segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Cidade na Inglaterra lança ônibus Bio-Bus movido a dejetos humanos

24 de Novembro de 2014 • Atualizado às 10h58


A sexta cidade mais populosa da Inglaterra, Bristol destaca-se por suas criativas invenções. A mais recente delas é um veículo coletivo que utiliza fezes, urina e lixo orgânico para se locomover.
O ônibus possui 40 lugares e roda até 300 quilômetros com o biocombustível cheio de gás biometano. Ele já está circulando nas ruas da cidade, ligando o aeroporto de Bristol e o centro da cidade de Bath.
Batizado de Bio-Bus, o coletivo foi inaugurado na última quinta-feira (20). A intenção é transportar cerca de 10 mil pessoas neste mês de experimentação, segundo a Bath Bus Company, empresa que opera o serviço.
O gás é gerado por meio do tratamento de esgotos e resíduos de alimentos impróprios para consumo humano. Para que possa operar, o dióxido de carbono e outras impurezas são retiradas, a fim de que o gás fique livre de odores.
Esse combustível deve ajudar a melhorar a qualidade do ar, uma vez que produz menos emissões do que os tradicionais. Por isso, a intenção é que essa alternativa sustentável seja usada para abastecer os transportes públicos da cidade.
Entre as descobertas interessantes vindas da mesma cidade está a utilização de urina como fonte de energia para carregar celulares. O método foi desenvolvido por cientistas britânicos em parceria com a Universidade de Bristol. A cidade também já usou um toboágua como “meio de transporte” em sua principal rua, Park Street, veja aqui.
Redação CicloVivo

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Minhocão deverá ter jardins verticais em 2015

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jardim-vertical-ecod.jpg

Na foto, projeção do Minhocão com jardins verticais
Fotos: Movimento 90º/Divulgação

Um projeto do grupo urbano Movimento 90º pretende construir, ao longo de todo o ano de 2015, 8 mil metros quadrados de parques verticais nas faces sem janelas e sem utilidade de 20 prédios próximos ao Minhocão, em São Paulo. A meta é que o corredor seja instalado em uma área cuja extensão é equivalente ao tamanho de um campo de futebol.
"Vimos que os locais mais poluídos e sem verde na cidade estão próximos de grandes avenidas. O Minhocão é um ícone da degradação e só ali há 140 empenas cegas", justificou ao Estadão o paisagista e idealizador do Movimento 90º, Guil Blanche.
Empenas cegas são as paredes lisas, que eram obrigatórias por lei no início do século 20 para que os prédios pudessem se colar uns aos outros. Na década de 1950, a lei mudou e exigiu que houvesse circulação de ar entre as construções. A partir de então, esses grandes espaços passaram a ser ocupados por propagandas, mas voltaram a ficar vazios em 2007, com a Lei da Cidade Limpa.
O investimento, que é de cerca de R$ 850 por metro quadrado, será financiado por empresas privadas, que também vão se responsabilizar pela manutenção.
O jardim vertical que deverá ocupar essas paredes funciona como isolante térmico e pode diminuir em 30% a poluição do entorno. "Passam cerca de 120 mil carros pelo elevado todos os dias. Nossa intenção com esse projeto, além de 'florestar' as paredes, é mostrar a impotência dos moradores, que foram atacados com a construção desse aparelho público na década de 1970", explica Blanche.
Investimento
A instalação depende unicamente da autorização dos moradores dos prédios. O investimento, que é de cerca de R$ 850 por metro quadrado, será financiado por empresas privadas, que também vão se responsabilizar pela manutenção. "Estamos em negociação. Gostaríamos que alguma empresa se identificasse com o projeto da mesma forma que os patrocinadores das bicicletas", diz o idealizador do Movimento 90º.
Dos 20 prédios previstos para receber os painéis, oito já concordaram. Um deles é o de Vera Lúcia Jesus, 51 anos, que hoje mal consegue abrir as janelas do seu apartamento, no quarto andar de um prédio colado ao minhocão, o Elevado Costa e Silva - via expressa que liga o centro de São Paulo à zona oeste. "Essa região é triste e poluída e nós somos meio abandonados. Só se preocupam com a movimentação dos carros", critica a moradora, que também é síndica. "Espero que os parques tragam refresco, outro perfume e uma paisagem belíssima", projeta.
São Paulo possui apenas 2,6 metros quadrados de área verde por habitante na mancha urbana, bem abaixo da recomendação da Organização Mundial da Saúde, de 12 metros.

