Japan hails the heroic 'Fukushima 50'
17 March 2011 Last updated at 21:45 GMT
By Chris Hogg
BBC News, Tokyo
"If that place explodes, it's the end for all of us, so all I can do is send them encouragement”
Maeda Akihiro
In Japanese disaster films they like heroes who sacrifice everything for the greater good - stoic, determined, refusing to back down in the face of adversity or even certain death.
These are the qualities the country admires.
Now the newspapers here have a new band of heroes to lionise - the workers, emergency services personnel and the scientists battling to save the Fukushima nuclear plant, their fellow citizens and themselves.
We know little about them, except for the few whose relatives have spoken to the Japanese media.
One woman told the papers her father, who had worked for an electric company for 40 years, had volunteered to help.
He was due to retire in September.
"The future of the nuclear plant depends on how we resolve this crisis," he was reported to have told his daughter. "I feel it's my mission to help."
The small group of workers who stayed at the site as the conditions worsened were dubbed "The Fukushima 50" - although now it is thought there are maybe twice that many working there.
Rick Hallard, who worked in the British nuclear industry for more than 30 years, says the pressure on them will be immense, but that they will probably not feel it until it is over.
"They'll be focusing on the key risks and threats," he says. "They will have a very clear idea of what their priorities are."
'Life on the line'
On Wednesday the government raised the legal limit of radiation they could be exposed to from 100 to 250 millisieverts.
That is more than 12 times the legal dose for workers dealing with radiation under British law.
But you would need to be exposed to a dose probably twice that maximum before you would expect to see the so-called "early effects" people associate with radiation sickness, like a lowering of white blood cells.
The "late effects" of exposure to radiation may not occur for many years. It can increase the likelihood you will develop cancer, but this is only an increased possibility, not a certainty.
The person in charge of the operation will likely be some distance from the reactors, Mr Hallard says.
"You need to be remote from the event to enable you to think," he says, "so that you don't miss things or react too quickly."
"It's important to take the pressure off the person in charge."
The workers might be faceless heroes for the moment, but their bravery has won them the admiration of many Japanese.
"They are sacrificing themselves for the Japanese people," says Fukuda Kensuke, a white collar worker in Tokyo. "I feel really grateful to those who continue to work there."
"They're putting their life on the line," agrees Maeda Akihiro. "If that place explodes, it's the end for all of us, so all I can do is send them encouragement."
The Japanese Self Defence pilots who have been flying the helicopters used to "water-bomb" the plant on Thursday, to try to help cool the fuel rods, have been restricted to missions lasting less than 40 minutes at a time, to try to restrict their exposure to radiation.
The Japanese Prime Minister, Naoto Kan, has paid tribute to all those involved in the efforts to stabilise conditions at the nuclear plant, describing how they are "making their best effort without even thinking twice about the danger".
When this crisis is over, some of the stories of individual heroism will start to emerge. Several of those battling to cool the fuel rods have been injured.
It must be hardest for their families, who sit and wait at home, not knowing what dangers their loved ones are facing, what damage they might have suffered and what problems might result in the years ahead.
"I didn't want him to go," one man's wife told a Japanese paper. "But he's been working in the nuclear industry since he was 18 and he's confident it's safe."
Os 50 de Fukushima, os novos heróis do Japão
Autoria: De Harumi Ozawa (AFP) – Há 14 horas
Fonte: http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5h3ICupQDIleAGKJVyGKBPKC1AKOg?docId=CNG.26b54b901ad861a60e36b1ad6fe8690e.4a1
TÓQUIO — Os 50 trabalhadores que permaneceram nas instalações da central de Fukushima para resfriar os reatores danificados e o material irradiado são os novos heróis do Japão, os homens dispostos a sacrificar suas vidas para salvar a nação.
Em um ambiente contaminado pelos altos níveis de radiação, estes funcionários da companhia Tokyo Electric Power (Tepco) tentam resolver os problemas provocados pelo colapso dos sistemas de resfriamento e alimentação elétrica da central.
Este colapso já causou a fusão parcial de três dos reatores da central e a exposição das barras de combustível, que também ameaçam entrar em fusão, ao ar livre, liberando na atmosfera quantidades consideráveis de elementos radioativos.
Estes últimos trabalhadores presentes na central, após o terremoto seguido de tsunami da última sexta-feira, foram retirados do local brevemente na quarta-feira, quando o nível de radioatividade aumentou de maneira alarmante.
"Estas pessoas que estão trabalhando nas centrais enfrentam (o problema) sem titubear", comentou Michiko Otsuki, funcionária da central Fukushima 2, situada a 12 km de Fukushima 1, onde estão os reatores danificados.
"Só posso rezar pela segurança de todos eles... Não esqueçam que estão trabalhando para nos proteger, a cada um de nós, em troca de suas próprias vidas", escreveu Michiko na rede social japonesa Mixi.
O primeiro-ministro Naoto Kan também elogiou os esforços e a coragem destes homens.
"Na Tepco e nas empresas associadas, eles se esforçam neste momento para injetar água (nos reatores), estão fazendo todo o possível sem sequer pensar no perigo", disse Kan.
Quando a Tepco recrutou mais 20 homens para participar das operações, foi procurada por vários funcionários que haviam sido retirados no começo da crise, segundo a agência Jiji.
Entre estes novos voluntários está um homem de 59 anos, que estava a um ano e meio da aposentadoria, anunciou sua filha em uma mensagem no site Prayforjapan.jp, conectado ao Twitter desde a catástrofe.
"Não pude deixar de chorar quando soube que meu pai seria enviado amanhã (...). Em minha casa, meu pai parece um tanto nervoso, mas nunca estive tão orgulhosa dele", indicou.
Segundo David Brenner, diretor do centro de pesquisa radiológica de Columbia Service, os trabalhadores de Fukushima 1 estão expostos a um "risco significativo" dados os altos níveis de radioatividade aferidos no local.
"Eles já são heróis... Vão suportar exposições muito elevadas à radiação", disse Brenner à BBC.
Na terça-feira, um nível de radioatividade de 400 millisieverts por hora foi observado perto do reator 3. Se uma pessoa permanece por uma hora em um local como este, receberá uma dose de radiação ionizante 20 vezes maior que o permitido aos trabalhadores do setor nuclear na França.
Mesmo assim, a gratidão dedicada aos 50 "liquidadores" japoneses - que lembra o sentimento despertado pelos homens que se sacrificaram para limpar o estrago provocado pelo colapso de Chernobyl, na Ucrânia, há 25 anos - não impede as críticas à forma como foram organizadas as operações de contenção de crise, tanto pela Tepco quanto pela Agência de Segurança Nuclear japonesa.
Houve críticas inclusive do ministério da Defesa japonês, depois que soldados envolvidos nas operações ficaram feridos e talvez tenham sido expostos à radiação, quando uma explosão fez voar pelos ares parte do edifício externo do reator 3, indicou o jornal Yomiuri.