quarta-feira, 22 de junho de 2011

“Empresas mais sustentáveis criam uma economia mais sustentável”

“Empresas mais sustentáveis criam uma economia mais sustentável”

fonte: http://economico.sapo.pt/noticias/empresas-mais-sustentaveis-criam-uma-economia-mais-sustentavel_121094.html
autoria: Margarida Vaqueiro Lopes  
21/06/11 15:13










O presidente da Euronext Lisbon alertou esta terça-feira para a importância de as empresas se focarem no longo prazo.


63% das empresas já tem uma estratégia de sustentabilidade definida.
63% das empresas já tem uma estratégia de sustentabilidade definida.




Luís Laginha de Sousa afirmou esta terça-feira que apesar de atravessarmos um "tempo muito difícil", muitas empresas conseguem encontrar na "sustentabilidade uma oportunidade de negócio, e não só razões altruístas". E realçando a importância do investimento na sustentabilidade por parte das cotadas, frisou que "empresas mais sustentáveis criam uma economia mais sustentável".


O responsável falava durante a apresentação do estudo ‘Riscos e Oportunidades do Desenvolvimento Sustentável', realizado pela KPMG em colaboração com a Euronext Lisbon.
O estudo, que analisa o período entre 2008 e 2010, revela que 63% das empresas já tem uma estratégia de sustentabilidade definida e relacionada com os objectivos de negócio, embora ainda exista uma percentagem considerável (25%) que admite estar a dar os primeiros passos na área da sustentabilidade.
"As empresas portuguesas estão a fazer um percurso que acompanha a tendência internacional relativa às preocupações com as questões de sustentabilidade", notou também o presidente da Euronext Lisbon, que acredita que a "internacionalização faz aumentar a sensibilidade de cada uma das empresas ao risco", o que deverá fazer as empresas terem "uma preocupação adicional" com esta área, no futuro.
O estudo considerou as respostas das 24 empresas cotadas - no total de 51 - que aceitaram participar no questionário da KPMG e que representam 56% da capitalização bolsista, segundo dados da consultora. Os resultados mostram ainda que a grande maioria das empresas (88%) considera que o principal risco que corre ao não investir na sustentabilidade é colocar em causa a sua reputação.
O risco económico (desvalorização bolsista, aumento de custos, diminuição do volume de vendas, entre outras) é a segunda razão mais apontada pelas empresas participantes.
Em termos ambientais, 75% das empresas afirma ter já em consideração, na sua cadeia de abastecimento, requisitos ambientais, ‘standards' e certificações específicas para a selecção e contratação de fornecedores.
Dados da KPMG mostram ainda que 79% das empresas considera ser necessário tomar medidas de contenção dos riscos associados às alterações climáticas, embora não tenham ainda noção dos seus impactos no negócio.
A consultora refere que é necessário que as empresas continuem a trabalhar no sentido de conseguir ir ao encontro das crescentes orientações dos reguladores nestas questões de sustentabilidade e ambiente. A KPMG aconselha ainda a disponibilização de mais informações a investidores e ao alinhamento progressivo da estratégia de sustentabilidade com a área de negócio.