GALERIA DE FOTOS (clique na imagem para ampliar)



segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Para cada dólar gasto com ciclovias, cidades economizam até US$ 24, indica estudo


http://jpmoraisadv.jusbrasil.com.br/noticias/151841170/para-cada-dolar-gasto-com-ciclovias-cidades-economizam-ate-us-24-indica-estudo?utm_campaign=newsletter-daily_20141117_326&utm_medium=email&utm_source=newsletter

Pesquisadores da Nova Zelândia sugerem novas políticas de transporte de baixo custo para promover saúde pública e benefícios ambientais

Publicado por João Paulo Morais - 19 horas atrás
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Para cada dólar gasto com a construção de ciclovias segregadas, as cidades podem economizar até US$ 24, graças à redução de custos com saúde, poluição e tráfego, de acordo com um estudo divulgado por pesquisadores da Nova Zelândia para a revista norte-americana científica Environmental Health Perspectives, do Instituto Nacional de Ciências de Saúde Ambiental.
Para cada dlar gasto com ciclovias cidades economizam at US 24 indica estudo
Estudo é pioneiro em concluir como investimentos em infraestrutura cicloviária podem trazer retornos financeiros em longo prazo
"No momento em que a maioria das cidades está dominada pelos carros, é fácil justificar o dinheiro gasto com novas estradas como resposta à crescente utilização do automóvel, apesar dos impactos negativos que isso traz ao meio ambiente e à saúde das pessoas, agora e no futuro", explica Alexandra Macmillan, principal autora do estudo, da Universidade de Auckland, em entrevista ao site Co. Exist. "Nós queríamos explorar algumas escolhas políticas que são realistas, a preços acessíveis, transformadoras e saudáveis”, acrescenta.
No artigo “Os custos sociais e os benefícios da bicicleta: simulando os efeitos de políticas específicas a partir de sistemas de modelos dinâmicos”, seis pesquisadores analisaram a cidade de Auckland, a maior da Nova Zelândia, usando métodos da agência de transporte local para calcular índices indicativos de custo-benefício em dólares neozelandeses para diferentes investimentos em ciclovias.
“Em nossos pressupostos de modelos primários, os benefícios de todas as políticas de intervenção superam os danos, entre 6 até 24 vezes”, concluem os pesquisadores no artigo.
“Estima-se que essas mudanças trariam grandes benefícios para a saúde pública nas próximas décadas, em dezenas de dólares para cada dólar gasto em infraestrutura. Os maiores benefícios serão a redução da mortalidade por todas as causas”, completam.
Para cada dlar gasto com ciclovias cidades economizam at US 24 indica estudo
Além disso, os autores também observaram que se a Prefeitura de Auckland construísse uma rede de ciclovias segregada e diminuísse as velocidades de tráfego, tais medidas poderiam aumentar o ciclismo em 40% até 2040. No entanto, caso optasse por adicionar pistas apenas em alguns poucos pontos estratégicos, isso só aumentaria o tráfego de bicicletas em 5%.
Embora já existam pesquisas que sustentem que andar de bicicleta nos faz mais felizes, mais saudáveis e até mesmo aumenta a lucratividade de negócios locais, este estudo é pioneiro em concluir como investimentos em infraestrutura cicloviária podem trazer retornos financeiros para as cidades em longo prazo, além do bem-estar físico, social e ambiental.
Quanto maior o número de pessoas que andam de bicicleta, maior a redução de custos de cuidados de saúde.
Embora o estudo ternha se concentrado em Auckland, os pesquisadores acreditam que os princípios gerais se aplicam a outras cidades onde os carros dominam. “Auckland é muito semelhante em design e padrões de transporte de muitas cidades norte-americanas, por isso, esperamos que nossos resultados sejam relevantes também para outros lugares" , explica MacMillan. “Acredito que a maré esteja mudando, tanto na Nova Zelândia quanto em muitos outros países que têm negligenciado a bicicleta nas duas últimas décadas ", completa Alastair Woodward, co-autor do estudo.

