quarta-feira, 15 de maio de 2013

E eu com isso?


10/05/2013 - 16h13

Nível de gás carbônico no ar atinge marca histórica


DO GUARDIAN
DE SÃO PAULO


Pela primeira vez na história humana, a concentração do dióxido de carbono na atmosfera passou a marca das 400 ppm (partes por milhão). A última vez que tanto gás-estufa estava no ar foi há muitos milhões de anos, quando o Ártico não era coberto de gelo, o Saara era coberto por savana e o nível do mar era até 40 metros mais elevado do que hoje.
A medição não significa que, instantaneamente, haverá mais problemas ou doenças relacionadas ao CO2. A questão tem todo um contexto simbólico.
Nas últimas décadas, os cientistas assinalaram que, para evitar um aquecimento excessivo da Terra, esse limite não deveria ser ultrapassado. O resultado de agora demonstra, em um certo sentido, que os esforços para controlar as emissões de carbono provocadas pelo homem estão falhando.
Editoria de Arte/Folhapress
Para Rajendra Pachauri, chefe do IPCC (painel do clima das Nações Unidas), atingir os 400 ppm é um marco "que nos lembra a rapidez com a qual aumentamos a concentração de gases-estufa na atmosfera".
"No começo da industrialização, a concentração de CO2 era de 280 ppm. A esperança é que cruzar esse marco vá trazer consciência da realidade científica da mudança climática e de como a humanidade deve lidar com esse desafio."
"É simbólico, é um ponto para parar e pensar sobre onde estamos e para onde estamos indo", afirmou Ralph Keeling, que supervisiona as medições feitas em um vulcão no Havaí e que foram iniciadas pelo pai dele em 1958.
"É como fazer 50 anos: é um alerta para tudo o que está acontecendo na sua frente o tempo todo."
As estações de monitoramento no topo do vulcão Mauna Loa, no Havaí, são comandadas pelo US National Oceanic and Atmospheric Administration e pelo Instituto de Oceanografia Scripps.
Os dados divulgados nesta sexta (10) mostram que a média diária ultrapassou 400 ppm pela primeira vez nesse meio século de medições.
Os níveis de CO2 sofrem picos a cada ano sempre em maio.
Análises de ar fóssil, que fica preso no gelo, indicam que esse nível de gás carbônico não é visto na Terra há cerca de 3 milhões de anos, desde o Plioceno. Naquela época, a média global de temperaturas era de três a quatro graus mais alta do que hoje e oito graus mais elevada nos polos.
Os corais sofreram um processo grande de extinção, enquanto que as floresta cresceram perto do Ártico, onde hoje existe tundra.
"Acho que é possível que essas mudanças de ecossistema se revertam", afirmou Richard Norris, que trabalha com Keeling no instituto Scripps.
O clima terrestre leva tempo para se ajustar ao calor aprisionado pelos altos níveis de gases-estufa e pode levar centenas de anos até que as calotas polares derretam até terem o tamanho pequeno que tinham no Plioceno e até o nível do mar se elevar.
Mas a rapidez com a qual os níveis de gás carbônico estão subindo --talvez 75% mais rápido do que no período pré-industrial-- nunca havia sido vista em recordes geológicos e alguns efeitos da mudança climática já estão sendo vistos, com ondas de calor extremas e inundações mais prováveis de ocorrer. O recente verão úmido e frio na Europa foi ligado a mudanças nas correntes de ar de grande altitude, por sua vez ligadas ao derretimento mais rápido do gelo no Ártico, que bateu sua marca mais baixa em setembro.
"Estamos criando um clima pré-histórico em que sociedades humanas enfrentarão riscos enormes e potencialmente catastróficos", disse Bob Ward, diretor do Instituto Grantham de Pesquisa de Mudança Climática, da Escola de Economia de Londres.
"A marca de 400 ppm é uma marca grave e deveria servir de alerta para todos nós apoiarmos tecnologias de energia limpa e reduzir as emissões dos gases-estufa antes que seja muito tarde para nossos filhos e netos", disse o cientista Tim Lueker.

