segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Curso gratuito de Geografia na Universidade Cruzeiro do Sul !




O curso de Geografia na Universidade Cruzeiro do Sul é gratuito é há 30 vagas para licenciatura e 30 para bacharelado.
Só entram no curso alunos bolsistas que acertem mais de 50% no vestibular. O vestibular será dia 20/01.
o curso é matutino, no campus Anália Franco.
Maiores informações sobre o curso ou sobre o vestibular acesse www.unicsul.br
 O curso tem tido boas avaliações pelo MEC/INEP.


Curso gratuito, reconhecido com a nota máxima no Enade, registrado no CREA 


Nossos alunos obtiveram nota máxima, por duas vezes consecutivas, no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade 2005 e 2008), que avaliou cursos de Geografia de todo o País. 

O objetivo do curso é a formação de um profissional capacitado para compreender a relação das sociedades com a natureza, a qual se reflete na organização do espaço, e desta forma poder atuar de maneira crítica sobre a realidade. 

A área de atuação do geógrafo é ampla, envolvendo: planejamento (urbano e socioambiental); elaboração de relatórios técnicos com ênfase nos aspectos sociais, econômicos e físicos; pesquisa acadêmica; geopolítica mundial; estudos de impactos ambientais, da ocupação do solo rural e urbano; leitura e análise de fotos aéreas e imagens de satélites; uso de novas tecnologias (Sistema de Informações Geográficas); consultorias diversas, entre outras; podendo atuar tanto em empresas privadas, quanto no funcionalismo público.

Além de utilizar laboratórios específicos, os alunos produzem e publicam artigos científicos na revista do curso "Espaço e Movimento" e em outras publicações acadêmicas, participam de encontros, simpósios, semanas de curso e congressos (da área e outras afins) nos quais podem divulgar seus trabalhos acadêmicos e ampliar seu conhecimento geográfico.

O curso tem duração de 8 semestres e, após a conclusão, você poderá registrar-se no Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA). Terá, também, caso deseje, a opção da segunda graduação, complementando seus estudos com as disciplinas pedagógicas (2 semestres), obtendo, o título de licenciado, para atuar na área da educação.