domingo, 16 de novembro de 2014

Oito universidades brasileiras entre as melhores do mundo

http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=universidades-brasileiras-melhores-mundo&id=010175141108&ebol=sim#.VGlL1_nF_eI

Redação do Site Inovação Tecnológica - 08/11/2014
A USP é a 77ª melhor universidade do mundo e a primeira da América Latina, segundo o recém-lançado ranking Melhores Universidades Globais, que avaliou e classificou as 500 melhores instituições de ensino superior de 49 países.
Outras sete universidades brasileiras aparecem na lista:
  • 247ª - Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • 254ª - Universidade Estadual de Campinas
  • 316ª - Universidade Federal de Minas Gerais
  • 365ª - Universidade Estadual Paulista
  • 373ª - Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • 443ª - Universidade Federal de São Paulo
  • 448ª - Universidade do Estado do Rio de Janeiro
O resultado foi divulgado pela editora norte-americana US News & World Report, responsável pela análise e classificação.
O ranking avaliou dez critérios: reputação global da pesquisa, reputação regional da pesquisa, publicações, impacto das citações, total de citações, número de artigos mais citados, porcentagem de artigos mais citados, colaboração internacional, número de docentes premiados e porcentagem de docentes premiados em relação ao total do quadro acadêmico.
A lista também apresenta as 100 melhores universidades do mundo em 21 áreas.
Nessa classificação, a USP teve posições de destaque em nove áreas:
  • 5ª posição em Agronomia;
  • 19ª em Ciência Animal;
  • 36ª em Farmacologia e Toxicologia;
  • 46ª em Matemática;
  • 60ª em Microbiologia;
  • 65ª em Biologia e Bioquímica;
  • 78ª em Química;
  • 87ª em Física;
  • e 94ª em Medicina.

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Planos de Manejo: uma Revisão Necessária


por Valmir Gabriel Ortega (*)


Clique aqui para ver a entrevista com Valmir - "Conservação Internacional: o que define o caráter público das áreas protegidas é o acesso e não quem as opera"


Durante a década de 70, por conta de regras impositivas, os municípios brasileiros podiam acessar recursos federais para infraestrutura somente se tivessem plano diretor urbano. Essa imposição fez com que rapidamente se criasse um amplo mercado de prestadores de serviços e muitos municípios brasileiros rapidamente concluíram seus planos diretores.


Na década seguinte, o processo constituinte, associado a uma crescente mobilização da sociedade, deu visibilidade e audiência a uma qualificada crítica desse processo de planejamento urbano, marcado até então pelo ritualismo burocrático, pela elaboração de planos que “ficavam no papel” e que sempre continham altas doses de idealismo.

No geral, a leitura naquele período sobre as cidades “planejadas” pelos planos diretores, era de que a desordem urbana era mera consequência da ausência de planos, a favela era um desvio regulatório, a especulação e a atuação do mercado imobiliário estavam a espera de regulação pública para serem resolvidas. Enfim, tudo poderia ser resolvido pelo “plano”.

Em grande medida, os atuais planos de manejo de unidades de conservação são os nossos “planos diretores” da década de 70. Neles abundam diagnósticos, levantamentos de campo, programas e muitas boas ideias. Falta aderência à realidade. Como se costuma dizer, o plano é ótimo, mas falta pessoal, capacidade de gestão, orçamento, apoio político, compreensão das comunidades, etc, etc, etc.

Esse cenário é o melhor dos mundos para um prestador de serviços. Vender a elaboração de um plano que não será exposto ao teste de realidade é a garantia de vender um ótimo produto, de qualidade inquestionável. O problema nunca é do plano, nem do roteiro metodológico, muito menos da equipe que elaborou, avaliou e/ou aprovou o produto final. Enfim, o problema é sempre da realidade, que, teimosa, insiste em oferecer resistência ao “plano”.

