21.mai.2011     Redação
Usina fará reciclagem de entulho
Fonte: http://odiariodemogi.inf.br/cidades/noticia_view.asp?mat=29655&edit=6
Autoria: JÚLIA GUIMARÃES
 Especial para O  Diário
A urgente necessidade de implantação de  novas tecnologias de reciclagem no Município já chama a atenção da iniciativa  privada em Mogi das Cruzes. Interessados em um promissor mercado, que pode aliar  sustentabilidade ambiental ao crescente segmento da construção civil,  empresários mogianos começam a desenvolver projetos na área para oferecer  alternativas de reaproveitamento dos resíduos produzidos pelas obras da Cidade.  A proposta mais adiantada é a de construção de uma usina de beneficiamento de  entulho, que está sendo erguida na região da Volta Fria e deve ficar pronta nos  próximos três meses.
A família do empresário Luiz Fernando Bós  Vidal iniciou o processo de licenciamento do projeto há um ano. Com toda a  documentação aprovada, os empresários adquiriram o maquinário para instalação de  uma usina de beneficiamento dos resíduos da construção civil. O equipamento  exigiu um investimento de R$ 1,2 milhão e terá capacidade para processar 75  toneladas de entulho por hora. A obra de 50 mil metros quadrados se encontra e  em fase de fundação e a expectativa é de que, em três meses, a máquina comece a  operar. "O processo foi muito rápido. Não tivemos dificuldades com a licença  ambiental porque se trata de um projeto de interesse público", afirmou Luiz  Vidal.
O empresário explica que a usina não  receberá material recolhido pelas caçambas da Cidade porque, comumente, elas  possuem produtos impróprios ao beneficiamento. A intenção é trabalhar apenas com  o entulho retirado de dentro de indústrias para garantir a qualidade da  reciclagem. Vidal conta que já possui um amplo estoque, que será suficiente para  suprir seis meses de funcionamento da usina. "Todo este material foi retirado de  dentro das indústrias onde prestamos serviços de terraplanagem e demolição. O  entulho será reciclado e transformado em matéria prima para obras não  estruturais, como piso e calçadas", detalhou.
Um projeto semelhante poderá ser implantado  no Distrito do Taboão. Pedindo para não ser identificado, outro empresário do  ramo da construção civil afirmou que também tem a intenção de instalar uma usina  no Município. O empreendedor disse que o projeto está em fase embrionária e que,  no momento, prefere não fornecer detalhes. O secretário municipal de  Desenvolvimento, Marcos Damásio, confirmou que recebeu, há 20 dias, a visita de  três empresários que lhe apresentaram essa proposta. Segundo ele, os  empreendedores já teriam todo o equipamento necessário e estão interessados em  erguer a unidade em parceria com a Prefeitura. O secretário pediu que eles façam  a entrega de um projeto técnico e, agora, aguarda a apresentação do documento.  
O empresário Vinícius Peretti Guimarães,  dono de uma das construtoras mogianas, também informou que possui planos de  beneficiar os resíduos das obras. Ele explicou, no entanto, que sua intenção não  é comercializar o material, mas apenas usá-lo para as necessidades da própria  empresa. O construtor afirmou que fez pesquisas sobre o funcionamento de  máquinas pequenas, que custam entre R$ 50 mil e R$ 80 mil, mas ainda não tem  previsão de aquisição do equipamento. "Este seria um investimento apenas para  uso interno. Uma das principais vantagens do beneficiamento é a economia, já  que, com a reciclagem, haverá menos aquisição de matéria prima e custos  reduzidos com descarte de entulho", disse.
 