Alerta: gata morre em SP infectada com o vírus da raiva


Depois de quase 30 anos sem casos de raiva em animais domésticos na cidade de São Paulo – o último foi notificado em 1983 –, a capital registrou, no fim do ano passado, a morte de uma gata por causa da doença, que é altamente letal e transmissível ao ser humano.
O felino, que tinha aproximadamente 10 anos, pertencia à artesã Izabel Bonifácio da Cruz, de 50, que mora na Rua Teviot, em Moema, zona sul da cidade. O local é considerado de classe média alta e tem um grande número de animais.
O bicho havia morrido em outubro, mas a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) e a Coordenação de Vigilância em Saúde (Covisa) do Município de São Paulo foram comunicadas apenas em dezembro.  A demora na notificação teria sido atribuída a uma confusão em diagnosticar a causa da morte do animal.
Em entrevista exclusiva ao blog Conversa de Bicho, do Estadão.com.br, Izabel explica que a suspeita inicial era de que a gata tinha sido envenenada, já que em maio do mesmo ano outros animais tinham sido mortos dessa forma. “Tive cinco gatos que morreram por causa de chumbinho (veneno para rato), que jogaram aqui no quintal. Achei que era mais um caso, mas eu a levei para a USP para analisarem o que a matou”, afirma. Só após fazerem diversos testes para intoxicação, todos com resultado negativo, a Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP (FMVZ/USP) enviou, no fim de novembro, material para teste de raiva, que deu positivo.
Segundo a dona da gata, que faz trabalhos voluntários de recuperação de bichos abandonados, a suspeita é de que o animal teria sido infectado após caçar e matar um morcego, que possivelmente estaria com a doença. “Ela tinha a mania de pegar esses bichinhos e trazer para cá. Uns cinco dias antes de morrer, eu me lembro de ela ter pegado um morcego com a boca. Eu retirei o bichinho morto e o joguei fora”, explica. A atitude de tocar no morcego, principalmente ferido, é altamente perigosa e não recomendada por especialistas, porque quem o manipula também pode se contaminar com o vírus da raiva.
Após notificada, a Prefeitura enviou ao local funcionários e médicos para fazerem o que chamam de bloqueio, que é a vacinação dos animais das casas próximas, e notificar os moradores sobre o que ocorreu – para identificar, realizar exames e vacinar as pessoas que tiveram contato com o felino. “A Covisa desencadeou todas as medidas previstas para o controle da doença, de acordo com o Programa Nacional de Controle da Raiva, e não foi encontrado nenhum novo caso da doença nem mesmo de suspeita. As equipes de vigilância realizaram atividades de casa em casa, com orientações aos munícipes e a vacinação de animais domésticos (cães e gatos)”, explicou, em nota, a Assessoria de Comunicação da Secretaria Municipal da Saúde.
Apesar de a Prefeitura alegar que não há casos suspeitos, Izabel teve de entregar 5 gatos ao Centro de Controle de Zoonoses de São Paulo (CCZ-SP), dos 17 felinos em seu poder. Os demais foram mantidos presos em um gatil em sua casa. Todos deverão ficar sob observação durante 180 dias e ainda não dá para descartar a possibilidade de algum estar infectado. Ela, o marido, a filha e demais pessoas que conviviam no ambiente também foram vacinados e estão sob acompanhamento médico.
No entanto, Izabel lamenta não ter recebido o laudo com a comprovação da doença. “Eles apenas me ligaram informando informalmente. Foi tudo verbal.” A protetora também questiona o procedimento da Prefeitura. Para ela, todos os munícipes deveriam ter sido avisados. “Acho que todos os donos e protetores precisam ficar atentos. Se morrer um animal do nada, precisa investigar.” Além disso, a artesã acredita que, se tivesse sido feita a campanha de vacinação no ano passado, a população estaria mais segura. “Não sei se essa gatinha teve contato com outros animais. Ela vivia solta. Temos muitos gatos na rua e acho que tinham de vacinar em outros lugares também. Esta é uma área que tem muitos morcegos. Todo mundo corre o risco e a Prefeitura deveria avisar a população em geral”, completa.
Medo
Mesmo depois de a Prefeitura enviar funcionários da Secretaria Municipal da Saúde, ainda há quem não acredite que havia um animal com raiva no local. “Não, não era raiva. Você acha que era?”, indaga uma moradora da Rua Teviot que não quis se identificar. Ela é dona de um cão da raça bichon frisé, de 12 anos. “Ainda bem que eu dou todas as vacinas no meu Bidu.”
Segundo o vigia da rua, Eleno Augusto da Silva, de 47 anos, os moradores da região ficaram assustados. “Muita gente veio me perguntar se era verdade.” E os moradores tinham razão em perguntar para ele. O próprio vigia foi um dos abordados pela equipe médica e orientado a ser vacinado com a antirrábica, já que havia a suspeita de que ele tivesse brincado com a gata. No entanto, Silva afirma que ele não tinha “muito contato” com o bicho e confessa que dificilmente conseguirá ir até o posto indicado para ser imunizado. “Eu não tenho como sair daqui, para mim é muito complicado. Mas, como as médicas já sabiam que seria difícil, me pediram até para assinar um termo de responsabilidade. Aí assinei”, afirma.
O fato de não apresentar sintomas até o momento não descarta a possibilidade de ter sido exposto ao vírus. Segundo informações do Ministério da Saúde (MS), a incubação da raiva é extremamente variável. Apesar de na média a doença se desenvolver em 45 dias no homem e de 10 dias a 2 meses nos animais, há a possibilidade de o vírus ficar incubado por anos. Em crianças, existe a tendência para um período de incubação menor que no indivíduo adulto.
Tudo está relacionado à localização, extensão, quantidade e profundidade dos ferimentos causados pelas mordeduras ou arranhaduras; lambedura ou contato com a saliva de animais infectados; distância entre o local do ferimento, o cérebro e troncos nervosos; além da concentração de partículas virais inoculadas e cepa viral.
O último caso fatal de raiva humana no Estado de São Paulo foi registrado em 2001, na cidade de Dracena. Na ocasião, um morcego também infectou um gato, que depois transmitiu a doença a sua proprietária. Como não procurou ajuda a tempo, Iracema Milanez, de 52 anos, acabou morrendo.
Morcegos
Apesar de ser um tipo diferente de raiva daquela conhecida como a do cachorro louco (canina), o vírus rábico transmitido pelo morcego é tão letal quanto o do cão. Além disso, o caso dessa gata e de outros relatos de exposição demonstram que pode estar havendo uma mudança do perfil epidemiológico importante, já que os episódios de contaminação recentes tem como origem a variante do morcego.
Ricardo Augusto Dias, médico veterinário e professor da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP, explica que a doença circula entre várias espécies de morcegos, tanto os que se alimentam de sangue quanto os que comem apenas frutas. “A organização social deles é baseada em agressão e é comum que várias espécies dividam a mesma toca ou caverna. Além disso, eles têm o hábito de um lamber o outro, principalmente as fêmeas.”
Tanto os morcegos que se alimentam de sangue quanto os
que comem frutas podem transmitir a raiva
FOTO: EPITACIO PESSOA/AE
Segundo o veterinário, a cidade é um lugar em que se adaptam bem e por isso sempre haverá a possibilidade de contaminação, principalmente nos gatos que vivem soltos, que são mais predadores. “Se não houver o controle populacional de morcegos, sempre haverá o risco.”
Para ele, o fato de não terem realizado a campanha de vacinação contra a raiva foi um erro e expõe o ser humano ainda mais à doença. “Apesar de a vacina não controlar a raiva, já que uma pessoa pode ser infectada diretamente pelo morcego, previne a morte dos indivíduos. Se o animal for vacinado, ele não desenvolve a raiva, que também está circulando na cidade de São Paulo. Tem de haver a campanha de vacinação em animais para proteger os donos.”
A confirmação de um caso de transmissão de raiva a um felino é considerada grave, mas não incomum. Em 2010, houve dois episódios no Estado de São Paulo, um em Araçatuba e um em Jaguariúna.  De 1998 até hoje já foram confirmados 37 animais domésticos contaminados em todo o Estado. “Achava-se antes que esse tipo de vírus parava no morcego, porque não estaria adaptado a outros animais, mas na verdade isso não existe: o risco da epidemia é menor, mas pode haver a possibilidade e ainda estamos fazendo cálculos epidemiológicos para avaliar o risco. Tivemos a comprovação em pessoas e em outros animais de alguns municípios, como Espírito Santo do Pinhal (em 2001), onde ocorreram oito casos de infecção do vírus do morcego em animais domésticos (seis em cães e dois em gatos). Provavelmente um passou para o outro”, afirma a médica sanitarista Neide Takaoka, diretora-geral do Instituto Pasteur, referência nacional em pesquisa e controle de raiva animal e humana.
A médica também defende que haja a vacinação, já que com a imunização o animal desenvolve anticorpos para bloquear o vírus e acaba com a possibilidade de o pet transmiti-lo ao homem. “Enquanto não há estudos que comprovem que não há risco de epidemia, o ideal é que aconteça a campanha de vacinação. Se o Ministério da Saúde vai ter condições de fornecer uma vacina de boa qualidade para todo o País, não sabemos. O País precisa cerca de 30 milhões de doses.”
Para Caio Rosenthal, médico infectologista do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, a ocorrência de um gato morto com raiva é muito relevante. Ele também acredita que a quebra da campanha de vacinação não deveria ter acontecido, já que a doença estava praticamente sob controle. “As consequências são ruins e uma delas é essa que estamos vendo.”
Agora, segundo o especialista, sempre haverá uma dúvida e uma insegurança do médico e da vítima em casos de mordidas ou arranhaduras. “Vai fugir da rotina, do controle, da perspectiva epidemiológica. Um médico de um pronto-socorro vai ter de atuar com esse dado na cabeça. ‘Bom, o ano passado não teve campanha: eu vacino essa criança ou não vacino? Eu dou soro e a vacina?’ Fugiu do protocolo. O médico fica mais preocupado e vai abrir um leque maior de tratamento e prevenção – às vezes sem necessidade real. Na dúvida, vai pecar pelo excesso”, explica.