Como então enfrentar esse problema? Um primeiro passo, como em qualquer terapia, é assumir que temos um problema.

Os atuais planos de manejo têm uma dupla natureza: de um lado, têm a pretensão de serem instrumentos de suporte à gestão e ao gerenciamento da unidade de conservação; de outro, de serem instrumentos normativos, definindo o zoneamento e o regramento de usos e manejo de cada uma das zonas. Ou seja, exige-se, ao mesmo tempo, agilidade e adaptabilidade, algo intrínseco à gestão, e perenidade e constância, algo próprio da norma.

Uma forma possível de enfrentar o desafio de atualização desse instrumento é a separação dessas duas naturezas distintas, embora, devamos reconhecer, elas estão intrinsecamente relacionadas. A boa notícia é que, além de várias iniciativas que vêm sendo discutidas em órgãos gestores estaduais, o ICMBio, órgão gestor federal responsável por mais de 300 unidades de conservação, resolveu enfrentar esse tema e está promovendo uma profunda reflexão sobre como desenvolver novas formas e novos caminhos para formulação e aplicação desse instrumento tão fundamental que é o plano de manejo.

Esperemos que venham as boas novas.


* Valmir Gabriel Ortega é Diretor Sênior de Política da Conservação Internacional do Brasil, já tendo exercido os cargos de Diretor de Ecossistemas do IBAMA e Secretário de Meio Ambiente do Estado do Pará.



O Projeto Colunistas Semeia busca iniciar uma rede de colaboradores de conteúdos relacionados aos temas de unidades de conservação. O conteúdo desta coluna é de responsabilidade do colunista e não necessariamente expressa a opinião do Semeia.

domingo, 9 de novembro de 2014

Carne bovina sustentável depende de união da cadeia produtiva

http://revistagloborural.globo.com/Noticias/Sustentabilidade/noticia/2014/11/carne-bovina-sustentavel-depende-de-uniao-da-cadeia-produtiva.html

07 de Novembro de 2014 | atualizado em 07/11/2014

Representante de pecuaristas dos EUA diz que é preciso criar

 valor porque o consumidor não quer pagar mais por produtos 

sustentáveis


POR RAPHAEL SALOMÃO, DE SÃO PAULO (SP)


