01/08/2011 - 09h26 
Ex-favelados descartam lixo, TV e até sofá em córrego de SP
DE RIBEIRÃO PRETO
Depois da dramática reintegração de posse na área da favela da Família, no  dia 5 de julho, em Ribeirão Preto (313 km de SP), que terminou com 11 feridos em  ação da PM (Polícia Militar), a remoção das 238 famílias das favelas Zanetti,  Brejo e Elisa começou pacífica na manhã deste sábado (30). 
A diferença é que os moradores desses três núcleos, que ocupavam parte da  área pública e outra particular, foram transferidos para apartamentos no  conjunto habitacional Jardim Wilson Toni. 
Já os expulsos da favela da Família invadiram irregularmente uma área  particular do Jardim Aeroporto. Uma minoria estava na lista de espera para  programas habitacionais e o grupo não era prioridade entre as remoções de  favelas nos planos da Cohab-RP. 
Cerca de 350 pessoas, em 35 caminhões e seis tratores, trabalharam na remoção  nas três favelas, que são frequentemente alvos de enchentes. 
A transferência das 238 famílias para o Wilson Toni deve se estender até a  tarde deste domingo (31), segundo o secretário da Casa Civil de Ribeirão, Layr  Luchesi Júnior. 
Oito grupos que tentaram ocupar os núcleos após agosto de 2010, de acordo com  a Secretaria da Assistência Social, não foram beneficiados. 
Como a retirada também cumpria mandado judicial, a PM tem monitorado as  atividades, mas só agirá em caso de conflito, segundo o comandante da operação,  major Samuel Rebessi Penteado. 
07/07/2011 - 10h16 
Expulsos de favela em Ribeirão Preto "garimpam" em busca de bens
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/940230-expulsos-de-favela-em-ribeirao-preto-garimpam-em-busca-de-bens.shtml
ARARIPE CASTILHO
DE RIBEIRÃO PRETO
DE RIBEIRÃO PRETO
Desde o final da tarde de terça-feira (5) e ontem, durante o dia todo,  ex-moradores da favela da Família vasculharam os escombros deixados pelos  tratores que derrubaram os barracos, após a ação da PM que esvaziou o local.  
Reintegração de posse termina em confronto em Ribeirão
A área ocupada fica na região do Jardim Aeroporto. Cerca de 700 famílias que vivem no local foram informadas na semana passada sobre uma decisão judicial de reintegração de posse da área, que é particular. Houve confronto entre moradores e policiais durante a reintegração.
Entre pedaços de madeira, arame, ferro retorcido e pequenos montes de entulho  incendiados os desabrigados procuravam recuperar bens, dinheiro, roupas e  documentos. 
O segurança Gilmar da Silva, 55, ficou durante a manhã de ontem separando e queimando tábuas do seu antigo barraco. Ele disse que é aposentado por motivos de saúde e que tentava encontrar algum bem que tivesse sobrado.
"Só posso lamentar. Meus documentos e tudo o que eu tinha está embaixo desse monte de madeira."
Questionado sobre o aviso prévio de que os moradores teriam de sair, Silva disse: "Na verdade, ficou uma confusão. Uns diziam que a gente ia ter de sair, depois outros falavam que não. No fim, ficou tudo em cima da hora".
A desempregada Ana Maria Rodrigues de Moura, 50, afirmou que foi 'arrancada' por um policial da casa onde morava com o marido e dois filhos.
"Eu não tive tempo de fazer nada, nem de voltar para pegar a minha bolsa com os documentos." Ela contou ter retornado ao local anteontem e conseguido recuperá-los. "Mas as coisas do meu marido não consegui achar."
O cenário de destruição também foi visitado por moradores de favelas próximas, que estavam em busca de algo que pudesse ser reaproveitado.
Reintegração de posse termina em confronto em Ribeirão
A área ocupada fica na região do Jardim Aeroporto. Cerca de 700 famílias que vivem no local foram informadas na semana passada sobre uma decisão judicial de reintegração de posse da área, que é particular. Houve confronto entre moradores e policiais durante a reintegração.
| Silva Junior/Folhapress | ||
| Morador retorna à favela da Família para  procurar bens que ficaram nos barracos derrubados na ação de terça | 
O segurança Gilmar da Silva, 55, ficou durante a manhã de ontem separando e queimando tábuas do seu antigo barraco. Ele disse que é aposentado por motivos de saúde e que tentava encontrar algum bem que tivesse sobrado.