Sobre a doença
A raiva é uma disfunção viral, caracterizada como uma encefalite progressiva aguda e praticamente não tem cura. Depois de apresentar os sintomas evolui rapidamente para a morte. No mundo, apenas três pessoas infectadas sobreviveram ao mal depois de submetidas a tratamentos, mesmo assim ficaram com alguma sequela.
Todos os mamíferos são suscetíveis ao vírus e também podem transmiti-lo. A forma mais comum da contaminação se dá pela penetração do vírus rábico contido na saliva do animal em feridas, principalmente pela mordedura e arranhadura ou pela lambedura de mucosas.  Ao ter contato com o organismo, o vírus se multiplica e atinge o sistema nervoso, alcançando depois outros órgãos e glândulas salivares, onde se replica. Ainda há relatos de transmissão após transplantes e as remotas possibilidades de transmissão sexual, respiratória, digestiva (em animais) e a contaminação da mãe para o filho durante a gestação/parto. O aspecto clínico é bem variado, o que torna difícil o diagnóstico se não houver o histórico de exposição à doença.
Os animais domésticos podem demonstrar alterações sutis de comportamento, anorexia, fotofobia, além de agressividade. O cão pode parecer desatento e, por vezes, nem atender ao próprio dono. Também pode haver um ligeiro aumento de temperatura, inquietude, crise convulsiva e paralisia, evoluindo para o coma e a morte.
Já no caso do ser humano, o paciente apresenta mal-estar geral, pequeno aumento de temperatura, anorexia, cefaleia, náuseas, dor de garganta, irritabilidade, inquietude e  sensação de angústia. A infecção progride, surgindo manifestações de ansiedade e hiperexcitabilidade crescentes, febre, delírios, espasmos musculares involuntários, generalizados e/ou convulsões. Os sintomas evoluem para um quadro de paralisia, levando a alterações cardiorrespiratórias, retenção urinária e obstipação intestinal.  O infectado se mantém consciente, com período de alucinações, até a instalação de quadro comatoso. O período de evolução do quadro clínico, depois de instalados os sinais e sintomas até o óbito, é em geral de 5 a 7 dias.
Campanha de vacinação
A dúvida se haverá a campanha de vacinação e se a nova vacina será segura é algo que alguns especialistas e donos de animais gostariam muito de saber. Para esclarecer o assunto, o blogConversa de Bicho, do Estadão.com.br,  foi ouvir Jarbas Barbosa, secretário de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde.
1 – Este ano teremos campanha de vacinação contra a raiva no Estado de São Paulo? O Ministério da Saúde enviará as doses da vacina? Quando será e quantas doses são necessárias para o Estado e para a capital?
R.: Sim, está no cronograma do MS a realização da campanha antirrábica animal no Estado de São Paulo no ano de 2012. O MS enviará as doses necessárias  (já foram enviados 2 milhões de doses para o Estado, agora em janeiro). As doses previstas para o Estado de São Paulo, em 2012, são de aproximadamente 7,5  milhões, sendo 1, 2 milhão para a capital. A entrega do quantitativo  remanescente da vacina ao Estado dependerá da confirmação da entrega do laboratório produtor ao MS, o que deve ocorrer até o final de janeiro.
2 – O Ministério da Saúde ficou de enviar as doses para a realização da campanha no ano passado em São Paulo, mas não o fez. Qual foi o motivo?
R.: O atraso no cronograma de entrega das vacinas de 2011, tanto para São Paulo quanto para os demais Estados do Sudeste e outros nove Estados do Norte e Centro-Oeste do País, ocorreu em razão dos testes exigidos pelo MS ao laboratório produtor de forma a garantir e dar segurança ao produto. Esses testes mais rigorosos foram necessários porque em 2010 ocorreram eventos adversos graves, com mortes de animais, o que levou à suspensão da campanha. A distribuição da vacina no ano de 2011 priorizou os Estados onde há maior risco de ocorrência de raiva.
3 – A vacina contra a raiva foi modificada e houve vários casos de reações, principalmente em felinos, horas depois da aplicação da dose. Foi identificado o problema? O que garantirá que não aconteçam novamente as reações? Aliás, por que foi modificada? Como era fabricada antes e como é agora?
R.: O problema foi identificado pelo MS a partir de avaliações realizadas pelo Laboratório de Imunobiológicos e Biofármacos da Faculdade de Ciências Farmacêuticas/USP nos lotes da vacina utilizados na campanha de 2010. A análise apontou um aumento de concentração de proteína de soro bovino (heterólogo).
Para garantir que não aconteçam os eventos adversos observados em caninos e felinos foram feitas várias exigências ao laboratório produtor, com o aperfeiçoamento no processo de produção, de forma a garantir a redução da reatogenicidade e segurança do produto para o uso do imunobiológico na campanha de 2011. Além disso, novos e mais rigorosos testes de qualidade foram introduzidos.
4 – Foi divulgado, em 2001, um caso de raiva em uma mulher da cidade de Dracena. O vírus foi transmitido por um gato, contaminado pelo morcego. O Ministério da Saúde tem ciência do caso de raiva de um gato (transmitida pelo morcego)  identificado em dezembro de 2011 na cidade de São Paulo? Se sim, isso já não justificaria a campanha de vacinação?
R.: Sim o MS tem ciência de todos os casos de raiva porque essa é uma doença de notificação compulsória. Além disso, todos os casos são investigados para se determinar a variedade do vírus envolvido porque essa informação é importante na definição da estratégia adequada.
No Estado de São Paulo, o último caso de raiva humana pela variante canina do vírus rábico ocorreu  em 1997. Na capital, o último caso de raiva humana pela variante canina ocorreu em 1981. Em 2011 ocorreu esse caso de raiva em um gato, porém com a variante do vírus encontrada em morcegos. Esse tipo de transmissão por morcegos é um evento ocasional que pode acometer animais, como o gado ou animais domésticos, ou uma pessoa que for agredida pelo morcego e não fizer o tratamento pós-exposição, com a vacina e/ou o soro antirrábico.
Em qualquer situação, quando identificado um caso de raiva canina, é realizada a vacinação de bloqueio, imunizando-se todos os animais das áreas próximas ao caso.
A vacinação regular dos animais domésticos, sob a forma de vacinação de rotina ou de campanha, é fundamental para impedir a circulação do vírus da raiva. Entretanto, também é muito importante que as pessoas que sofreram agressões de animais procurem imediatamente um posto ou centro de saúde para receber a vacina e/ou o soro antirrábico, dependendo de cada caso – em todo o País, o SUS oferece vacina e soro antirrábico para todas as pessoas que necessitarem. Essa é uma medida essencial porque, mesmo entre os animais vacinados, ocorrem falhas naturais de imunização.
Além disso, a cobertura vacinal sempre é muito baixa entre os cães errantes e semidomiciliados. A vacinação de animais domésticos ocorre seguindo duas estratégias distintas, de acordo com a situação epidemiológica de cada Estado. Onde existe circulação de vírus da raiva canina, é indicada a realização de campanhas anuais, além da realização de vacinações de bloqueio. Em Estados onde não ocorre a circulação do vírus da raiva canina, como o Rio Grande do Sul, Santa Catarina e a maior parte do Paraná, a estratégia adotada é a vacinação de rotina dos animais domésticos em Centros de Controle de Zoonoses e outras unidades.
A vacina antirrábica canina (Varc) utilizada no Brasil protege cães e gatos contra qualquer vírus do Genotipo 1 da Raiva, quer seja Variante 1 ou Variante 2, que são aquelas Variantes que têm no cão o seu reservatório e circulam entres as espécies canina e felina domésticas.  Da mesma forma, protegem contra os vírus das Variantes 3, 4, 5, que são as que circulam entre os morcegos hematófagos e não hematófagos, mas que acidentalmente podem vir a causar raiva em cães e gatos.
A ocorrência de um caso de raiva animal, como o registrado com o gato em São Paulo, não justifica a realização de campanha e sim da vacinação de bloqueio, o que foi realizado.
5 – A raiva ainda é considerada um grave problema de saúde pública em nosso País? Quantos casos foram registrados por Estado?
R.: A raiva já foi um grave problema de saúde pública, não sendo mais, pois a doença foi controlada ao longo das últimas 3 décadas. O Brasil encontra-se atualmente muito próximo da eliminação dessa doença, com a ocorrência de raros casos humanos. O desafio que ainda persiste é a ocorrência, de forma eventual, em alguns pontos focais de alguns Estados do Nordeste.
Em 1983 foram notificados 91 casos humanos, sendo a espécie canina a principal fonte de infecção. No ano de 2008, pela primeira vez no País, não houve nenhum caso de raiva humana transmitida por cão desde a implantação do programa na década de 70. Em 2009 e 2010 ocorreram 2 casos e 1 caso, respectivamente, transmitido pela espécie canina. Em 2011, foram notificados 2 casos humanos em um único Estado, o Maranhão.
A raiva canina segue a mesma tendência de redução no número de casos. No ano de 2000 foram registrados 921 casos, enquanto em 2011, foram notificados 63 casos de raiva canina e 6 casos de raiva felina em 18 municípios.
6 – Qual será o total de vacinas contra a raiva para animais de estimação e o valor investido em 2012? São importadas ou produzidas no Brasil? Quem é responsável pela produção?
R.: O total de vacinas adquiridas para 2012 é de 30 milhões de doses, parte produzida no Brasil pelo Tecpar (produtor nacional vinculado ao governo  do Paraná) e parte produzida pelo laboratório Merial, que é um produtor internacional pré-qualificado pela OMS.
Ainda não temos o valor final a ser gasto em 2012 porque não concluímos o acerto sobre que quantitativo será fornecido pelo laboratório nacional e quanto será comprado do produtor internacional.
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RAIVA EM NÚMEROS

