sábado, 31 de maio de 2014

Engenheiros e arquitetos da Prefeitura de São Paulo protestam novamente nesta sexta-feira

Engenheiros e arquitetos da Prefeitura de São Paulo protestam novamente nesta sexta-feira

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Em greve há quatro dias, trabalhadores reivindicam pagamento do piso de 8,5 salários mínimos, o equivalente a R$ 6.154,00

Kelly Amorim, do Portal PINIweb
30/Maio/2014

Os trabalhadores das áreas de engenharia e arquitetura da Prefeitura de São Paulo, em greve desde terça-feira (27), promovem novamente uma mobilização no Edifício Martinelli, que abriga a Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras (Siurb), nesta sexta-feira (30). Os profissionais pretendem entrar no prédio da secretaria, localizado no centro de São Paulo, para convencer os colegas que ainda não aderiram à paralisação. A categoria decidiu pela greve após diversas tentativas de negociação com o Executivo durante a campanha salarial 2014.
A reivindicação é a alteração na Lei Salarial (13.303/02), que permite ao executivo municipal conceder reajuste de apenas 0,01%. A legislação, no entanto, está em discordância com o artigo 92 da Lei Orgânica do Município, que garante proteção da remuneração contra os efeitos inflacionários, inclusive com a correção monetária dos pagamentos em atraso.
Segundo o INPC/IBGE, desde maio de 2007 os servidores do município, incluindo os engenheiros, acumulam perdas inflacionárias de 49,46%. Além da reposição, o grupo reivindica o pagamento do piso da categoria de acordo com o estabelecido na Lei 4.950-A/66, de 8,5 salários mínimos, equivalente a R$ 6.154,00, e a fixação de 1° de maio como data-base. Atualmente, o salário inicial do engenheiro na administração municipal paulista é de R$ 2.481,93.
A Prefeitura, em resposta à mobilização, propôs remuneração a partir de subsídios que desconsideram as especificidades das diferentes atribuições e torna todos os profissionais em analistas, com reajuste de 30% a partir de 2017 para os engenheiros e arquitetos em início de carreira.
A mobilização no Edifício Martinelli vem sendo repetida desde quarta-feira (28) e deve continuar até que a categoria consiga um acordo. A greve conta com apoio da Federação Nacional dos Engenheiros.