28/08/2012-12h37
Novas fotos coloridas de Marte revelam camadas de rochas
Nasa divulgou na noite desta segunda-feira (27) as primeiras fotos coloridas em alta resolução tiradas pelo jipe Curiosity na superfície de Marte.
As imagens revelam em detalhe as camadas de rocha do local onde o robô vai realizar suas análises químicas para procurar indícios dos ingredientes básicos da vida no planeta.
JPL-Caltech/Nasa/France Presse
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Foto feita pelo jipe Curiosity em Marte mostra solo pedregoso perto do local da aterrissagem e, mais adiante, a base rochosa do monte Sharp |
JPL-Caltech/Nasa/France Presse | ||
Detalhe aumentado mostra região da base do monte Sharp, onde o jipe vai procurar sinais dos ingredientes básicos da vida em Marte |
A região, conhecida como monte Sharp, tem 5 km de altitude e fica na cratera Gale, local onde o Curiosity fez sua aterrissagem no dia 6 de agosto.
Os cientistas estimam que vai levar um ano até o jipe chegar a essa camada, no pé da montanha, a 10 km de onde o veículo está.
Segundo imagens anteriores, feitas da órbita do planeta, as camadas parecem conter minerais que se formam na presença de água.
Missões anteriores já acharam evidências fortes de que Marte teve uma quantidade grande de água em sua superfície.
O Curiosity foi enviado ao planeta para procurar material orgânico e outros compostos considerados necessários para o desenvolvimento de vida microbiana.
O jipe é o primeiro aparelho enviado ao planeta equipado com um laboratório para análises geológicas e químicas.
As novas imagens divulgadas já revelam sinais de que a cratera Gale sofreu mudanças bruscas no passado.
Acredita-se que o monte Sharp seja formado por restos de sedimentos que já preencheram toda a cratera, com 154 km de diâmetro.
As camadas de rocha na parte superior do monte são mais inclinadas em relação às inferiores, característica inversa à de formações como o Grand Canyon, nos EUA.
"As camadas são inclinadas no Grand Canyon por causa do movimento das placas tectônicas, então é comum ver camadas mais antigas serem mais deformadas do que as de cima", afirmou John Grotzinger, do Instituto de Tecnologia da Califórnia.
"Em Marte, temos camadas retas embaixo de camadas inclinadas. A equipe científica vai dizer o que isso significa. Essa característica é diferente do que nós esperávamos."
Uma explicação para as camadas angulosas pode ser a maneira como elas se formaram, como pela ação do vento ou da água.
"Na Terra, há muitos mecanismos que podem gerar camadas inclinadas. Vamos ter que chegar até lá para ver do que elas são feitas", disse Grotzinger.
29/08/2012-14h32
29/08/2012-14h32
Astrônomos acham açúcar perto de estrela
http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/1145110-astronomos-acham-acucar-perto-de-estrela.shtml
DA ASSOCIATED PRESS
Cientistas afirmam que, pela primeira vez, acharam um dos ingredientes da vida, o açúcar, em uma nuvem de gás em volta de uma jovem estrela.
A equipe de astrônomos europeus e americanos, diz ter achado uma molécula simples de açúcar chamada glicolaldeído perto de uma estrela de 10 mil anos similar ao Sol.
O glicolaldeído é necessário para a formação do ácido ribonucleico, o RNA, responsável pela síntese de proteínas nas células.
Jes Jorgensen, do Instituto Niels Bohr, em Copenhague (Dinamarca), afirmou nesta quarta (29) que o glicolaldeído deve ter se formado pelo encontro da radiação vinda da estrela com moléculas mais simples flutuando no espaço.
A estrela, chamada IRAS 16293-2422, está a 400 anos-luz da Terra.
Detalhes da descoberta feita pelo Observatório Europeu do Sul, no Chile, serão publicados na revista científica "Astrophysical Journal Letters".
DA ASSOCIATED PRESS
Cientistas afirmam que, pela primeira vez, acharam um dos ingredientes da vida, o açúcar, em uma nuvem de gás em volta de uma jovem estrela.
Eso/Efe | ||
Imagem feita pelo radiotelescópio Alma, no Chile; a estrela é o ponto vermelho e, em destaque, está a representação das moléculas de açúcar |
O glicolaldeído é necessário para a formação do ácido ribonucleico, o RNA, responsável pela síntese de proteínas nas células.
Jes Jorgensen, do Instituto Niels Bohr, em Copenhague (Dinamarca), afirmou nesta quarta (29) que o glicolaldeído deve ter se formado pelo encontro da radiação vinda da estrela com moléculas mais simples flutuando no espaço.
A estrela, chamada IRAS 16293-2422, está a 400 anos-luz da Terra.
Detalhes da descoberta feita pelo Observatório Europeu do Sul, no Chile, serão publicados na revista científica "Astrophysical Journal Letters".