    10 mil por ano é a quantidade aproximada de análises de raiva feitas em
animais de estimação (cães e gatos)
    100 é o número aproximado, por ano, de casos positivos de raiva em morcegos
em áreas urbanas
    2 morcegos com o vírus rábico foram encontrados na cidade de São Paulo
no ano passado
    37 animais domésticos foram infectados com o vírus da raiva do morcego
de 1998 até hoje no Estado de São Paulo
    30 milhões de doses são necessárias para a vacinação contra a raiva no País
    1,2 milhão de doses são necessárias para imunizar a população de animais
de estimação da cidade de São Paulo
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EVITE A DOENÇA

    Os animais de estimação devem ser vacinados contra a raiva a partir dos
três meses de idade. O reforço da imunização deve ser feito anualmente, mesmo
em cadelas prenhes, lactantes ou no cio
    Não deixe que cães e gatos tenham acesso à rua, telhados ou portões.
Só leve seu melhor amigo para passear utilizando coleira e guia
    Não é indicado tocar em nenhum animal desconhecido, principalmente ferido
ou que esteja se alimentando. Não tente controlar bichos que estejam brigando e
não mexa em fêmeas com crias
    Caso seja mordido ou arranhando por um animal, procure lavar o ferimento
com água e sabão e vá a um posto de saúde. No entanto, lembre-se de que em
acidentes com bichos é importante identificar qual é o animal e quem é o dono.
Caso não seja encontrado ou se o animal adoecer ou morrer, entre em contato
imediatamente com o Centro de Controle de Zoonoses de São Paulo
(t. 3397.8900/8901)
    Nunca se deve tocar em morcegos que eventualmente entrem em casa ou
apareçam caídos no jardim. Se possível, tente imobilizar o animal jogando um
pano ou caixa de papelão emborcada para baixo, de modo a mantê-lo preso.
Em seguida, entre em contato com o Centro de Controle de Zoonoses, que
enviará uma equipe para buscar o animal e encaminhá-lo para exame laboratorial
de raiva e identificação da espécie

domingo, 15 de janeiro de 2012

Gente sem fronteira, sustentável!


