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A escassez dos recursos naturais, o aquecimento  global, o consumo consciente e tantas outras situações relacionadas à sustentabilidade  se tornaram discussões frequentes no mundo empresarial. A adoção de processos  sustentáveis deixou de ser diferencial, passando a ser incorporados por marcas e  produtos, uma questão de sobrevivência.
Empresas que investem em sustentabilidade já  ganham a preferência do consumidor. Segundo a Pesquisa “Responsabilidade  Social das Empresas – Percepção do Consumidor Brasileiro”, dos  Institutos Akatu e Ethos, de dezembro de 2010,  dois em cada cinco brasileiros (41%) já concordam pagar um pouco mais por  produtos de marcas que tenham posturas sustentáveis.
Para ser correta do ponto de vista ambiental,  uma empresa precisa estar preocupada com todo o processo produtivo, inclusive  com embalagens e resíduos dos produtos pós-consumo. Não dá mais para dizer que  isso é uma moda. É tendência. Em 2003, durante o evento SPDESIGN, seis  tendências para o segmento de embalagens foram apontadas. É bom relembrar:
1) Tamanho
Cada vez mais os espaços serão reduzidos nas  prateleiras, em função do aumento da oferta de produtos concorrentes. As  embalagens se tornarão cada vez menores. Assim, a diferenciação passará a ser  importante para qualquer produto. Funcionalidade e conveniência das embalagens  serão mais valorizadas.
2) Embalagem global
Cada vez mais as embalagens passarão a ter menos  palavras, utilizando símbolos e figuras universais para auxiliar na fixação da  imagem dos produtos em qualquer parte do mundo. Com a globalização dos mercados  as embalagens também passam a ser globais.
3) Holografia
Já acontece nos EUA e no Japão, e deverá passar  a ser também uma realidade para outros países, principalmente quando se trata de  produtos com elevado valor agregado. Funciona também no combate à pirataria.
4) Embalagem que “fala”
Em breve, boa parte das embalagens ao ser aberta  deverá “falar” ao cliente informações sobre o produto. Já são encontrados hoje  no mercado embalagens que trazem indicadores de tempo e temperatura (TTI).
5) Embalagem ecológica
Com o crescimento da consciência ecológica a  produção de embalagens recicláveis e recicladas, de refis e de embalagens que  após descartadas ocupem menos espaço nos aterros sanitários passa a ser uma  realidade.
6) Embalagem auto-destrutível
A engenharia de materiais terá grandes avanços  no sentido de ofertar dentro de pouco tempo materiais que possam consolidar  desta tendência.
Das seis tendências apontadas, duas estão  diretamente ligadas às questões ambientais. Portanto, é fundamental que a sua  empresa repense durante todo o tempo sobre essa situação. Seja por consciência  ambiental, seja por exigência legal.
A Política Nacional de Resíduos  Sólidos já é uma realidade e regulamenta a destinação de embalagens e  resíduos de alguns setores da indústria brasileira (pneus, lâmpadas,  lubrificantes, agrotóxicos, pilhas e baterias). Enquanto a Logística Tradicional  trata do fluxo dos produtos fábrica x cliente, a Logística Reversa trata do  retorno de produtos, materiais e peças do consumidor final ao processo produtivo  da empresa.
É provável que em pouco tempo as regras devam  envolver outros setores produtivos. Para onde vão as embalagens dos seus  produtos depois do consumo? Em que medida elas agridem ao meio ambiente? A  logística reversa já é uma realidade. Não é apenas um diferencial.
Heitor  Marback é administrador, mestre em administração estratégica e  especialista em marketing.  Tem experiência com consultoria  e gestão de marketing. Na área pública atuou com planejamento e comunicação  governamental. Professor Assistente da Faculdade de Tecnologia SENAI  CIMATEC.
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