28/Junho/2013SindusCon-SP lança guia gratuito para medir emissões de gases de efeito estufahttp://www.piniweb.com.br/construcao/sustentabilidade/sinduscon-sp-lanca-guia-gratuito-para-medir-emissoes-de-gases-de-291899-1.asp Sindicato reúne experiências de construtoras e cria metodologia única, que servirá de exemplo para todo o setor da construçãoRomário Ferreira, da Construção Mercado | |
"Essas empresas já vinham desenvolvendo inventários próprios. Achamos que seria interessante adotar uma metodologia para juntar as experiências e chegar a um documento que fosse um espelho para todo o setor", disse Francisco Vasconcellos, vice-presidente de Meio Ambiente do SindusCon-SP. O guia recomenda que as empresas interessadas em elaborar um inventário de emissões de GEE sigam três etapas. Na primeira, o objetivo é a identificação dos usos do inventário; na segunda, são duas fases: 1) definição dos limites organizacionais e 2) definição de limites operacionais; na terceira etapa; há três fases: 1) monitoramento dos dados de atividade, 2) cálculo das emissões e 3) relatório final. Ao longo do guia, todas as etapas são detalhadas. "É importante fazer o inventário por vários motivos, principalmente pela questão legal. Pois temos uma política nacional e leis estaduais e municipais que determinam o nível de redução das emissões. Mas só se consegue gerenciar se for feita a medição", afirmou Vanessa Gomes, coordenadora do Centro de Pesquisa em Construção Civil e Meio Ambiente da Unicamp. Para ela, os aspectos regulatórios serão os impulsos para as empresas fazerem os inventários. "Não podemos esperar o marco regulatório. A proteção pela economia de baixo carbono não deve ser encarada como castigo, mas sim uma necessidade. E quem sair na frente vai chegar primeiro", analisa. "As construtoras têm a tarefa de 'descarbonizar' o próprio negócio, produzir empreendimentos que estimulem estilos de vida mais eficientes e reconhecer seus próprios impactos", completou a coordenadora. O consultor Ricardo Gustav Neuding, da ATA Empreendimentos e Participações em Ativos Ambientais, destaca que o guia é um documento complementar, com 74 páginas, com orientações, recomendações, ferramentas, exemplos e informações adicionais. "O guia é suplementar, ele não toma o lugar da norma. Além disso, é restrito à execução das obras, não trata da ocupação ou retrofit, por exemplo", afirma. Neuding também lembrou que, atualmente, mais de 90% das emissões de GEE do setor estão na produção de materiais. "Essa constatação é importante e o guia recomenda a inclusão da fabricação dos materiais no inventário das obras", finalizou. O guia está disponível para download no site do SindusCon-SP. |
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