15/01/2012 - 07h05

Gente sem fronteira


FELIPE GUTIERREZ
DE SÃO PAULO

A professora Aíla Machado, 30, foi a Porto Príncipe, no Haiti, ensinar dança. A anestesista Liliana Andrade, 36, rumou para o Paquistão para atender doentes.
As duas fazem parte de um número crescente de profissionais que se engajam em organizações "sem fronteiras". Na ONG MSF (Médicos sem Fronteiras), por exemplo, 122 pessoas embarcaram para missões estrangeiras no ano passado. Em 2009, foram 48 -aumento de 154%.
O maior interesse da sociedade e do governo em assuntos internacionais é uma das hipóteses para justificar o crescimento, sugere o canadense Tyler Fainstat, diretor-executivo dos MSF no Brasil.
Marcos Michael/Folhapress
Aíla Machado, educadora de um projeto da Viva Rio no Haiti
Aíla Machado, educadora de um projeto da Viva Rio no Haiti
"Ampliaram-se as oportunidades pelo momento que o Brasil vive. [O país] está exercendo papel de levar e não de receber auxílio", diz Jean Carbonera, presidente da ONG Advogados sem Fronteiras.
A organização mandou sete advogados brasileiros para o exterior no ano passado, dois a mais do que em 2010. Os números, esclarece, são pequenos porque a instituição está no país desde 2009.

AMPLIAÇÃO
Mesmo entidades do terceiro setor sem ligações com classes profissionais começaram a enviar mais gente para fora do país -caso da Viva Rio, que atua no Haiti.
Ubiratan Angelo, coordenador de Segurança Humana da ONG naquele país, diz buscar mão de obra local, mas muitos são brasileiros.
É o caso da educadora Aíla Machado, 30, que coordena um programa de dança em Porto Príncipe desde 2010.
Por causa da falta de profissionais no Haiti, Machado desenvolveu habilidades. "Aprendi a fazer edição de vídeo e de música", conta.
A educadora continua na ONG. Ela e boa parte de quem participa de programas como esse -nos MSF, por exemplo, a retenção de profissionais é alta, diz Fainstat. "Precisamos de gente com compromisso de longo prazo."
15/01/2012 - 12h05

Ajuda de custo dá suporte a viajante

DE SÃO PAULO

http://classificados.folha.com.br/empregos/1034315-ajuda-de-custo-da-suporte-a-viajante.shtml


Durante os quatro meses em que a bióloga Leandra Gonçalves morou em um navio da ONG Greenpeace, que navegava perto da Antártida, ela recebeu o salário da instituição como se estivesse no Brasil -R$ 3.500-, além de passagens e alimentação.
É praxe de mercado: quem embarca em missões para ONGs costuma receber pelo menos ajuda de custo. Nos Médicos sem Fronteiras ela é de € 1.000 (R$ 2.263).
Apesar de não ser o que motiva boa parte dos "sem fronteiras", o salário ou o auxílio financeiro deve ser pago, opina o conselheiro da Abong (Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais) Valdir Mafra.
Mas há casos em que a participação em projetos no exterior não é remunerada.
O estudante de gestão ambiental Moreno Nunes, 28, foi duas vezes à Argentina para construir casas pela ONG Um Teto para Meu País -em nenhuma teve remuneração. Na última delas, neste mês, gastou R$ 2.100 com passagens de ida e volta para Bariloche e hospedou-se na casa de integrantes da organização.
O investimento retornou em aprendizado, explica o estudante. "Nos locais de moradia precária, observo como a população interage com rios e mananciais, como lida com resquícios de mata, onde joga o lixo e quais são os conflitos com o poder público", enumera Nunes.

EXPERIÊNCIA

A advogada Débora Pinter Moreira, 38, que participa dos Advogados sem Fronteiras, também julga a remuneração algo secundário.
Ao convidar um colega para participar da organização, ela afirma ficar "meio decepcionada" quando ele pergunta se a remuneração é boa.
"Se [o profissional] procura dinheiro, não é a coisa a ser feita", pondera.
Gonçalves, por exemplo, buscou conhecimento no trabalho feito em 2008 a bordo do barco do Greenpeace. A partir dele, pôde formar uma rede de pesquisadores que estudam baleias jubarte pelos diferentes oceanos.
"Ter participado da expedição me trouxe experiência. Hoje sou coordenadora de campanha do Greenpeace."

Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI): Sem sócio para brigar...




