Rio começa a pagar Bolsa Verde em abril de 2012
Postado em 26/12/2011 às 10h36
Segundo o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, o Rio de Janeiro está 
dando um passo importante em relação a outros estados l Foto: Andy Caulfield/National Geographic
O estado do Rio de Janeiro será o primeiro a pagar a Bolsa Verde no país. A 
iniciativa tem o objetivo de desenvolver um mercado de ativos ambientais para 
promover a economia sustentável. A Bolsa Verde, que entra em operação em abril 
de 2012, será o primeiro mercado de carbono brasileiro, em que as indústrias do 
Rio poderão negociar energia renovável ou biomassa, além da recuperação de áreas 
florestais e tratamento de resíduos. A expectativa é que no futuro outros 
estados também possam participar das transações na bolsa fluminense.
O acordo de cooperação foi assinado esta semana entre a Secretaria do 
Ambiente do Estado do Rio, a Secretaria de Fazenda do Município do Rio e a Bolsa 
Verde Rio (BVRio), uma associação sem fins lucrativos.
A Bolsa Verde 
vai pagar R$ 300 por trimestre a famílias em situação de extrema pobreza que 
vivam em unidades de conservação e desenvolvam ações para preservá-las. O 
objetivo é aliar a preservação ambiental à melhoria das condições de vida e a 
elevação da renda.
Segundo o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, o Rio de Janeiro está 
dando um passo importante em relação a outros estados, colocando em prática o 
projeto que fomenta a economia ambiental, além de incentivar uma postura 
positiva dos produtores de poluentes. “Na verdade você introduz um elemento de 
mercado que valoriza as empresas que conseguem cumprir além de suas metas de 
redução de poluentes ou de reflorestamento”, destacou.
Para a secretária municipal de Fazenda do Rio, Eduarda La Rocque, é difícil 
estimar inicialmente quanto essa economia verde pode movimentar, mas acredita 
que será algo significativo na economia do estado. Ela disse que serão criados 
grupos de trabalho para atuar na regulação e acompanhar a legislação tributária 
do mercado financeiro.
“É um esforço de coordenação para que o estado vire referência no tema. Então 
a economia do Rio vai sair na frente mostrando como a gente pode articular 
instrumentos financeiros e o estado com o seu papel regulador, definindo multas, 
impostos, permissões e de que forma a gente vai regular esse mercado 
financeiro.”
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