criacao_eua_kim_bovino (Foto: Raphael Salomão/Ed. Globo)
Nas buscas na internet, em boa parte dos resultados, o nome de Kim Stachkhouse-Lawson vem precedido de “Dr”. No cartão de visitas, vem acompanhado de “Ph.D”. A sustentabilidade na carne bovina é a razão do trabalho dela, que dirige uma divisão de pesquisas nesta área na National Cattlemen’s Beef Association (NCBA), associação que reúne criadores de gado de corte dos Estados Unidos.
Especialista no assunto, Kim esteve no Brasil nesta semana para participar de um congresso sobre carne sustentável, em São Paulo. A representante da pecuária de corte dos Estados Unidos recebeu a reportagem da Globo Rural para uma entrevista, junto com representantes da Fundação Espaço Eco, ligada à Basf, com quem desenvolveu um estudo conjunto sobre eficiência na produção local.
“Nossa entidade tem duas linhas de atuação”, explica Kim. A primeira, na área de pesquisa, é custeada por meio de um percentual sobre vendas de animais. Os recursos financiam trabalhos em área como marketing, nutrição, segurança alimentar e sustentabilidade, disse ela. A segunda é política e jurídica, custeada com recursos dos associados.
“Representamos os criadores de gado, mas quando fazemos pesquisa, unimos toda a cadeia, do criador ao varejo. É uma forma importante de dizer a cada segmento onde pode melhorar”, defende Kim. A necessidade de união da cadeia produtiva em torno da produção sustentável é ponto central de sua argumentação.
saiba mais
Pergunto se o consumidor está disposto a pagar a mais por um bife mais sustentável e que demanda mais custos de produção. “Não nos Estados Unidos”, diz ela. “Uma das razões mais importantes de se unificar a cadeia de valor é que o consumidor americano não quer. Nós fizemos extensas pesquisas e não acredito que ele pagaria mais por uma carne sustentável”, complementa. 
A saída é “gerar valor de outras maneiras” e, nesse processo, pesquisa e ciência são fundamentais. Na avaliação da pesquisadora, um trabalho importante tem sido feito pela cadeia produtiva da carne. A missão é conseguir transferir esse valor para a sociedade. Segundo ela, o consumidor americano, de um modo geral, ainda não assimilou o conceito de sustentabilidade, embora esteja preocupado com um processo produtivo mais responsável.
“A terminologia ainda é difícil. E há o risco do conceito ser ‘sequestrado’ (a palavra que ela usa é hijack) por pessoas que não entendem a produção de alimentos. E, nós temos que trabalhar duro para que isso não ocorra porque há uma história positiva na agricultura e creio que teremos uma na produção de carne.”
"Uma das razões mais importantes de se unificar a cadeia de valor é que o consumidor americano não quer pagar mais por uma carne sustentável" (Kim Stackhouse-Lawson, diretora da NCBA)
O desafio de construir esse diálogo fica ainda mais difícil, lembra ela, quando pessoas famosas, conferem credibilidade a opiniões negativas sobre a produção de carne bovina. “Nossa equipe de gestão de imagem fica atenta e fazemos eventos com pessoas de diversas áreas”, diz Kim. “Se essa pessoa conhecer melhor e falar bem de nós, falará com mais credibilidade porque, afinal, não é paga pela indústria como eu sou.”
E como o criador de gado está trabalhando com a questão? “É algo novo também para ele. Quando perguntamos, a primeira resposta é ‘sou sustentável. Minha família está nessa terra há várias gerações. Somos capazes de prover comida para um mundo com fome e isso é sustentável para mim’. Eles são sustentáveis. O que estamos pedindo é que façam o possível para inovar e ganhar eficiência mais rápido e que vamos dar o conhecimento e as ferramentas para isso. Só precisam estar abertos a essa mensagem.”
Ainda que reconheça dificuldades, Kim observa que a discussão sobre o papel da produção de carne na sustentabilidade está evoluindo de forma positiva, inclusive em escala global. Na opinião dela, o setor está sendo reconhecido “pela primeira vez”. “As pessoas estão percebendo que ela tem seu lugar nos sistemas ecológicos. Estão reconhecendo também a riqueza nutricional da carne bovina. Todos têm feito um grande trabalho”, diz Kim, citando, incluisve, o Brasil. Um aspecto que, segundo ela, confere mais realismo ao debate , que deve ser, nas palavras dela, holístico: considerar também fatores como produção e segurança alimentar e não limitar-se à mudança climática.

No entanto, é inevitável questioná-la sobre a influência da pecuária na emissão de gases de efeito estufa, bastante destacada por especialistas. Ela reconhece que a atividade tem um alto índice de emissões, o que credita, em boa parte, à própria biologia do bovino. Mas entende que a ciência ainda falha no modo como mede essas emissões. “Temos que ver o quanto ele é parte de um sistema. Para mim, ainda temos uma alta emissão, mas é preciso encontrar quem quantifique plenamente o que estamos falando.”