15/01/2012 - 07h23

Exigência de capital social adia inscrição

PATRÍCIA BASILIO
DE SÃO PAULO


Para abrir uma empresa de tradução há dois anos, a professora de letras Damiana de Oliveira, 28, teve de constituir sociedade limitada. Sócia majoritária, deixou cota de 10% a uma amiga para cumprir as exigências da legislação.
Com a vigência da Eireli (Empresa Individual de Responsabilidade Limitada), a empresária pensou em migrar para o modelo. A ideia, no entanto, dissipou-se quando soube da necessidade de ter capital social de cem salários mínimos (R$ 62,2 mil).
"É uma exigência ridícula. Pequenos negócios como o meu não têm condições de acumular esse montante."
A dificuldade encontrada por Oliveira para acabar com o sócio fictício é comum entre micro e pequenos empreendimentos, segundo especialistas e órgãos governamentais ouvidos pela Folha.
Alessandro Shinoda/Folhapress
Belmir Menegatti, que transformou empresa limitada em Eireli
Belmir Menegatti, que transformou empresa limitada em Eireli
Levantamento feito em setembro do ano passado com empresas registradas na Jucesp aponta que 15% delas dispõem de capital social para transformar-se em Eireli.
Com o reajuste do salário mínimo, que foi de R$ 535 para R$ 622 em 1º de janeiro deste ano, não passam de 14%.
"Apesar de o objetivo da lei ser acabar com os sócios-fantasmas, ela mesma traz limitações que inviabilizam o alcance da proposta", diz Leandro Cossalter, sócio da Macro Auditoria e Consultoria.
O alto valor do capital social existe para avalizar o pagamento de tributos, rebate Carlos Alberto dos Santos, diretor técnico do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).
PESO FINANCEIRO
"O montante é pesado, mas acessível para o empresário que ter bom faturamento. Quem não tiver poderá aderir à sociedade limitada", sugere Santos.
Nas ligações recebidas pelo Sebrae (0800-5700800), questionamentos sobre o valor do capital social lideram o ranking, destaca.
"Se [o valor] não é exigido nos demais modelos, não há por que ser cobrado na Eireli, que é formada por um sócio e ideal para pequenas empresas", contesta Marcos Castro, sócio do escritório Castro e Hayashi Contabilidade.
Para aderir à Eireli, a A10TI, empresa de software para segurança virtual na qual Belmir Menegatti, 48, é diretor administrativo, contou com reserva financeira.
"O valor é alto, mas, como o dono tem outros negócios, não foi uma dificuldade", afirma ele, que constitui a Eireli em 9 de janeiro, dia em que a lei entrou em vigor.
INDEXAÇÃO
A indexação do valor do capital social ao salário mínimo é inconstitucional. Esse é o argumento utilizado pelo deputado federal Roberto Freire (PPS-SP) para entrar com ação contra a exigência no Supremo Tribunal Federal (STF).
"A lei é clara e impede que qualquer indexação seja feita com o salário mínimo, até porque ele valoriza muito mais que índices inflacionários", explica o deputado.
Enquanto o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) teve aumento médio de 35,31% no acumulado de 12 meses de 2006 a 2011, o salário mínimo aumentou 55,71% no mesmo período.
Para Freire, contudo, não importa o valor estipulado. "Se for para exigir o capital social na Eireli, o certo seria cobrar nos outros modelos também."
O ex-deputado federal Marcelo Itagiba (PSDB-RJ), que incluiu a indexação nas normas, foi procurado pela Folha, mas não respondeu até o fechamento desta edição. A ação não tem prazo para julgamento no STF.
GRATUIDADE
Os MEIs (Microempreendedores Individuais) estão isentos da cobrança de taxas para mudança de registro ou de endereço cobradas pelo Estado (R$ 24) e pelo governo federal (R$ 10). A medida, criada em dezembro, visa incentivar o empreendedor do Estado de São Paulo a expandir os negócios e migrar à Eireli.
Editoria de Arte/Folhapress
modelos de negócio Diferenças e características das classificações jurídicas de empresas
modelos de negócio Diferenças e características das classificações jurídicas de empresas



15/01/2012 - 07h05

Empresa de um sócio tem baixa adesão na 1ª semana

PATRÍCIA BASILIO
DE SÃO PAULO
Há quase uma semana em vigor, a Eireli (Empresa Individual de Responsabilidade Limitada) caminha a passos lentos. De segunda a sexta-feira, 41 empresas foram protocoladas -entre constituições e migrações de modelo- na Jucesp (Junta Comercial do Estado de São Paulo). No Rio de Janeiro, uma foi constituída.
Criado em 2011, o formato permite a empresários abrir negócio sem sócio e resguardar os bens pessoais ao separá-los do patrimônio social do empreendimento.
A adesão "inexpressiva" deve-se à demora na divulgação da regulamentação da lei -publicada em novembro de 2011- e à dificuldade para aplicá-la, pondera José Constantino de Bastos Júnior, presidente da Jucesp. "Faltou informação para o empresário. Esperamos para analisar as normas, mas elas só vieram no fim do ano", assinala.
Isadora Brant/Folhapress
Nilton Neres pretende transformar sociedade limitada em Eireli
Nilton Neres pretende transformar sua sociedade limitada em uma Eireli
O veto à abertura da Eireli por pessoas jurídicas, imposto pelo DNRC (Departamento Nacional de Registro do Comércio), resultou em "esvaziamento" de interessados, diz.
Na prática, uma empresa ou um grupo não podem abrir uma Eireli para expandir suas atividades -apenas o empresário, como pessoa física.
A decisão, segundo Romulo Rocha, coordenador-geral do DNRC, "reflete o entendimento prevalente no meio jurídico e entre procuradores das juntas comerciais".
Alguns pontos ainda estão em debate. O Supremo Tribunal Federal deve analisar tópicos como o valor do capital social exigido (R$ 62,2 mil) e sua indexação ao salário mínimo.
Com as indefinições, advogados e contadores aconselharam clientes a esperar a maturação do modelo. O advogado Rodrigo de Camargo foi um deles. "Só valerá a pena apostar na lei quando ela for definida."
AMADURECIMENTO
Esse também é o posicionamento do tributarista Miguel Silva. "Jogaram um balde de água fria vetando o que havia sido aprovado", diz ele, sobre a proibição de pessoa jurídica abrir Eireli.
Disposto a dar fim a uma sociedade de três anos em empresa de construção civil devido a desentendimentos com o sócio, Nilton Neres, 38, orientado por seu contador, decidiu esperar ao menos uma semana para migrar para a Eireli.
"Quero continuar meu trabalho sem pedir favor [para abrir sociedade] a ninguém."
Editoria de Arte/Folhapress



09/01/2012 - 10h37

Lei que cria empresa de apenas um sócio entra em vigor hoje



http://www1.folha.uol.com.br/mercado/1031761-lei-que-cria-empresa-de-apenas-um-socio-entra-em-vigor-hoje.shtml

DE BRASÍLIA



Entra em vigor hoje a lei nº 12.441/2011, que criou a Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (Eireli), modalidade de pessoa jurídica que protege os bens pessoais do empreendedor.
A lei foi aprovada em junho de 2011 pelo Congresso e sancionada pela presidente Dilma Rousseff em 11 de julho.