NO BRASIL
O pesquisador Jefferson Simões, diretor do Centro Polar e Climático da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), diz que a marca de 400 ppm já era esperada e que, no atual nível de emissões, a tendência é que a curva não pare de subir.
"Na verdade, havia até uma espécie de aposta entre os observatórios para ver quem faria a primeira medição da média de 400 ppm", disse o pesquisador.
"O importante disso não é o número em si. Ele é mais uma comprovação de que estamos provocando alterações sérias no ambiente", diz ele.
Segundo o cientista, não costuma levar muito tempo para que as concentrações de dióxido de carbono se equilibrem em toda a Terra. Ou seja: em breve a concentração maior do gás deve ser detectada nos outros observatórios, inclusive nos que são operados por pesquisadores brasileiros.
"Nós acompanhamos esses dados todos os dias na Antártida. E já percebemos esse aumento. Estamos muito próximos dos 400 ppm também."

Beber 340 ml de refrigerante açucarado por dia pode aumentar a incidência de diabetes tipo 2 em cerca de 22%



sexta-feira, 03 de maio de 2013
Atalho: 6YLS3NK

Beber 340 ml de refrigerante açucarado por dia pode aumentar a incidência de diabetes tipo 2 em cerca de 22%, sugere estudo publicado pelo jornal Diabetologia



Beber 340 ml de refrigerante açucarado por dia pode aumentar a incidência de diabetes tipo 2 em cerca de 22%, sugere estudo publicado pelo jornal Diabetologia
O objetivo da presente análise foi investigar a associação entre o consumo de bebidas adocicadas (ou seja, sucos e néctares de fruta, refrigerantes açucarados e refrigerantes adoçados artificialmente) e a incidência de diabetes tipo 2 em uma coorteEuropeia, no EPIC-InterAct Study.
O consumo de bebidas adocicadas e o aumento na incidência dodiabetes mellitus tipo 2 tem sido demonstrado principalmente em populações americanas. O EPIC-InterAct Study avaliou esta associação em adultos europeus e foi publicado pelo periódico Diabetologia da European Association for the Study of Diabetes(EASD).
Dados do estudo longitudinal European Prospective Investigation into Cancer and Nutrition (EPIC) foram usados e os pesquisadores estabeleceram uma coorte com 12.403 casos incidentes de diabetes tipo 2 e uma subcoorte aleatória de 16.154 indivíduos. Modelos de riscos proporcionais de regressão de Cox (modificados para o estudo de caso-coorte) e meta-análises de efeitos aleatórios foram utilizados para estimar a associação entre o consumo de bebidas adocicadas (dados obtidos a partir de questionários dietéticos validados) e a incidência do diabetes tipo 2.
Os resultados mostraram que, após os ajustes necessários, o consumo de 340 ml de refrigerantes açucarados por dia está associado ao aumento da incidência do diabetes tipo 2, mas a associação do consumo de refrigerantes adoçados artificialmente e o diabetes tipo 2 tornou-se estatisticamente não significativa. O consumo de suco ou néctar de fruta não foi associado ao aumento na incidência da doença.
Este estudo corrobora a associação entre o aumento da incidência de diabetes tipo 2 e o alto consumo de refrigerantes açucarados em adultos europeus.

NEWS.MED.BR, 2013. Beber 340 ml de refrigerante açucarado por dia pode aumentar a incidência de diabetes tipo 2 em cerca de 22%, sugere estudo publicado pelo jornal Diabetologia. Disponível em: . Acesso em: 9 mai. 2013.

terça-feira, 14 de maio de 2013

ONU lança desafio sobre a sustentabilidade no turismo


ONU lança desafio sobre a sustentabilidade no turismo

12.05.2013


Vice-secretário-geral das Nações Unidas defende que o setor turístico seja uma força motriz para a economia
Genebra. O vice-secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Jan Eliasson, incentivou esta semana os governos, a indústria do turismo e as comunidades locais para, juntos, enfrentar o desafio de alcançar o desenvolvimento sustentável no crescente processo de urbanização e turismo.


O vice-secretário-geral ressaltou que a movimentação turística internacional cresceu de 25 milhões em 1950 para mais de 1 bilhão em 2012. As receitas do turismo internacional também aumentaram significativamente FOTO: DIVULGAÇÃO



No pronunciamento no Almoço de Trabalho sobre o Desenvolvimento Sustentável Urbano e o Turismo, organizado pela Missão Permanente da China nas Nações Unidas, Eliasson observou que o crescimento da urbanização e do turismo é uma consequência natural de um mundo globalizado.



Segundo ele, grande parte do crescimento nas últimas décadas foi liderado pela China e por outros países asiáticos.



