Grevistas bloqueiam repartições da Prefeitura no centro
Grupos fecharam entradas da Subprefeitura da Sé e da Biblioteca Mario de Andrade. Na Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, Centro de Zoonoses, Praça das Artes e albergues, bloqueio é parcial
Evelson de Freitas/Estadão
"Funcionários Municipais em greve reunidos em frente à sede da Prefeitura de São Paulo."
SÃO PAULO - Lideranças grevistas dos servidores municipais estão bloqueando as entradas e o atendimento em repartições da Prefeitura na região do centro de São Paulo desde o início da tarde desta terça-feira, 3. Com apitos, cornetas e faixas, os grevistas já fecharam as entradas da Subprefeitura da Sé, na Rua São Bento, e a Biblioteca Mario de Andrade, na Rua da Consolação. A Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, o Centro de Zoonoses, a Praça das Artes e albergues para moradores de rua também foram parcialmente fechados pelos líderes da paralisação.
Os grupos de lideranças grevistas pedem que os funcionários deixem seus postos de trabalho para participar de uma assembleia-geral do funcionalismo municipal por volta das 18 horas, em frente à Prefeitura. Paralelo ao movimento dos servidores da Cultura, subprefeituras, assistência social e engenheiros, os professores municipais, em greve há 42 dias, decidem se continuam paralisados em assembleia marcada para as 17h30 na frente da Câmara Municipal.
Na Subprefeitura da Sé, engenheiros grevistas fizeram um apitaço dentro da repartição, por volta das 14h30, e impediram o atendimento de cerca de 50 pessoas que aguardavam atendimento nos guichês. Os grevistas também fizeram os servidores que estavam trabalhando na Biblioteca Mário de Andrade abandonarem seus postos de trabalho, por volta das 15 horas. "Sem peleguismo gente, não é hora de trabalhar, vamos pressionar por um aumento antes da Copa", bradava na porta uma liderança grevista da área da Cultura.
Os servidores municipais querem um reajuste imediato de pelo menos 12% para encerrar o movimento, iniciado na semana passada. Eles exigem que o governo negocie de forma geral com toda a categoria, com uma proposta unificada para os 147 mil servidores da Prefeitura. Já a gestão do prefeito Fernando Haddad (PT) diz que aceita negociar separadamente com cada categoria. Haddad já sinalizou que deve enviar à Câmara Municipal um projeto de lei para valorizar as carreiras de arquiteto e de engenheiro, cujo piso mensal hoje não ultrapassa os R$ 3,3 mil.