Constituída por um só titular, a Eireli garante a distinção entre o patrimônio do empresário e o patrimônio social da empresa, o que reduz de forma significativa os riscos para o empreendedor.
Caso a empresa passe por algum tipo de problema, como processos trabalhistas, somente o patrimônio social da empresa responderá pelas dívidas, sem que os bens pessoais do empresário sejam afetados.
Para constituir uma Eireli, é preciso capital social de, no mínimo, cem salários mínimos -R$ 62,2 mil em valores atuais- e as regras são as mesmas aplicadas às sociedades limitadas.
Até a aprovação da lei, o Código Civil previa apenas a figura do microempreendedor individual (MEI) -que, ao contrário da empresa individual limitada, responde com seu patrimônio pessoal por eventuais compromissos decorrentes da atividade empresarial.
Durante a tramitação do projeto, o governo argumentou que a nova lei contribuirá para aumentar a formalização, especialmente de microempresários que são resistentes a constituir empresas.
Outra vantagem apontada foi o fato de a modalidade acabar com as figuras dos sócios "faz de conta", que se associam aos empreendedores de fato apenas para cumprir a norma de que as empresas tinham de ter pelo menos dois sócios.
O nome empresarial deverá, necessariamente, conter a expressão Eireli, do mesmo modo como hoje ocorre com as sociedades limitadas (Ltda.) e as anônimas (S.A.). É proibido ao empresário individual de responsabilidade limitada figurar em mais de uma empresa da mesma modalidade.

Editoria de Arte/Folhapress



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fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12441.htm




Presidência da República
Casa CivilSubchefia para Assuntos Jurídicos

VigênciaMensagem de veto
Altera a Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), para permitir a constituição de empresa individual de responsabilidade limitada.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Esta Lei acrescenta inciso VI ao art. 44, acrescenta art. 980-A ao Livro II da Parte Especial e altera o parágrafo único do art. 1.033, todos da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), de modo a instituir a empresa individual de responsabilidade limitada, nas condições que especifica.
Art. 2º A Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), passa a vigorar com as seguintes alterações:
"Art. 44. ...................................................................................
..........................................................................................................
VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada.
..............................................................................................." (NR)
"LIVRO II
..........................................................................................................
DA EMPRESA INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LIMITADA
Art. 980-A. A empresa individual de responsabilidade limitada será constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não será inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no País.
§ 1º O nome empresarial deverá ser formado pela inclusão da expressão "EIRELI" após a firma ou a denominação social da empresa individual de responsabilidade limitada.
§ 2º A pessoa natural que constituir empresa individual de responsabilidade limitada somente poderá figurar em uma única empresa dessa modalidade.
§ 3º A empresa individual de responsabilidade limitada também poderá resultar da concentração das quotas de outra modalidade societária num único sócio, independentemente das razões que motivaram tal concentração.
§ 4º ( VETADO).
§ 5º Poderá ser atribuída à empresa individual de responsabilidade limitada constituída para a prestação de serviços de qualquer natureza a remuneração decorrente da cessão de direitos patrimoniais de autor ou de imagem, nome, marca ou voz de que seja detentor o titular da pessoa jurídica, vinculados à atividade profissional.
§ 6º Aplicam-se à empresa individual de responsabilidade limitada, no que couber, as regras previstas para as sociedades limitadas.
........................................................................................................."
"Art. 1.033. ..............................................................................
..........................................................................................................
Parágrafo único. Não se aplica o disposto no inciso IV caso o sócio remanescente, inclusive na hipótese de concentração de todas as cotas da sociedade sob sua titularidade, requeira, no Registro Público de Empresas Mercantis, a transformação do registro da sociedade para empresário individual ou para empresa individual de responsabilidade limitada, observado, no que couber, o disposto nos arts. 1.113 a 1.115 deste Código." (NR)
Art. 3º Esta Lei entra em vigor 180 (cento e oitenta) dias após a data de sua publicação.
Brasília, 11 de julho de 2011; 190º da Independência e 123º da República.
DILMA ROUSSEFF
José Eduardo Cardozo
Nelson Henrique Barbosa Filho
Paulo Roberto dos Santos Pinto
Luis Inácio Lucena Adams
Este texto não substitui o publicado no DOU de 12.7.2011

Ribeirão Preto ganha suas primeiras vias



São Paulo, domingo, 15 de janeiro de 2012Cotidiano

DE RIBEIRÃO PRETO


Maior do que Sorocaba e Santos em número de habitantes, Ribeirão Preto só agora começa a ganhar suas primeiras ciclovias.
A obra mais adiantada é a da via Norte, onde a a Prefeitura de Ribeirão Preto constrói uma ciclovia de 5,3 km de extensão que será integrada a um parque linear. Outro trecho com implantação é nos 2 km de duplicação da avenida Henry Nestlé.
As vias são amplamente utilizadas por ciclistas, assim como outros pontos da cidade que ainda não têm previsão para receber ciclovias, como a avenida Tomas Alberto Whatelley, próximo ao aeroporto Leite Lopes.
A prefeitura diz que tem planos para ampliar as ciclovias no futuro e que todas as novas avenidas serão projetadas com as faixas exclusivas para as bicicletas.
Antes das ciclovias, uma ciclofaixa voltada exclusivamente para o lazer funciona na cidade desde 2010, mas apenas uma vez por semana. O trecho de cerca de 6 km liga os parques Raya e Curupira, na zona sul.
A Federação Paulista de Ciclismo, parceira do projeto, estima que aproximadamente 5.000 pessoas utilizam a ciclofaixa nas manhãs dos domingo, quando os espaços são reservados apenas para as bicicletas.
Para os usuários, no entanto, a falta de ciclovias na cidade inviabiliza a proposta de tornar a bicicleta um meio de transporte efetivo.
"O projeto da ciclofaixa é muito bacana, mas, se tivesse [ciclovias], com certeza eu usaria no dia a dia", disse o gerente administrativo Juliano Fuzo Garcia, 29.

