domingo, 17 de abril de 2011

Dia 14 de abril - Dia Internacional do Café






Dia Internacional do Café: Cooperação internacional está presente nas pesquisas em café




Qui, 14 de Abril de 2011 15:23

Autoria e fonte: http://www.sapc.embrapa.br/index.php/principal/dia-internacional-do-cafe-cooperacao-internacional-esta-presente-nas-pesquisas-em-cafe



Dia 14 de abril é o Dia Internacional do Café. A Embrapa Café, coordenadora do Programa de Pesquisa Café, comemora a data fazendo um apanhado dos principais projetos em andamento que têm parcerias estratégicas com países em todo o mundo.



“O Programa Pesquisa Café, executado pelo Consórcio Pesquisa Café que reúne instituições de pesquisa, desenvolvimento, ensino e extensão brasileiras, nasceu genuinamente brasileiro. Intacta em sua natureza nacional, o programa hoje possui vários trabalhos em colaboração com instituições na África, Europa e América Latina. Além disso, os pesquisadores de café brasileiros têm visitado e recebido delegações de vários países, como Timor Leste, Zimbábue, Equador, El Salvador e Angola, para troca de conhecimentos mútuo e agregação de valor à cafeicultura”, informa a gerente geral da Embrapa Café, Mirian Eira.



Esse é o caso do projeto da Embrapa Café de cooperação internacional com a Venezuela. Já foram realizadas ações de prospecção e diagnóstico da cafeicultura local prevista no projeto “Produção de Mudas e Beneficiamento Ecológico de Café”. O projeto é parte do Acordo Básico de Cooperação Técnica entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República Bolivariana da Venezuela, assinado em 2007, que contempla ainda outras culturas. A coordenação é da Secretaria de Relações Internacionais da Embrapa – SRI e o financiamento da Agência Brasileira de Cooperação – ABC. O objetivo é contribuir para a organização de comunidades cafeicultoras por meio do uso de tecnologias agroecológicas para a produção de mudas de variedades melhoradas e do beneficiamento ecológico em pequena escala.



Entre as primeiras ações previstas, estão a transferência de material genético e a capacitação de multiplicadores em propagação e técnicas de boas práticas agroecológicas para manejo da lavoura e pós-colheita, tratos culturais e controle de pragas e doenças. A Embrapa Café também vai auxiliar no planejamento experimental para verificar quais variedades são mais adequadas para gerar alternativas tecnológicas que melhorem o quadro da cafeicultura local. Outra ação prevista é a sensibilização de produtores e técnicos para percepção da qualidade em café, um bem precioso hoje em dia para a sustentabilidade do negócio café em qualquer lugar do mundo.



Para a Embrapa, o projeto traz como benefícios o fortalecimento das relações internacionais Brasil-Venezuela e a troca de material genético, variedades de café adaptadas ao sistema produtivo sombreado orgânico/agroecológico. Segundo Paulo César Afonso Junior, gerente adjunto técnico da Embrapa Café, essa troca poderá contribuir para o desenvolvimento de novas cultivares tolerantes a temperaturas mais elevadas e à deficiência hídrica.



Ainda são exemplos de pesquisas realizadas em parcerias internacionais no âmbito do Programa Pesquisa Café o projeto em conjunto com Portugal e França, países com trabalhos reconhecidos na área do café.



O pesquisador da Embrapa Café, Carlos Henrique de Carvalho, participou de um projeto de pesquisa em conjunto com o Centro Internacional da Ferrugem do Cafeeiro (CIFC). Foram estudadas as raças de ferrugem que vinham atacando plantações de café no sul de Minas. Segundo o pesquisador, “o trabalho trouxe muitas contribuições para a pesquisa brasileira, uma vez que a instituição portuguesa é especialista na pesquisa da doença”.



Em Portugal, a pesquisa da ferrugem enfrenta menos dificuldades, pois a região não é produtora, portanto, o estudo da doença não representa riscos para o País, como representaria para o Brasil, com vastas plantações em diferentes estados. “Nós coletávamos o material contaminado e mandávamos para que eles fizessem a análise, identificando as raças de ferrugem, se eram as já existentes ou novas espécies. As descobertas ajudaram bastante na geração de mais conhecimento sobre a doença. Essa parceria da Embrapa Café pode ser um trabalho contínuo, aproveitando a especialidade dos portugueses na área e a necessidade de cuidado constante com as plantações brasileiras”, detalha Carlos Henrique.



A parceria com o CIFC vem trazendo excelentes resultados também para os trabalhos de melhoramento genético e biotecnologia da Universidade Federal de Viçosa (UFV) e Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), de acordo com os pesquisadores da Embrapa Café Antonio Carlos Baião de Oliveira e Eveline Teixeira. Os estudos da interação entre o patógeno causador da ferrugem do cafeeiro (Hemileia vastratrix) e a planta de café levaram ao desenvolvimento de cultivares resistentes a essa doença.