sábado, 8 de novembro de 2014

Parques serão prioridades de secretário


Saraiva diz que há projetos para criação de mais parques / Foto: Edson Martins


Vinte e três dias após assumir a Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente, o engenheiro ambiental André Saraiva, de 40 anos, concedeu entrevista coletiva, na manhã de ontem (5), no prédio onde funciona a Agência Ambiental de Mogi das Cruzes, na Avenida João XXIII, no Socorro. Durante a conversa com a Imprensa, falou sobre seus planos de governo. Saraiva, que ocupava o cargo de diretor municipal de Licenciamento Ambiental, na época em que Romildo Campello era o secretário da Pasta, disse que pretende dar continuidade às ações que já vinham sendo elaboradas na anterior gestão. Prometeu, contudo, aperfeiçoar e melhorar o que for necessário, tendo como foco os parques da Cidade. Dentre os seus projetos está a criação de uma oficina para confecção de mobiliários urbanos feitos a partir de troncos de árvores caídas ou cortadas e até com material reciclável. Saraiva comentou ainda sobre os programas de melhorias nos parques da Cidade, como o Centenário, em César de Souza, que vai ganhar uma nova entrada, e Leon Feffer, em Braz Cubas, já visando a chegada do próximo verão, em que o público aumenta. Formado pela Universidade Braz Cubas (UBC) e especialista em Gestão de Recursos Hídricos e Manejo de Bacias Hidrográficas, o novo secretário não deixou de falar sobre a pior estiagem da história do Estado de São Paulo. Confira na entrevista a seguir:
(Maria Salas)
O que está previsto para o Parque Centenário?
A gente não pode fechar para fazer grandes reformas, pois estaremos tirando a opção de lazer. Hoje temos uma equipe especializada para a manutenção dos parques, que fica na nossa Secretaria, capaz de identificar e melhorar todos os problemas de verões passados, como brinquedos quebrados e até pequenos alagamentos. A proposta é minimizá-los na próxima temporada. Em dias de muito movimento, o Centenário recebe de três a quatro mil pessoas, por final de semana. E o número tende a aumentar em feriados e datas comemorativas, como o Dia das Crianças. Já o Leon Feffer, recebe de 2 a 3 mil pessoas, também de acordo com o fim de semana. 

O estacionamento será ampliado?
Os frequentadores podem utilizar gratuitamente o estacionamento da casa noturna Vacaloca, que nos cedeu o espaço. Mas isso será até que a Prefeitura providencie um estacionamento próprio. Vamos trabalhar com duas alternativas, uma de frente para o Centenário, na área da Petrobrás, com a abertura de 400 vagas, e outra para a Rua Adolfo Lutz, em César de Souza, onde o parque termina. Essa via vai ganhar uma nova portaria ainda neste ano. Hoje, o Centenário possui 250 vagas. Acredito que até daqui a dois meses tudo esteja resolvido para ocupar a área da Petrobrás. 

Há projetos para a criação de mais parques?
Sim. Estamos definindo a área, mas provavelmente vai ser na área urbana, ou seja, há a possibilidade que seja o Parque da Cidade, no Alto do Ipiranga, cujo projeto ainda está em fase de desenvolvimento. Não há uma data precisa para que a Cidade ganhe esse novo parque, pois depende de orçamento e projeto, mas a intenção é que até o final de 2015 ou 2016 o prefeito [Marco Bertaiolli (PSD)] entregue essa nova opção de lazer, o que viria a ser o quarto parque da Cidade.  

E o Parque Municipal?
Vamos dinamizar e facilitar ainda mais o acesso à população, sempre com visitas monitoradas, ao Parque Natural Municipal Francisco Affonso de Mello - Chiquinho Veríssimo, na Serra do Itapeti. A Universidade Livre do Meio Ambiente (UniLivre), que está localizada lá, deve passar a oferecer suas aulas na recém-inaugurada Escola de Governo, que tem uma superestrutura para o ensino. Com isso, o parque ficará voltado às pesquisas.

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Parques nasceram para preservar a beleza

05/11/2014 21h50 - ECOTURISMO
Parques nasceram para preservar a beleza
http://www.jj.com.br/internas/jotinha/noticias-324-parques-nasceram-para-preservar-a-beleza--
As famosas cataratas ficam no Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná














Você já ouviu falar dos Parques Nacionais? O Brasil tem uma porção deles: o de Itatiaia, de Fernando de Noronha, do Iguaçu... Parques Nacionais são áreas de proteção ambiental, criados para preservar a natureza. A ideia é bem legal: cuida-se de um cenário natural para que muitas gerações possam curtir toda essa beleza.

Pioneiros

O primeiro de que se tem notícia nasceu nos Estados Unidos: o Parque Nacional Yellowstone, em 1872 (um ‘senhor’ de 140 anos!). No Brasil, o pioneiro foi o Parque Nacional de Itatiaia, no Rio de Janeiro, criado em 1937 (há 75 anos, portanto). Logo depois, em 1939, foi o do Iguaçu, no Paraná. De lá para cá já foram criados muitos outros, e o Brasil conta hoje com 65 parques nacionais.

