Por país sem cigarro até 2025, N. Zelândia eleva imposto em 40%
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24 de
maio de 2012 • 04h14 • atualizado 07h00
Para atingir a ambiciosa meta de acabar com o cigarro ou manter o consumo em
virtualmente zero até o ano de 2025, o governo da Nova Zelândia anunciou nesta
quinta-feira mais uma medida que visa a diminuir o consumo do tabaco no país. O
governo elevou em 40% o imposto ao cigarro pelos próximos quatro anos, de acordo
com a agência AP.
O preço do cigarro no país já está entre os mais altos do mundo, e, ao
final de 2016, um maço custará em torno de US$ 15. Oficiais esperam que taxas
maiores e novas restrições levem o país de 4,4 milhões de habitantes a quase
extinguir o hábito do tabaco daqui a 13 anos.
Autoridades da saúde chegaram até a considerar um aumento do maço de
cigarro para US$ 75, mas a medida foi descartada. No entanto, outra proposta que
foi aceita e entrará em vigor em julho forçará os vendedores a esconder os
cigarros sob o balcão, ficando proibida a exposição do produto.
As medidas, como era de se esperar, não agradaram aos fumantes, e têm
causado polêmica. Segundo informações da AP, um dos argumentos contra o
aumento é que pessoas de baixo poder aquisitivo passarão a cometer crimes para
manter o hábito. Esta mesma teoria, no entanto, é usada pelo grupo ASH para
defender a medida, uma vez que o alto preço forçaria muitas pessoas a abandonar
ou diminuir o consumo do cigarro.
Para o ramo neozelandês da British American Tobacco, o aumento no imposto
forçará consumidores a optar pelo mercado negro. Até o momento, no entanto,
autoridades do país não registraram muitos casos de comércio ilegal do tabaco.
Segundo um estudo da Organização Mundial de Saúde do ano passado, 20% da
população adulta da Nova Zelândia é fumante (em 1986, o índice era de 30%). O
valor é similar a de outros países considerados desenvolvidos, como Estados
Unidos (16%), Austrália (17%), China (23%) e França (27%).
O governo neozelandês taxa em mais de 70% o preço do cigarro, comparado
com uma média de 41% na China, 45% nos Estados Unidos, 64% na vizinha Austrália
e 80% na França, segundo informações da AP