quarta-feira, 30 de abril de 2014

Yabba Dabba Doo!

Contra gases estufa, Greenpeace lança carro 'da idade da pedra'

Campanha 'O Carro que eu quero' cobra das montadoras que vendem no País investimentos em tecnologia que para reduzir poluentes, como acontece na Europa



15 de abril de 2014 | 12h 26

Laura Maia de Castro - O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO - O Greenpeace realizou um ato na manhã desta terça-feira, 15, para lançar uma nova campanha direcionada à indústria automobilística contra a emissão de gases estufa. A organização fez o "lançamento" de um carro da Idade da Pedra em alusão à falta de investimentos em tecnologias mais modernas para que os carros consumam menos combustíveis no Brasil.
A ação aconteceu na estação Vila Olímpia da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) - Felipe Rau/Estadão
Felipe Rau/Estadão
A ação aconteceu na estação Vila Olímpia da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM)
A ação aconteceu na estação Vila Olímpia da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), zona sul da cidade. Ativistas vestidos de homens das cavernas convidavam os pedestres a fazer um test drive no "veículo" ao lado de uma tenda com o nome de três das montadoras que mais vendem carros no País: Volkswagen, Fiat e Chevrolet.
Na semana passada, uma pesquisa do Centro de Estudos Integrados sobre Meio Ambiente e Mudanças Climáticas (Centro Clima) da Coppe/UFRJ, encomendada pelo Greenpeace mostrou que, se o Brasil adotasse as mesmas metas de eficiência energética impostas à indústria de veículos na Europa, as emissões de gás carbônico poderiam ser 10% menor do que eram em 2010, mesmo que o País tivesse o dobro de carros do que tem hoje.
O estudo fez uma estimativa de qual será a emissão da frota nacional de veículos leves dentro dos padrões de eficiência energética estipulados pela legislação brasileira e levando em conta as premissas do Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores (Inovar-Auto), que dá incentivos fiscais para montadoras que melhorarem a eficiência energética de seus veículos até 2017.
Depois, comparou esse cenário ao de uma realidade alternativa, que seria a adoção das metas de eficiência energética determinadas pela atual legislação europeia, que exige melhorias significativa nos padrões de emissão dos carros produzidos nos seus países membros até 2021.