A frota brasileira de veículos pesados é de aproximadamente 2,3 milhões e a estimativa da Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) é que serão vendidos entre 160 mil e 170 mil em 2012
[ i ] 
O diesel S50 contém teor de enxofre 
de 50 miligramas por quilo de combustível (mg/kg), bem menor que o S500 e o 
S1800, com teor mais de dez vezes superior Foto: Chico Batata 
 
 
Brasília - A partir deste domingo (1º) é obrigatória a 
distribuição do óleo diesel S50, com baixo teor de enxofre, em todas as regiões 
do país. Além de ser menos poluente, o combustível é indispensável para o 
funcionamento dos motores comerciais pesados, como caminhões e ônibus, 
fabricados a partir de 2012 e comercializados no mercado interno brasileiro.
O diesel S50 contém teor de enxofre de 50 miligramas por quilo de combustível 
(mg/kg), bem menor que o S500 e o S1800, os mais comercializados atualmente, com 
teor de enxofre mais de dez vezes superior.
Nos novos motores, o diesel S50 deve reduzir em até 80% as emissões de 
materiais particulados e em 98% as de óxidos nitrosos. Nos demais motores, no 
entanto, a redução das emissões será limitada a até 15%, o que deve ser 
resolvido ao longo do tempo com a renovação da frota.
A frota brasileira de veículos pesados é de aproximadamente 2,3 milhões de 
veículos e a estimativa da Associação Nacional de Fabricantes de Veículos 
Automotores (Anfavea) é que serão vendidos entre 160 mil e 170 mil em 2012.
O Ministério de Minas e Energia informou que outra novidade é a necessidade 
dos novos veículos pesados usarem um agente, chamado Arla 32, que neutraliza as 
emissões de óxidos nitrosos e de materiais particulados. O produto, no entanto, 
não pode ser misturado ao óleo diesel, sendo colocado em um tanque exclusivo 
identificado com tampa azul, e injetado em dosagem controlada na saída dos gases 
do escapamento, antes do catalisador.
A substituição do diesel mais poluente foi definida em 2002 pelo Conselho 
Nacional do Meio Ambiente (Conama) e deveria ter entrado em vigor em 2009, mas 
só começou a sair do papel depois da intervenção da Justiça. Para 2013, o acordo 
prevê a substituição do S-50 por uma versão de diesel com teor de enxofre ainda 
menor, o S-10, com limite de 10 miligramas de enxofre por quilo de combustível 
(mg/kg).
 