A Embrapa Café mantém parceria estabelecida há três anos com a Fundação Procafé e com o Centro de Cooperação Internacional em Pesquisa Agronômica para o Desenvolvimento (Cirad), da França, trata do desenvolvimento de um protocolo para produção em larga escala de mudas clonais do Coffea arabica. O pesquisador Carlos Henrique Carvalho ressalta os bons resultados alcançados. “O protocolo desenvolvido já vem sendo testado com sucesso”.



Em parceria com o Cirad da França, o pesquisador Luiz Filipe Protásio Pereira inicia, este ano, outro projeto de pesquisa. O pesquisador conta que esta não é a primeira vez que uma parceria entre a Embrapa Café, o Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), instituição participante do Consórcio Pesquisa Café, e o Cirad ocorre. “Vários projetos e publicações nos últimos dez anos foram frutos dessa parceria”, diz. Só Luiz Filipe já contabiliza cerca de sete publicações científicas de relevância na área resultado dessa parceria com o centro de pesquisa francês. “São trabalhos técnicos e científicos que geram conhecimento e tecnologias para o agronegócio café brasileiro”, enfatiza.



O novo projeto, iniciado este ano, prevê viagens de cooperação técnica e envio de bolsistas entre Brasil e França com o objetivo de promover esforços para analisar a diversidade e a estrutura de recursos genéticos de Coffea arabica oriundos da Etiópia, para fornecer subsídios aos programas de melhoramento do cafeeiro.



Já o projeto dos pesquisadores da Embrapa Café Aymbiré Fonseca e Maria Amélia Ferrão, realizado em parceria com o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) e com a Nestlé, desde 2004, se concentra na análise da qualidade de variedades clonais do café conilon no Espírito Santo. Em sua segunda fase, está buscando aumentar a qualidade das variedades utilizadas pela indústria de café solúvel.



A partir de cinco variedades clonais, foram definidos os materiais de melhor qualidade para a produção de café solúvel. Dessa forma, a produção de conilon no estado teria quantidade agregada à qualidade do produto. “A pesquisa começou a partir de dúvidas sobre a qualidade do café conilon. Hoje sabemos que todas as variedades têm qualidade, mas observamos que umas variedades continham alguns materiais mais interessantes para a produção do que outros”, explica o pesquisador Aymbiré Fonseca. Um dos resultados dessa pesquisa, segundo ele, é demonstrado pelo aumento de mais de 200% da produtividade do conilon no estado desde 1993.



A maior integração com países produtores e consumidores de café no âmbito da Organização Internacional do Café – OIC, também tem aberto novas oportunidades de pesquisa integrada. “A perspectiva do mundo atual é de ajuda mútua entre as regiões e países do globo, o que só tende a aumentar nos próximos anos. Percebemos que a parceria é a melhor forma de convívio para garantir a sustentabilidade do planeta e das relações entre as pessoas, além da construção coletiva do conhecimento e a qualidade de vida para a maior parte da população”, conclui Mirian Eira.





Área de Comunicação & Negócios da Embrapa Café

Texto: Flávia Bessa (MTb 4469/DF) e Cristiane Vasconcelos (MTb 1639/CE)

Site: http://www.embrapa.br/cafe

Fone: (61) 3448-4566

Serviço de Atendimento ao Cidadão: http://sac.sapc.embrapa.br/




Casca do café também é fonte de energia




Com informações do CNPq - 13/04/2011



SITE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA. Casca do café também é fonte de energia. 13/04/2011. Online. Disponível em www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=casca-cafe-fonte-energia-biomassa. Capturado em 17/04/2011.






Há mais no café do que o seu sabor, famoso mundialmente: o processamento dos grãos gera um resíduo que pode ser utilizado como fonte de energia, diminuindo custos e reduzindo a poluição ambiental.



Potencial energético do café



Durante o cultivo do café, aproximadamente dois milhões de toneladas de cascas de grãos são produzidas por ano no Brasil.



Esse subproduto normalmente vai para o lixo ou é usado para a forração dos terrenos dos cafezais, restituindo parte dos fertilizantes retirados pela planta.



Mas a casca do café tem um potencial energético que pode, em alguns casos, torná-la substituta da lenha, sendo uma opção mais barata e ecologicamente correta para empresas que usam a madeira na geração de energia.



Suprir as necessidades desse mercado significa cortar menos árvores e contribuir para a redução do desmatamento.



Eletricidade da biomassa



Para otimizar esse potencial, pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB), liderados pelo engenheiro florestal Ailton Teixeira do Vale, fizeram um estudo para demonstrar a importância dos resíduos agroflorestais como fonte de energia, tanto para indústrias quanto em comunidades rurais.



"A casca do café, assim como outras biomassas, pode gerar eletricidade em termoelétricas, a partir da combustão em fornalhas, gerando energia na forma de calor, utilizado para a produção de vapor, que por sua vez é utilizado para a produção de energia elétrica e, em cogeração, outras energias como a mecânica", explica Vale.