Sorocaba e Santos abrem mais espaço para ciclovias



Bikes chegam a ser 8% de todas as locomoções

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidiano/20140-sorocaba-e-santos-abrem-mais-espaco-para-ciclovias.shtml

São Paulo, domingo, 15 de janeiro de 2012Cotidiano

LEANDRO MARTINS

ENVIADO ESPECIAL A SOROCABA E SANTOS


São 7h. Uma balsa que minutos antes havia partido do Guarujá atraca em Santos. Dela, em vez de carros, desembarcam multidões de ciclistas, em um vaivém que se repete várias vezes ao longo do início da manhã.
No fim de tarde, em Sorocaba, trabalhadores voltam para casa de bicicleta em vias exclusivas e bem sinalizadas que cortam a cidade ligando regiões sem distinção, de bairros ricos a periferias.
Os dois municípios passaram a ver nas bicicletas um meio de transporte de fato.
Isso colocou Sorocaba e Santos entre os principais modelos cicloviários do Estado, segundo especialistas.
Com um plano que prevê 100 km de ciclovias até o final deste ano, dos quais 75 km em operação, Sorocaba é apontada como uma das cidades que mais bem investiram no transporte por bikes.
Padronizadas com piso em vermelho e sinalização, as ciclovias são quase todas interligadas. Há bicicletários em terminais de ônibus, o que permite a integração, além de paraciclos (locais para deixar as bikes) pela cidade.
O projeto de criar uma malha cicloviária ampla começou em meados de 2006.
Novas avenidas passaram a ser projetadas com canteiros largos, com espaço reservado para ciclovias, e vias já existentes foram adaptadas.
A prefeitura implantou ações para atrair a população, como passeios e conscientização. Grupos independentes entraram na tarefa, como o Sorocaba Bikers, que tem cerca de 300 membros.
Santos é uma prova de que a consolidação do projeto cicloviário, aliada a uma boa infraestrutura, dá resultado.
As primeiras ciclovias começaram nos anos 1990 e a expansão foi contínua -hoje são quase 30 km e ainda há obras em alguns trechos.
A travessia da balsa entre a cidade e o Guarujá é a maior prova de que a bicicleta faz parte da vida de muita gente.
Segundo a Dersa, órgão estadual que administra a balsa, de 10 mil a 12 mil ciclistas usam a travessia por dia.
A imagem dos desembarques nas primeiras horas do dia impressiona e faz lembrar o que se vê em grandes cidades chinesas, onde multidões se locomovem de bicicletas.
O aspecto econômico é o que parece fazer mais diferença. "Se eu não usasse a bicicleta, teria de pagar dois ônibus, além da balsa, todos os dias", disse a secretária Maria José Soledade Silva, 37, que vai do Guarujá a Santos.
Quem cruza a balsa de bicicleta não paga nada -se estiver a pé, gasta R$ 2,20.
Segundo a Prefeitura de Santos, o uso da bicicleta já corresponde a 8% de todas as locomoções feitas na cidade, incluindo as de pedestres.
A administração atribui boa parte disso às ciclovias. A topografia da área urbana, quase toda plana, favorece.
A estrutura da rede cicloviária na cidade também é boa: há até semáforos exclusivos para bicicletas.
Também há problemas, como no trecho de ciclovia próximo ao cais, que acumula água quando chove e que aparenta não estar tão bem cuidado como o que fica na parte turística à beira-mar.

Veja vídeo das ciclovias do interior

Selos de eficiência ajudam a reduzir gastos com energia



http://invertia.terra.com.br/sustentabilidade/noticias/0,,OI5556553-EI10411,00-Selos+de+eficiencia+ajudam+a+reduzir+gastos+com+energia.html


13 de janeiro de 2012 • 09h39  

Sabrina Bevilacqua

Direto de São Paulo
O Sustentabilidade passa, a partir de hoje, a publicar informações para mostrar a você, internauta do Terra, como a adoção do conceito de sustentabilidade pode impactar no seu bolso, na saúde e na sua qualidade de vida. Hoje você vai saber o que observar e os cuidados na compra de equipamentos eletroeletrônicos. Quem dá as dicas é o engenheiro eletricista e professor da Unicamp Jim Naturesa.

Na hora da compra, comece procurando por certificados que atestem a eficiência do produto. Mas não confie em qualquer etiqueta. Muitas empresas enchem suas embalagens com selos "verdes" concedidos por elas mesmas, sem a mínima fiscalização de órgãos isentos. Naturesa alerta para a necessidade de buscar certificados reconhecidos nacional ou internacionalmente. Na dúvida, se você estiver procurando um equipamento que gaste menos energia, o seguro é pedir pelo Selo Procel.

O Selo Procel é um dos mais comuns no País. Ele é emitido pela Eletrobrás e pelo Inmetro e identifica os aparelhos com os melhores níveis de eficiência energética. Isto é, os que consomem menos energia. Outra opção é verificar a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia. Ela serve justamente para ajudar o consumidor no momento da compra, pois mostra de forma clara o nível de eficiência de cada produto na comparação com outros do mesmo setor. A classificação vai de A até E, sendo A o menor consumo da categoria. Sempre que possível, opte por produtos A (para se ter uma ideia, os aparelhos com selo Procel geralmente estão na categoria A). Produtos que consomem energia de forma mais racional agridem menos o meio ambiente e o seu bolso. Apesar de alguns equipamentos certificados serem um pouco mais caros, eles colaboram para a redução da sua conta de luz. Como utilizam tecnologias mais inovadoras e são submetidos a diversos testes, o preço deles acaba subindo. Valor que pode ser recuperado durante a vida útil do aparelho.

Naturesa explica que no caso de eletrodomésticos que são muito utilizados e ficam ligados o tempo todo, como as geladeiras, a economia na conta de luz é tanta que em cerca de 2 anos é possível obter retorno financeiro do que foi pago pela eficiência do produto. Para os eletrônicos, como televisões, esse prazo aumenta, pois depende do uso. Por isso, ao levar para a casa algum produto eletrônico, é bom ficar atento a outros aspectos além do preço e aparência. "É difícil o consumidor escolher uma televisão pela economia de energia. Geralmente pesa mais o design e as funções. Já em eletrodomésticos, como o consumo é maior e pesa mais no bolso, fica mais fácil", diz.