O vice-secretário-geral ressaltou que a movimentação turística internacional cresceu de 25 milhões em 1950 para mais de 1 bilhão em 2012. As receitas do turismo internacional também aumentaram significativamente, superando o marco de 1 trilhão de dólares em 2011.



"Por trás das estatísticas está uma história ainda maior - o crescimento das cidades e turismo na Ásia e no Pacífico", acrescentou Eliasson, observando que a movimentação de turistas internacionais na Ásia e no Pacífico cresceu de apenas 23 milhões em 1980 para um total de 233 milhões em 2012.



"Enquanto celebramos esta dinâmica de crescimento, devemos também fazer uma pausa e perguntar: pode este notável aumento da urbanização e do turismo ser sustentado, economicamente, socialmente e ambientalmente? Quais são as implicações para o desenvolvimento sustentável em todo o mundo?", questionou o vice-secretário-geral das Nações Unidas.



Planejamento



Ele disse que, no plano econômico, é necessário trabalhar em conjunto para garantir que o desenvolvimento urbano sustentável e o turismo tornem-se uma força motriz para o crescimento econômico através da criação de emprego, investimentos e através do impacto da urbanização sustentável e do turismo em outros setores da economia.



No mês passado, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse em um evento sobre o tema em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, que "esverdear" a indústria é crucial para o futuro do planeta.



"No ano passado, chegamos a uma marca histórica: mais de um bilhão de turistas cruzaram fronteiras internacionais. Temos de garantir que esses movimentos sejam uma força transformadora, uma força que constrói a paz, estimula a economia, preserva o meio ambiente e promove valores universais", disse Ban Ki-moon.



Realização de eventos



O Brasil teve o quinto maior crescimento na captação de eventos internacionais em 2012, na comparação com o ano anterior. É o que aponta levantamento divulgado na última quarta-feira (8), pelo International Congress & Convention Association (ICCA). O estudo mostra que o Brasil subiu de 304 para 360 eventos internacionais o ano passado. O crescimento é superior ao da Itália, França, Alemanha e Reino Unido. Com o resultado, o Brasil manteve a 7ª posição no ranking internacional do ICCA.



"Atrair eventos internacionais para o Brasil é uma estratégia que ajuda o aumento da chegada de turistas estrangeiros e consequentemente a ampliação de divisas", disse o secretário-executivo do Ministério do Turismo, Valdir Simão.



Para o presidente da Embratur, Flavio Dino, os números mostram que, em média, o País recebeu um evento internacional por cada dia do ano de 2012. "Tenho certeza que, com esse crescimento robusto no número de eventos, caminhamos com segurança para subir à 5ª posição nos próximos anos", disse.



Ramificação nos estados



O estudo mostra ainda a manutenção do movimento de ramificação dos eventos internacionais em diferentes cidades brasileiras. Alguns municípios tiveram grande crescimento, como Bento Gonçalves (150%), Belo Horizonte (117%), Foz do Iguaçu (100%) e Búzios (80%). As capitais também tiveram crescimento, como Brasília (69%), Fortaleza (60%), São Paulo (27%) e Rio de Janeiro (20%).



De acordo com o levantamento apresentado pelo International Congress & Convention Association, o Rio de Janeiro subiu duas posições e é o segundo lugar nas Américas (só perdendo para Buenos Aires) e o 25º no mundo, à frente de cidades como Nova York e São Paulo. A capital carioca recebeu 83 eventos no ano passado. 

