Copa movida a energia solar
Governo do Amazonas planeja adotar o mesmo sistema de geração de energia alternativa que foi usado na Copa da Alemanha
Manaus, 12 de Março de 2011
Autoria: Cinthia Guimarães
Fonte: http://acritica.uol.com.br/manaus/Copa-movida-energia-solar_0_442756216.html
Células fotossensíveis cobrem estádio Kaiserslautern, usado na Copa de 2006 (Foto: Divulgação)
As altas temperaturas e o sol sempre forte - que dura o ano todo - da região serão aproveitados pelo governo do Estado para gerar energia alternativa às comunidades do interior e à Arena Amazônica, cenário da Copa do Mundo de 2014.
Ainda em projeto, a iniciativa do “Sistema de fotovoltaico conectado na rede” que está sendo adotado nos estádios do Mineirão, em Belo Horizonte (MG), Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ) e Fonte Nova, em Salvador (BA) deve custar R$ 15 milhões. O sistema já foi utilizado nos estádios da Suíça, durante a Eurocopa de 2008 e na Alemanha na Copa de 2006.
A proposta é gerar uma potência energética de 1 megawatt em energia solar, através de placas instaladas na estrutura do estádio. Durante o dia o sistema capta energia solcar e, de noite, vai para a reserva da bateria. Isso significa 1/6 da capacidade total a ser instalada do local, que é de 6 megawatts, segundo projeções da Andrade Gutierrez, empreiteira responsável pela Arena. Para o estudo do projeto, o governo do Amazonas recebeu aporte de 100 mil euros do governo da Alemanha. Nessa fase, é discutido o potencial instalado, qual a melhor tecnologia, o preço do investimento e em quanto tempo ele será pago. Agora o governo busca parceria com a iniciativa pública e privada para sua execução.
Segundo o coordenador de Energias Alternativas da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável (SDS), depois da execução das obras, o governo - responsável pela administração da Arena - deverá negociar com a concessionária de energia local a compra da energia, na posição de produtor independente. “O custo de geração da tarifa é de R$ 0,26 (por cada kilowallt/hora). Queremos comercializar R$ 0,80. O Estado fará investimento e voltará como receita para manutenção do estádio”, ressaltou. Além da economia, a ideia é ressaltar o conceito de sustentabilidade da obra.