domingo, 2 de fevereiro de 2014

Novos dados colocam 2013 entre os anos mais quentes já registrados

Novos dados colocam 2013 entre os anos mais quentes já registrados


Dois relatórios científicos independentes divulgados nesta terça-de colocam 2013 entre os anos mais quentes desde 1880, quando começou esse tipo de medição.
O documento elaborado pela Noaa (Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos EUA) conclui que o ano passado foi o quarto mais quente registrado. Já nas medições da Nasa (agência espacial americana), 2013 foi o sétimo mais quente, empatando com 2009 e 2006.
As duas agências americanas usam métodos distintos, daí a discrepância nos números absolutos. No entanto, há mais de um século, os resultados dos dois órgãos são consistentes entre si, mostrando as mesmas tendências de alta, queda e outras alterações climáticas.

Para a Noaa, a temperatura média na Terra em 2013 foi 0,63°C acima da média de 13,9°C do século 20. Para a Nasa, essa medição foi ligeiramente inferior: 0,6°C.
Século mais quente

Os cientistas destacam que uma série de fatores faz com que haja uma flutuação normal nas temperaturas, mas ressaltam a forte tendência de aquecimento nos últimos anos, causada pelos níveis recordes de gases-estufa na atmosfera da Terra.
"Enquanto um ano ou uma estação podem ser afetados por eventos meteorológicos aleatórios, essa análise mostra a necessidade de um monitoramento continuado e de longa duração", disse Gavin Schmidt, climatologista do Instituto Goddard de Estudos Espaciais, em comunicado.
Para as duas agências, o ano mais quente desde o início das medições foi 2010. Além disso, as medições também concordam que os últimos anos têm sido de temperaturas mais elevadas.
Em ambas as medições, nove entre os dez integrantes da lista dos anos mais quentes desde o início da medição são deste século. A exceção foi 1998 (terceiro para a Noaa e quarto para a Nasa).
Os relatórios destacam ainda a intensificação de eventos climáticos extremos, como enchentes, secas e tempestades em todo o mundo.
A situação do Brasil não ficou de fora. O documento da agência de oceanos americana ressalta a quantidade anormal de chuvas que se abateu sobre partes do Brasil durante o ano. Um contraste, dizem, com a seca na região Nordeste, uma das piores dos últimos 50 anos.

O megatufão Haiyan, que em novembro matou mais 5.700 pessoas e deixou um rastro de destruição nas Filipinas, tornou-se o ciclone tropical mais forte a tocar o solo já registrado.