PARQUES SUSPENSOS




PARQUES SUSPENSOS


SUSTENTABILIDADEpor Joanna Guinle

A cidade de São Paulo é especialista em recuperar áreas degradadas, com ajuda privada, e transformá-las em locais de lazer e uso público. São os casos do Parque do Povo, do Parque Raposo e da Praça Victor Civita.
Por esse motivo, o projeto de demolição do Elevado Costa e Silva (conhecido como minhocão), apresentado em 2010 pelo então prefeito Gilberto Kassab, causa espanto.
No início deste ano, a prefeitura do Rio de Janeiro começou a demolição da Avenida Perimetral no centro da cidade. Como qualquer projeto deste tipo, não falta polêmica. De um lado estão os amantes da cidade, que pouco utilizam a Via e corretamente acham que ela "enfeia" a paisagem; do outro, estão os que a utilizam e veem nas obras um caos no já complicado trânsito carioca.
O que falta para todos os lados, inclusive para os que tramitam o projeto do Kassab é, na minha opinião, bom senso.
Só a primeira fase da demolição da Perimetral custará aos cofres públicos R$ 1 bilhão. 
Por que falta bom senso? Por que enquanto demolimos, destruindo patrimônio, gerando lixo e a um custo muito alto, em outros países como França e Estados Unidos, por exemplo, prefeituras dão show em transformar.
High Line Park, em Nova York era, até 2004, uma linha de trem abandonada com data marcada para ser demolida. Graças à um grupo de moradores da região, O "Friends of the High Line", o projeto de demolição foi abandonado e outro, de preservação da ferrovia, dando lugar à um parque, começou a ser desenhado. Em 2011 foi aberto ao público o High Line Park. A transformação da estrada de ferro em um parque urbano tem estimulado o desenvolvimento imobiliário nos bairros que ficam ao longo da linha, além de trazer turistas para uma área antes esquecida da cidade.
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High Line Park
A ideia do High Line veio do bem sucedido projeto Promenade Planté, em Paris, que em 1989 trouxe um parque para a cidade, numa região onde também passava uma linha de trem. A Promenade segue uma faixa de 4,7 km e é considerada o maior cinturão verde de Paris.
Outros projetos semelhantes estão saindo do papel, o Bloomingdale Trail, em Chicago, que também prevê a transformação de uma ferrovia em parque e o Low Line que tem como objetivo transformar uma antiga e abandonada estação de metrô subterrânea num parque com energia solar. 
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Da esquerda para a direira: Bloomingdale Trail e Promenade Planté
Quem sabe não nos juntamos e formamos um grupo para tentar salvar o minhocão e transformá-lo numa versão paulista do High Line, caso o projeto de demolição seja aprovado? 

Metrópole inteligente na Ásia custará menos que Copa do Mundo de 2014


Metrópole inteligente na Ásia custará menos que Copa do Mundo de 2014

Redação do Site Inovação Tecnológica - 08/05/2013
SITE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA. Metrópole inteligente na Ásia custará menos que Copa do Mundo de 2014. 08/05/2013. Online. Disponível em www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=metropole-inteligente-asia-custara-menos-copa-mundo. Capturado em 11/05/2013. 
Metropóle inteligente na Ásia custará menos que Copa do Mundo
Mas será que o caminho é realmente investir em cidades? Parece que sim, desde que sejam cidades concebidas em novos formatos. [Imagem: Divulgação]

Cidades do futuro
Iskandar Malásia - este é nome da primeira "metrópole inteligente" do sudeste asiático.
A cidade está sendo construída com fundações firmes em princípios de integração social, baixas emissões de carbono, economia verde, tecnologias verdes, sustentabilidade e todos os demais conceitos relacionados com uma nova economia mundial.
Mas será que o caminho é realmente investir em cidades? Parece que sim, desde que sejam cidades concebidas em novos formatos.
As Nações Unidas estimam que a população humana passará dos atuais 7 bilhões para 9 bilhões até 2050 - e mais de 6 bilhões vão viver em ambientes urbanos, um número que é quase o dobro de hoje.
Esse aumento exigirá a construção de uma cidade de 1 milhão de habitantes a cada semana até 2050, segundo cálculos dos especialistas.
Além disso, o estresse ambiental causado por esse intenso crescimento urbano será imenso - mais de 70% das emissões de CO2 hoje se relacionam com as necessidades das cidades.
É por isso que especialistas internacionais afirmam que Iskandar e outros empreendimentos do tipo são modelos para o desenvolvimento urbano sobretudo nos países emergentes, com populações que crescem a taxas mais altas.
Metropóle inteligente na Ásia custará menos que Copa do Mundo
De 2006, quando o projeto foi iniciado, até junho de 2012, Iskandar atraiu US$ 31,2 bilhões em investimentos estrangeiros. [Imagem: Divulgação]
Opções para o futuro
E dinheiro para isso também parece não faltar.
Iskandar já se mostrou um poderoso ímã para o investimento privado, incluindo enormes estúdios da Pinewood Films, o primeiro parque temático Legoland da Ásia, e campi remotos de diversas universidades ocidentais, incluindo Universidade Newcastle do Reino Unido, Universidade de Southampton e Marlborough College, todas localizadas na "edu-city" de 140 hectares.
De 2006, quando o projeto foi iniciado, até junho de 2012, Iskandar atraiu US$ 31,2 bilhões em investimentos, 38% dos quais vindos de fontes estrangeiras.
Isso é menos do que custará a Copa do Mundo de 2014 no Brasil.
A diferença é que, em vez de consumo de recursos públicos e estádios sem utilização, a cidade de Iskandar deverá ter um PIB de US$ 93,3 bilhões em 2025, um aumento de 465% em relação a 2005, antes do início do projeto - um PIB per capita de US$ 31.100 dólares.
Além da "metrópole inteligente" de Iskandar, a Malásia está criando "aldeias inteligentes" e "eco-cidades", constituídas de casas a preços acessíveis, instalações educacionais, de formação e de lazer de alta tecnologia e um sistema agrícola criativo, em circuito fechado, proporcionando alimentos e renda suplementar aos moradores das pequenas cidades.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

