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MARIANA LENHARO
- 27 de maio de 2012 |
- 22h15 |
No primeiro domingo depois do lançamento sistema de empréstimo de bicicletas
Bike Sampa, moradores das regiões próximas às estações começaram a se
familiarizar com o mecanismo de empréstimo pelo celular. Neste domingo,
27, havia seis estações em funcionamento, todas na Vila Mariana. Mas a partir
desta segunda-feira, 28, o bairro vai abrigar 10 pontos ativos de aluguel de
bike.
Para os moradores do bairro, o projeto deve incentivar as pessoas a deixar os
carros em casa e adotar a bicicleta como meio de transporte ou atividade de
lazer. A arquiteta Mariana Lucas, de 30 anos, experimentou pegar uma bike na
estação Cinemateca, que fica no Largo Senador Raul Cardoso.
“Acho legal porque é um bairro muito gotoso, tem vários pontos interessantes
na região e isso possibilita ter um transporte que leva de um ponto a outro sem
precisar se preocupar devolver a bicicleta no mesmo lugar”, diz Mariana. Ela
conta que, quando esteve em Paris, utilizou um sistema de empréstimo
semelhante.
O economista Fernando Fonseca, de 42 anos, levou toda a família para conhecer
o sistema. “Acho que vai ajudar na conscientização de que precisamos de um
transporte alternativo, que ajude na diminuição do tráfego de automóveis. É uma
iniciativa bacana principalmente para incentivar a nova geração”, diz.
Alguns ainda consideram o preço do aluguel alto em comparação a outras
iniciativas. O projetista de instalações elétricas Artur Lopes Regino, de 27
anos, cita que o sistema de empréstimo de bicicleta da seguradora Porto Seguro é
gratuito na primeira hora e cobra R$2 para cada hora adicional. Já o Bike Sampa
é gratuito apenas na primeira meia hora e cobra R$5 a cada meia hora a mais.
“Mas já é um bom incentivo para a pessoa começar a andar de bicicleta e se
habituar a vê-la como meio de transporte. Além da questão da saúde, desafogaria
bastante o trânsito de São Paulo”, diz Artur. Ele faz parte do grupo de
ciclistas “Red Lu”, que pedala uma vez por mês, sempre aos domingos. O grupo
alerta que o sistema não inclui o empréstimo de capacete, item de segurança
essencial.
Já a aposentada Maria de Fátima Borges, de 60 anos, considera que o programa
atende a uma população minoritária. “A ideia é ótima, mas antes seria importante
melhorar o transporte público para a população, que está sofrendo muito”, diz.
Ela mora em frente à estação Humberto I e foi ao ponto conferir como funciona o
aluguel. “Vou usar a bicicleta. Para mim é excelente porque é na porta da minha
casa. Mas, teria que ver o que vai ser bom para a maioria.”
O gerente de informática Ricardo Luiz também passou pela estação Humberto I
para conferir. Ele mora no bairro do Limão, na zona norte. “Se tiver uma estação
na zona norte e eu puder devolver aqui, posso ir trabalhar de bicicleta. Tomara
que dê certo”, diz.