rodízio com os 
caminhões para não ficar com tudo. Vamos precisar de outras centrais para dar 
conta de tudo que é produzido." Sua cooperativa também faz a coleta com 
caminhões-gaiola. "Mas temos só quatro. Não dá para atender todo mundo." 
Ela espera aumentar a produtividade da central para até 300 toneladas por 
mês. "Recebemos mais três caminhões e vamos poder ampliar o atendimento." 
Para Carlos Silva Filho, diretor executivo da Associação Brasileira de 
Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), existem dois 
gargalos no processo. "A capital ainda não está bem estruturada com as centrais 
nem a indústria que recicla consegue atender a demanda. É preciso resolver essa 
equação para ampliar a coleta." 
A Agenda 2012, plano de metas da Prefeitura, prevê a instalação de mais cinco 
centrais até o fim do ano.
"O ideal era uma para cada um dos seus 96 distritos", calcula Delaine Romano, 
coordenadora de projeto com catadores da Associação Brasileira de Engenharia 
Sanitária e Ambiental (Abes). / F.N.
A Secretaria Municipal de Serviços, responsável pelo Departamento de Limpeza 
Urbana (Limpurb), disse que houve uma falha na coleta do Edifício Saint Moritz, 
em Moema, e por isso a Ecourbis foi notificada e pode receber multa. Já no caso 
do Edifício Rio Sena, a Limpurb explicou que o local não tinha coleta seletiva 
porta a porta, mas que agora o endereço foi incluído no roteiro.
Segundo a Ecourbis, estão ocorrendo atrasos pontuais porque muitas das 
centrais de triagem estão trabalhando no limite de sua capacidade. A Loga disse 
que também tem problemas em descartar os materiais nas centrais, mas explicou 
que tem um projeto para uma central de triagem e está projetando mais quatro 
unidades na zona norte. / F.N.
 