O que é (e o que não é) sustentabilidade


Economia
07/5/2013 - 11h00

Oded Grajew: O que é (e o que não é) sustentabilidade



por Oded Grajew*
globo 300x225 Oded Grajew: O que é (e o que não é) sustentabilidade
Embora em voga, o conceito de sustentabilidade ainda é pouco compreendido tanto por quem fala sobre ele quanto por quem o ouve.
Nos últimos anos, intensificou-se a discussão a respeito do aquecimento global e do esgotamento dos recursos naturais. São preocupações legítimas e inquestionáveis, mas que geraram distorção no significado de sustentabilidade, restringindo-o às questões ambientais.
Não é só isso. A sustentabilidade está diretamente associada aos processos que podem se manter e melhorar ao longo do tempo. A insustentabilidade comanda processos que se esgotam. E isso depende não apenas das questões ambientais. São igualmente fundamentais os aspectos sociais, econômicos, políticos e culturais.
A sustentabilidade e a insustentabilidade se tornam claras quando traduzidas em situações práticas.

Esgotar recursos naturais não é sustentável. Reciclar e evitar desperdícios é sustentável.
Corrupção é insustentável. Ética é sustentável. Violência é insustentável. Paz é sustentável.
Desigualdade é insustentável. Justiça social é sustentável. Baixos indicadores educacionais são insustentáveis. Educação de qualidade para todos é sustentável.
Ditadura e autoritarismo são insustentáveis. Democracia é sustentável. Trabalho escravo e desemprego são insustentáveis. Trabalho decente para todos é sustentável.
Poluição é insustentável. Ar e águas limpos são sustentáveis. Encher as cidades de carros é insustentável. Transporte coletivo e de bicicletas é sustentável.
Solidariedade é sustentável. Individualismo é insustentável.
Cidade comandada pela especulação imobiliária é insustentável. Cidade planejada para que cada habitante tenha moradia digna, trabalho, serviços e equipamentos públicos por perto é sustentável.
Sociedade que maltrata crianças, idosos e deficientes não é sustentável. Sociedade que cuida de todos é sustentável.

Dados científicos mostram que o atual modelo de desenvolvimento é insustentável e ameaça a sobrevivência inclusive da espécie humana.
Provas não faltam. Destruímos quase a metade das grandes florestas do planeta, que são os pulmões do mundo. Liberamos imensa quantidade de dióxido de carbono e outros gases causadores de efeito estufa, num ciclo de aquecimento global e instabilidades climáticas.
Temos solapado a fertilidade do solo e sua capacidade de sustentar a vida: 65% da terra cultivada foram perdidos e 15% estão em processo de desertificação.
Cerca de 50 mil espécies de plantas e animais desaparecem todos os anos e, em sua maior parte, em decorrência de atividades humanas.
Produzimos uma sociedade planetária escandalosa e crescentemente desigual: 1.195 bilionários valem, juntos, US$ 4,4 trilhões –ou seja, quase o dobro da renda anual dos 50% mais pobres. O 1% de mais ricos da humanidade recebe o mesmo que os 57% mais pobres.
Os gastos militares anuais passam de US$ 1,5 trilhão, o equivalente a 66% da renda anual dos 50% mais pobres.
Esse cenário pouco animador mostra a necessidade de um modelo de desenvolvimento sustentável. Cabe a nós torná-lo possível.
Oded Grajew é empresário, coordenador da secretaria executiva da Rede Nossa São Paulo, presidente emérito do Instituto Ethos e idealizador do Fórum Social Mundial.
** Publicado originalmente no site Rede Nossa São Paulo.
(Rede Nossa São Paulo) 

PISCINA BIOLÓGICA




PISCINA BIOLÓGICA


SUSTENTABILIDADEpor Joanna Guinle


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Um dia desses visitando uma obra para a qual presto consultoria, conheci uma categoria completamente nova para mim, a das piscinas biológicas. Um mix entre piscina tradicional e lago, a piscina biológica é uma espécie de lago ornamental artificial, impermeabilizado, com uma parte destinada a banhos e outra destinada à depuração da água.


