sábado, 18 de maio de 2013

Plantas e animais podem perder metade de suas zonas climáticas


13/05/2013 - 02h30

Plantas e animais podem perder metade de suas zonas climáticas

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2013/05/1277589-plantas-e-animais-podem-perder-metade-de-suas-zonas-climaticas.shtml

Um estudo publicado no domingo (12) no periódico "Nature Climate Change" prevê que cerca de 55% das espécies vegetais e 35% das espécies animais do planeta terão sua faixa climática adequada reduzida pela metade até 2080 se medidas para a diminuição de emissões de gases-estufa não forem tomadas.
As previsões indicam que, se mantido o ritmo atual de emissões, poderá haver um aumento de 4º C na temperatura do planeta até o fim do século.
Os pesquisadores da Universidade britânica East Anglia estudaram o impacto de tal aumento de temperatura nas "zonas climáticas" de 48.786 espécies. Cada zona climática permite o desenvolvimento de determinados tipos de espécies de animais e plantas, incluindo o seu processo de adaptação às condições biológicas e climáticas, como as de precipitação de chuvas e de temperatura.
O maior risco será para as plantas, os anfíbios e os répteis, já que o ritmo de sua capacidade de adaptação é mais lento que a mudança climática, enfatizaram os pesquisadores.
Segundo Rachel Warren, uma das autoras do trabalho, as estimativas da pesquisa podem ser até piores, já que somente levam em conta o impacto do aumento de temperatura, não considerando os eventos extremos provocados pela mudança no clima, como ciclones e inundações.
"As populações de animais em particular poderiam desaparecer em maior proporção do que estimamos devido à diminuição das plantas disponíveis para a alimentação" , explica Warren.
Segundo o estudo, o impacto previsto sobre as zonas climáticas das espécies poderia ser reduzido de maneira significativa se rápidas medidas para reduzir as emissões de gases-estufa forem tomadas.
As perdas podem ser reduzidas em 60% se o crescimento das emissões for interrompido em 2016 ou em 40%, se interrompido em 2030.