Mar e terra

Existem áreas marinhas protegidas, como o Parque Nacional de Fernando de Noronha, com suas 21 ilhas, no litoral de Pernambuco, a 545 km da costa. Ou o de Abrolhos, no litoral baiano, 70 km mar adentro. Abrolhos é um imenso berçário de espécies, como fragatas (aves marinhas) tartarugas e baleias jubartes.

Visitação

O ditado diz que para conservar é preciso conhecer. Os parques foram feitos para a visitação, para que as pessoas conheçam a beleza e diversidade da natureza do país e queiram cuidar dela, para que não seja destruída.

Porcolinos

Mas a visitação pode também trazer problemas. Muita gente não se toca de que natureza não rima com lixo nem com sujeira ou destruição. Tem visitante que deixa rastro de imundícies por onde passa: latinhas, sacolas plásticas, embalagens em geral... Tem também os que esmagam, quebram, depredam... E ainda tem a turma dos que não se contentam em tirar só fotografias do local: querem também tirar pedras, galhos, mudas, bichos...

Pra essa turma de destruidores é bom lembrar o princípio dos espeleólogos (o pessoal que estuda cavernas): “de uma caverna nada se deixa, a ser pegadas; nada se tira, a não ser fotos; nada se leva, a não ser lembranças”.

Livro

Para falar dessas belezas naturais, dois amigos resolveram criar um livro com desenhos e informações a respeito de 12 dessas áreas. Labirintos – Parques Nacionais. Escrito por Nurit Bensusan e ilustrado por Eloar Guazzelli, o livro da editora Peirópolis trata desses cenários, informando seu tamanho, ano de criação e os principais atrativos. O da Capivara, por exemplo, no Piauí, preserva inscrições rupestres nos paredões rochosos deixadas por humanos que teriam vivido ali há 50 mil anos. Isso é antigo demais, não? Lembre-se de que os portugueses ‘só’ chegaram ao Brasil há 512 anos...

Além de beleza, os parques nacionais também têm muita história.

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Carreiras de arquiteto e engenheiro podem ser consideradas de Estado










Inclusão de engenheiro, arquiteto e agrônomo nas carreiras de Estado pode ir a sanção


Iara Guimarães Altafin | 05/11/2014, 16h18 - ATUALIZADO EM 05/11/2014, 16h34
  


Engenheiros, arquitetos e agrônomos que ocupam cargos efetivos no serviço público poderão ter suas carreiras reconhecidas como essenciais e exclusivas de Estado. É o que determina projeto da Câmara aprovado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). O texto recebeu oito votos a favor e seis contrários, e poderá ir a sanção presidencial se não for apresentado recurso para votação em Plenário.
O projeto (PLC 13/2013) é de autoria do deputado José Chaves (PTB-PE) e contou com o apoio do relator na CCJ, senador Romero Jucá (PMDB-RR). As carreiras típicas de Estado foram previstas na Emenda Constitucional 19, de1998, que promoveu a reforma administrativa no serviço público.
A classificação se restringiu a servidores das áreas jurídica, de auditoria e de gestão governamental. O PLC 13/2013 altera a norma que regula as profissões de engenheiro, arquiteto e agrônomo (Lei 5.194/1966) para também enquadrá-las como essenciais e exclusivas de Estado.
Em defesa do projeto, Romero Jucá argumentou que as atividades realizadas por esses profissionais em órgãos públicos, cujo ingresso se deu por concurso, são essenciais para o desenvolvimento do país e devem ser reconhecidas como essenciais.
– O atesto de uma obra pública não pode ser feito por outra pessoa a não ser por um engenheiro definido para isso. O que se está se reforçando aqui é o papel funcional, profissional de servidores que são extremamente importantes, mas que não têm o devido reconhecimento – disse Jucá.
Mesmo anunciando voto favorável, o senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) sugeriu que médicos servidores públicos também tenham suas carreiras classificadas como exclusivas de Estado. Como esclarecimento, Vital do Rêgo (PMDB-PB) informou que deverá ser votada ainda neste mês em Plenário a PEC 46/2013, que cria a Carreira Nacional de Médicos de Estado.