O tratamento é puramente biológico, ou seja, feito pela atividade natural de seres vivos que, através de processos de autodepuração da água, garantem a sua qualidade durante todo o ano.


Perfeita para quem não quer cloro, nem químicos na água!


Trata-se de uma opção natural e mais bucólica para áreas aquáticas, mas é preciso projetá-la com cuidado. A geometria, topografia do terreno, isolamento do solo, tipos de plantas aquáticas e pedras precisam ser estudadas e escolhidas a dedo para garantir o sucesso e purificação da água.


O investimento inicial ainda é um pouco maior do que o de uma piscina tradicional, mas é amortizado pelo baixo custo de manutenção. Manutenção esta que se dá apenas no cuidado com as plantas, para que estejam vivas e viçosas.


A única restrição à este tipo de piscina é para quem não gosta de bichos, os repteis que nela nascem ajudam a eliminar os mosquitos e evitam algas, que interferem no processo de purificação da água.


O ideal para quem deseja incluir uma piscina desse tipo em seu projeto é unir paisagista e o fornecedor da piscina em si, assim a garantia de harmonia com o jardim e eficiência são certas!


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domingo, 12 de maio de 2013

Telhado verde...


TETO VERDE


SUSTENTABILIDADEpor Joanna Guinle


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Basta dar uma olhada pelo Google Earth sobre qualquer grande cidade do hemisfério norte para ver que cada vez mais edificações optam pelo telhado verde, como alternativa ao quase sempre cinza.

Na Alemanha, por exemplo, cerca de 10% dos telhados são verdes. Na Suíça, em Toronto e em Tokyo, a legislação exige que, em novas construções, certa porcentagem do telhado seja plantada.
 
As principais vantagens do telhado verde são: facilitar a drenagem, fornecer isolamento acústico e térmico, além, é claro, de produzir um diferencial estético e ambiental. Em tempos de calor infernal, os telhados verdes resfriam casas e escritórios em até 3ºC.
 
Ter um desses não é nada complicado. As técnicas são diversas, pode se optar por plantas ornamentais, plantas nativas e até uma horta. O importante é garantir uma boa impermeabilização. Não é necessário nenhum tipo de autorização de órgãos públicos, tão pouco trata-se de um investimento alto como muitos pensam. Não é necessário nenhum tipo de manutenção, já que, diferente de um jardim comum, quanto maiores as plantas e a forração, mais eficaz ele será e, na "terra da garoa", água para irrigação não falta.
 
O edifício Matarazzo (na foto, no canto direito de baixo), onde funciona a prefeitura de São Paulo, no centro, é um exemplo muito bem sucedido de telhado verde.
 
Várias empresas se especializaram nesse tipo de serviço. Caso você goste da ideia e queira tentar um desses em sua casa ou empresa, aqui vão minhas dicas de fornecedores:
 
 
 

Cúpula Mundial Juvenil de Sustentabilidade reúne 30 países


  atualizado às 17h40

Cúpula Mundial Juvenil de Sustentabilidade reúne 30 países

O evento dá chance aos jovens de numerosos países de influenciar o futuro do planeta. Com argumentos simples e com a ajuda de dirigentes das nações participantes, eles tentam criar um mundo mais sustentável



O estilo de vida dos jovens de hoje refletirá sobre o futuro. Para que esses reflexos sejam positivos, Berlim está sediando, de 10 a 20 de maio de 2013, a 1ª Cúpula Mundial Juvenil de Sustentabilidade, com o tema "Juventude e sustentabilidade na vida cotidiana". O evento reúne 160 jovens entre 15 e 20 anos de 30 países, entre os quais emergentes e em desenvolvimento, como o Brasil, a China, Índia, Nepal, Rússia, EUA e Turquia.
O projeto é iniciativa da organização ambiental internacional YouThinkGreen, e tem como objetivo convidar os jovens do mundo a procurarem respostas para aspectos do desenvolvimento sustentável, assim como a que deem sugestões para um futuro mais responsável com relação ao meio ambiente.
Jovens no papel de adultos
Na cúpula, os jovens dão suas próprias ideias quanto a desafios como as alterações climáticas, a degradação ambiental e a desigualdade social. Ciência, cultura, economia, política e mídia são alguns dos assuntos-chave da rodada de conversas. Os temas são examinados em palestras, discussões e workshops. Entre as empresas apoiadoras do projeto estão a Volkswagen e as fundações Mercator, Konrad Adenauer e Robert Bosch.

