terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Estudo do IPT detecta como evitar desperdício de energia em sistemas hidráulicos

21/Dezembro/2012

Estudo do IPT detecta como evitar desperdício de energia em sistemas hidráulicos



Resultados apontam possibilidade de ganhos em eficiência energética com o bombeamento de fluidos



Gustavo Jazra


Um estudo recente sobre bombeamento de fluidos possibilitou a descoberta de soluções para a obtenção de ganhos em eficiência energética na utilização de sistemas hidráulicos. A pesquisa do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) foi coordenada por Marcos Tadeu Pereira, engenheiro mecânico e pesquisador do Laboratório de Fluidodinâmica e Eficiência Energética.
De acordo com o engenheiro, as empresas precisam realizar três premissas para atingir o resultado: estimular o acesso à informação e à disseminação de resultados, mudar o comportamento organizacional e adaptar a educação básica dos engenheiros às novas demandas. Com isso, é possível melhorar de 20% a 50% a eficiência dos sistemas, afirma o engenheiro. Nos países desenvolvidos, cerca de 10% da energia consumida por operações industriais é destinada a operações de bombeamento.
O acesso à informação e à disseminação de resultados é compreendido por uma sequência de três etapas. A primeira diz respeito à tomada de conhecimento dos componentes-chave da instalação e de alternativas para melhorar seu rendimento. Enquanto isso, a segunda se destina à caracterização física da instalação, é quando se define o estado real da tubulação. Por fim, na terceira são utilizadas ferramentas de monitoramento do consumo para aumentar a eficiência.
O resultado implica na reformulação do conteúdo nos cursos de engenharia. Segundo Pereira, atualmente a graduação desconsidera processos de cálculos para melhor a eficiência dos bombeamentos. "As equações usadas nos cursos foram criadas para perda de carga e de energia na década de 1930. Foram feitas pequenas revisões em suas fórmulas nas décadas de 1960 e 1990, mas elas são basicamente as mesmas e não são adequadas às tubulações usadas no Brasil", diz.