Críticas

Na avaliação do senador Pedro Taques (PDT-MT), o projeto fere o Pacto Federativo, uma vez que, ao qualificar uma função como exclusiva do Estado, tem repercussão não apenas na esfera federal, mas também na municipal e estadual.
Assim como Taques, o senador Humberto Costa (PT-PE) reconheceu a importância do trabalho realizado por engenheiros, arquitetos e agrônomos, mas disse não concordar que sejam carreiras exclusivas de Estado e apontou inconstitucionalidades da proposta.
– São profissões tipicamente concorrentes entre o setor privado e o Estado. Esse tipo de matéria, quando chega na Presidência da República, todo mundo fica com raiva, mas é flagrante a inconstitucionalidade – disse, ao prever o veto presidencial ao texto.
Ricardo Ferraço (PMDB-ES) concordou que não são atividades que só podem ser realizadas pelo Estado e disse que seu voto contrário à matéria não dizia respeito à relevância da atividade profissional exercida pelos engenheiros, arquitetos e agrônomos.
– Não estamos julgando o mérito, mas o marco constitucional dessa iniciativa – afirmou Ferraço.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)











5/11/2014
Foto: Tiago Orihuela - ACS Romero Jucá
Engenheiros e Arquitetos conseguem vitória no Senado com aprovação de relatório de Romero Jucá na CCJ
 Brasília - A carreira de funcionários públicos engenheiros, arquitetos e engenheiros agrônomos serão exclusivas e essenciais de Estado, de acordo com o Projeto de Lei Complementar (PLC) 13 de 2013 aprovado por 8 votos a 6 pelos senadores da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). "Os engenheiros e arquitetos são muito importantes para o País, que precisa de infraestrutura e logística, de ampliar seu crescimento, ter nestas carreiras técnicas uma base importante. Aprovamos e reconhecemos estas carreiras dentro do setor público, que será considerada típica de Estado. Portanto é um fortalecimento do papel dentro do setor público, o que tem impacto imediato nas condições de trabalho", explicou o senador Romero Jucá, relator da matéria na CCJ.
Aos senadores que votaram contra o projeto na Comissão, como o senador Humberto Costa (PT-PE), Romero Jucá deixou claro que a matéria não impõe qualquer tipo de despesa à União, estados e municípios, pois, quando houver, estas despesas terão que ser feitas por meio de leis específicas pelos respectivos entes federativos. "O projeto não é inconstitucional, o projeto é uma sinalização política e técnica que não infringe em acréscimo de salário. Os servidores concursados dessas áreas já estão atuando, mas precisam ter o papel reforçado e valorizado como ocorre com outras carreiras no serviço público".




Jucá explicou que, na prática, o projeto quer dizer que os engenheiros, arquitetos e engenheiros agrônomos que são servidores de carreira terão tratamento como carreira de Estado, ou seja, terão prioridade nas discussões das suas atividades e nas condições de trabalho.
O senador não acredita que o projeto será vetado pela presidenta Dilma Rousseff, como insinuou o senador petista Humberto Costa, "até porque não há, como já disse, aumento de despesas para qualquer ente federado, mas, se houver veto, vamos trabalhar intensamente para derrotá-lo", garantiu Jucá. 
A matéria segue agora para sanção.  

Carreiras de arquiteto e engenheiro podem ser consideradas de Estado

05/11/2014, 13h53 - ATUALIZADO EM 05/11/2014, 18h26

  



A proposta aprovada nesta quarta-feira (5) na Comissão de Constituição e Justiça considera as carreiras de arquiteto, engenheiro e engenheiro agrônomo que trabalham para o poder público como essenciais e exclusivas de Estado (PLC 13/2013). As carreiras típicas incluem profissionais como diplomatas, juízes, policiais, militares e auditores. O relator da matéria na CCJ, senador Romero Jucá (PMDB-RR), diz que o objetivo da proposta é valorizar as categorias. Se não houver recurso para votação em Plenário, a proposta seguirá para sanção da presidente da República. Outras informações com o repórter George Cardim, da Rádio Senado.