Habitação de interesse social
Dois lados do MCMV
Apesar das metas cumpridas, obras do Minha Casa, Minha Vida (MCMV) começam a apresentar vícios e defeitos que estão corroendo o resultado das empresas e prejudicando os moradores
http://revista.construcaomercado.com.br//negocios-incorporacao-construcao/143/artigo290035-1.asp?o=r
Por Romário Ferreira
Dois lados do MCMV
Apesar das metas cumpridas, obras do Minha Casa, Minha Vida (MCMV) começam a apresentar vícios e defeitos que estão corroendo o resultado das empresas e prejudicando os moradores
http://revista.construcaomercado.com.br//negocios-incorporacao-construcao/143/artigo290035-1.asp?o=r
Por Romário Ferreira
Os moradores do Residencial Bilbao, em Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo, reclamam de problemas na construção desde que o condomínio foi entregue, em 2009, pela construtora Tenda. Ao conversar com os moradores do empreendimento, enquadrado no programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), é notória a insatisfação com a obra. O encanador Jeomárcio Ferreira dos Reis enumera alguns problemas, presentes desde a entrega das chaves: 'alguns prédios têm infiltrações e rachaduras; os pisos de quase todos os apartamentos tiveram de ser nivelados; as vagas de garagem são estreitas e nem todos têm direito a elas, mesmo estando previstas no contrato de financiamento; quando chove, o hall de entrada de alguns blocos alaga; entre outros problemas'.
No final de 2012, a assistência técnica da construtora foi chamada para averiguar a denúncia de uma rachadura num muro do residencial. Com medo de desabamento, os próprios moradores interditaram o acesso ao local. Eles contam ainda que, após a vistoria do engenheiro da Tenda, a área foi liberada, pois não havia risco de desmoronamento, segundo avaliação do próprio engenheiro. No entanto, no início de janeiro deste ano, o muro de aproximadamente 7 m de altura, a cerca de 3 m do playground, desabou sobre um dos blocos do condomínio, destruindo janelas e paredes de apartamentos do térreo e do primeiro andar. Um dos apartamentos afetados é o da funcionária pública Cássia Campos, que está atualmente com o imóvel embargado pela Defesa Civil, pois há risco de deslizamento de terra.