sexta-feira, 1 de julho de 2011

Fumante: A tomografia pode ajudar na detecção do câncer de pulmão. O "txt2stop" é a solução!


Tomografia supera radiografia na detecção de câncer de pulmão


30/06/2011 - 11h16


DA FRANCE PRESSE, EM WASHINGTON

A detecção por tomografia computadorizada do câncer de pulmão permite reduzir em 20% os óbitos entre fumantes e ex-fumantes em relação ao uso da radiografia, revela um estudo publicado no "New England Journal of Medicine".
O estudo clínico, iniciado em 2002 nos Estados Unidos, examinou 53.454 homens e mulheres com entre 55 e 74 anos que fumaram ao menos 30 pacotes de cigarros ao ano.
O objetivo da investigação era comparar a diferença na taxa de mortalidade entre as pessoas submetidas várias vezes ao ano a tomografias e a radiografias.
"Os resultados confirmam que a detecção por tomografia pode reduzir o número de mortes provocadas por câncer de pulmão", que mata anualmente mais de 150 mil americanos, disse Denise Aberle, da Universidade da Califórnia.
O estudo aprofunda dados já publicados em novembro de 2010 e que mostravam a maior eficiência da tomografia na detecção do câncer de pulmão.
"Esta pesquisa servirá de orientação para uma política de saúde pública sobre a detecção do câncer de pulmão nos próximos anos", destacou Aberle.
Os participantes do estudo foram escolhidos de forma aleatória para três exames anuais de prevenção do câncer de pulmão, metade por tomografia e metade por radiografia.
A tomografia permite obter imagens de várias "partes" do pulmão, enquanto o paciente segura a respiração por mais de sete segundos.
A radiografia exige apenas que o paciente segure a respiração durante poucos segundos, e revela uma única imagem, que não permite diferenciar todas as estruturas anatômicas pulmonares e detectar um tumor em fase inicial.

29/06/2011 - 21h01

Mensagens de SMS podem ajudar a parar de fumar, revela estudo


DA FRANCE PRESSE


As pessoas que querem parar de fumar têm duas vezes mais chances de ter sucesso e abandonar o vício quando recebem mensagens de texto em seus telefones celulares para encorajá-las, revelou um estudo publicado nesta quarta-feira na revista médica "The Lancet".
Médicos britânicos recrutaram 5.800 fumantes e os separaram, aleatoriamente, em dois grupos: um que recebeu mensagens de SMS elaboradas especialmente e outro de controle.
O primeiro grupo recebeu cinco mensagens por dia nas primeiras cinco semanas e depois três por semana nos seis meses seguintes.
As mensagens --desenvolvidas com a ajuda de outros fumantes-- traziam conselhos como tirar as preocupações da cabeça enquanto se está parando de fumar e encorajavam os participantes a perseverar.
"É isso aí! - Dia de largar o vício, jogue fora todos os seus cigarros" foi uma das mensagens recebidas pelas pessoas no dia em que decidiram deixar o vício. "Hoje é o começo da liberdade para sempre, você consegue!" foi outra.
Os voluntários deste grupo também tiveram um sistema personalizado ao qual podiam recorrer em caso de necessidade, e pedir ajuda ao enviar as palavras "abstinência" ou "recaída".
Como resposta à primeira, receberam este tipo de mensagem: "As crises de abstinência duram menos de cinco minutos, em média. Para ajudá-lo a se distrair, tente beber algo em pequenos goles até a crise passar."
Em resposta ao texto "recaída", receberam a resposta: "Não se sinta mal ou culpado se você escorregou. Você fez muito ao parar por um tempo. Deslizes podem ser parte normal do processo de deixar o vício. Continue, você consegue!"
Comparativamente, os fumantes do grupo de controle receberam apenas mensagens brandas a cada quinzena, agradecendo-lhes por participar ou pedindo confirmação de detalhes de contato ou outras mensagens sem relação com o tabagismo.

TRATAMENTO DE BAIXO CUSTO
Durante o teste, voluntários dos dois grupos enviaram amostras de saliva por correio.
As amostras foram examinadas para detectar a presença de cotinina, um elemento químico presente no tabaco, para verificar se os voluntários ainda fumavam ou haviam deixado o vício.
Após seis meses, 10,7% das pessoas do grupo apoiado por mensagens de SMS permaneciam sem fumar, contra apenas 4,9% no grupo de controle. As taxas de sucesso foram similares em todas as idades e grupos sociais.
Para os cientistas, o teste, batizado de "txt2stop" (escreva para parar, em uma tradução literal), revelou uma ferramenta poderosa e de baixo custo para combater o tabagismo, e que pode ser adotada ao redor do mundo.
Em 2009, mais de dois terços da população mundial tinham telefone celular e 4,2 trilhões de mensagens de texto foram enviadas.
"As mensagens de texto são uma forma muito conveniente para apoiar os fumantes a abandonar o vício", disse Caroline Free, da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, que conduziu o experimento.
"As pessoas compararam o 'txt2stop' a ter um 'amigo' a encorajá-las ou um 'anjo da guarda', pois as ajudou a resistir à tentação de fumar", acrescentou.
O 'txt2stop' é a última pesquisa sobre o uso de mensagens de texto via celular como ferramentas médicas.
Em um estudo publicado em novembro passado, pacientes infectados com o HIV no Quênia que receberam lembretes de texto sobre a ingestão diária de medicamentos para a Aids mostraram ser 12% mais propensos a aderir completamente ao tratamento do que seus pares de um grupo de controle que não receberam texto nenhum.
De acordo com dados apresentados no estudo, o tabagismo mata mais de cinco milhões de pessoas por ano e dois em cada três fumantes britânicos afirmam que em algum momento da vida pensaram em abandonar o vício.
Uma pesquisa anterior já tinha demonstrado que mensagens por SMS encorajam a abstinência, mas estas experiências duraram apenas seis semanas e não um semestre, como o estudo atual.
Além disso, no primeiro caso os resultados foram relatados pelos próprios voluntários e não checados em exames de laboratórios, como o atual.