terça-feira, 14 de junho de 2011

Adianta?


Autoridades de Fukushima distribuirão medidores de radioatividade a 34 mil crianças

14/06/2011 - 05h02



Da EFE



Tragédia no JapãoAs autoridades de Fukushima anunciaram nesta terça-feira que no último trimestre do ano distribuirão dosímetros a cerca de 34 mil estudantes para controlar sua exposição à radioatividade, em meio à preocupação pelos níveis de contaminação na zona.
A Prefeitura de Fukushima, município situado a 60 quilômetros da usina de Daiichi, prevê distribuir os dosímetros em centros pré-escolares, colégios e institutos da cidade.
Além disso, os pais com crianças de menos de três anos poderão solicitar nos escritórios municipais um destes aparelhos, cuja venda disparou desde o início da crise nuclear, em 11 de março.
A distribuição dos dosímetros inscreve-se em uma campanha para garantir a saúde das crianças e dos jovens que incluirá ainda exames de saúde detalhados uma vez por mês, indicou a agência local Kyodo.
As autoridades de Fukushima tomaram esta decisão depois que a Prefeitura de Date, na mesma província, adotou uma medida similar após detectar em zonas isoladas do município níveis de radioatividade acima do limite recomendado, segundo a Kyodo.
O acidente na usina de Fukushima Daiichi levou o governo japonês a evacuar um raio de 20 quilômetros em torno da central e a declarar a área como zona de exclusão.
Além disso, recomendou aos moradores entre 20 e 30 quilômetros que permaneçam fechados em suas casas ou deixem o lugar, e evacuou outras cinco localidades situadas a até 40 quilômetros nas quais se detectou elevada radioatividade.
A Agência de Segurança Nuclear do Japão recomendou desalojar as pessoas em áreas com um nível anual de radiação superior a 20 milisievert, um número que, para organizações como o Greenpeace, é alto demais.
Na semana passada, o Greenpeace demonstrou preocupação pela radiação acumulada nas ruas e no solo de Fukushima, embora as autoridades insistam que por enquanto não excede os limites recomendados.


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Mais seis trabalhadores da usina de Fukushima contaminados por radiação no Japão

Governo repreendeu a TEPCO e requisitou um relatório investigativo em uma semana

13 de junho de 2011 | 13h 42


AP
Mais seis trabalhadores da usina nuclear de Fukushima Daiichi, atingida por um terremoto e um tsunami no Japão, podem ter excedido o limite de exposição à radiação, elevando o total para oito funcionários, disse nesta segunda feira o governo japonês.


Os ministérios da Saúde e do Trabalho divulgaram resultados preliminares de testes a respeito da exposição dos trabalhadores à radiação durante o trabalho na usina. Três dos funcionários são operadores da sala de controle e outros cinco atuaram na restauração do fornecimento de energia que foi interrompido pelos acidentes do dia 11 de março.


A Tokyo Electric Power Co (TEPCO), que opera a usina, afirmou que nenhum dos funcionários estava demonstrando problemas imediatos de saúde, mas que eles deveriam ser monitorados a longo prazo, pois poderiam apresentar um aumento no risco de desenvolvimento de câncer. Os oito homens foram transferidos para trabalhos administrativos.


"Achamos a situação lamentável", disse Tadashi Mori, oficial do ministério de saúde, referindo-se à adição de mais seis trabalhadores à lista dos possíveis contaminados por níveis excedentes de radiação. Ele afirmou que o ministério planeja tomar "ações apropriadas" a respeito da violação da TEPCO, quando os resultados forem confirmados.


Logo depois do desastre, o governo aumentou os limites de exposição à radiação para os homens de 100 millisieverts para 250, pois assim os funcionários poderiam atender à emergência ocasionada pelo tsunami.


O ministro da saúde também afirmou, nesta segunda, que ao menos outros 90 funcionários apresentaram níveis superiores a 100 millisieverts, incluindo alguns que estão próximos do limite máximo de exposição.
Na sexta-feira, a Agência de Segurança Nuclear e Industrial (NISA) afirmou que os primeiros dois trabalhadores que alcançaram os limites fixados pelo governo ficaram expostos a mais do que o dobro da quantidade limite de radiação recomendada. O governo repreendeu a TEPCO e requisitou um relatório investigativo em uma semana.


Em separado, o Ministério da Saúde apresentou um aviso escrito sobre as exposições dos dois trabalhadores e é provável que faça o mesmo para os seis trabalhadores adicionais, se os seus casos forem confirmados.


Os dois operadores da sala de controle foram expostos a mais de 600 milisieverts, em sua maioria por inalação de partículas radioativas, disse o porta-voz Hidehiko Nishiyama, da NISA.


Os recém-confirmados seis trabalhadores podem apresentar exposições de cerca de 265 millisieverts a 498 millisieverts, principalmente durante trabalho na fábrica no dia 12 de março, quando uma explosão de hidrogênio danificou o prédio do reator da unidade 1, disse o porta-voz da TEPCO, Junichi Matsumoto, em entrevista coletiva.


``Os trabalhadores receberam instruções de segurança, mas acredito que provavelmente tiraram-nas de suas mentes no momento da crise'', disse Matsumoto.





Japoneses protestam para que governo abandone a produção nuclear


Postado em 13/06/2011 às 14h16
Autroia e fonte: http://www.ciclovivo.com.br/noticia.php/2731






Três meses após o desastre nuclear de Fukushima, os japoneses saíram às ruas para protestar contra a produção de energia atômica. (Imagem:noticias.r7.com)





Três meses após o terremoto e um dos maiores desastres nucleares já ocorridos no mundo, os japoneses saíram às ruas para protestar contra a produção de energia atômica. Os manifestantes pressionaram o governo a mudar o atual sistema energético do país.
Ativistas e outros japoneses contrários às usinas nucleares protestaram em diversas regiões do país, com bandeiras e cartazes dizendo: “Não às nucleares!” e “Sem Mais Fukushima”. Além da preocupação com os riscos oferecidos por essas usinas, os japoneses foram motivados a reivindicar por não estarem contentes com a maneira como o governo do Japão lidou com o desastre ocorrido em março deste ano.
O local escolhido para os protestos foi a central da operadora da usina de Fukushima, Tokyo Eletric Corporation. Em frente ao prédio estavam reunidas famílias completas, como foi o caso de Yu Matsuda, entrevistada pela Reuters, que levou os dois filhos para reivindicarem por uma mudança no país. “Quero que minhas crianças brinquem ao ar livre em segurança e nadem em nossos mares sem preocupações”, disse à agência internacional. 
O acidente de Fukushima obrigou 80 mil pessoas a saírem de suas casas nos arredores da usina. A radiação liberada pelo superaquecimento dos reatores também contaminou a água e alguns alimentos produzidos na região. O terremoto, que danificou a estrutura nuclear ocasionou a morte de 23 mil pessoas. 

Desde esse episódio o governo japonês vem sofrendo pressões para deixar de produzir energia nuclear, tanto que de seus 54 reatores, apenas 19 ainda estão em funcionamento. Enquanto a população clama por mudança, as autoridades se preocupam com uma possível crise energética, já que o país ainda é muito dependente da produção atômica. Com informações do O Globo.