Quando usada como combustível, a casca do café, assim como outros resíduos agroflorestais, tem inúmeras vantagens em relação aos combustíveis fósseis.



"Em primeiro lugar, é um combustível renovável, e os compostos liberados na sua combustão são sequestrados pelos novos plantios, fechando o ciclo do carbono, e, portanto, não contribuindo com o efeito estufa. Outra vantagem é a possibilidade de agregar valor a um resíduo que geralmente é descartado e, com isso, gerar emprego, renda e desenvolvimento social nas regiões onde a cultura do café é uma prática", explica o pesquisador.



Combustão, gaseificação e carvão



Espera-se que os dados obtidos a partir desse estudo possam ser utilizados para melhorar a gestão dos resíduos provenientes de biomassa e que isso possa abrir a possibilidade de uso na produção de energia em pequenas comunidades rurais e nas agroindústrias, a partir da combustão, da gaseificação ou da transformação em carvão vegetal, assim aumentando sua participação na Matriz Energética Brasileira.



A agregação de valor ao resíduo, gerando um novo produto, é bem-vinda ao diminuir a poluição do meio ambiente e possibilitar uma qualidade de vida melhor para as pessoas envolvidas no processo ou moradoras da região



"Além de agregar valor ao resíduo, [o uso dessa biomassa] demandará mão-de-obra, equipamentos, capitais, empresas de serviços e toda uma infraestrutura administrativa, industrial e comercial, elevando o nível econômico e beneficiando a sociedade", afirma Vale.



Substituição do petróleo por biomassa



O Brasil é referência internacional na substituição do petróleo por biomassa, embora o assunto esteja repleto de controvérsias.



O maior exemplo é o uso do etanol como combustível para veículos de passeio e de carga - que tem impactos sobre as terras agricultáveis e desbalanceamento do ciclo de nitrogênio, além de consumir água demais.



Na siderurgia, o uso de carvão vegetal na produção de ferro gusa é uma realidade há décadas - com constantes denúncias de uso de vegetação não-plantada, principalmente do cerrado.



Outra frente que tem crescido é a produção de energia elétrica em termoelétricas, principalmente nas usinas de açúcar e álcool e nas fábricas de celulose e papel, a partir de resíduos, com unidades movidas a bagaço de cana-de-açúcar, licor negro, restos de madeira, casca de arroz, biogás e carvão vegetal.



Cascas de café secas foram avaliadas como potenciais adsorventes para remoção de metais pesados em solução aquosa.
 
 
 
Autoria e fonte: http://www.feq.unicamp.br/~cobeqic/tEa04.pdf
 
 
 
 
Borra de café e alevinos de lambari no combate à dengue em Brasília




16 de abril de 2011 // 15h36 (Agência Brasil)

Autoria e fonte: http://diariodonordeste.globo.com/noticia.asp?codigo=316477&modulo=964




Uma parceria entre moradores, administradores e comerciantes de um bairro da capital federal permitiu hoje (16) a aplicação de borra de café em focos potenciais do mosquito Aedes aegypti. A estratégia tem o aval de pesquisadores da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp) para o combate à dengue.



O local escolhido foi um canteiro de obras no Lago Norte, área nobre de Brasília. Weymer Quintas, moradora do bairro há mais de 20 anos, conseguiu recolher, com a ajuda de parentes e amigos, entre 5 e 6 quilos de borra de café.



“Como cidadãos, a gente tem que dividir e aprender, um com o outro, a se preocupar com o vizinho, com o próximo. Todo mundo fala que é uma obrigação [combater a dengue], mas eu acho que é uma conscientização de cada um, para evitar que o problema se agrave”, explicou.



Weymer Quintas não conhece ninguém que tenha sido vítima do mosquito, mas teme que a situação, grave em estados como o Rio de Janeiro, possa se estender para outras partes do país. “É um engano achar que não acontece comigo”, disse.



Para o administrador do Lago Norte, Marcos Woortmann, o morador deve estar consciente de que precisa não apenas abrir as portas de casa para os agentes de vigilância ambiental, mas, também, agir por conta própria.



“A solução do café tem amparo científico, foi testada e precisa ser divulgada. Uma vez por semana, se a pessoa colocar a borra no vaso de planta, ela resolve o problema da dengue na casa dela”, ressaltou. “É algo que não tem custo algum – pelo contrário, é uma solução extremamente prática.”



Outra estratégia adotada pela administração do bairro é a soltura de alevinos de lambaris em lagoas artificiais formadas em decorrência de construções ilegais. Os locais sobrevivem à seca e são potenciais focos do mosquito transmissor da dengue, em razão da ausência de peixes que comem as larvas. Ao todo, 2 mil alevinos foram soltos hoje em três lagoas artificiais na região.



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