Segundo Kora Röslen, gerente de projetos da YouThinkGreen e uma das organizadoras da cúpula, unidos, os jovens têm a oportunidade de agir em parceria com os governos dos diversos países, fazendo observações capazes de acelerar ou até mesmo modificar decisões a serem tomadas por seus representantes políticos.
"Este é um momento de troca de ideias sobre como o planeta pode ficar mais sustentável, através de ações simples como: com que frequência a pessoa faz compras ou em que estilo viaja. Essas pequenas coisas podem transformar o futuro do nosso planeta para melhor ou para pior. Cabe a nós decidir como queremos viver daqui a alguns anos", observa Röslen, em entrevista à DW Brasil.
Sustentabilidade em destaque
Além de uma exposição aberta ao público, o evento destaca ações participativas como a "Árvore da Esperança", dando aos jovens a oportunidade de pensar sobre mudanças ecossociais e uma justiça social global que torne a vida praticável para todos. Acompanhada por música, flashmobs e outras interações, a "Árvore da Esperança" abre espaço para uma intensa troca de ideias.

À frente do bate-papo sobre o futuro dos jovens e do planeta foram escalados o cientista Ernst Ulrich von Weizsäcker, pioneiro do desenvolvimento sustentável; o professor Hans Joachim Schellnhuber, diretor do Instituto de Pesquisa do Impacto Climático em Potsdam; e o ator Hannes Jaenicke.
Kora Röslen enfatizou que os organizadores do evento esperam conseguir conscientizar os jovens para que já possam adotar um estilo de vida em que haja lugar para a reflexão sobre seu comportamento de consumo.
Composta por jovens embaixadores do clima em prol do desenvolvimento sustentável, a YouThinkGreen foi criada em meados de 2008. Eles desenvolvem projetos de sustentabilidade em seus respectivos países, além de participar da Cúpula Juvenil Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável. Alguns dos participantes foram qualificados por concurso público.
Deutsche WelleDeutsche Welle

As fumantes têm mais risco de desenvolver câncer de intestino do que homens que fumam


'Cigarro causa mais câncer em mulheres'

As fumantes têm mais risco de desenvolver câncer de intestino do que homens que fumam, mostra novo estudo que analisou registros médicos de 600 mil pacientes

BBC | 01/05/2013 15:09:16



BBC
Uma pesquisa feita por cientistas noruegueses sugere que mulheres fumantes têm mais risco de desenvolver câncer de intestino que homens fumantes.

BBC
Mulheres fumantes têm mais câncer de intestino do que homens que fumam

Os pesquisadores, da Universidade de Tromso, analisaram os registros médicos de 600 mil pacientes e concluíram que a incidência da doença é duas vezes maior entre mulheres que fumam.
O estudo, divulgado na publicação especializada Cancer Epidemiology Biomarkers & Prevention, mostra que as mulheres fumantes têm 19% mais risco de desenvolver esse tipo de câncer que as não fumantes, enquanto entre os homens o cigarro aumenta esse risco em 9%.
Durante o período analisado, cerca de 4 mil pacientes tiveram câncer no intestino. O risco de desenvolver a doença mostrou-se especialmente alto entre mulheres que começaram a fumar aos 16 anos ou mais jovens e aquelas que fumaram durante décadas.
Segundo os cientistas noruegueses, esse é o primeiro estudo a mostrar que até mulheres que fumam menos do que homens têm risco maior de desenvolver câncer no intestino grosso - um indicativo de que elas seriam mais vulneráveis aos efeitos tóxicos do cigarro.
Mas eles fizeram a ressalva de que a pesquisa não conseguiu levar em conta outros fatores que poderiam afetar a incidência da doença, como o consumo de álcool e a dieta dos pacientes.
Doenças cardíacas
Especialistas também já haviam mostrado que mulheres fumantes têm mais chances de sofrer um ataque cardíaco do que homens fumantes, mas não sabiam muito bem o motivo dessa diferença. Outra pesquisa recente, publicada por uma equipe da Universidade do Oeste da Austrália na revista médica Journal of Clinical Endrocrinology and Metabolism, apresenta uma possível explicação para isso.
De acordo com ela, adolescentes expostas ao fumo passivo apresentariam baixos níveis do colesterol "bom" (HDL), que ajuda a reduzir o risco de doenças cardíacas. Já entre meninos, o fumo passivo não teria o mesmo impacto negativo - ou seja, os níveis de colesterol "bom" não seriam afetados pela exposição à fumaça de cigarro.
O estudo analisou mais de mil adolescentes na região de Perth, na Austrália.
"Levando em conta que doenças cardiovasculares são a principal causa de morte entre mulheres no mundo ocidental, essa é uma preocupação importante", afirmou Chi Le-Ha, que coordenou a pesquisa.
De acordo com um terceiro estudo, que acompanhou a trajetória de mais de um milhão de mulheres, aquelas que abandonaram o cigarro aos 30 anos evitaram quase completamente o risco de uma morte prematura devido a doenças relacionadas ao fumo.
"Já se sabe que fumar causa pelo menos 14 tipos diferentes de câncer", diz Sara Williams, da organização britânica Cancer Research do Reino Unido. "Para homens e mulheres, as provas são incontestáveis: não fumantes têm menos chances de desenvolver câncer, problemas cardíacos, deficiências pulmonares e muitas outras doenças graves."

