quinta-feira, 21 de julho de 2011

Culpa do fumante e não do cigarro!

20/07/2011 - 18h53

Bituca de cigarro causa fumaça em bueiro de Copacabana, no Rio



autoria: FÁBIO GRELLET
DO RIO

Após exalar fumaça, mais um bueiro assustou os moradores de Copacabana (zona sul do Rio), no início da tarde desta quarta-feira. O motivo, segundo a Light (concessionária de eletricidade responsável pelo fornecimento de energia no Rio), teria sido uma bituca de cigarro jogada na ventilação de uma câmara subterrânea.
Também nesta quarta, a explosão de um outro bueiro já havia causado pânico no centro da capital fluminense
Procurador pede abertura de investigação sobre bueirosEmpresa terá que fiscalizar 550 bueiros por dia no Rio
O bueiro situado na esquina da rua Bulhões de Carvalho com a avenida Rainha Elizabeth começou a exalar fumaça, causando pânico entre os pedestres que transitavam por essas vias. O trecho foi isolado e o trânsito chegou a ser parcialmente interrompido no local.
Segundo a Light, uma bituca de cigarro foi lançada na ventilação de uma câmara subterrânea e provocou a fumaça. Técnicos da empresa fizeram inspeção no local. Ninguém ficou ferido.
Só no mês de julho, já foram registrados pelo menos dez explosões de bueiros. O último foi na segunda-feira (18), em Botafogo, na zona sul da cidade. Um motoqueiro atingidopela tampa de ferro teve ferimentos na mão.
INSPEÇÃO
Ontem (19), a Prefeitura do Rio e o Crea-RJ (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia) fecharam um acordo para a contratação de uma empresa para serviço de monitoramento independente de bueiros na cidade.
A força-tarefa terá a responsabilidade de monitorar 500 caixas de inspeção e 50 câmaras transformadoras por dia útil. Por mês, deverão ser fiscalizadas 10 mil caixas de inspeção e mil câmaras transformadoras.
A medida é uma tentativa de evitar novas explosões de bueiros --nos últimos 13 meses, pelo menos 19 explodiram nas zonas norte, sul e central.
De acordo com o Crea-RJ, só a Light mantém 4.000 câmaras transformadoras --que são bueiros maiores, com transformadores-- e 20 mil caixas de inspeção --bueiros menores, por onde passam apenas fios ou canos.
Outras concessionárias, como a CEG e empresas de telefonia, também usam bueiros para acesso à rede subterrânea.