sábado, 16 de julho de 2011 7:31
Cigarro sustenta lojas de conveniências
autoria: Pedro Souza Do Diário do Grande ABC
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QUEM COMPRA? - Os clientes que mais compram cigarro são aqueles que param para abastecer os veículos, 80% do total. O restante (20%) é pedestre. "Entre as vendas, 90% são de cigarros comuns e 10% são especiais, com sabor. Esses são mais procurados pelos públicos jovem e feminino", contou o vice-presidente do Regran, Wagner de Souza.
Ele também é proprietário de loja de conveniência em São Bernardo, e conta que a margem de lucro é pequena com cigarro, entre 6% e 10%, o que é suprido pelos demais produtos.
Somente nesses estabelecimentos da região, a tabacaria é responsável pela geração de, aproximadamente, R$ 1,5 milhão ao mês. O faturamento das lojas está na margem dos R$ 3,1 milhões mensais. Na média nacional, cigarros e charutos representaram 30% da receita do segmento em 2010, segundo o Sindicom. Mas, no ano passado, o faturamento de cada loja no País, atingiu R$ 67 mil, tendo em vista que R$ 20 mil eram de tabacaria.
Alimentação, bebidas não-alcoólicas e demais produtos, como publicações e higiene, têm o segundo posto nas vendas das conveniências do Grande ABC, com 30% de representatividade. No País, esse grupo de produtos é responsável por fatia maior, de 53,2%.
Lúcia Cordeiro de Oliveira é proprietária de uma loja em Ribeirão Pires, mas não vende cigarros. Ela garantiu seu faturamento, em grande parte, provém de gastos com alimentação, já que vende, além das guloseimas, pratos feitos.
BEBIDA - As bebidas alcoólicas são a terceira cesta de produtos mais interessante para as lojas. Esse consumo, que é praticado principalmente durante a noite e em fins de semana, gera 20% do faturamento dessas empresas. Só em Mauá que isso não ocorre porque lei municipal proíbe que as 12 lojas, nos postos, vendam esse produtos.
A sócia-proprietária de um restaurante e conveniência em posto de Mauá Emilia Hatsue Motomura afirmou que foi prejudicada com a norma. "Meu faturamento chegou a ser reduzido em até 40%. Algumas famílias não vem mais comer aqui e é bem difícil reconquistá-las", explicou.