“Empresas mais sustentáveis criam uma economia mais sustentável”
fonte: http://economico.sapo.pt/noticias/empresas-mais-sustentaveis-criam-uma-economia-mais-sustentavel_121094.htmlautoria: Margarida Vaqueiro Lopes
21/06/11 15:13
O presidente da Euronext Lisbon alertou esta terça-feira para a importância de as empresas se focarem no longo prazo.
                    63% das empresas já tem uma estratégia de sustentabilidade definida.        
Luís Laginha de Sousa afirmou esta terça-feira que apesar de atravessarmos um "tempo muito difícil", muitas empresas conseguem encontrar na "sustentabilidade uma oportunidade de negócio, e não só razões altruístas". E realçando a importância do investimento na sustentabilidade por parte das cotadas, frisou que "empresas mais sustentáveis criam uma economia mais sustentável".
O responsável falava  durante a apresentação do estudo ‘Riscos e  Oportunidades do Desenvolvimento Sustentável', realizado pela KPMG em  colaboração com a Euronext Lisbon.
 O estudo, que analisa o período entre 2008 e 2010, revela que 63% das  empresas já tem uma estratégia de sustentabilidade definida e  relacionada com os objectivos de negócio, embora ainda exista uma  percentagem considerável (25%) que admite estar a dar os primeiros  passos na área da sustentabilidade.
"As empresas portuguesas estão a fazer um percurso que acompanha a  tendência internacional relativa às preocupações com as questões de  sustentabilidade", notou também o presidente da Euronext Lisbon, que  acredita que a "internacionalização faz aumentar a sensibilidade de cada  uma das empresas ao risco", o que deverá fazer as empresas terem "uma  preocupação adicional" com esta área, no futuro.
O estudo considerou as respostas das 24 empresas cotadas - no total  de 51 -  que aceitaram participar no questionário da KPMG e que  representam 56% da capitalização bolsista, segundo dados da consultora.  Os resultados mostram ainda que a grande maioria das empresas (88%)  considera que o principal risco que corre ao não investir na  sustentabilidade é colocar em causa a sua reputação.
O risco económico (desvalorização bolsista, aumento de custos,  diminuição do volume de vendas, entre outras) é a segunda razão mais  apontada pelas empresas participantes.
Em termos ambientais, 75% das empresas afirma ter já em consideração,  na sua cadeia de abastecimento, requisitos ambientais, ‘standards' e  certificações específicas para a selecção e contratação de fornecedores.
Dados da KPMG mostram ainda que 79% das empresas considera ser  necessário tomar medidas de contenção dos riscos associados às  alterações climáticas, embora não tenham ainda noção dos seus impactos  no negócio.
A consultora refere que é necessário que as empresas continuem a  trabalhar no sentido de conseguir ir ao encontro das crescentes  orientações dos reguladores nestas questões de sustentabilidade e  ambiente. A KPMG aconselha ainda a disponibilização de mais informações a  investidores e ao alinhamento progressivo da estratégia de  sustentabilidade com a área de negócio.
 
