sábado, 6 de julho de 2013

SindusCon-SP lança guia gratuito para medir emissões de gases de efeito estufa

28/Junho/2013

SindusCon-SP lança guia gratuito para medir emissões de gases de efeito estufa


http://www.piniweb.com.br/construcao/sustentabilidade/sinduscon-sp-lanca-guia-gratuito-para-medir-emissoes-de-gases-de-291899-1.asp

Sindicato reúne experiências de construtoras e cria metodologia única, que servirá de exemplo para todo o setor da construção


Romário Ferreira, da Construção Mercado



Marcelo Scandaroli
O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) lançou ontem (27) o Guia Metodológico para Inventários de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) na Construção Civil - Setor Edificações. O documento propõe um padrão metodológico para as construtoras e incorporadoras elaborarem inventários e foi elaborado com auxílio das empresas CCDI, Cyrela, Even, OR, Racional, Rossi, Stan e Tecnisa, que já realizavam seus inventários com metodologias próprias e se uniram para criar um único padrão, que permitirá ações de redução.
"Essas empresas já vinham desenvolvendo inventários próprios. Achamos que seria interessante adotar uma metodologia para juntar as experiências e chegar a um documento que fosse um espelho para todo o setor", disse Francisco Vasconcellos, vice-presidente de Meio Ambiente do SindusCon-SP.
O guia recomenda que as empresas interessadas em elaborar um inventário de emissões de GEE sigam três etapas. Na primeira, o objetivo é a identificação dos usos do inventário; na segunda, são duas fases: 1) definição dos limites organizacionais e 2) definição de limites operacionais; na terceira etapa; há três fases: 1) monitoramento dos dados de atividade, 2) cálculo das emissões e 3) relatório final. Ao longo do guia, todas as etapas são detalhadas.
"É importante fazer o inventário por vários motivos, principalmente pela questão legal. Pois temos uma política nacional e leis estaduais e municipais que determinam o nível de redução das emissões. Mas só se consegue gerenciar se for feita a medição", afirmou Vanessa Gomes, coordenadora do Centro de Pesquisa em Construção Civil e Meio Ambiente da Unicamp.
Para ela, os aspectos regulatórios serão os impulsos para as empresas fazerem os inventários. "Não podemos esperar o marco regulatório. A proteção pela economia de baixo carbono não deve ser encarada como castigo, mas sim uma necessidade. E quem sair na frente vai chegar primeiro", analisa. "As construtoras têm a tarefa de 'descarbonizar' o próprio negócio, produzir empreendimentos que estimulem estilos de vida mais eficientes e reconhecer seus próprios impactos", completou a coordenadora.
O consultor Ricardo Gustav Neuding, da ATA Empreendimentos e Participações em Ativos Ambientais, destaca que o guia é um documento complementar, com 74 páginas, com orientações, recomendações, ferramentas, exemplos e informações adicionais. "O guia é suplementar, ele não toma o lugar da norma. Além disso, é restrito à execução das obras, não trata da ocupação ou retrofit, por exemplo", afirma.
Neuding também lembrou que, atualmente, mais de 90% das emissões de GEE do setor estão na produção de materiais. "Essa constatação é importante e o guia recomenda a inclusão da fabricação dos materiais no inventário das obras", finalizou. O guia está disponível para download no site  do SindusCon-SP.