sábado, 11 de maio de 2013

A SUSTENTABILIDADE E O DIREITO DO CONSUMIDOR


A SUSTENTABILIDADE E O DIREITO DO CONSUMIDOR
Por: » MIGUEL BAHIENSE – presidente da Plastivida Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos.


A preservação ambiental está na pauta mundial hoje, seja do poder público, seja da iniciativa privada, assim como da população de modo geral. E o cuidado com o meio ambiente é um dos pilares do tripé que forma o conceito do Desenvolvimento Sustentável. Modismos à parte, quem atua seriamente com projetos sustentáveis sabe que, somente com a equalização dos benefícios sociais, econômicos e ambientais é que se consegue efetivamente alcançar resultados efetivamente sustentáveis e práticos para as gerações atuais e futuras.


Nos últimos anos, o perfil da população consumidora mudou muito no país e hoje já são mais de 40 milhões de brasileiros fora da linha de pobreza, pessoas que se tornaram economicamente ativas e que atualmente buscam a inclusão social também por meio do acesso ao bem material. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, em dez anos, o acesso à educação também mudou e que a quantidade de crianças matriculadas em escolas ou creches passou de 51,4% para 80,1%. São dados fantásticos.



Soma-se a isso um movimento de democratização da informação. É muito maior o número de pessoas com acesso à internet, o que hoje abre portas para que a população pesquise sobre produtos e serviços, compare preços e decida o que consumir e o que não consumir. Isso porque a informação, positiva ou negativa, circula rapidamente pela rede, formando opinião. E com o aumento do acesso à educação, esse fenômeno tende a se consolidar a cada ano.



Esse novo papel do consumidor na sociedade tem despertado o interesse e a atenção de empresas, investidores, governos e estudiosos. No dia 15 de março, por exemplo, a presidente Dilma Rousseff lançou o Plano Nacional de Consumo e Cidadania e afirmou que o governo pretende transformar a defesa do consumidor brasileiro em uma política de Estado. Ou seja, estão sendo criados mecanismos para que a relação entre indústria, varejo e consumidor seja cada vez mais transparente e saudável.



Na indústria do plástico não é diferente. O respeito ao consumidor e ao meio ambiente é a bandeira do setor. A atuação da Plastivida Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos em prol da sustentabilidade sempre contemplou a questão do custo/benefício e do bem-estar social, a partir do uso adequado dos plásticos, produtos indispensáveis à vida moderna. Acreditamos que o respeito ao consumidor começa ao dar-se a ele informações corretas e capacidade de escolha sobre o que e como consumir.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Resto de comida aduba horta em shopping


http://www.youtube.com/watch?v=pjZA2tD1CoE



Publicado em 03/05/2013
Sustentabilidade! Um shopping de São Paulo está "reaproveitando" toda a comida desperdiçada na praça de alimentação, transformando esse lixo orgânico em adubo. Outros edifícios comerciais também já estão adotando políticas de reciclagem, de olho no meio ambiente.

Jornal da Gazeta

Repórter: Rafael Chinaglia