sábado, 30 de abril de 2011

Desafio! UnB abre inscrições para concurso internacional de arquitetura: Sustentabilidade e modelos alternativos de transporte, sem alterar o tombamento da obra.

UnB abre inscrições para concurso internacional de arquitetura


29/ Abril 2011




A área central de Brasília, chamada por Lucio Costa de “o coração da capital”, é tema de um concurso internacional de arquitetura promovido pela Universidade de Brasília e pelo Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB). Voltada para estudantes universitários, a competição pretende coletar ideias de projetos arquitetônicos que considerem a sustentabilidade ambiental e acessibilidade.



O objetivo do concurso é estimular o debate entre os arquitetos sobre os projetos do futuro para Brasília. Uma espécie de “check-up urbanístico” que garanta à Rodoviária e aos setores vizinhos saúde para enfrentar os próximos 50 anos da cidade.



A cada dia, entre 600 e 800 mil pessoas circulam pelo terminal que separa as asas Sul e Norte. Maria Rosa Abreu, coordenadora do projeto Cidade Verde, do Decanato de Extensão (DEX), e uma das idealizadoras do concurso, destaca que, apesar do intenso movimento, o trânsito de pedestres é pouco favorecido nesses setores. “A Rodoviária não conta com calçamento adequado nem arborização”, observa. “E as pessoas com deficiência são as mais prejudicadas”, completa Maria Rosa, que é professora da Faculdade de Educação.



Segundo ela, o local que abrigou a pedra fundamental de Brasília no fim da década de 1950 se distanciou de sua função original nas últimas décadas. “Lucio Costa queria a Rodoviária como um espaço de convivência dos cidadãos, mas hoje não há estrutura cultural, tecnológica e social para isso”. Os problemas na área central da cidade não param por aí. A poucos metros do terminal, o badalado Setor Comercial Sul (SCS) é um festival de infrações principalmente pelo excesso de veículos e a falta de vagas.



Na avaliação do coordenador Cultural do IAB, Thiago de Andrade, a degradação da área central de Brasília, especialmente o Setor Comercial Sul, tem como uma das causas a cultura do carro, que prevalece em Brasília. “É preciso rever todo o sistema de circulação, acessibilidade e de transporte público da área central”. Para o arquiteto, a sustentabilidade e modelos alternativos de transporte devem ser levados em conta para modificar a paisagem do lugar sem alterar o tombamento da obra, registrada como Patrimônio Cultural da Humanidade em 1987.



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Fonte: www.unb.br