"Só posso lamentar. Meus documentos e tudo o que eu tinha está embaixo desse monte de madeira."
Questionado sobre o aviso prévio de que os moradores teriam de sair, Silva disse: "Na verdade, ficou uma confusão. Uns diziam que a gente ia ter de sair, depois outros falavam que não. No fim, ficou tudo em cima da hora".
A desempregada Ana Maria Rodrigues de Moura, 50, afirmou que foi 'arrancada' por um policial da casa onde morava com o marido e dois filhos.
"Eu não tive tempo de fazer nada, nem de voltar para pegar a minha bolsa com os documentos." Ela contou ter retornado ao local anteontem e conseguido recuperá-los. "Mas as coisas do meu marido não consegui achar."
O cenário de destruição também foi visitado por moradores de favelas próximas, que estavam em busca de algo que pudesse ser reaproveitado.
| Silva Junior-5.jul.2011/Folhapress | ||
| Moradores e Polícia Militar entram em confronto  durante reintegração de posse em Ribeirão Preto (SP) | 
05/07/2011 - 11h03 
Reintegração de posse termina em confronto em Ribeirão Preto
ANA SOUSA
DE RIBEIRÃO PRETO
DE RIBEIRÃO PRETO
A reintegração de posse de uma área ocupada por uma favela em Ribeirão Preto  (313 km de SP), na manhã desta terça-feira, foi marcada por confronto entre  moradores e policiais. Dois advogados da Comissão de Direitos Humanos da OAB de  Ribeirão afirmam que foram atingidos por balas de borracha disparadas pela  Polícia Militar durante a desocupação. 
A área ocupada, conhecida como favela da Família, fica na região do Jardim Aeroporto. Cerca de 700 famílias que vivem no local foram informadas na semana passada sobre a decisão judicial de reintegração de posse da área, que é particular.
Na manhã de hoje, por volta das 6h, oficiais de Justiça acompanhados de  Policiais Militares foram ao local para cumprir a decisão. Os moradores fizeram  uma barricada com fogo na entrada da favela. 
Após negociações, a PM invadiu o local com apoio da cavalaria e do Batalhão de Choque, por volta das 8h45. Houve disparo de balas de borracha e uso de bombas de efeito moral.
Os advogados Vanderley Caixe e Paulo Merli, que estavam no local para tentar intermediar uma saída pacífica para o caso, afirmam que foram atingidos por balas de borracha.
O tenente da PM Antonio Rivoiro nega que tenha havido abusos por parte dos policiais. Ele disse que o uso de balas de borracha e de bombas de efeito moral foi necessário porque os moradores atearam fogo em barracos, o que colocou pessoas em risco.
Rivoiro afirmou que, caso haja queixa de abusos, as denúncias serão investigadas pela PM.
Após a ação da PM, a favela foi cercada e os barracos começaram a ser demolidos. Os moradores afirmam não ter para onde ir. O cerco policial ao local permanecia até por volta das 10h30.
A área ocupada, conhecida como favela da Família, fica na região do Jardim Aeroporto. Cerca de 700 famílias que vivem no local foram informadas na semana passada sobre a decisão judicial de reintegração de posse da área, que é particular.
| Silva Junior/Folhapress | ||
| Moradores e Polícia Militar entram em confronto durante reintegração de posse em Ribeirão Preto (SP) | 
Após negociações, a PM invadiu o local com apoio da cavalaria e do Batalhão de Choque, por volta das 8h45. Houve disparo de balas de borracha e uso de bombas de efeito moral.
Os advogados Vanderley Caixe e Paulo Merli, que estavam no local para tentar intermediar uma saída pacífica para o caso, afirmam que foram atingidos por balas de borracha.
O tenente da PM Antonio Rivoiro nega que tenha havido abusos por parte dos policiais. Ele disse que o uso de balas de borracha e de bombas de efeito moral foi necessário porque os moradores atearam fogo em barracos, o que colocou pessoas em risco.
Rivoiro afirmou que, caso haja queixa de abusos, as denúncias serão investigadas pela PM.
Após a ação da PM, a favela foi cercada e os barracos começaram a ser demolidos. Os moradores afirmam não ter para onde ir. O cerco policial ao local permanecia até por volta das 10h30.
 
