segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Rolezinho nos parques

15/2/2014 às 19h42 (Atualizado em 15/2/2014 às 20h04)

Com MC Chaveirinho e Netinho, debate sobre rolês em shoppings de SP termina em impasse 


Encontro aconteceu no Parque Ibirapuera entre rolezeiros e representantes da prefeitura 
Do R7
Mc Chaveirinho junto com os "rolezeiros" da associaçãoBárbara Garcia/R7
Representantes da Secretaria do Verde, da Cultura, da Igualdade Racial de São Paulo e do Ministério Público se reuniram na tarde desde sábado (15) com a associação composta pelos “rolezeiros” mais populares da internet, como MC Chaveirinho e seu empresário Ricardo Sucesso. A intenção era discutir alternativas de espaços para os encontros entre jovens nos shoppings da cidade.

O coordenador de Parques da capital, Nilton Persoli, disse que a capital paulista tem “103 parques disponíveis” que são opções para os rolês. Os jovens questionaram sobre a infraestrutura precária em muitos deles, como foi constatado em reportagem do R7, ao que o assessor de Políticas Urbanas, Maurício Lopes, respondeu “que é um problema fácil de resolver”, mas sem dar detalhes.

Chaveirinho, que não revela o nome, disse que não pretende deixar os centros de compras. 
— Queremos ir para o parque, mas queremos ir para o shopping, sim.

Ele também mostrou como o movimento é poderoso para o comércio.
— Se cada um que vai aos rolezinhos tem 1.000 seguidores, imagina quantas pessoas são ao todo. Também podemos derrubar as vendas.

Ricardo Sucesso, rolezeiro e empresário de MC Chaveirinho, garantiu que não há filiação partidária na organização dos encontros e que os jovens querem apenas se reunir com segurança.

— O intuito não é criar tumulto. Os rolezinhos acontecem desde 2007, 2008. Agora é que estão expostos. O problema é a depredação.

Designado pelo prefeito Fernando Haddad para ser o interlocutor com a associação, o secretário da Igualdade Racial, Netinho de Paula, afirmou que todo lugar com aglomeração de pessoas é passível de tumulto e que o jovens têm que ser amparados.
— Se não ouvirmos o que eles querem, não tem como ajudar.
O presidente da Abrasce (Associação Brasileira de Shoppings Centers), Luiz Fernando, disse não ter poder sobre a postura de cada shopping com relação aos rolezinhos, mas que está disponível para dialogar com os jovens. 
— O empreendimento tem o direito de aceitar ou não, mas eu me disponho a fazer a interlocução. Tudo vai depender da disposição de shopping a shopping.
Apesar da disposição para o debate por parte das autoridades, MC Chaveirinho deu uma espécie de ultimato para que as negociações sejam agilizadas.
— Estamos cansados. Esta é a última reunião.