quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Tô me apressando para morrer...algum dia!

               Ministro das Finanças do Japão diz que idosos do País devem "se apressar e morrer"

A declaração virou manchete mundial e não agradou a população do País, cuja grande parte é idosa

     http://www.infomoney.com.br/minhas-financas/aposentadoria/noticia/2664562/ministro-das-financas-japao-diz-que-idosos-pais-devem-apressar         

Por Luiza Belloni Veronesi


SÃO PAULO - O novo ministro das Finanças do Japão, Taro Aso, fez uma declaração polêmica nesta semana, durante uma reunião de governo. Aso afirmou que os idosos do País deveriam “se apressar e morrer” para aliviar os gastos governamentais com a saúde pública.
Segundo informações do The Guardian, o comentário acabou virando manchetes de jornais e não agradou nada o povo japonês, em parte porque um em cada quatro cidadãos é idoso. Daqui 50 anos, 40% da população terá idade superior a 60 anos.


Taro Aso - ministro das Finanças  (Reuters)
Taro Aso - ministro das Finanças (Reuters)

Quem também não gostou da declaração foi o novo primeiro-ministro, Shinzo Abe, que já comandou o Japão mas foi demitido com apenas um ano no poder, em 2007, devido a uma série de gafes feitas por membros de seu gabinete.
Na declaração completa, Aso referiu-se aos idosos que não conseguem viver sem a ajuda de aparelhos. “Deus me livre se você é forçado a viver quando quer morrer. Eu acordaria me sentindo cada vez pior sabendo que [o tratamento] foi tudo por conta do governo. O problema não será resolvido, a menos que as pessoas o deixe se apressar e morrer”.
Não é a primeira vez que o ministro de 72 anos, um dos políticos mais ricos do Japão, questiona o dever do Estado para com sua grande população idosa. Em 2008, enquanto era primeiro-ministro, Aso descreveu pensionistas como pessoas "senis" e que deveriam cuidar melhor de sua saúde.
Cuidar de idosos é um grande desafio para os serviços sociais do Japão. De acordo com um relatório atual, o número de famílias que recebem cuidados médicos, que incluem membros da família com 65 anos ou mais, foi mais de 678 mil, ou cerca de 40% do total. O governo planeja reduzir tais despesas em seu próximo orçamento, que deve entrar em vigor em abril deste ano, com os detalhes dos cortes esperados dentro de dias.